CAPITULO 5 — BARRAMARES

O despertador tocou às nove horas em ponto, minha cabeça estava latejando como de costume. Sempre senti ressaca no dia seguinte, mas o bom é que sabia que ela não iria durar o dia todo. Isso tudo é culpa da mistura que fiz ontem, não tenho esse costume e acho que por isso por pouco não vomitei na van mesmo.

— Pessoal, não se esqueçam que depois do café seguiremos para o Barramares. – a voz do Caíque no corredor animou a Angelique que fazia coração com as mãos enquanto escovava os dentes.

— E então, me coloquem a par de tudo, ocê agarrou o Caíque, Angel? – perguntei ainda deitada na cama.

— Não, gente demais naquela festa ontem, os nossos monitores estavam se divertindo bem mais do que a gente. – disse, inconformada.

— Preciso de um remédio para dor de cabeça com urgência.

— Eu deveria te deixar morrer sabia? – disse Anahí, terminando de vestir-se.

— Uai, porque? – perguntei já sorrindo.

— Não banca a sínica louca não, que num dô conta.

— Mas que que foi que eu fiz gente?

— Primeiro, você foi o motivo de quase uma briga entre os garotos. – começou Maitê.

— Não mesmo, nem me põe no meio daquela discussão do Christian com o Ed. – interrompi, na defensiva.

— Hum, e já é Ed? – provocou Angelique.

— Segundo, você sumiu bêbada. – continuou Maitê.

— E terceiro você estava bêbada sem querer vir embora. – acrescentou Anahí. — Só isso.

— Nossa, desde quando tomei o lugar da Angel? – levantei-me da cama. — Não sou tão custosa assim não, sô.

— Pois é, irreconhecível você estava moça. – disse Anahí. — Acho que o que a gente planejou de fazer nessa viagem inteira, você fez ontem.

— Ow, deixa eu te falar que eu não fiz o último tópico. – disse fechando a porta do banheiro em seguida.

— Por pouco. – ouvi quando ela gritou.

Todo mundo de ressaca, uns escondidos atrás de óculos escuros, outros enjoados sem comer nada. Ow, trem bom ver todo mundo assim. Yasmin – a monitora – me arranjou um remédio bão demais para dor de cabeça e já me sinto pronta para outra. Pedi desculpas aos monitores por terem se preocupado, e eles zombaram da minha cara – pudera também né Dulce, cê acha que foi a primeira a sumir assim?

— Alguém sabe o que ro/la no Barramares? – perguntei, quebrando o silencio da mesa.

— Muita mulher gostosa de biquíni. – respondeu Diego.

— Ow, que direto você Diego. – disse, entre risos.

— To aprendendo com essa galera de Goiânia.

— Ah, mas deve ter muito homem gostoso de sunga também. – disse Angelique.

— Essas meninas de Goiânia são tudo sapeca assim é? – perguntou Jack.

— Coé, tá interessado? – perguntou Alessandra, mostrando-se enciumada.

“Ehhhh” – toda a mesa gritou.

— Veio se amarrar em Porto, Duarte? – perguntou Christopher.

— Olha só quem fala. – defendeu-se Jack.

— Anda Jack, não me enrola. – disse Alessandra.

— Poupe-nos desse teatro Alessandra. – disse Karla.

Revirei os olhos irritada. Perceptível que não é só comigo que a Karla é insuportável? A madurona da equipe, a liberal demais.

— Cara, porque você não vai cuida da tua vida? – disparou Alessandra.

— Dá minha vida Deus quem cuida, fofa. – sorriu Karla sem mostrar os dentes.

— Sem brigas crianças. – pediu Christopher, em um tom irônico.

— Falou o madurão também. – murmurei.

— Eu ouvi isso hein, Saviñón. – Christopher sorriu.

— Pessoal do pavio curto sô. – comentou Christian.

— Vê se tem base isso, olha só quem tá falando. – disse.

— Não se intrometa Dul. – brincou Christian, abraçando-me de lado.

— Dá para largar minha mina Christian. – pediu Eddy, chegando a mesa, dando um beijo na minha cabeça.

