Fanfics Brasil - Capítulo 27 A promessa da rosa

Fanfic: A promessa da rosa | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 27

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Os condes de Northumberland chegaram à fortaleza a tarde do dia seguinte acompanhados de Dulce e Geoffrey. Alfonso não estava no castelo quando chegaram, assim Maite baixou para receber adequadamente a seus sogros, e intercambiou saudações quentes e afetuosas com todos. A jovem sentiu absurdamente agradada ao sentir que a família de seu marido não só a aceitava, mas também a apreciavam. Subiu a toda pressa as escadas para fiscalizar o traslado de suas coisas e as de


Alfonso do dormitório principal, desejando que tivessem lhe notificado com um pouco mais de tempo a chegada dos condes.


     Os gritos dos vigias da torre, seguidos do som dos cascos de um cavalo sobre a ponte levadiça, fizeram-na saber que seu marido estava em casa. Sorrindo emocionada, Maite aproximou da janela e observou como seu marido descia do cavalo e entregava as rédeas a seu escudeiro. Estava coberto de barro até os joelhos já que os últimos dias tinha estado chovendo sem cessar. Alfonso necessitaria um banho, mas a jovem estava convencida de que não o daria até depois de jantar. Sem dúvida quereria desfrutar primeiro da companhia de sua família.      Algo mais tarde, depois de ter assegurado de que o quarto principal estava limpa e preparado para seus sogros, Maite apressou em reunir-se com seu marido.


Quando aproximou do salão no piso inferior percebeu que o conde e seus filhos estavam imersos em uma intensa conversação sussurrada. Não tinha escutado nenhuma voz feminina quando descia, assim se sentiu uma intrusa e diminuiu o passo. Quando dobrou a esquina escutou Geoffrey comentando que os muros de


Carlisle eram virtualmente escombros e necessitavam uma reparação.


     A jovem mal tinha assimilado que estavam falando de Carlisle quando entrou


no salão. Ao vê-la, os três homens sentados à mesa guardaram silêncio imediatamente. Seu sorriso, a que tinha reservado para seu marido, desvaneceu e esqueceu a saudação que tinha nos lábios a ponto de ser pronunciado. Os três  Herrera giraram para olhá-la. Nenhum sorria. Estava claro que a jovem os tinha interrompido e também que não queriam que escutasse sua conversação.


     Mary deteve seus passos na metade do salão. Pela primeira vez desde que se casou sentiu como uma intrusa escocesa em lugar de como a senhora de Alnwick, mas, de algum jeito, conseguiu esboçar um sorriso que dirigiu diretamente a seu marido.


     — Boa tarde, milorde.


     Alfonso ficou em pé e avançou, mas não para saudá-la. Atrás dele, seu pai bebia cerveja e Geoffrey tamborilava com impaciência os dedos sobre a mesa.


     — Minha mãe está na sala com Dulce. Por que não vai ficar com elas?


     A jovem apertou os lábios, sentindo uma intensa dor no coração. Ele também via sua repentina aparição como uma intrusão não bem-vinda. Estava-a jogando. Não confiava nela e estavam falando das defesas de Carlisle. Não, não podia ser.


     Ficou olhando durante uns instantes em espera de um sinal, de qualquer indicação de que essa reunião privada não era o que parecia ser. Mas Alfonso se limitou a repetir aquela ordem mal disfarçada.


     — Por que não se reúnes com minha mãe na sala, milady?


     Maite tinha esforçado durante os últimos dias por agradá-lo, tinha-lhe devotado todo tipo de comodidades e tinha jurado abertamente obedecê-lo e apoiálo, e entretanto Alfonso não confiava nela. Não confiava nela e estava falando de Carlisle!      Incapaz de falar e cheia de temor, a jovem fez uma breve inclinação de cabeça antes de girar bruscamente para se dirigir à sala.


     Quando chegou, a condessa elevou a vista do bordado que tinha nas mãos e a olhou com preocupação. Dulce correu para ela com um grito de felicidade e começou a relatar as últimas notícias da corte de Londres. Maite assentiu e fingiu escutar, mas não estava ouvindo o que a menina contava. Tratou de dizer a si mesma que aquilo não era o que parecia, que estava se precipitando em suas conclusões e que seu marido, ao mandá-la sair da habitação, não era diferente à maioria dos homens quando falavam com outros cavalheiros. Mas os argumentos silenciosos para desculpar a conduta de seu marido lhe resultaram vazios, e nem ela mesma acreditou.


