Fanfics Brasil - Capítulo 4 A promessa da rosa

Fanfic: A promessa da rosa | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 4

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 A grossa porta de madeira do castelo de Liddel abriu para dar passo a um grupo de homens. Estavam empapados pela chuva e cobertos de barro, porque no exterior se desencadeou uma tormenta feroz. O céu estava negro e o vento uivava. Ressonavam os trovões e os raios iluminavam o céu. A rainha Margarida estava sentada ao lado do fogo no salão cheio de fumaça, imóvel e desesperada. Aos pés tinha seu bordado sem terminar. Ao escutar um som na entrada, levantou-se de repente.    



— Há notícias?    



Malcolm entrou à frente de outros homens e tirou seu manto empapado. O criado foi incapaz de agarrá-lo antes que caísse sobre os juncos enlameados do chão.    



— Não a encontramos, Margarida — reconheceu aproximando com grande rapidez de sua esposa. Ela emitiu um som aterrorizado e o agarrou pelas mãos.    



Quatro homens, todos empapados e esgotados, entraram no salão atrás dele. Os três filhos mais velhos de Malcolm e Margarida, exceto Ethelred, o sacerdote, estavam tirando os abrigos e pegando as taças de vinho quente que os criados serviam apressadamente. O quarto homem ficou quieto e observou fixamente o crepitar das chamas no lar enquanto formava um atoleiro a seus pés. Não fez nenhuma ameaça de tirar a capa empapada.    



— Encontrastes algo! — gritou Margarida agarrando a mão de Malcolm. — O que está ocultando?    



— São só especulações. Nada mais — respondeu seu marido com gravidade.    



Sua sombria expressão indicou à rainha que estava furioso e que mal podia conter a ira.    



— Do que se trata? O que encontrastes? Maite não pode ter desaparecido sem mais!    



Edmund girou. Era alto e magro, com as feições muito marcadas, igual a seu pai.    



— Mostre-o — pediu a seu pai. — Assim poderemos nos assegurar.    



Edward, o irmão mais velho, agarrou-o pelo braço para obrigá-lo a dar a volta de novo.    



— Deixe a mãe em paz — advertiu. — Não tem sentido preocupá-la ainda mais.    



— Com essa atitude não chegará a nenhuma parte. — Edmund franziu o cenho. Era um ano mais novo que Edward, e de todos eles era o que mais parecia com Malcolm. — Quer encontrar Maite ou não?    



— É obvio que sim!    



— Já basta! — Gritou Margarida, perdendo por completo sua habitual calma. — Como se atrevem a brigar agora? Malcolm! Diga-me. Acredita que...? — Perguntou aterrorizada.    



Seu marido agarrou as mãos dela.    



— Ontem viram uma patrulha de normandos a menos de uma milha de Liddel.    



— Crê que...? — Perguntou aterrorizada.    



— Mostre-o, pai — insistiu Edmund. — Pergunte se é de Maite.    



Edward deu um murro em Edmund no ombro, mas este era mais forte e o golpe só o fez cambalear ligeiramente. Edgar acudiu imediatamente em ajuda de Edward, disposto a saltar sobre Edmund, até que um grito de seu pai deteve a briga.     Então, Malcolm tirou do cinturão uma parte de tecido branco e molhado. Edward emitiu um som de protesto. Edgar, que tinha um ano mais que Maite, estava pálido. Mas o rei ignorou a seus filhos e desenrolou com cuidado o tecido olhando a sua esposa.    



— Poderia ser isto uma parte da regata de Maite?    



Margarida abriu os olhos de par em par e conteve a respiração.    



— Onde o encontrastes?    



— No lugar em que os normandos instalaram o acampamento — respondeu seu marido com gravidade.    



A rainha cambaleou, mas Edward e seu marido a agarraram ao mesmo tempo e conseguiram estabilizá-la.    



— Não tema, mãe — tentou tranqüilizá-la seu filho mais velho. Mas tinha a mandíbula apertada. — A encontraremos e a traremos para casa.    