Uai que eu não gostei desse comentário mesmo sendo brincadeira. Não sou mina de ninguém, foi só uns beijinhos – hoje já é outro dia. Onde cê foi amarrar seu jegue Dulce Maria. Fiquei em silencio né, não ia falar nada. Depois de ontem, eu não podia fazer o moço passar vergonha nessa mesa cheia de gente. Depois do café seguimos para o Barramares, a barraca de praia mais famosa de Porto Seguro.

— É hoje que eu subo nesse palco. – disse Angelique.

— Angelique Boyer, a menina que muito fala e pouco faz. – provocou Christian.

Depois do café da manhã naquele clima tenso entre Alessandra e Karla, seguimos para o Barramares – a barraca de praia mais famosa de Porto Seguro – o grupo Fit Dance estava lá ensinando todo mundo a dançar axé, eu até que gostei – só sei dançar sertanejo e o forró danado de bom. Todo mundo com pouca roupa, o Diego tinha razão tem muita mulher bonita de biquíni aqui, mas a Angel também tinha razão, tem muito homem gostoso aqui e só de sunga. Se segura Dulce.

― Não duvide do limite da insanidade da Angel, Chris. – comentei.

― Uai, claro que duvido. Nem virotou comigo ontem, inté você ficou mais mamada do que ela.

― Gente, mas eu estava tão ruim assim? – perguntei, segurando um copo de refrigerante que tinha pego a poucos minutos no bar.

― Por acaso, você duvidou de mim senhorita Saviñón? – perguntou Anahí, cruzando os braços.

― Não, mas é que cês costumam ser bem exageradas.

― Cadê o Sebastian e a Zoraida? – perguntou Alessandra, assim que viu Maitê voltar do bar sem os dois.

― Sumiram, me largaram lá, quase não consegui voltar. – respondeu Maitê.

― Vai no banheiro pra gente se beijar... – cantarolei.

― Olhem para o palco. – disse Jack, que estava abraçado com a Alessandra, eles estavam formando um belo casal – mas convenhamos que é burrice dela.

Por um lado, até concordo com a Karla, vir fazer show de ciúmes em Porto com um carinha que você conheceu tem menos de 24horas chega a ser um teatro de tão falso – mas sem julgamentos, que a vida não é minha. Jack nos mandou olhar para o palco e eu comecei a rir em disparado, já conseguem imaginar quem está lá? Sim, ela mesmo, a Angelique dançando “devagarinho” com um baiano que é a cara do Leo Santana.

― Viu Christian, você tem influência nisso. – disparou Maitê, que balançava a cabeça em negativo.

― Uai, que que eu tenho a ver?

― Você que duvidou do limite da insanidade dela. – disse Maitê, cruzando os braços. ― Alguém tem que ir lá.

― May, relaxa. – pedi. ― Estamos em Porto, você está muito séria.

― Fora que a Angel ama chamar atenção né. – ironizou Diego.

― Tá bão, vou dá uma volta. – disse Maitê, antes mesmo que pudéssemos pedir para ela ficar. Revirei os olhos irritada.

― Não tenho paciência para esses trens – afirmei, bebericando do refresco.

― Deixem que eu vou atrás dela. – disse Anahí, a famosa salvadora da pátria.

O grupo já estava bem dividido depois do clima tenso do café da manhã, Ucker, Karla, Poncho estavam com outro grupo de amigos. O Sebastian e Zoraida sumiram e não apareceram desde daquela hora que saíram junto com a Maitê. E quanto a Angel, estava no palco nesse exato momento quase engolindo o dançarino do Fit Dance diante de quase todo o Brasil – digo isso, porque tem diversas escolas aqui.

― Nunca mais me ouso duvidar da insanidade da Angel. - disse Christian aos risos.

― É talvez ela tenha exagerado um pouco. – disse Alessandra, ainda agarrada ao Jack.

― Ela é sempre assim Dul? – perguntou Jack.

― Não, as vezes ela exagera. – disse, ainda incrédula olhando para o palco. ― Como agora. – murmurei.

― Dale Vilaaaaaaaaaaaaard! – gritou Diego, batendo palmas e assoviando.