     Carlisle. O que planejavam? Estariam pensando na guerra? Poderia ser?


     Não era possível, gritou Maite em silêncio. Porque aquela mesma madrugada


Alfonso a tinha abraçado com deliciosa ternura depois de tê-la feito sua uma vez mais, e seu sorriso adormecido tinha falado de amor. E no dia anterior tinha dado uma rosa, sua promessa de amá-la... Ou isso tinha acreditado Maite. Porque se a amasse, não lutaria em uma guerra contra sua família pelo controle de


Carlisle.


     Tinha que averiguar quais eram seus planos. Mas, como escutar sem alertar à condessa? Maite olhou à mãe de Alfonso e ruborizou pela culpabilidade, porque a mulher a estava observando com expressão sombria sem fazer ameaça de utilizar o fio e a agulha, como se conhecesse suas intenções. A jovem se sentiu uma vil traidora, mas recordou a si mesma que não ia trair ninguém. Quão único queria era saber se seu marido pretendia fazer a guerra aos seus ou não. Tinha que sabê-lo.      Deve me amar um pouco, pensou desesperadamente. Só um pouco. Nesse caso não haveria nenhuma guerra. Alfonso se negaria a participar.      — Desculpe, condessa — disse Maite a lady Ceidre. — Não me encontro bem.


Acredito que vou subir e deitar um pouco. — Como odiava mentir a sua sogra.


     — Quer que ordene que levem algo de comer para você? — Perguntou a mãe de Alfonso ficando em pé e observando Maite com gravidade.


     A jovem não tinha apetite, assim declinou o oferecimento e saiu da sala. Os aposentos das mulheres davam diretamente ao grande salão, assim que uma vez mais interrompeu a conversação dos homens. Assim que eles a viram cessaram as palavras. Maite os ignorou e correu para a saída, embora o rosto ardesse pela humilhação. Só parou quando esteve a metade da escada e escutou como retomavam a conversação. Tremente e a beira das lágrimas, pensou que era uma recém casada apaixonada por seu marido e que entretanto estava a ponto de espioná-lo.


     Não podia ouvi-los bem, assim começou a baixar muito devagar e em silêncio as escadas. Quando chegou à segundo andar não pôde seguir avançando, já que se dobrava a esquina ficaria a vista de todos. Mas agora podia escutar com claridade que estavam falando do que ela mais temia... Traição contra seu pai...


Um ataque sobre o Carlisle.


     — Como está seu relacionamento com Anselm? — estava perguntando Alfonso com voz estranhamente neutra.      — Somos inimigos. É muito mais ambicioso do que nunca imaginei — respondeu Geoffrey muito sério. — Mas agora mais que nunca, Rufos necessita de Canterbury.


Meus espiões dizem que o príncipe Henry está tão enfurecido com suas bodas que se nega a participar desta causa. E eu tive que mendigar para reunir os homens necessários, já que o tesouro de Canterbury está sem recursos.


     — Sua missão está clara. E embora possa que agora não tenha dinheiro, não se esqueça do perto que está de conseguir sua verdadeira recompensa — assegurou Rolfe com firmeza. — Nenhum preço será muito alto se conseguir uma nomeação do rei. — Geoffrey não respondeu nada e seu pai continuou falando. — Não te engane. Agora Henry escolheu ter as mãos limpas para poder sujá-las em outra ocasião.


Não é melhor que lutemos todos juntos como se fôssemos um sozinho... e ser fracos como um sozinho? Certamente, Henry pensa se unir depois para que todos o vejam como um herói.


     — Com sorte, Carlisle cairá facilmente e economizará a todos muitas perdas e a mim um dinheiro necessário — manifestou Geoffrey gravemente atrás de outra pausa. — E evitará que Henry conclua seus planos.      — A chuva joga contra nós — comentou Alfonso com desânimo. — Os cavalos se movem com dificuldade no barro.


     — Eu teria preferido que esta emboscada tivesse tido lugar um mês atrás, se é que terá que levá-la a cabo. Mas agora não temos escolha — disse Rolfe. — O rei tomou uma decisão e não mudará de opinião.      — Sim — apontou Alfonso. — Rufus tomou uma decisão e nada nem ninguém o separará de seu caminho.      — Ao menos Malcolm estará despreparado — remarcou Geoffrey de novo com gravidade. — Depois de tudo, acaba de te casar com sua filha.