— Só temos que encontrar ao filho de uma cadela que a levou — assegurou Edgar com voz sombria lançando um olhar rápido ao homem calado que seguia contemplando as chamas. Devido à pouca diferença de idade que havia entre eles, Edgar era o irmão mais próximo a Maite. De meninos eram inseparáveis. E inclusive agora, quando Edgar não estava lutando, era normal encontrá-lo com sua irmã.    



— Se tiverem feito mal a ela...    



— Matarei-os a todos, até acabar com o último normando traiçoeiro! — Gemeu Malcolm. — Acabarei com todos!    



— Vamos já, pai — urgiu Edgar. Seus olhos verdes brilhavam com determinação. — Se cavalgarmos toda a noite podemos estar em Alnwick ao amanhecer.    



— Alnwick? — perguntou Margarida. — Isso não está em Northumberland?    



— Esta manhã viram suas tropas na zona — respondeu Malcolm de maus modos. — foi o cachorrinho bastardo. Quem além dele se atreveu a raptar a nossa filha?    



Nos últimos tempos, Alfonso Herrera se converteu no pior pesadelo do rei escocês.    



Margarida estava pálida como uma morta.    



— Minha pobre Maite. Meu Deus, protege-a — gemeu, rezando não pela primeira nem pela última vez. — Por favor, que retorne a nós ilesa.    



— Isto é minha culpa! — Explodiu de repente o homem que estava diante da lareira, girando para olhá-los. Seu cabelo avermelhado ardia à luz do fogo. — Se não me tivessem detido teria estado com ela e não teria permitido que caísse nas mãos de Herrera.



 A agonia que estava passando aquele jovem se via refletida nas linhas de cansaço de seu rosto. Margarida aproximou rapidamente dele com a intenção de consolá-lo apesar de sua própria dor.    



— Não é tua culpa, Doug. Maite sabe que não deve vagar sozinha fora destes muros. — Os olhos dela encheram de lágrimas. — Dissemos a ela em numerosas ocasiões que deve se comportar como corresponde a uma princesa e não a uma órfã. Se alguém tiver culpa sou eu, por não ter conseguido domar seu espírito.    



— Não é tua culpa, Margarida — assegurou Malcolm com um tom mais suave. — A única culpada é Maite, e quando lhe puser as mãos em cima não poderá sentar em uma semana. — Voltava a estar zangado. — Como pode ter sido tão estúpida! — Girou para olhar Doug Mackinnon. — E você é igual de culpado, por tentá-la como fez para que fosse a seu encontro. Já me encarregarei de ti quando tiver acabado com ela.    



Doug se manteve em silêncio, mas apertou os lábios em gesto tenso.    



— Malcolm, temos que saber com segurança onde está — soluçou Margarida.    



— Não tema, mãe — a consolou Edward tomando a mão dela. — Estamos seguros de que foi o herdeiro bastardo de Northumberland. Encontramos duas peças mais de linho antes que escurecesse muito para seguir a pista, e estava claro que se dirigiam para o nordeste. Quem além de Maite seria tão ardilosa para deixar esses pequenos sinais? Pelo menos, seu ânimo permanece inteiro.    



Margarida se deixou cair na cadeira. O coração pulsava com tanta força que se sentia desvanecer.    



— Tenho que mandar procurar Maude — murmurou referindo-se a sua filha mais nova, que era noviça na abadia de Dunfermline. — Necessito de Maude, Malcolm!    



Mas a dolorosa verdade era que necessitava de Maite. Como precisava saber que sua querida e obstinada Maite se encontrava bem!    



Seu marido a pegou pelas mãos.    



— Enviarei esta noite a um de meus homens, estará aqui a seu lado pela manhã.    



Margarida o olhou com gratidão. Era um homem duro, difícil inclusive, mas ela sabia que não era singelo ser o rei dos escoceses. Nunca o tinha culpado por seus enganos. E ainda não a tinha enganado nenhuma só vez durante seu comprido matrimônio. Sabia que Maude estaria com ela pela manhã, e se alguém podia resgatar Maite, esse era seu marido.    



— Estamos perdendo tempo! — Exclamou Edgar. — Sabemos que foi Herrera, assim vamos sitiá-lo imediatamente!    



