Fanfics Brasil - Capítulo 14 A promessa da rosa

Fanfic: A promessa da rosa | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 14

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Geoffrey informou aos meirinhos do rei de sua presença, embora então Rufus estaria sem dúvida a par dela, já que o rei tinha uma boa quantidade de espiões trabalhando para ele. Procurou um lugar na mesa do salão para esperar que o monarca o chamasse, mas não havia nenhum. Cansado da comprida e dura viagem, aproximou-se de um rincão solitário. Não estava de humor para bate-papos banais, e muito menos para que tentassem surrupiar nada. Sua aparição na corte tinha levantado muitas especulações, quase todo mundo sabia que só se apresentava ali quando o convocavam. Como estava esgotado, seus pensamentos se dirigiram para a noite que aproximava. Seu pai tinha várias propriedades em Essex, e uma delas estava justo do outro lado do Tamisa. Geoffrey tinha intenção de passar a noite ali em lugar de retornar diretamente a Canterbury.


     Sua segunda e mais importante razão para estar em Londres era falar com seu pai e informá-lo de tudo o que tinha ocorrido em Alnwick, uma necessidade urgente agora que Alfonso tinha acertado seu matrimônio com a princesa Maite. A intenção de Geoffrey era falar com seu pai antes de se retirar aquela noite a Essex. De fato, já tinha enviado uma mensagem privada. Sonhava com uma cama quente. Um segundo depois, uma mulher tropeçou com ele, cambaleou e o arquidiácono a agarrou sem pensá-lo. No momento em que a ajudou a se aprumar e seu corpo suave apoiou um instante no seu, mais duro, soube quem era. Não precisava vê-la para saber. Mas a sentiu, cheirou-a, e seu corpo respondeu em conseqüência. Ela girou entre seus braços, e, ao vê-lo, soltou um gritinho de surpresa que Geoffrey não acreditou nem por um instante.


     Sujeitou-a durante um segundo mais do que requeria a cortesia. De perto era ainda mais bela que de longe. Sua pele possuía uma tonalidade dourada, devido talvez a seus ancestrais mediterrâneos. As sobrancelhas eram como duas asas negras que coroavam seus olhos amendoados. Tinha a boca carnuda e grande e um lunar em cima da comissura do lado direito. Era muito alta, seus olhos estavam quase à altura dos seus, e tinha um corpo luxurioso de grandes seios que sabia luzir com aquele vestido de seda que ajustava como uma luva. Por fim, Geoffrey soltou Anahi Portilla, a mulher que seu irmão estava ainda oficialmente prometido.


     — Obrigada — murmurou ela com voz rouca. Seu aroma não era só forte mas também almiscarado. Despertava imagens de noites ardentes e corpos suarentos entrelaçando-se. — Evitastes que torcesse um tornozelo.      — Seriamente? — Perguntou sem devolver o sorriso.


     Seu tom desconfiado provocou um rubor na pele azeitonada de Anahi.


     — Os chãos são muito duros, milorde. Sem dúvida teria me feito mal se não ajudasse.


     Geoffrey cruzou os braços, apoiou as costas contra o muro e a observou atentamente. A aquela distância viu como seus mamilos endureciam contra o vestido de seda vermelha e não pôde evitar desejá-la. É que alguma vez ia ser capaz de controlar seu corpo? Mas, que homem poderia fazê-lo ao ter diante de si Anahi Portilla? Era o sonho de qualquer homem, a encarnação do eterno feminino, da tentação pecaminosa e a provocação. Cativado, manteve-se em silêncio.      — É uma surpresa vê-lo aqui — disse a jovem sorrindo e roçando levemente o braço dele.      Geoffrey elevou uma sobrancelha e Anahi aproximou um pouco mais. Seu sorriso era imensamente sedutor.      — Está aqui por algum assunto da Igreja, milorde? — Voltou a roçá-lo.


     — Se interessa pelos assuntos divinos, lady Portilla?


     — Interessa-me todos os assuntos, milorde — afirmou, batendo as pestanas.


     Geoffrey conteve a respiração. Podia imaginar perfeitamente a que assuntos se referia. Alegrava-se de que Alfonso não se casasse com aquela jovem. Ele mesmo estava decidido a se manter afastado dela, antes de se deixar levar por seu desejo.      — Se me permitir... — sussurrou ao mesmo tempo em que dava a volta bruscamente.


