Fanfic: Porto Seguro | Tema: Vondy; Ponny; Chaverroni

CHRISTOPHER UCKERMANN

Estávamos de saída para o segundo show da noite e estranhamente Belinda disse que não poderia acompanhar o segundo porque já era tarde e amanhã ela tinha uma audiência imperdível, agradeci mentalmente por isso, há dias que vinha pensando em alguma maneira de estar apenas com os meus Brothers em um show. Karla nesta noite também não estava presente, na verdade os últimos finais de semana ela não esteve, segundo Jack ela está estudando para uma prova de vestibular, não sei se vocês sabem mais a Karla quer passar em medicina, o que é uma loucura, tem que ter muita coragem para consultar-se com uma louca como ela.

— E para onde vamos hoje? – sugeri, após descermos do palco.

— Olha só ele. - brincou Poncho, agarrando-me pelo pescoço. — Qual o motivo da programação?

— Nada, só estou afim de beber com meus verdadeiros amigos. – ri, tirando os fones. — Comemorar essa temporada.

Fizemos hoje o último show do mês de outubro e estávamos contentes por tocarmos quase o mês todo, foi um grande crescimento para a banda. Tiraríamos novembro de férias, ou diminuiríamos a carga de shows porque os meninos estão enlouquecidos com as provas de vestibular, e isso seu Victor respeita.

— Vamos namorar cara, aproveitar que Belinda não está na cola. – chamou Eddy.

— Estou fora dessa. – disparou Jack. — Karla, já me mandou mensagem e estou de saída.

— Esse cara está muito arriado mesmo. – zombei, mas não briguei, depois de três meses já estávamos acostumados com o fato de que o Karla estava realmente arriado pela Karla.

— Também estou fora, Angel não ia gostar nada de saber...

— Fala sério Diego, lembra da Angel em Porto? Imagine em Goiânia, como está sozinha. – provoquei, mas era a verdade sejamos realistas.

— Confio nela, e prefiro está com a consciência limpa. – alfinetou e não discuti mais saindo do pub com Poncho e Eddy atrás de mim.

Estávamos bebendo igual mulherzinha até que decidi mostrar a eles os bares desconhecidos que conheci em Campinas e o que aprendi a beber nos últimos meses.

— Car/alho isso deve dá uma ressaca sem tamanho. – disse Poncho, fazendo cara feia.

— Muito boa, traz outra. – pedia Eddy.

— Devagar modelo, devagar. – disse, entre risos. — Já sabem o que fazer no Natal? – questionei curioso.

— Natal cara? – zombou Eddy, virando outra dose. — Estamos começando novembro agora.

— Mas passa rápido, não passa? – perguntei, já não percebendo que estava falando demais.

— Passa, e você parece querer que passe. – provocou Poncho.

— Vou busca-la. – disparei, mas encorajado, precisava dos meus amigos no plano que tinha.

Mesmo todos julgando e querendo me matar por esta bebendo tanto nos últimos tempos, nos bares ouvi muitos conselhos, era somente dela que eu falava, a ideia de ser pai aprecia mais concreta, mas firme e o desejo de ser pai nutria em mim quando caminhava na rua e via um casal tão jovem com um filho nos braços, não me pareceu não tão ruim. Todos os bêbados que estavam comigo naquelas noitadas sofriam por não terem tido coragem de ir atrás do grande amor anos atrás e perderam a oportunidade, fiquei com medo, com medo que Dulce de fato encontrasse outro alguém, estava surtando por não saber o que ela andava fazendo e todos diziam que a situação só iria piorar.

— O que? – disseram em uníssono, quase cuspindo a bebida.

— Isso mesmo, dezembro vou busca-la. Já chega disso. – pedi outra ao garçom. — Ela me pertence e carrega um filho que me pertence também.

— Claro, dominador como um leão. – revirou os olhos Poncho. — Passou pela a sua cabeça que talvez ela não queira isso?

— Farei com que ela queira. – sorri, quase vitorioso.

— Você demorou 90 dias para descobrir isso? – questionou Eddy, tão confuso. — Está tudo rodando.

— Não já tem uns dias, mas já planejei tudo, será no natal. – acrescentei.

— Você não pode simplesmente fazer merda de novo car/alho. – disse Poncho, que parecia não confiar no que estava dizendo. — Vai fazer o que? Casar com ela?

— Que seja, o que ela propor aceitarei.

— E se ela propor distância? – questionou Eddy.

— Ai...

— Ai ela vai ver o outro lado do Christopher Uckermann. – interferiu Poncho.

— Que seria? – perguntou Eddy curioso.

— Viva e verá brother. – ri junto do Poncho.

— Isso tá cabuloso, cabuloso demais.

DULCE MARIA

Quase quatro meses de gravidez e tudo melhorou depois do apoio dos meus pais e dos acompanhamentos médicos, a cada consulta a ansiedade em saber o sexo do bebê aumentava, mas a posição na minha barriga ainda não contribuía para acabar com tamanha ansiedade. Consegui terminar o colegial sem muitas complicações, apesar de que no último mês algumas meninas estranharam a forma como meus seios estavam crescendo tão rapidamente e graças a Angelique com seu pavio curto fui salva de perguntas sem respostas inúmeras vezes. Essa fase era uma fase que sentia a mudança do meu abdômen crescendo com tamanha rapidez.

— O médico disse que ele está com quase todos os órgãos formados nessa fase. – contava aos meus amigos no apartamento do Christian.

Nem tudo mudou, não tanto quanto pensei que mudaria. Os meus amigos continuavam meus amigos, e apesar de não este presente nas noitadas, sentia como se estivesse por causa das histórias contadas nas noites seguintes.

— Então é molecote? – perguntou Angelique.

— Não sei, não deu para ver por causa da posição, mas falta pouco, muito pouco.

— Acabei de falar com o Sebastian. – disse Christian, saindo do quarto, com uma lista do Natal Friends que estávamos organizando. Bem-vindo a magia de dezembro. —  Já a Alessandra disse que só poderia vir no ano novo se convencesse os pais.

— Karla e Jack confirmaram também. – acrescentou Anahí, e a olhei surpresa, sim, porque ela não comentou comigo isso antes.

— Não sabia que eles vinham.

— Eles confirmaram tem poucos dias, fiquei surpresa também. – disse Anahí.

— Eles estão quase morando juntos, não é? – perguntou Angelique. — Sonho isso com o Diego também.

Ao longe percebi Christian meio nervoso e Maitê afastando-se, há dias que ela comentou conosco que ele andava nervoso com a aproximação das datas comemorativas, há meses quando Maitê conheceu os pais de Christian ela comentou que o clima foi tenso e que ele mal comunicava-se com o pai, mas que não perguntou, só que estava impossível não perguntar quando era nítido a aflição e nervosismo dele diariamente.