— Não seja estúpido — replicou Edmund. — Não podemos ver na escuridão. E não terá que precipitar um assédio... se é que é necessário. — Seu tom era cético.    



— Você deixaria que Maite apodrecesse ali, verdade? — gritou Edgar.    



— Não disse isso — respondeu o aludido com frieza.    



— Ninguém vai deixar que Maite apodreça — assegurou Edward dirigindo a Edmund um olhar frio como o gelo.    



— Já basta! Não posso suportar estas rixas! Agora não! — Todo mundo girou para olhar a Margarida. — E tampouco haverá nenhuma guerra! — Exclamou ficando em pé.    



Raramente dava ordens, e nunca interferia em assuntos políticos, mas agora tremia com a força de sua determinação.    



— Malcolm, pagará qualquer resgate que exija esse Alfonso Herrera. Deve fazê-lo!    



— Não tem com que se preocupar — tranqüilizou seu marido. — Minha querida, por que não vai para cima descansar?    



Embora Margarida sabia que aquela noite não conseguiria dormir, estando Maite desaparecida, assentiu com a cabeça e obedeceu. O silêncio encheu a sala até que ela saiu do salão.    



— O que tem pensado fazer? — perguntou Edward com desconforto.    



Malcolm esboçou um sorriso feroz.    



— Farei o que terei que fazer, meu filho. Escutem com atenção. Pode-se tirar um benefício disto, e minha intenção é consegui-lo. 



  As primeiras gotas de chuva começaram a cair com ritmo constante sobre as almeias de Alnwick no momento em que Maite parou diante a porta aberta dos aposentos do normando. Não tinha considerado a possibilidade de não atender sua chamada, embora estivesse virtualmente paralisada pelo medo ao pensar no que poderia ocorrer. Ele levava postos unicamente seus calções de linho, e vê-lo com tão pouca roupa fez que seu pálido rosto ardesse com um súbito calor.    



Ele a olhou sem expressão. O som da chuva, que agora golpeava com decisão sobre o telhado, enchia o silêncio do quarto.    



A jovem, que estava imóvel na soleira do quarto, jogou uma rápida olhada a seu redor enquanto o coração pulsava em um ritmo frenético. Tinha considerado a possibilidade de revelar sua identidade. Apesar do pânico crescente que sentia e de ter tido menos de uma hora para elucidar seu dilema, tinha repassado cuidadosamente as alternativas.    



Até o momento em que tinha ido aos aposentos de seu inimigo, tinha albergado uma pequena esperança de sair ilesa do encontro. Não aceitaria sua própria ruína, ao menos não de forma total. Estava decidida a não dar o braço a torcer na luta que estava chegando, uma luta em que estavam em jogo sua virtude e seu orgulho. Lutaria contra ele. Se mantinha firme sua determinação, negandose a que a seduzisse como tinha estado a ponto de ocorrer com antecedência, e se o normando havia dito a verdade a respeito de sua aversão à violência, então não a violaria.    



Mas qualquer esperança que pôde ter tido morreu subitamente. Ao tê-lo diante de si, cravando aquele olhar brilhante, Maite não acreditou capaz de renunciar a possuí-la e soube qual seria seu destino. Porque preferia aceitar sua própria ruína, antes de revelar sua identidade e oferecer a seu captor uma vantagem sobre seu pai.    



No exterior uivava o vento e, pela primeira vez aquela noite, um trovão ressonou diretamente sobre suas cabeças. Maite estremeceu.    



— As tormentas sempre a coloca assim nervosa? — Perguntou Alfonso.    



Ela o olhou e apertou a mandíbula. Uma luz cruzou o céu e, durante um instante, a completa escuridão exterior tornou branca.    



Sabia que estava observando-a. A jovem fez um esforço por manter o olhar na janela, contemplando a chuva enquanto caía em pesadas correntes de prata. Não era uma tarefa fácil. A presença daquele homem era avassaladora. Deslizou a vista para a cama com dossel e viu que estava no meio do quarto. As cortinas da cama estavam abertas e as peles e as mantas dobradas a um lado.    



