Fanfic: Não mereço você | Tema: Vondy

Meus pais fariam um cruzeiro, uma viagem sem filhas. Eles nunca viajaram sem a gente, Nunca mesmo, finalmente começando aproveitar o fato de estarem livres das obrigações da família e indo curtir o casamento, ri pensando em qual ameaça Fernando teve que usar para afastar Dona Blanca das filhas por um mês inteiro. Mamãe obrigou-me fazer um embrulho com a comida que sobrará só para garantir meu jantar, mal sabe ela que os vizinhos estão garantindo minha alimentação.

Assim que pus os pés dentro de casa. A primeira coisa que fiz foi subir para o quarto e olhar pela janela. Realmente dá para ver perfeitamente o quarto do casal uckermann, fechei a janela e puxei as cortinas. Olhando pelo lado bom, pelo menos eu estou em forma.

Falando em forma, tem alguns dias que não faço exercícios. A noite está tão agradável, perfeita para uma corrida. Coloquei uma roupa confortável de ginástica, alonguei-me. Sorri encarando a rua com algumas crianças pequenas brincando e suas mães olhando-as apaixonadas. Coloquei os fones e iniciei devagar.

Adorava correr desde muito jovem. Chegará a fazer parte da equipe de corrida, o troféu de primeiro lugar na sala de mamãe comprova isso. Quando saímos de casa fomos estritamente proibidas de levar os prêmios, sabíamos que é uma forma de dona Blanca matar a saudade. A sala parece um museu de tantos troféu e medalhas, Digamos que éramos bem ativas academicamente. É competitivas, muito competitivas, uma característica herdada de papai. Não entrávamos nunca numa competição para perder.

O vento gelado batendo em meu rosto me fazia se sentir livre. Christopher. O vi quando voltava para casa depois de uma corrida, a vergonha ardendo em minha bochechas. Agi sem pensar e quando vi já estava jogada no chão atras de um carro, observei os pés deles entrarem pelo portão da entrada de seu quintal. Respirei aliviada, é tão patético.

-Oi.- ergui o olhar para a menininha loira que segurava uma bola rosa.- bincando de que?

Olhei minha posição de relance, de quarto atras de um carro não poderia ser caracterizada como posição adequada.

Que ótimo, passar vergonha na frente de uma garotinha já é ruim mas eu atirei pedra na cruz então uma mulher apareceu, pegando a menina pelo braço e dizendo que a mãe estava a chamando. encarou-me com um sorriso. Levantei limpando a sujeira dos joelhos.

-Dormiu com ele?- Apontou para casa do uckermann.

-Que? Não claro que não.- coloquei uma mexa de cabelo atras da orelha.

-Se dormiu com ele é uma explicação válida para se esconder.- sorriu.- ou se jogar no chão.- riu divertida.

Loira com olhos muitos azuis e um corpo bonito para porra. Alta e esbelta.

-Tem outras explicações.- Defendi-me.

-Quais??- riu.- Sou Anahí, moro ali.- apontou para uma casa um pouco distante.

-Dulce.- murmurei Ainda envergonhada pela hipótese absurda.

-Íamos te desejar boas vindas mas está tudo tão corrido.- íamos no plural, será que é casada.- eu e meu marido.- esclareceu provavelmente pelo ponto de interrogação que deve ter se formado em minha testa.

-Aceita um chá?- estávamos paradas atras de um carro mas enfrente ao meu humilde lar. 

-Na verdade adoraria.- olhou para trás receosa.- mas quem sabe outro dia.- sorriu simpática.

Desejei uma boa noite e corri para casa antes que eu fizesse alguma idiotice. Parece que o mais faço ultimamente é isso.

Encarei o teto branco do quarto, depois de um banho relaxante. A hipótese de Anahí não sai de minha mente, aquele corpo musculoso é rígido encima de mim. Fazendo-me gemer de prazer, fechei os olhos com força para espantar o formigamento que subia pelo meu corpo.