     Embora lutava contra seu corpo em uma batalha interminável, ao final sempre perdia. Quanto antes retornasse a Canterbury, melhor. Inundaria-se por uma única noite no corpo amadurecido de Tarn, uma viúva aberta, sincera e amável. Não era uma escura sedutora, não utilizava enganos, não pedia nada.      Mas Anahi Portilla o agarrou pelo pulso e cravou brandamente as largas unhas na pele.      — Espere! — Geoffrey apertou a mandíbula e girou para ela. — Têm notícias de Alfonso?      — Como ia ter notícias dele?


     — Não vêm do norte?


     — Está bem informada, milady — comentou com frieza.


     Anahi ruborizou.


     — Não é nenhum segredo que Brand esteve no norte, e se os dois chegaram juntos... O lógico é pensar que... — Geoffrey voltou a elevar uma sobrancelha. —


A verdade é que... — Tremia-lhe a voz. Os seios subiam e baixavam, e o arquidiácono se amaldiçoou por não afastar o olhar. — Talvez pudesse me conceder um instante a sós. Poderia... Poderíamos... Tenho que confessar meus pecados.      Geoffrey sorriu sem vontades. Sabia, sem necessidade de que o dissessem, a que pecados se referia exatamente.      — Não parece arrependida, lady Portilla. O que sim parece é que necessita que a salvem.      O mesmo ocorria a ele.


     — Quer... quer me salvar?


     — Lady Portilla, acredito que não nos entendemos.


     — Então devemos nos comunicar melhor — sussurrou ela acariciando-o com a mão do cotovelo até o pulso.


     Geoffrey estava paralisado, duro como uma rocha por causa do desejo. Não cabia dúvida em relação ao que queria dizer. Todas as mulheres eram proibidas para ele, mas aquela, uma sedutora exímia que procurava conscientemente vê-lo cair, era a pior de todas... e muito mais tentadora. Não queria nem imaginar o que seria possuí-la.


     Quando por fim foi capaz de sorrir, fez-o com malícia.


     — Já sabe onde está a capela. Não me cabe dúvida de que o padre Gerard estará encantado de escutar sua confissão, se de verdade se arrepender de seus pecados.      Ela cravou os olhos nos seus e se umedeceu os lábios com a ponta da língua.


Não era um gesto nervoso e Geoffrey sabia.


     — Estou arrependida. Não quer escutar minha confissão?


     O sorriso masculino desvaneceu. Também imaginava perfeitamente como seria sua confissão. Sentia-se muito perto de sucumbir a sua sedução.      — Eu não confesso, lady Portilla — disse com brutalidade.


     Estava furioso. Com ela, e como sempre, consigo mesmo.


     Anahi foi consciente de sua raiva, e, antes que Geoffrey pudesse partir, aproximou mais, bloqueando a saída. As pontas eretas de seus seios roçaram o peito dele.


     — Só estava tentando agradecê-lo por ter evitado que caísse, milorde.


     Ele riu com aspereza olhando-a de frente. A jovem seguia o agarrando pelo antebraço. Não se moveu, não foi capaz. Entre eles desatou uma corrente de desejo.


     — Ambos sabemos que não a salvei, embora o tivesse feito em caso necessário. E também sabemos que não têm intenção de me agradecer. Não cairei em sua sedução, milady.      — Está se confundido comigo. — Os olhos negros de Anahi brilharam.


     — Não me confundo com você, lady Portilla. Isso seria impossível.


     Toda a sedução que a jovem tinha desdobrado transformou agora em raiva.


     — Ao que parece sou eu a que se confundiu. — Geoffrey não respondeu por que suas palavras eram falsas. Anahi tinha reconhecido sua inapropriada e enorme luxúria, e tinha visto que, em certo modo, ambos eram exatamente iguais. — Te tomei por um homem apesar do hábito! Mas não o é, verdade? Seguro que você gosta dos meninos!


     Esquecendo-se de que estavam em um lugar público, o arquidiácono a agarrou pelos pulsos e a atraiu para si. Os olhos azuis de Anahi se abriram de par em par quando sentiu sua rígida ereção e logo converteram em uma tela de fumaça.      O óbvio convite que viu neles devolveu Geoffrey à realidade. Soltou-a, afastou-se dela dando um passo atrás e sorriu com desprezo.      — Não volte a pôr em dúvida minha inclinação pelas mulheres.


     — O certo — sussurrou a jovem — é que nunca duvidei dela.


     Mas Geoffrey já estava se afastando. Quando a escutou gritar seu nome, apertou o passo e fez um esforço por manter sua determinação. Estava tremendo.