O quarto parecia muito quente. Estava custando muito trabalho respirar com normalidade. Apesar da inclemência do tempo, desejou que o fogo extinguisse até se converter em meras brasas. Desejou que o homem deixasse de olhá-la fixamente e poder fazer algo, qualquer coisa, para acabar com aquela tortura, com aquele suplício.    



Ele, finalmente, aproximou-se dela com lentidão, sem dar nenhuma amostra da impaciência que seu corpo devia estar sentindo. O chão de pedra estava coberto de grossos tapetes e seus pés nus não fizeram nenhum som. Guiou-a para o interior do aposento sem a jovem opor resistência e fechou a porta atrás deles.    



Maite levantou a vista e o olhou com os olhos muito abertos, tremendo e sentindo como se tivesse fechado a porta a seu destino. E talvez assim tivesse sido. O comportamento de Alfonso indicava que não havia volta atrás. Decidida a permanecer calada o mesmo tempo que ele, manteve o olhar demonstrando a ele sua valentia.    



Alfonso sorriu e Maite cambaleou para trás. Ele a sujeitou sem dificuldade. Mas em lugar de estabilizá-la, apoiou-a contra si.    



— Não tem que ter medo — assegurou.    



— Não tenho medo de você... Normando! — Espetou.    



Mas já estava entre seus braços. A calidez de seu peito indicou que ele também estava sentindo calor e, ao sentir como seu rígido membro apertava contra seu abdômen, Maite tentou inutilmente afastar-se dele.    



— Acaso acredita que me chamar normando é um insulto? — Parecia divertido.    



— Bastardo — sussurrou ela cessando um instante a resistência. Estava ofegando. Ele era muito forte. Tal e como tinha imaginado, estava perdida.    



— Isso é certo — murmurou Alfonso. — Temo que não posso mudar as circunstâncias de meu prematuro nascimento. De verdade pretende me insultar com essas palavras?    



— Não, mas vai me fazer mal, verdade? Não posso esperar outra coisa de alguém como você.    



Ele deslizou uma de suas poderosas mãos pelas costas feminina, o que provocou que Maite estremecesse.    



— Ahh, tem medo. Sei que é muito pedir que confie em mim. Mas não te farei mal, ao menos não depois da primeira vez. O corpo da mulher está preparado para receber a um homem, inclusive a um como eu.    



Os seios de Maite elevaram e voltaram a baixar com força. Sua declaração evocava a lembrança de suas apaixonadas carícias no dia anterior... e uma emoção que estava decidida a negar. Lutaria contra ele, porque, mártir ou não, aquele era claramente seu dever. Sua vontade devia ser mais forte que seu corpo. Devia sê-lo.    



— Me... defenderei-me — advertiu entre dentes.     — Não acredito. — Seu divertido sorriso voltou a brilhar. — Claro que, podemos terminar com nosso dilema facilmente. Não tem mais que pronunciar duas palavras: o nome e sobrenome de seu pai.    



— Não!    



Maite se agitou contra ele e Alfonso obrigou-a a ficar quieta imediatamente, agarrando o firme montículo de suas nádegas. Ela ficou paralisada.    



— Quer que ponhamos a prova sua determinação? — Murmurou no ouvido dela.    



A jovem mal era capaz de falar, devido à estratégica colocação de seus dedos.    



— Acabemos... com... isto.    



O normando permaneceu imóvel durante um instante.    



— Um convite que não posso rechaçar. Isso significa que tem intenção de guardar seu segredo, que vais entregar sua virgindade em lugar de sua identidade?    



Maite o olhou fixamente. Tinha detectado uma mudança sutil em seu tom de voz, que já não parecia tão despreocupado, a tensão aparecia sob a superfície de suas palavras. Os olhos brilhavam mais, as aletas do nariz se moviam, agora a sujeitava com mais força, e a evidência de seu desejo seguia apoiando com força contra ela. Alfonso tratava de ocultá-lo, mas naquele momento não cabia lugar a duvida em relação à intensidade de sua excitação. A jovem assentiu uma vez com a cabeça. Era incapaz de falar.    



Ele sorriu lentamente.    



— Chegamos a este ponto, devo adverti-la que meu interesse pela verdade diminuiu. Se for falar, faz-o agora, antes que seja muito tarde.    