Acho que por essa o Eddy não esperava, ele tomou um susto quando ouviu o Diego gritar, que nem sequer segurou o olhar por muito tempo. Comecei a rir e voltei a olhar para o palco.

― Esse nem parece ser de Campinas. – disse Jack.

― Uai, como assim? – perguntei.

― Os mano de Campinas costumam ser mais esperto, ele poderia ter agarrado outras, mas não na sua frente, é uma falta de respeito concorda?

― Ah é. – disse Alessandra, dando um tapa de leve no ombro do Jack. ― Então, quando você fala que vai ao banheiro, você agarra metade de Porto?

― Deu ruim pra ti Jack. – zombou Diego.

Enquanto Jack tentava explicar para Alessandra o que ele quis com seu breve comentário. Eu agradecia por dentro ao Eddy, se ele tivesse feito isso longe eu não poderia ter argumentos para bancar a mimada e dizer que não quero mais ficar com ele. Porque eu já estava sem jeito de como dizer isso, ou de dizer e ser mal interpretada.

― Vamos beber, que eu não sou obrigada a nada! – gritei. ― Vem Christian, vamos no bar comigo. – disse puxando-o pelo o braço.

Christian e eu não voltamos mais para onde a galera estava, estava abusada da mesma cara. É todo mundo muito legal, mas o leitor já deve ter percebido que eu amo dar umas fugidas da turma – é sempre muito bom – a sensação que tenho é que to sendo vigiada o tempo inteiro quando estou próxima dos amigos.

― Como assim moço a bebida não é liberada? – perguntei ao garçom.

― É por causa da festa a noite Dul. – disse Christian.

― Mas isso não tem base nenhuma, uai.

Christian começou a rir passando a mão nos cabelos com aquele sorriso lindo.

― Tem base sim, bora, vem. – disse Christian, me puxando de volta para o meio do povo.

― Que que tu tens? – perguntei.

― Nada, uai.

― Tem sim, desde que da discussão com a May que ocê tá assim. – disse, tentando relaxa-lo. ― Não dê trela para as coisas da May não, ela é assim mesmo.

― Percebi, mas é que ontem foi o Eddy, hoje a Maitê. To na equipe errada.

― Ah neim vem com isso que me ofende. – disse agarrando- pelo o pescoço. ― É porque esse pessoal não sabe levar nada na esportiva, agora vamos deixar desse papo abusado e curtir.

Decidimos voltar para onde a galera estava, eu não sou muito fã de festa a tarde não e sem combustível ainda fica mais difícil aproveitar. O Diego estava segurando não só uma vela, mas uma tocha olímpica ao lado do Jack e da Alessandra.

― Finalmente. – disse Diego.

― Uai, cadê o resto? – perguntei.

― As meninas não voltaram, e o resto, não sei. Tentei achar o Ucker e o Poncho, mas sem sucesso.

― Então bó dançar. – puxei Christian para o meu lado esquerdo e o Diego para o meu lado direito.

Não sei quem é o pior dos dois, eu não sou a melhor das bailarinas. Mas o Diego e o Christian estão assustando todas as meninas que estão passando por nós. Eu ria da expressão de cada uma delas, sabe uma coisa do tipo “que po/rra é isso?”

Almoçamos no Barramares mesmo, os monitores avisaram que voltaríamos para o hotel um pouco antes do sol de pôr, e hoje a noite teríamos duas festas.

― Hoje a Dulce dorme no hospital. – comentou Diego.

― Diego, me respeita uai. – disse abraçando-o.

― Cheguei. – suspirou Angelique, juntando-se a nós. ― Achei que não acharia vocês nunca.

Todo mundo permaneceu em silencio encarando-a, todo mundo segurando o riso é claro. Olhar para a Angel, já lhe dá vontade de rir. A Angel é bem bonita tem os olhos azuis acinzentados e os cabelos em corte long bob com ombre hair loiro, a sua altura é seu charme. E eu que não sou boba nem nada, não pude deixar de notar que o Diego fixou os olhos nos seios siliconados da Angelique no seu minúsculo biquíni.

― Deixa eu limpar essa babinha aqui. – disse passando o dedo ao redor da boca do Diego.