******


          Menos de uma hora depois, o conde de Northumberland foi chamado aos aposentos reais. Igual a todos seus filhos, exalava masculinidade e as mulheres o perseguiam com a esperança de levá-lo à cama, mas ele as ignorava porque amava profundamente sua esposa.


     Sua aura de poder era indisputável. Era o poder de um fabricante de reis, de fato assim era como o chamavam a suas costas, tanto seus amigos como seus adversários. Ele encontrava o apodo de certo modo divertido, mas a verdade era que no fundo o agradava. Houve um tempo no que não foi mais que um mercenário, e nunca esqueceria aquela época.


     Os aposentos do rei eram os mais amplos da torre, eram quase tão grandes como o grande salão e estavam dominados por uma cama com dossel de madeira lavrada coberta de peles e veludo. Cofres e arcas, repletas com as posses mais apreciadas e valiosas do soberano, alagavam a estadia.


     Rolfe aproximou e se ajoelhou diante de Rufus. O rei era um homem alto. Em seu momento tinha sido musculoso e inclusive atraente apesar de seu cabelo cor laranja, agora os excessos haviam afetado seu aspecto e tinham acrescentado mais de uma capa de gordura a sua constituição. Durante um instante, permaneceu sentado indolentemente em uma cadeira o suficientemente grande para suportar seu tamanho e peso e inclusive deu outro sorvo a seu vinho tinto francês. Tinha o rosto ruborizado por seus efeitos e não parecia ter pressa por saudar seu vassalo, mas finalmente disse:


     — Levanta, Rolfe.


     O conde obedeceu e ignorou Duncan, que estava sentado ao lado do rei mostrando grande interesse.


     Duncan tinha crescido na corte com Rufus. Havia mais soldados, mas estavam imersos em uma conversação do outro lado do aposento. Rolfe percebeu que Roger Portilla não estava presente. Ao parecer ainda tinha que recuperar o favor do rei.


     — Como está seu filho Alfonso? — Perguntou Rufus com naturalidade. Seus olhos entreabertos contradiziam o tom de voz. Rolfe sabia que o monarca morria de curiosidade.      — Alfonso está bem, como sempre.


     — Geoffrey me pediu audiência — comentou Rufus dando outro sorvo de vinho.


     O conde estava a par daquilo, do mesmo modo que também conhecia a razão.


     — Meu filho está desejando lhe mostrar suas contas — murmurou Rolfe.


     O certo era que Geoffrey e ele não tinham falado do tema, mas Rolfe não podia dizer outra coisa.      — Se está desejando me mostrar seus livros, então é que se transformou em um homem que não conheço — assinalou William Rufus com ironia.      — O arquidiácono é seu leal vassalo, milorde — repôs Rolfe com um sorriso.


     — Só é leal porque não pode me vencer.


     O conde decidiu não responder. Conhecia William Rufus desde que era menino.


Quando Rolfe lutou em Hastings ao lado de William o Conquistador, Rufus tinha dez anos e fisicamente se parecia muito a seu progenitor, de quem era o favorito. Esperava que fosse também como seu pai em seu interior, mas havia ficado claro que Rufus nunca chegaria a ser o homem que foi William. Sim, era desumano e feroz na batalha e igual de ardiloso para a política, mas tinha carências em muitos outros âmbitos.


     O jovem perseguidor se converteu em um rei perseguidor. Acossava a seus nobres e a seu povo. Suas leis e seu sentido da justiça eram duros e ilógicos, e fomentavam o descontentamento e a oposição. Os impostos, que subia a seu desejo para financiar suas numerosas guerras, eram opressivos. Inclusive tinha tido lugar uma rebelião em 1088 ao leste da Inglaterra pouco depois que Rufus subisse ao trono. Tinha contido aquela revolta com uma repressão militar brutal e muitas promessas de bom governo, baixa de impostos e mudança nas duras leis do bosque. A vitória foi muito rápida. Os rebeldes perderam suas terras e se desvaneceram para sempre. Um dos amotinados tinha sido o primeiro duque de Kent, e grande parte de suas terras foram entregues como recompensa a Roger Portilla, junto com o título, porque Portilla tinha jogado um papel vital sufocando a rebelião, igual a Northumberland. Mas não transcorreu muito tempo antes que tirasse o chapéu que as promessas de Rufus eram falsas: as leis permaneceram igualmente ao longo e largo do país.


