Fanfic: Não mereço você | Tema: Vondy

O barulho repetidamente, fez-me abrir os olhos devagar, demorei para perceber o que estava acontecendo. Sentei-me na cama quando o barulho de uma serra soou alto até demais, parecia está tão perto, no meu quintal para ser precisa. Levantei sem me importar em trocar de roupa.

Abri a porta da frente e caminhei decidida a gritar com quem quer que fosse o indivíduo que importunou meu sono.

-O que esta fazendo?

Gritei para o homem sem camisa cercado de ferramentas no meu quintal. ele virou-se, Christopher.

-Já cuidei do vespeiro e resolvi concertar sua cerca.- olhei para cerca branca que antes não tinha tintura, apenas a cor da madeira e estavam alinhadas.

-não precisava se incomodar.

esse sem duvida é o vizinho mais prestativo que existe em todo o mundo e eu estava preste a gritar e xingar ele.

-Desculpe se a acordei. - Parecia arrependido.

-Não se preocupe, faço questão de pagar pela tinta e tudo mais.- fiz um gesto com a mão indicando todo o trabalho que deve em meu quintal.

-Acredite ficarei muito ofendido. - Pela primeira vez o vi serio.

-Sendo assim só me resta agradecer.

-Não há de que.

Ficamos em silêncio.

-Sua esposa não se importa? Digo de estar sendo tão prestativo com outra mulher.

-ah não, Belinda entende que gosto de ajudar as pessoas.

Então o nome da esposa é Belinda, como mais nada foi dito sai de fininho. escorei-me na porta assim que a fechei. olhei-me no espelho da entrada. Não pode ser verdade, o homem mais gato desse universo acabou de me ver com uma camisa extra G que parece mais com um vestido do que com uma blusa do Bob esponja. Olhei meus pés com as meias rosa de flores.

Arrumei-me para ele ver pelo menos uma vez a minha pessoa usando roupas descentes e sem estar descabelada e/ ou com bafo. Fiz uma limonada para de alguma forma retribuir a gentileza.

Parada a exatos cinco passos de distância, observei seus bíceps contrair e estender com o esforço que fazia na madeira. 

-Oi.

Balancei a cabeça para tentar concentrar-me.

-Trouxe uma limonada.- sorri, estendendo um dos copos que segurava.

-Obrigado.- mostrou aquela dentes brancos e perfeitos.pegou o copo e tomou um gole.

-Está muito boa.- sorri com o elogio. Tomei um gole e cuspiu na grama bem aparada que suspeito que ele tenha feito isso também.

-Está uma porcaria.- a risada rouca dele fez-me arrepiar, tomei-lhe o copo da mão do mesmo.

-Sinto muito, realmente tentei agradecer de alguma forma mas já deu para perceber que sou um desastre até para preparar uma limonada.

-haha na próxima vez, aceito água.- sorri sem graça e afastei-me com passos curtos aproveitando para observá-lo.

-Ei.- olhou-me- você aparou a grama?

-Se você for me oferecer dinheiro novamente, não. – sorri.

Depositei uma garrafa de água bem gelada ao lado dele com um copo. Feito isso, não voltei a me aproximar nem ao menos na hora que ele foi embora deixando meu quinta em perfeita ordem. Com a grama verde bem aparada, a cerca alinhada e pintada e a varanda sem vespeiro.

Ajeitei a bolsa no ombro, encostando a pequena porta da cerca. Terei que comprar um trinco. 

O mercado não ficava longe, não demorei para fazer minhas compras mais que urgentes. Minha geladeira se encontrava numa decadência. Observei o caixa passar o produtos.

Mal terminei de arrumar minhas compras em seu devido lugar quando a campainha tocou. Fiquei excitada só de pensar em ver Christopher.

-Oi.- uma senhora de idade junto com uma menina que deveria ter uns treze anos.

-Oi.

-Sou Hilda, a vizinha do lado.- indicou com a cabeça. Já tinha reparado na casa dessa senhora, tem uma horta esplêndida e  um jardim mais lindo Ainda.

-Dulce.- estendi a mão mas fui surpreendida por um abraço.

-Essa é minha neta Zoraida.- a garota veste-se como um garoto.

-Oi. – um murmuro baixo.

-Viemos dar as boas-vindas.- sorriu.- espero que goste de torta de maçã.

 Apontou para a travessa que Zoraida segurava. entrou  sem a menor cerimônia. Restou-me fechar a porta e segui-la, a mesma caminhava como se pudesse andar de olhos fechados pela minha casa.