― Êh Gonzalez! – gritou Jack. ― Tá assim?

― Oh gente, tem dó! – disse.

Angelique ficou vermelha igual uma pimenta e daí eu não me segurei e comecei a rir. Diego ficou completamente desconcertado e a vergonha passou quando a Yasmin veio nos chamar para voltarmos para o hotel. Apesar de algumas complicações a viagem estava sendo divertida, era legal conhecer gente nova o tempo inteiro. Mas não vou lhes mentir e dizer que é tudo umas mil maravilhas, tem menino que não lhe respeita não e se você não tomar cuidado é dedada, puxada de cabelo, eles tentam lhe agarrar a força mesmo. Acho que por isso que o Derrick tinha tanto medo que eu viesse, falando nisso, acabamos de chegar no hotel e tem exatamente sete ligações da minha casa.

― Capaz deles estarem vindo te buscar agora. – disse Maitê.

― Ah neim fala um trem desses May. – disse, tentei retornar duas vezes e ninguém atendeu. ― Melhor eu deixar um sms.

― É, mas acho que isso não ameniza muito a situação. – disse Anahí.

― E vocês, porque estão com essas caras? – perguntou Angelique, apontando para Anahí e Maitê.

― Nada. – deu de ombros Maitê.

― Dulce! – ouvi alguém me chamar no corredor. ― Saviñón! – Eddy batia na porta do quarto.

As meninas estranharam e eu mais ainda.

― Já era Vilard. – ouvi o riso do Diego também no corredor.

Levantei rápido e encostei o ouvido na porta. Segurando o riso para que ele não ouvisse.

― Dulce, abre aqui. – pediu novamente.

― Que que houve? – sussurrou Angelique.

― Depois conto, shhh... – pedi.

― Que que está pegando? – perguntou o Christopher.

― Xonou mesmo hein Vilard. – disse Karla, revirei os olhos.

― Man, esse cara fez uma cagada forte. – disse Diego. ― Pegou uma mina na frente da Dul.

Ouvi a risada do Christopher e da Karla.

― Porr/a Diego, desse jeito não ajuda. – disse Eddy. ― Dulce, abre aqui.

Arrumei rápido os cabelos, respirei fundo – agora estava na hora de bancar a verdadeira atriz que existe dentro de mim. Abri a porta com a cara mais seria que já fiz na vida.

― Oi Eddy. – disse, no meu tom mais serio

― Posso falar contigo?

― Vá falando. – disse, cruzando os braços.

As meninas deitadas na cama, alguns no corredor. Todo mundo na expectativa da conversa.

― Vem comigo. – Eddy puxou meu braço com força, descendo as escadas. E todo mundo gritou.

No jardim do hotel, sentamos em um banco e eu permaneci calada, mas com muita vontade de rir.

― Cara/lho, como se tem esse tipo de conversa? – perguntou a si mesmo e ai eu não me sustentei comecei a rir em disparado. ― Do que tá rindo? tá me achando um palhaço né?

― Não Eddy, calma! – disse, respirando fundo. ― Não tem necessidade disso uai, estamos em Porto.

― Eu sei, mas man, eu poderia ter avisado, sei lá. Não te pôr ao ridículo assim na frente da galera.

― Uai, mas eu nem pensei nisso e aposto que a galera também não. – levantei-me do banco. ― Fica tranquilo que eu nem ia mesmo ficar contigo hoje, não vim casar em Porto, acho que você também não.

Acho que por essa ele não esperava, com os olhos arregalados olhando para mim. Que que foi playboyzinho de Campinas achou que eu ia chorar aos seus pés por causa que ocê deu uns beijinhos em outra moça? Mas nem morta, não faço isso em Goiânia quem dirá em Porto Seguro. O silencio dele me fez abraça-lo e dá um beijinho na bochecha, ele tentou me beijar, mas eu não sou de ser a do fim do dia nem morta, ser a do meio da festa ainda vai, mas a do fim do dia gente... Pudera né.

Estava subindo as escadas quando ouvi a voz do Alfonso e do Christopher na sala que tem na varanda no final do corredor.