Aturdida, a jovem pensou que provavelmente já era muito tarde, e percebeu que, sem querer, suas mãos repousavam sobre os quadris de Alfonso. Encontrou-os firmes e percebeu sua calidez inclusive através do magro linho de seus calções. Então, entendeu o significado de suas palavras.    



— Não tenho nada que dizer — assegurou com voz fria ao mesmo tempo em que apartava as mãos com dificuldade.    



— Seriamente? — Perguntou com a voz um tanto entrecortada, antes de elevar a jovem com suas mãos.    



Maite ficou imóvel, sabendo que devia fazer algum esforço para resistir. Mas seus olhares cruzaram e sua vontade morreu ali mesmo. Para seu assombro, percebeu que seu corpo desejava aquele poderoso homem e que estava se agarrando a ele em lugar apartá-lo de si.    



Estavam a um passo da cama. Sem sorrir, Alfonso a deslizou até o centro do colchão e Maite se encontrou deitada sobre as costas. Seu olhar, como o resto dela, estava cativado pela intensidade do dele.    



— Esta é sua última oportunidade — disse com voz rouca enquanto apertava os punhos. — Mas não te ocorra mentir.    



A jovem custou trabalho recordar tudo o que estava em jogo.    



— Sou... sou Mairi Sinclair — sussurrou.    



Alfonso curvou os lábios e inclinou sobre ela ao mesmo tempo em que deslizava o olhar por seu rosto ruborizado, seus seios e suas esbeltas pernas.    



— O tempo das palavras já passou.    



Ela agarrou a colcha da cama. Tinha esquecido o mormaço do quarto e deixado de escutar o crepitar do fogo, um som que se misturava com o da chuva, sumindo para um nada. Os relâmpagos iluminavam o céu da noite que o normando tinha atrás, mas Maite tampouco foi consciente disso. Todos seus sentidos estavam concentrados na imponente presença masculina que se abatia sobre ela, e no doloroso pulso de seu próprio corpo.    



Alfonso deslizou na cama a seu lado e a ajudou a sentar com um movimento firme mas suave. Não se apressou. Dissimulava muito bem qualquer urgência que pudesse sentir. A jovem emitiu um som profundo da garganta, que se pareceu suspeitosamente a um gemido. Entrelaçaram as olhadas. Sem deixar de olhar seus olhos, ele deslizou com lentidão os véus que Dulce tinha emprestado, deixando livre seu comprido cabelo preto. As mãos do normando tremeram enquanto seus dedos acariciavam sua juba até chegar aos cachos que tinha à altura dos quadris.    



Maite, completamente imobilizada, perguntou si mesma se ia beijá-la. Então, Alfonso sorriu, rasgou a túnica e a deixou indefesa diante seu olhar.    



A jovem gritou.    



— A tomarei nua — disse enquanto ela tentava saltar da cama.    



A jovem voltou a gritar, furiosa. Alfonso a agarrou e esta vez a atirou sobre o colchão, apartando a um lado os restos de sua roupa. Antes que Maite pudesse escapar o tinha em cima, pressionando-a. Só um fino farrapo de linho separava a rigidez do desejo masculino da suavidade que se escondia entre as pernas femininas.    



— Maldita seja! Quem é? Dirá-me a verdade, e me dirá isso agora mesmo!    



— Assim depois de tudo não vou ter escolha! — Exclamou, raivosa.    



Ele riu. Quando Maite elevou os punhos, agarrou-a pelos pulsos e os colocou por cima da cabeça, sujeitando-a assim à cama. Alfonso abriu as pernas dela com um joelho, colocou-se entre elas e começou a incitá-la com o roçar de seu corpo. Seguiu fazendo-o até que sua raiva foi desvanecendo, mas o pulso da jovem não diminuiu. Ao contrário, acelerou-se desafiadoramente, provocando que Maite, indefesa, gemesse.    



A firme boca de Alfonso aproximou ainda mais à sua, fazendo que sua respiração lhe roçasse o rosto. Seus olhos brilhavam agora perigosamente.    



