Fanfic: Não mereço você | Tema: Vondy

- O que está fazendo aqui?- a enfermeira chefe perguntou.

-Cobrindo May.

Não foi preciso dizer mais nada. Todos sabiam sobre o estado delicado do senhor Perroni. 

-Leito 5.

Trabalhei mesmo com a pequena ressaca incomodando.

Pai de May não melhorou nem piorou nos próximos dias. Por uma decisão nossa, eu e Angel alternamos Entre pegar o turno Dela para que pegasse a licença apenas quando fosse indispensável. Todos no hospital sabem que a licença em caso de morte é tão curto quanto pode ser.

Evitei ao máximo Christopher. Uma tarefa não tão difícil já que no meu dia de folga passava todo o tempo dormindo para no dia seguinte cobrir May. Cansativo?? Sim mas sabia que ela faria o mesmo tanto por mim quanto por Angel e todas as enfermeiras daquele edifício.

Na sábado. Meu corpo inteiro dizia “exaustão”.

Abri os olhos abruptamente quando o barulho irritante do celular.

-Hum??

-Irmãzinha.

Não sou do tipo egoísta. Mas estou tão cansada que tive que revirar os olhos. Quando Claudia telefona e Ainda chama-me de irmãzinha indica que quer um favor.

-Poderia cuidar de Clara, hoje?

Começou a tagarela sobre a tragédia de sua vida profissional que um cano estourou e alguns documentos importantes sumiram e que Mamãe está viajando de férias e Bianca em um final de semana romântico em uma praia deserta e que nunca pediria isso. Mentira, sempre que pode tá pedindo alguma babá gratuita ( mamãe, Bianca e eu). Longe de mim reclamar, amo de todo coração minha sobrinha.

-Pode trazer.

Desliguei antes de ouvir os agradecimentos exagerados. Sentei-me na cama parecendo uma zumbi.

Sorri ao ver o carro vermelho de Cláudia.

-Venho pega-lá as sete.

Peguei a mochila de Clara.

-Está de babá hoje?

Dona Hilda cuidava do jardim como em todas as tardes.

-Parece que sim. Dá oi para senhora Hilda.- a menina acenou com um sorriso tímido.

Depois de uma série de desenhos clara decidiu que gostaria de brincar de esconde-esconde.

Escondi-me na banheira e esperei até que me achasse mas a cada segundo ela demorava e meus olhos fechavam-se sozinhos.

Os abri, já iria fazer vinte minutos e a garota Ainda não achou-me.

-Clara.- Chamei mas não houve resposta. 

Ela não costuma ignorar quando a chamam. 

Assustei-me com o telefone tocando.

-Alô?

-Olá, como estão?- estremeci ao ouvir a voz de Cláudia.

-Bem bem..- cocei a nuca.- Clara tem o hábito de sumir?

-Sumir ?? Como assim sumir??- a voz tornou-se preocupada.

-Quis dizer. Onde ela costuma se esconder no esconde esconde ??- argumentei temendo que Claudia tentando me matar.

-Aah sim.- suspirou.- embaixo da cama.

-Então vou ir lá procurar ela.- desliguei antes que acabasse dizendo que perdi a filha Dela de seis anos.

Corri para o andar de cima para conferia embaixo da cama. Procurei em todos os cantos da casa até nos cômodos que ainda estão baixos.

-Dona Hilda.-Chamei a atenção da senhora.- viu clara?? A menina.

Gesticulei mostrando que era pequena.

-Ooh querida. Acho há vi indo na casa dos uckermann. 

Sem pensar duas vezes corri e bati freneticamente na porta mas ninguém abriu apenas a voz rouca gritando que entrasse ecoou. Em outro momento não entraria na casa do homem que fugiu por dias mas precisava saber onde a sobrinha estava.

Respirei pela primeira vez depois de descobrir que Clara não estava em casa. Luna e Clara pintavam biscoitos com forma com Christopher vestindo um avental.

-Clara nunca mais faça isso.- a abracei apertado.

-Desxulpe titia. A senhora dormiu no meio da brincadeira.

Senti meu rosto esquentar.

-Obrigada por cuidar dela.- segurei a mãozinha, pronta para partir.

-Quero ficar.

Por favor Clara não é hora de ser malcriada na frente desse homem não.

-Já incomodou muito, Hora de ir embora.

-Não é incômodo.- ergui o olhar.- Luna adorou fazer uma amiga.- sorriu.

-Deixa por favor.

As duas meninas fofas falaram juntas.

-Tudo bem.- murmurei.