CAPITULO 7 – SIRENA

Depois do aquecimento da festa do Beach Safari, seguimos para a festa Sirena em Arraial D’Ajuda. Maitê e Alessandra acabaram ficando no hotel, não concordei né, mas cada um sabe o que faz. O Jack estava na uma animação só, nem aí para a coitada da Alessandra. Estava ansiosa já tinha visto algumas fotos e tem sempre muita gente bonita. Angel e Zoraida foram o percurso contando como estão arrasando corações.

― Convencidas demais gente.

― Realidade, é diferente. – disse Zoraida.

Os meninos começaram a vaiar. Assim que chegamos na Sirena, precisaria colocar meu plano em relação ao Christopher em pratica logo.

― Quero saber no que está pesando. – disse Anahí, próximo ao meu ouvido.

― Nada demais.

― Te conheço Saviñón. – disse Anahí, imitando o sotaque do Eddy e comecei a rir.

― Não tem nada a ver com ele Annie, relaxa.

― Cadê a Alê? – perguntou Sebastian, aproximando-se com Eddy.

― Ela não veio. – respondi. ― Acho que possível imaginar o porquê.

― Não acredito. – disse Sebastian.

― Nem eu. – dei de ombros, bebericando da minha bebida.

Eddy tentou ficar comigo três vezes já e eu só recuando, já não sabia mais o que fazer.

― Desista Vilard. – brincou Sebastian.

― Vida que segue Vilard. – gritou Zoraida, aproximando-se com a Angelique.

Ótimo! Christopher e o resto do grupo já chegaram da volta que eles tinham ido dá agora a pouco. Anahí estranhava cada vez mais eu ainda não ter sumido, como tenho mania de sumir. Mas eu só ia sumir quando finalmente “desse um piti”.

― Cadê a Alessandra? – perguntou a sonsa Karla.

― Não provoca Karla. – disse Alfonso.

― Não acredito que a Alessandra não veio por causa do Jack. – disse Zoraida, já bêbada e inconformada.

― Pois é. – acrescentei.

― Como se sente Jack em ter magoado o coração de uma menina tão legal? – disse Zoraida falando alto.

― To de boa. – deu de ombros Jack aos risos.

― Você poderia ter sido mais homem ao não querer mais ela.

― Cala a boca Zoraida, não se meta no que não sabe. – disse Jack, apontando o dedo no nariz de Zoraida.

Angel e Annie tentavam puxar Zoraida. E Christopher segurava o amigo, entrando no meio deles dois.

― Ah poupe-nos Zoraida. – disse Karla. ― A Alessandra foi muito infantil precisava ver na discussão.

― Talvez ela tenha sido infantil por se dá o respeito, ao contrário de umas e outras por ai. – mas eu não ia mesmo deixar que ofendessem a Alê, sem ela estar presente para se defender.

― Falou a samaritana que bebe fica pagando calcinha. – gritou Karla, batendo palmas aos risos.

― Olha só sua branquela é melhor você ficar na sua. – disse Angelique, quase partindo pra cima de Karla que se esconde atrás do Christopher.

― Calma Angel, não tem pra que isso. – disse Diego, segurando Angelique.

― Não dá trela para essas crianças Karla, vem bora. – disse Christopher, segurando na mão da mocreia.

Estava na hora do show. O meu copo estava cheio e bem quente já que esperava tanto por esse momento, eles vão ver a que nível chega os meus pitis e a minha infantilidade também. Joguei o copo de bebida no rosto de Christopher que ficou desconcertado na mesma hora.

― Pu/ta que pariu. – sussurrou Christopher.

― Vai lá terminar de comer seu brinquedinho. – disparei, entre risos.

Christian me puxou pelos os braços antes que eu pudesse me aproximar do Christopher e cuspir na cara dele. Anahí também chegou junto tampando a minha boca, prisioneira, uma verdadeira prisioneira.

― A sua sorte é que você é mulher, fedelha. – disparou Christopher, largando a mão da Karla e Alfonso sai andando atrás dele.

― Ucker, vai me deixar aqui sozinha? – gritou Karla.

― Vai pro inferno Karla! – revidou.

― O jogo virou não é mesmo? – gritou Angelique.

Karla começou a chorar depois desse showzinho de Christopher, e a medida que ele e Alfonso se afastava Christian e Anahí me soltaram.

― Você ficou louca? – perguntou Anahí.

Não respondi, comecei a rir ao ver Karla chorando. Jack logo tratou de ir consolar a sirigaita afastando-a do grupo.

― Bora beber galera! – gritou Eddy, um mero espectador disso tudo.

― Bora Eddy! – animei de volta.

Depois da minha vingança já me sentia bem mais feliz, convenhamos que ele mereceu. Ofendeu pelas as costas e na cara dura, o leitor que me perdoe desse meu descontrole mas foi merecido. E meninas fica a dica: não fiquem com medo de levar fama de barraqueira ou qualquer coisa do tipo, porque fama a gente leva até por uma palavra errada que dizemos ou um salto feito que usamos. Então, vamos viver. Anahí passou a festa inteira vigiando o meu copo e ficou insuportável, não me deixou fugir com medo que eu arrumasse outra confusão.

Na volta para o hotel, hoje foi a vez do Jack e da Karla sumirem.

― Yas, tá faltando o Jack e a Karla. – disse Diego.

― Não se preocupem, a Karla não estava passando bem e foi levada para o hotel. – respondeu a monitora, fechando a porta da Van.

― Uai, será que tá gravida? – brincou Angelique.

― Shh... fica caladinha. – disse Diego, tampando a boca de Angelique para evitar confusões.

― Brother hoje foi nosso recorde. – comentava Eddy.

― Mas, àquela última tu estava realmente mamadaço cara. – acrescentava Sebastian, falando das meninas que agarraram nessa noite.