— Sua história tem certa solidez — ele disse em voz baixa. — Mas isso só demonstra que é uma mentirosa experimentada. Isso devo reconhecer. Toda minha vida estive rodeado de mentirosos e traidores, e adquiri muita prática desmascarando-os. Não acredito que seja a filha bastarda concebida em um curral do senhor Sinclair. Meu instinto me diz que é muito mais do que assegura. Digame de uma vez qual é seu nome.    



Maite o olhou nos olhos. Estava pressionando-a além de sua resistência.    



— Nunca.    



Ele se assombrou. Aquela era a primeira vez que a jovem admitia que estava mentindo, que não era Mairi Sinclair, que havia uma verdade oculta. Não cabia dúvida de que acabava de jogar a luva.    



O normando sorriu sem alegria e se desfez de seus calções. Ao perceber o que aquilo significava, Maite gemeu.    



— Ainda temos que terminar com nosso assunto. — Sua expressão era dura, o suor perolava as maçãs do rosto. — Escolhe. Ou me diz sua identidade... ou me entrega sua virgindade.    



A jovem estava paralisada, não podia falar. Estava resultando extremamente difícil entender suas palavras ao senti-lo nu entre suas coxas. Fez um esforço por recuperar o fôlego e seus quadris se moveram involuntariamente, convidativos.    



Alfonso cobriu um seio com a mão.    



— Quem é? — Sussurrou com voz rouca enquanto a atravessava com o olhar.    



Ela fez um esforço para recuperar a prudência.    



— Nunca saberá! — Exclamou em um sussurro tão rouco como o dele.    



O breve sorriso que o normando dirigiu não mostrava nenhuma alegria. Sem dúvida, aquilo era um sinal de perigo. A jovem estava rígida e paralisada. Ainda sorrindo, ele inclinou muito devagar a cabeça e sua língua roçou o duro mamilo. Ela mordeu o lábio para não gritar. O normando tinha soltado uma mão e a jovem a converteu em um punho para evitar agarrá-lo. Um instante mais tarde, Alfonso introduziu todo seu seio na boca. Maite finalmente se escutou gritar.    



Ele levantou a cabeça. Tinha o rosto quase grudado ao dela.    



— Diga-me quem é, diga-me isso agora. Não tem por que pagar com sua virgindade. E, me acredite, está perigosamente perto de perdê-la.    



Maite não podia responder. Estava sentindo um profundo prazer... e uma intensa necessidade. Tinha levantado o punho para apoiá-lo lentamente sobre seu ombro duro e nu, e, sem perceber, abriu os dedos e os deslizou sobre sua pele. Ele estremeceu.



     — Quem é? — Murmurou com voz rouca e apenas audível. O brilho de seus olhos era selvagem. — Diga quem é.    



Maite não podia recordar quem era e emitia pequenos gemidos de prazer. Olhava-o fixamente nos olhos, desejando que sua boca posasse na dela. Alfonso esboçou um sorriso torcido e, sem deixar de observá-la, tocou-lhe um seio com suavidade. Logo deslizou os dedos por seu ventre e seguiu baixando. A jovem gritou ao sentir que ele apartava com delicadeza as úmidas dobras de sua inocência e que começava a torturá-la acariciando com o polegar o centro de seu prazer. Afligida, jogou a cabeça para trás e esqueceu qualquer pensamento coerente, enquanto começava a gemer sem saber o que estava fazendo.    



— Diga-me isso antes que seja muito tarde! — Exigiu ele. — Quem é?    



Ela faria algo que ele pedisse com tanto que a seguisse tocando.    



— Mairi — sussurrou.    



— Deus — gritou ele com voz quebrada.    



Maite também gritou ao sentir que Alfonso tinha substituído seus dedos por algo muito mais duro, que a atormentava sem piedade. Em algum momento tinha soltado a outra mão e ela se aferrou a ele furiosamente.    



— Mairi — gemeu ele.    



— Sim, por favor, Alfonso!    



Seus olhares cruzaram. O dele era duro, carregado de agonia e frustração. Erguia-se sobre ela com o rosto quase colado ao dela e os olhos ardendo com a chama de um desejo incontrolável, movendo a ponta de seu poderoso membro sobre sua suave carne uma e outra vez, como se também ele estivesse indefeso ante a força de sua paixão. Maite arqueou as costas sem controle, soluçando e sussurrando seu nome.    