     — Sim — reconheceu Alfonso. — Sem dúvida surpreenderemos ao rei escocês.


     Maite engasgou. Seu marido tinha feito coro a seu irmão sem nenhum entusiasmo. Como podia ser tão objetivo, tão desapaixonado, quando estava discutindo sobre uma traição contra seu país, sua gente, sua família? De repente caiu na conta da importância do que acabava de escutar. Seu matrimônio era uma farsa, pensou amargamente. Não era uma esposa amada, só uma amante que fazia as vezes de serva. Não era importante para Alfonso. Caso contrário teria expressado ao menos um pouco de remorso por romper a aliança que tinha feito com seu pai! A jovem queria chorar e gritar sua decepção. Seu matrimônio não significava nada para seu marido além da utilidade política... E sem dúvida ela significava para ele ainda menos. Ofegando, agarrou-se ao corrimão e tentou não chorar.


     Não tinha sentido se abalar, decidiu obrigando a si mesma a recuperar-se da comoção, consciente do silêncio que ocorria no salão. Tinha descoberto o que tinha ido descobrir, o que não queria descobrir, o que temia descobrir. A dor alagava seu coração e quase era impossível conter as lágrimas. Imaginou aos homens absortos agora na emoção da batalha vindoura. Malditos fossem todos! E maldito fosse Alfonso, seu marido! Maite girou para subir as escadas e escorregou por causa de sua precipitação. Enquanto caía vários degraus abaixo não pôde evitar gritar. Horrorizada, convencida de que todos os que estavam no salão a tinham ouvido, ficou paralisada um instante antes de ficar de pé para fugir dali. Mas foi muito tarde. Seu marido era rápido, muito mais rápido que ela.


     Maite reconheceu imediatamente o tato de suas mãos e sua força. Alfonso a agarrou, deu-lhe a volta para olhá-la e a soltou. A jovem cambaleou, tanto pela força com que ele a tinha dirigido como pela expressão de seu rosto. Estava assombrado.      Mas naquele momento não lhe importou, naquele momento estava muito furiosa para que importasse.


     — Maldito seja — sussurrou, lamentando imediatamente suas palavras.


     O assombro de Alfonso se transformou em fúria. Maite girou e saiu correndo ao mesmo tempo em que dava conta da magnitude do ocorrido: Seu marido a tinha descoberto espionando.


     Quando escutou o som dos passos de Alfonso na escada, cortando a distância que havia entre eles, correu para os aposentos que estavam utilizando agora. Ia só um passo ou dois na frente dele, e girou para fechar a porta com a esperança de deixá-lo fora. Foi muito tarde. Seu marido estava no patamar e golpeou a porta contra a parede com o braço como se fosse de palha e não fosse feita de três capas de carvalho.


     Maite separou dele de um salto com as bochechas cheias de lágrimas.


     — Estiveste me espionando? A seu marido? — Perguntou enquanto se abatia sobre ela com expressão severa e o corpo tremendo de raiva.      — E você vais guerrear contra os meus? — Contra-atacou Maite. — Como pode iniciar uma guerra agora? — Gritou com o coração pulsando grosseiramente.      — Está me questionando? — Inquiriu Alfonso finalmente em voz baixa e contida, com os traços contraídos por causa da ira. — Está me acusando? Cumpro com meu dever, igual a você cumpre com o teu. — Maite não respondeu. Estava tremendo. — Milady — disse ele muito tenso — a guerra não é teu assunto. Você só deve ter uma preocupação, e é atender minhas necessidades.


     — Preocupo-me com suas necessidades — assegurou ela com voz tremente. — Mas se for guerrear contra minha família, a minha gente... Então essa guerra também se converte em minha preocupação! Não me peça que permaneça na ignorância agora!      — Não te peço que permaneça na ignorância. Mas preciso te fazer uma pergunta: Tenho sua lealdade?


     — Vais declarar guerra à Escócia, Alfonso? O vais fazer?


     — Não me respondeu, Maite. — Sua expressão, sua atitude, seu tom, tudo havia se tornado perigoso.      — Você tampouco me respondeu — sussurrou a jovem com voz quebrada. Tinha as palmas da mão apertadas contra o peito, contra seu coração dolorido.      — Responda-me, Maite! — exigiu Alfonso.