― Poupe-nos dos detalhes, meninos. – brinquei.

― Uai, tu não vai dormir agora. – disse Zoraida, ao ver Angelique pescando ainda na Van.

― Ucker, tá de mal humor cara. – sussurrava Diego.

― No hotel a gente conversa com ele. – respondeu Alfonso.

Christian e eu não estávamos com um pingo de sono, não bebemos quase nada durante a festa – já que nossa monitora Anahí – não permitiu. Esperamos que todos subissem para o quarto, e descemos para a área da piscina.

― Isso é arriscado, vão nos deportar. – dizia Christian.

― Vão nada, cala a boca.

― Ei. – ouvi a voz do Alfonso, e tomei um susto.

― Por/ra Poncho, achei que era um monitor. – disse Christian.

― Tao indo para onde? – perguntou Alfonso, que caminhava ao lado do Christopher, que permanecia em silencio.

― Vamos dá um pulo na piscina, curar a ressaca e vocês? – respondeu Christian.

― Vocês aprontam demais galera.

Seguimos todos em direção a ala da piscina, ao que entendi Poncho e Ucker iriam conversar, mas eu e Christian iriamos aprontar é obvio – ninguém estava com sono – convidamos eles para pularem na piscina, mas o mal-humorado do Christopher se recusou.

― Vish! – murmurei, ao chegarmos na ala da piscina.

Jack e Karla estavam em uma espreguiçadeira, aos beijos. Ele passava a mão por todo o corpo dela, não tinha nem pudor de estarem em um lugar público.

― E o marido dela querendo ou não terá que entender, não desista amigo... – cantarolou Christian.

Dei um beliscão no abdômen de Christian pelo comentário idiota, Christopher não precisou dizer muito para demonstrar que estava enfurecido, saiu pisando fundo até a proximidade dos dois.

― Filho da pu/ta, fura olho! – gritou Christopher, assustando os dois, que só agora notaram a nossa presença.

― Mer/da! – sussurrou Karla, arregalando seus olhos verdes nervosa.

Christopher começou a bater palma bêbado. E Jack continuou deitado ao lado da Karla.

― Levante trouxa. Me enfrenta. – provocou Christopher, e Alfonso se aproximou. ― Sai de perto Poncho. – Jack levantou-se. ― Você sempre gostou de comer meu resto não é Jack?

Jack começou a rir passando a mão no cavanhaque.

― Será mesmo que sou eu que gosto de comer resto de alguém aqui Ucker?

― Não aceito que me desrespeite dessa forma Christopher. – disse Karla, levantando-se.

― Você é uma vaga/bunda, não tem que aceitar nada. – vociferou Christopher, ignorando completamente o comentário de Jack.

― Bora Christian, sair daqui. – disse puxando Christian.

― E perder essa lavação de roupa suja? Nem morto. – disse Christian, segurando o riso.

― Qual é Ucker? Você largou a mina lá sozinha, quando é que você vai aprender a tratar uma mulher? – revidou Jack, se pondo a frente de Karla.

― Uma mulher talvez eu não saiba tratar, mas traíra eu sei como acabar. – disse Christopher, partindo pra cima de Jack que levou um burro no canto da boca.

― Ucker não precisa disso cara. – disse Alfonso, tentando segurar o amigo.

Não adiantou de muita coisa, Christopher deu um empurrão em Alfonso e partiu pra cima do Jack. Acho que nunca pensei que isso aconteceria no nosso grupo, Jack e Christopher são brothers de infância – ao menos era o que demonstravam no grupo do WhatsApp. Karla começa a chorar parada sem fazer nada, Christian e eu corremos para tentar separar os dois. Christian tenta puxar Jack.

― Parem por/ra, vocês são Brothers não podem brigar por causa de mulher de beira de estrada. – gritou Alfonso puxando Christopher.

Depois do comentário Karla saiu correndo com a mão no rosto. Christian segura Jack. Alfonso e eu segurávamos o Christopher, que parece mais um touro com tanto álcool e ódio no corpo.

― Os seguranças vão aparecer aqui gente, parem com isso. – pedi.

― Dulce saia da minha frente cara/lho. – gritou Christopher. ― Que eu não costumo bater em mulher não.

Se eu estou com medo? É obvio que estou com medo, mas não me atrevo a sair daqui da frente e muito menos de tirar minhas mãos do peitoral do Christopher e deixar que eles se matem. Alfonso segurava Christopher por trás e eu permaneci na frente, tentando empurra-lo para sairmos da ala da piscina.

― É Dulce, solta ele. – provocou Jack. ― Deixa ele vir que eu não tenho medo não.

― Segura a onda Jack. – pediu Christian.

― Jack para de provocar. – pedi, inclinando o pescoço.

― Vamos sair daqui, amanhã vocês conversam sobre isso. – disse Poncho. ― Pra depois não colocarem a culpa na cachaça.

Jack recuou, saiu andando com a mão na boca passando pelo o outro lado. Christian estava ofegante, já que estava segurando Jack sozinho.

― Vocês não deveriam ter me segurado por/ra! – esbravejou Christopher, segurando meus pulsos e me empurrado.

― Ai. – resmunguei, pela a dor do aperto.

Christopher saiu igual um furacão da ala da piscina e Christian me ajudou a levantar.

― Desculpa Dul. – pediu Poncho, correndo atrás de Christopher.

― Viu o que dá ajudar essa playboyzada? – disse após me levantar. ― Eu não me chamo Dulce Maria se eu ainda ajudo esses playboys ainda. E muito menos me machucar por causa daquela ken/ga.

Christian começou a rir.

― Do que tá rindo?

― Ôh pinga mal empregada essa de hoje viu. – Christian, me abraçou e voltamos para dentro do hotel.