— Que Deus me ajude — exclamou ele antes de descer sobre a boca dela. — Já não me importa!    



O grito feminino de euforia ficou talhado pelo beijo. Maite se abriu a ele sem reticências, deixou que saqueasse sua boca, que a explorasse, que não deixasse um milímetro de pele por conhecer, urgindo-o a que a possuísse por completo. Alfonso emitiu um som profundo e grave, e se colocou em posição para fazê-la sua enquanto a jovem rodeava seus quadris com as pernas e se arqueava contra ele.    



— Por favor — gemeu.    



— Mairi — sussurrou Alfonso estreitando-a entre seus braços e afundando-se em seu interior de um só movimento.    



A dor durou menos de um segundo, porque estava tão úmida e excitada que chegou quase imediatamente a um intenso e profundo êxtase. Seus gritos de prazer, tão antigos como a noite, alagaram o quarto de pedra, ao mesmo tempo em que selvagens estremecimentos apoderavam de seu corpo, deixando-a virtualmente sem sentido.    



Foi ressurgindo pouco a pouco. Não tinha forças e sentia as pernas pesadas, parecia como se a tivessem drogado.    



Fora havia tormenta. O vento uivava, a chuva caía e a cada pouco tempo os relâmpagos iluminavam a noite e o quarto em que estavam.    



Alfonso Seus corpos continuavam unidos, e ele ainda estava parcialmente ereto. Sua mente confusa recuperou de repente a lucidez suficiente para se sentir dolorida e ressentir da invasão do enorme corpo masculino dentro do dela, muito menor. E o que era pior, muito pior, tinha a lucidez suficiente para sentir horrorizada.    



O que tinha feito?    



O normando incorporou um tanto para apoiar sobre um cotovelo e seus olhares cruzaram. Ao ver o horror refletido nos olhos femininos, apertou a mandíbula. Mas antes que Maite pudesse afastá-lo de si, sentiu como seu enorme membro voltava a cobrar vida dentro dela, crescendo, inchando.    



— Logo — disse Alfonso com voz quebrada. — Logo poderá se dedicar a lamentar.    



A jovem ficou tensa e abriu a boca para protestar, mas quando os firmes lábios masculinos cobriram os seu e ele começou a mover os quadris, Maite soube que estava perdida.




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Autor(a): taynaraleal

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Beatriz Herroni Postado em 23/03/2018 - 15:37:22

    Pq postou tudo de vez?Fica um pouco ruim de ler assim

    • taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 15:57:33

      Oi Beatriz, então eu postei tudo de uma vez, pois tenho novas adaptações vindo por ai, e como essa eu só estava repostando pq havia sido apagada eu resolvi finalizar toda de uma vez, sei que fica ruim de ler, mas foi a unica forma de me dedicar as outras, pois meu tempo é minimo. Espero que consiga ler essa, e as outras que estão por vir

  • maite_portilla Postado em 03/08/2017 - 17:24:36

    Agora sim a mai vai ter que dizer tudo pro poncho... Dulce melhor pessoa kkkk... Coninua logo <3<3<3

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:13:27

      Ainda está ai? vou continuar e com maratonaaaaa, espero que goste

  • Postado em 03/08/2017 - 17:22:18

    Ai Deus, acho que agora sim a mai vai revelar a vdd pro poncho... Adorei a Dulce kkkk... Continua logooo

  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 17:56:39

    eita, agora a mai nao tem mais para onde fugir. coitada, ate eu fiquei com um pouco de medo desse alfonso. sera que ele vai descobrir quem ela é de vdd? continua... to amando

  • maite_portilla Postado em 22/07/2017 - 00:57:58

    Adorei a historia... Continua <3

  • lunnagomes Postado em 19/07/2017 - 21:04:10

    Estou apaixonada pela história... continua

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:14:06

      Desculpa pelo sumiço, vou continuar e com maratona, se ainda estiver por ai, e quiser voltar, os comentários me estimulam muito


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