     — Sim — respondeu ela com o ânimo destroçado. — Sim.


     — Está mentindo? — Alfonso elevou o tom de voz. Seu olhar se voltou mais selvagem. — Estava me espionando?


     — Sim. — Maite fechou os olhos um instante.


     — Como vais ser uma esposa leal se me espionar, milady? — Ela não respondeu. — Responda! — Rugiu Alfonso.      Elevou a mão e ela, assustada, deu um pulo. Alfonso ficou paralisado por um momento antes de agarrá-la pelo ombro e sacudi-la.      — Estiveste espionando-me em minha própria casa! Acaso não é isso deslealdade?


     — Odeio-te! — Sussurrou. De repente, percebeu que estava chorando. Só umas horas antes tinha estado entre os braços daquele homem. Só umas horas antes se sentiu cheia de amor por ele. Por aquele homem para o qual ela não significava nada.      Olharam-se nos olhos durante um instante enquanto Alfonso a atraía para si.


     — Assim chegamos à verdade!


     — A verdade — disse Maite — é que não é diferente de meu pai. Casaste-te comigo para me utilizar, para que ajude-o em sua horrível traição.


     Alfonso a jogou sobre a cama e a jovem se encolheu esperando os golpes. Mas não chegaram. As mãos do normando, fortes e duras, obrigaram-na a ficar de barriga para cima de modo que não teve mais opção que olhá-lo.      — Minha traição? Minha traição? E ainda atreve a me acusar? O que quero é que você explique sua traição — exigiu, inclinando-se sobre ela.      Entretanto não ocorreu nada a Maite para dizer em sua defesa, o certo era que não tinha desejos de se defender naquele momento perante ele.


     — Onde está agora sua astúcia? Não vais negar sequer a acusação? — Ela tampou os olhos com o dorso da mão e guardou um obstinado silêncio enquanto Alfonso a sujeitava contra a cama. — É minha esposa, milady, minha esposa.


Pronunciamos nossos votos diante de Deus. O que acontece com seus votos?


     Estava tão furioso que a jovem não ficou mais opção que responder.


     — Se te dissesse a verdade não me acreditaria.


     — Vá! E que verdade quer me vender esta vez? Que me quer? Que nunca me trairá? — Ele estava gritando. Maite tremia, era impossível pensar que uns instantes antes tinha acreditado estar apaixonada por aquele homem. Sentou-se e apertou a manta com os punhos.


     — Por que me estava espionando? — Bramou Alfonso.


     — Para conhecer suas intenções! — Os olhos dela voltaram a encher de lágrimas.      — Para conhecer minhas intenções! — Alfonso riu sem indício de humor. — E para advertir Malcolm. Para advertir a seu pai. Para me trair.


     — Não!


     Ele guardou silêncio durante um breve momento, limitando-se a olhá-la fixamente.


     — Dê-me uma razão, Maite. Me dê uma razão para que acredite em você.


     — Não te dei razões suficientes durante os últimos dias para que confie em mim? — Ofegou.      — Esperas que confie em ti! — Alfonso pareceu não dar crédito durante um instante. — Do momento em que nos conhecemos tenta me enganar reiteradamente. Faria falta algo mais que uns quantos dias de luxúria para que confiasse em ti.


Ou me toma por um fraco e um estúpido?


     Maite estremeceu sentindo suas palavras como chicotadas em seu interior.


Para ela o que tinha compartilhado com ele era muito mais que “uns quantos dias de luxúria”. O tinha considerado como o começo de uma larga vida juntos.


Desolada, não pôde evitar que escorressem mais lágrimas pelas bochechas. Seu marido era um bruto sem sensibilidade. Como tinha podido considerá-lo em algum momento de outra maneira? Finalmente cruzou o olhar com seus olhos frios e implacáveis, e quando falou, fez-o em tom amargo.      — A traição receia da traição, não é certo?


     Alfonso moveu tão depressa que Maite não teve tempo de reagir. Arrastou-a até pôr a de joelhos e a apertou contra seu corpo.


     — Estou tão furioso que se continuar por esse caminho vou perder completamente o controle, Maite. E não quererá estar perto de mim quando isso ocorra. Não sobreviveria se acaso ocorresse.


