Fanfic: É proibido Sonhar | Tema: Fantasia
Ana e Carol saíram rapidamente do dormitório, em instantes chegaram a um grande salão onde estavam todas as crianças reunidas, divididas em filas de meninos e meninas respeitando a ordem de tamanho.
“Do menor para o maior!” ela se lembrou da tia Bernadete, a professora de história, falando com sua turma. A turma do 6º ano era a dor de cabeça da tia Bernadete que sempre saia louca da sala. Ana sentiu falta dela, mesmo sendo uma chata, mas perto da Bruxa gorducha da Amélia a tia Bernadete era um verdadeiro anjo.
_Vocês duas, o que estão esperando para entrar na fila? _Gritou Amélia para Ana e Carol, que andaram rapidamente para a fila das meninas.
Amélia olhou para todos dizendo:
_Hoje estamos aqui por dois motivos! _Começou Amélia _ O primeiro motivo é a chegada de uma nova órfã na casa... _Amélia disse duramente olhando para Ana _Venha aqui magrela!
Ana caminhou lentamente até Amélia, que deu um grito:
_Ande logo sua lesma!
Ana a obedeceu e acelerou os passos.
_Nessa casa temos regras que não devem ser desrespeitadas... _disse olhando friamente para ela. _Alfredo! _gritou Amélia chamando um homem de cabelos grisalhos, que estava ao seu lado, também vestido de preto, segurando um chicote na mão.
_Sim senhora? _ ele disse se aproximando de Amélia.
_Nos mostre o quadro de regras.
_Agora! _Alfredo a obedeceu e no mesmo instante apareceu com um grande quadro com varias frases:
É proibido correr pela casa!
É proibido andar pelos corredores fora do horário!
É proibido falar palavrões!
É proibido ter qualquer tipo de brinquedo!
É proibido brincar!
É PROIBIDO SONHAR!
Havia mais frases de “é proibido” no quadro, mas a que mais chamou a atenção de Ana foi a que dizia: “É PROIBIDO SONHAR”. Ela se lembrou de algo que sua mãe sempre lhe dizia:
_Nunca deixe de sonhar minha filha... Use e abuse sempre de sua imaginação...
A voz da mãe de Ana se calou sendo substituída pela ríspida voz de Amélia dizendo:
_Vocês perderam o direito de sonhar, vocês não tem mais nada... Foram abandonadas! Seus pais não existem mais... _Ela disse lançando um olhar cruel para Ana _São crianças rejeitadas pela sociedade, ficarão aqui até se tornarem adultas, ninguém quer adotar vocês! _ Dizia Amélia sem medir as palavras, nos olhos de algumas crianças escorriam lagrimas. _Não chorem! Aceitem a realidade! _ Amélia gritou olhando para Ana _Vá para o seu lugar!
Ana a obedeceu, enxugando as lagrimas de seu rosto.
_O segundo motivo pelo qual reuni todos aqui hoje não é nada bom... PARA VOCÊS! _Amélia disse dando uma risada sarcástica _ Segundo meus informantes, dois meninos catarrentos e desobedientes estavam andando pelo corredor no horário em que deveriam estar na cama... Isso não é nada bom. _Ela disse olhando para os meninos _Deem um passo a frente Arthur e Pedro_ Ela ordenou e os meninos a obedeceram. _Vocês dois, que coisa feia... Não respeitaram as regras...
_Dona Amélia a gente pode explicar... _Tentou dizer um dos meninos.
_Não quero explicações, vocês serão castigados! _ ela gritou _Alfredo, jogue o milho no chão!
_Por favor, dona Amélia... O castigo do milho não! _Imploravam os meninos enquanto Alfredo jogava os milhos no chão.
_Calem-se! _Ela gritou olhando com maldade para eles, os meninos ficaram no mais absoluto silencio, ninguém se atreveu a dar um pio. _Ajoelhem-se! _Ela ordenou. Artur e Pedro a obedeceram, trêmulos eles se ajoelharam lentamente. Quando seus joelhos tocaram os milhos Ana pôde sentir a dor que eles estavam sentindo e segurou para não gritar junto com eles.
_Não sejam fracos, aguentem a dor em silêncio! Isso é para vocês não desobedecerem nunca mais as nossas regras. _Amélia gritava e se voltou para as outras crianças dizendo:
_Vejam bem o castigo de seus colegas e jamais pensem em serem desobedientes! Agora todos saiam daqui, vão se arrumar para o jantar, em 5 minutos quero todos na mesa! Saiam em ordem, marchando!
Todos saíram do salão marchando respeitosamente em fila.
Autor(a): eliote_junior_
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