     Rolfe simpatizava com os rebeldes, mas sempre tinha sido cavalheiro do rei. Primeiro do Conquistador, e agora de Rufus. E se vivia para ver o dia, também o


seria do filho do Rufus. Mas sua lealdade estava apoiada em razões muito mais importantes que seu estrito código de honra e seu sentido do dever.


     William Rufus necessitava a guia de Rolfe, que não se cansava de conduzir o monarca para o caminho de uma administração mais justa e eqüitativa para seus súditos e para o reino. De fato, durante os quatro anos que tinham transcorrido da morte do arcebispo Lanfranc, a tendência de Rufus à arbitrariedade e a decadência cresceu. Lanfranc, igual a Rolfe, tinha tentado guiar moralmente ao rei enquanto viveu. O conde sabia que se separava do rei, Rufus ficaria sob a influência de seus amigos, homens iguais ou piores que ele.      E é obvio, Rolfe sempre protegia os interesses de sua família e de Northumberland, interesses que agora pretendia ampliar como nunca antes.


     Rufus despediu Duncan e a outros soldados. Nenhum deles foi capaz de dissimular sua curiosidade, todos e cada um estavam decididos a descobrir o mais rapidamente possível o que era aquilo tão importante do que tinham que falar o rei e Rolfe Herrera em privado.


     Ao partir, Duncan cravou em Rolfe um olhar assassino. O conde se perguntou o que pensaria quando soubesse que sua meio-irmã Maite estava prisioneira em Alnwick. Quando por fim partiram e fecharam a porta, Rufus riu.


     — São uns abutres, não é certo? Todos morrem por saber que notícias traz.


Temem que te congrace ainda mais comigo e eu te recompense com algo de incalculável valor. O pobre e querido Duncan está a borda da histeria, porque sabe que tudo gira ao redor de suas terras. — O olhar do rei se voltou duro. — Assim me diga, Rolfe, por que nos ficamos a sós? O que está ocorrendo?


     — Alfonso tem sob seu poder à filha de Malcolm Perroni, meu rei.


     Rufus afogou com o sorvo de vinho que acabava de tomar-se.


     — Deus! — O conde guardou silêncio deixando que o monarca assimilasse aquela importante noticia. Rufus começou a sorrir. Ruborizado, esfregou as mãos com cobiça. — Miúda sorte. Ah, Alfonso, que bem o tem feito! — burlou-se. — Encontrarei a maneira de recompensar a seu filho. Agora Malcolm terá que pagar.


O que podemos pedir?


     Rolfe não disse nada.


     — Responde, o que podemos lhe pedir?


     — Um dote.


     — E quem será a afortunada noiva?


     — Se Alfonso se casar com a filha de Perroni, será possível uma paz real e duradoura. Que melhor maneira de recompensar a meu filho? E se houver paz no norte, você poderá se dedicar por completo a Normandia.      Rufus sorriu sem nenhuma sentimento de humor.


     — Quer a paz, Rolfe, ou mais poder? É que não se basta com o que tem?


     — Traí-lhe alguma vez? Não o apoiei nos momentos de maior necessidade?


     — Não te dei mais que a nenhum outro? — Replicou Rufus.


     — Minha intenção é proteger a Inglaterra e a você, meu rei.


     O sorriso do monarca era amargo e zombador.


     — Conheço-te bem, Rolfe, e nunca me enganaste como têm feito muitos outros. Confio em ti mais que em ninguém. Neste atoleiro que chamamos corte, rodeado de tanta cobiça e ambição, você só procura proteger o legado de meu pai. Não é assim?      — Minha intenção é proteger a Inglaterra e a você, milorde, nunca duvide disso — repetiu Rolfe com firmeza.


     — Maldição! — Disse Rufus irritado. —Teria gostado de humilhar Malcolm!


     — Já foi humilhado, milorde. Não pode estar contente com o giro que deram os acontecimentos.      — Alfonso está prometido à irmã de Portilla — apontou então o monarca.


     — Os compromissos podem se romper — respondeu Rolfe com voz pausada.


     — E quando Malcolm morrer?


     — Quando morra, Northumberland apoiará a Inglaterra, como sempre.


     — E quando você morra?


     — Meu compromisso é o compromisso de Alfonso.


     — Assim voltamos para Alfonso — murmurou Rufus. — Crescemos juntos, como você bem sabe, mas não nos temos muito carinho — reconheceu com ironia.      — O carinho não significa nada, a honra, tudo. Está duvidando da honra de meu filho?