     A jovem não o duvidava. Sentia-o tremer de raiva. Alfonso tinha o olhar cheio de ira e era aterrador naquelas circunstâncias. Estava agarrando-a com tanta força que causava dano, mas em certo modo, Maite agradecia aquela dor física, porque era mais fácil de suportar que a dor da traição que sentia ardendo nas vísceras.


     — Se eu te importasse o mínimo não me faria isto.


     — Embora me importasse não poderia me desviar de meu dever para com meu rei


— afirmou apertando a mandíbula sem deixar de olhá-la. — Nunca poderia amar a uma esposa desleal.


     Maite ficou paralisada. Alfonso a estava olhando de um modo que a fez desejar insistir de novo em que não era sua intenção traí-lo. Parecia como se ele estivesse esperando em certo modo aquela explicação, mas sem dúvida a jovem se equivocava. Não havia nenhuma possibilidade de que Alfonso a amasse embora fosse leal. Sua atitude, as palavras que tinha pronunciado no dia anterior, quando tinha lhe dado a rosa vermelha, atravessaram-na com força e começou a soluçar.


     — Alfonso...


     Ele esboçou um sorriso perverso e elevou a mão, impedindo que pudesse continuar.


     — Já é suficiente. Seque as lágrimas, seca isso agora mesmo. Suas ações demonstraram sua culpabilidade mais do que qualquer palavra... ou qualquer lágrima poderia demonstrar sua inocência.


     — Não — sussurrou Maite, consciente de que naquele instante estava rompendo o coração e que não lhe esperaria mais que um futuro miserável, a menos que o impedisse naquele mesmo momento. Mas, como, meu Deus?


     Alfonso se afastou bruscamente dela. Partia, seu matrimônio tinha ficado feito pedaços, seu amor arrojado ao barro. Maite levantou apoiando-se nas mãos, sentindo-se impelida a sair correndo atrás dele. Não deveria deixar que partisse assim. Mas então recordou quais eram as intenções de seu marido e se sentiu asfixiada pela amargura, incapaz de sair atrás dele, incapaz de chamá-lo.      Ele parou bruscamente na soleira lhe dando as costas. Parecia como se estivesse esperando uma explicação. Maite disse a si mesma que deveria falar antes que fosse muito tarde, antes que seu matrimônio ficasse destroçado para sempre. Abriu a boca mas não conseguiu articular palavra. Os ombros de Alfonso ficaram rígidos.


     — Sou um estúpido — disse com aspereza antes de partir.


     — Não! — Gritou Maite. Soube então que apesar da traição de Alfonso e da sua, não podiam terminar assim. Ficou em pé e se lançou atrás dele pelo corredor. — Alfonso! Alfonso!      Mas já era muito tarde. Partiu! A jovem caiu no chão e deu rédea solta à dor de seu coração com amargas lágrimas.



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Autor(a): taynaraleal

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • Beatriz Herroni Postado em 23/03/2018 - 15:37:22

    Pq postou tudo de vez?Fica um pouco ruim de ler assim

    • taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 15:57:33

      Oi Beatriz, então eu postei tudo de uma vez, pois tenho novas adaptações vindo por ai, e como essa eu só estava repostando pq havia sido apagada eu resolvi finalizar toda de uma vez, sei que fica ruim de ler, mas foi a unica forma de me dedicar as outras, pois meu tempo é minimo. Espero que consiga ler essa, e as outras que estão por vir

  • maite_portilla Postado em 03/08/2017 - 17:24:36

    Agora sim a mai vai ter que dizer tudo pro poncho... Dulce melhor pessoa kkkk... Coninua logo <3<3<3

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:13:27

      Ainda está ai? vou continuar e com maratonaaaaa, espero que goste

  • Postado em 03/08/2017 - 17:22:18

    Ai Deus, acho que agora sim a mai vai revelar a vdd pro poncho... Adorei a Dulce kkkk... Continua logooo

  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 17:56:39

    eita, agora a mai nao tem mais para onde fugir. coitada, ate eu fiquei com um pouco de medo desse alfonso. sera que ele vai descobrir quem ela é de vdd? continua... to amando

  • maite_portilla Postado em 22/07/2017 - 00:57:58

    Adorei a historia... Continua <3

  • lunnagomes Postado em 19/07/2017 - 21:04:10

    Estou apaixonada pela história... continua

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:14:06

      Desculpa pelo sumiço, vou continuar e com maratona, se ainda estiver por ai, e quiser voltar, os comentários me estimulam muito


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