― Man, essas minas de Goiânia são uma onda. – dizia Poncho.

― Elas são sem cabeça demais, sabe tipo bicho quando sai da jaula.

Arregalei os olhos com o comentário do Christopher. Sei que é feio ficar ouvindo, que é coisa de mexeriqueira, mas fiquei curiosa uai, o que posso fazer.

― É talvez, a mais cabeça é a Maitê e a Anahí. Mas a May, apesar de gente boa, é dramática demais man.

― Prefiro a Karla, dentre todas é a mais liberal, se é que me entende. – os dois riam. ― Sem neurose, sem caô, sem frescura no sexo.

― A Zoraida parece ser assim também, mas não faz muito o meu estilo tu sabes.

― To ligado, pensei em experimentar a Zoraida também.

Mas que absurdo, experimentar gente?

― Mas, ela se amarrou com o carioca, ai deixei quieto. – acrescentou Christopher.

Vi passos largos caminhando em direção a varanda e me escondi em uma das portas que tinha no corredor. “Droga” murmurei comigo mesma.

― Velho, Eddy muito louco tio, como ele ainda tem a cara de pau de ir atrás da Dulce? – comentou Diego.

― Infantilidade Diego, papo de homem porque não comeu. – disse Christopher.

― Delicadeza pow, ao falar das meninas, elas são doidinhas mas são de boa. – disse Diego. ― Mas, fala aê, porque vocês estão distantes da galera?

― Não tenho paciência pros pitis dessas meninas man, elas pareciam outras pessoas no grupo.

Não me atrevi a ouvir mais nada, senão eu não aguentaria e ia lá dá na cara do Christopher pelos seus comentários desrespeitosos em relação “as meninas de Goiânia”. Esse fofinho tinha que aprender a ser mais educado, agradeço ao Diego desde já por tentar defender-nos do amigo caipira bruto do interior. Voltei para o quarto enfurecida, respirei fundo.

― Que que o Eddy fez? – perguntou Angelique. ― Que eu vou lá capar ele agora.

― Nada. – respondi, andando de um lado pro outro.

― Tu ta nervosa Dulce, o que houve? – questionou Anahí.

Fiquei em silencio.

― Anda Dulce, responde. – pedia Maitê.

― Ele não perde por esperar hoje à noite, vai ver o que é piti de verdade.

― Uai, que eu fico agoniada demais quando ela faz esse suspense todo. – disse Angelique.

― Até eu estou curiosa. – perguntou Zoraida. ― Conta logo.

Obvio que eu não contaria do que ouvi dos meninos, mesmo elas merecendo saber. Tratei de respirar fundo e montar um teatro contando a minha conversa com o Eddy, e avisei que ele estava liberado pra geral.

― Tu és madura demais Dulce. – disse Alessandra. ― Se o Jack vacilar assim comigo, acho que fico bem bolada com ele.

― Pois não deveria Alê, estamos em Porto.

― Eu concordo com a Alessandra. – disse Maitê. ― Estar em Porto não altera o fato de que possamos se apegar a alguém.

Maitê e seus romances.

― Ah, eu faço parte do grupo da Dulce, nada de se apegar. – disse Zoraida.

― Tamo junta. – acrescentou Angelique.

― Ah neim vem Angel, que você quando se apega a alguém capaz de arrancar as bolas do moço caso ele faça alguma coisa com você. – disse Anahí.

― Não precisa entregar desse jeito né Annie! – disse Angelique e as meninas riram.

― Mas, conta Dul, ele não deu nenhuma desculpa do tipo: ah eu estava mamado e etc. – perguntou Alessandra.

― Eu nem dei chance dele falar nada, isso ia se transformar em uma situação custosa demais, e não tinha necessidade.

― Ok. – gritou Anahí. ― Agora vamo todo mundo se arrumar, que daqui a pouco tem festa e é HOJE!

― Sei, só tem papo, quero só ver quando ocê vai começar a seguir a lista.

― Ocês deveriam esquecer essa lista, gente. – disse Maitê.

Zoraida e Alessandra ficaram curiosas para saber o que tinha na lista, mas afirmamos que era segredo.