     — Não! — Rufus ficou pesadamente de pé. — Não, não o ponho em dúvida.


Nenhum homem seria tão estúpido para questionar a honra de Alfonso. Há algum homem que tenha mais que ele? Duvido.


     Rolfe o observou. Quando voltou a falar, o fez com voz suave e hipnótica.      — Sempre fui fiel, alteza, tal e como fui com seu pai. Sim, confesso que quero uma paz duradoura na fronteira. Confesso que quero a essa princesa como noiva de meu filho mais velho. Mas você, você obterá a Normandia.


     William Rufus ficou quieto e guardou silêncio.


     — O que ocorreu faz cinco anos voltará a acontecer. — Rolfe continuou utilizando o mesmo tom sedutor. — Têm muitos vassalos com interesses na


Normandia, como Odo de Bayeux ou Robert de Mortain, vassalos que não pertencem só a você, mas também a seu irmão Robert. É uma situação insofrível. Esses barões querem ter um só senhor, não dois. Devem ter um, e esse deve ser você.


     A Rufus ardeu o olhar.


     — Acredita que não sei do que está falando? Há muitos que ainda conspiram para colocar a meu irmão Robert em meu trono.      — E muitos outros que sabem que é muito fraco para ser rei da Inglaterra.


Robert nunca poderia unir a Inglaterra com a Normandia.


     Transcorreram vários minutos enquanto se mediam com o olhar. Finalmente,


Rufus sentou e se reclinou na cadeira. Tinha o rosto endurecido e sombrio. Não era nenhum mistério o enorme poder que a aliança proposta outorgaria a


Northumberland, nem o potencial desastre que teria lugar se os Herrera apoiassem a Escócia. Tampouco cabia dúvida de que Rolfe falava com sinceridade. E ele deveria estar livre para se dedicar a recuperar a Normandia... se queria seguir sendo rei da Inglaterra.      — Diga-me — disse Rufus de repente. — É bonita?


     — A princesa? — A pergunta do rei era estranha.


     — Sim, a filha de Perroni. É bonita?


     — Não sei — respondeu Rolfe com calma, perguntando-se aonde quereria chegar Rufus.


     O monarca encolheu os ombros subitamente.


     — Não há mulher mais bela que Anahi Portilla, e Alfonso não estava entusiasmado com ela.      Rolfe guardou silêncio. Não havia nada que dizer. Se seu filho encontrava bonita a sua noiva ou não, era completamente irrelevante.      — Já é suficiente. A idéia eu gosto... e pensarei sobre isto — assegurou Rufus com um sorriso.


     O conde assentiu e inclinou ligeiramente.


     — Isso é tudo o que lhe peço, senhor.


     Mas quando saiu dos aposentos sorria. E um pouco mais tarde, enviou um cavaleiro ao norte com uma mensagem para Malcolm Perroni.



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Autor(a): taynaraleal

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • Beatriz Herroni Postado em 23/03/2018 - 15:37:22

    Pq postou tudo de vez?Fica um pouco ruim de ler assim

    • taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 15:57:33

      Oi Beatriz, então eu postei tudo de uma vez, pois tenho novas adaptações vindo por ai, e como essa eu só estava repostando pq havia sido apagada eu resolvi finalizar toda de uma vez, sei que fica ruim de ler, mas foi a unica forma de me dedicar as outras, pois meu tempo é minimo. Espero que consiga ler essa, e as outras que estão por vir

  • maite_portilla Postado em 03/08/2017 - 17:24:36

    Agora sim a mai vai ter que dizer tudo pro poncho... Dulce melhor pessoa kkkk... Coninua logo <3<3<3

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:13:27

      Ainda está ai? vou continuar e com maratonaaaaa, espero que goste

  • Postado em 03/08/2017 - 17:22:18

    Ai Deus, acho que agora sim a mai vai revelar a vdd pro poncho... Adorei a Dulce kkkk... Continua logooo

  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 17:56:39

    eita, agora a mai nao tem mais para onde fugir. coitada, ate eu fiquei com um pouco de medo desse alfonso. sera que ele vai descobrir quem ela é de vdd? continua... to amando

  • maite_portilla Postado em 22/07/2017 - 00:57:58

    Adorei a historia... Continua <3

  • lunnagomes Postado em 19/07/2017 - 21:04:10

    Estou apaixonada pela história... continua

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:14:06

      Desculpa pelo sumiço, vou continuar e com maratona, se ainda estiver por ai, e quiser voltar, os comentários me estimulam muito


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