Fanfics Brasil - Capítulo 7 A promessa da rosa

Fanfic: A promessa da rosa | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 7

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    Alfonso se ergueu, sua envergadura e sua altura eram esmagadoras.


     — E o se fosse assim? O que é o que tanto a desgosta? Encontrar-me tão desejável como eu encontro a ti? Se ceder a mim, desfrutará muito de sua estadia em Alnwick.


 


     — Desejo-te, isso é certo — reconheceu muito devagar apertando os dentes.


Odiava admiti-lo inclusive diante si mesmo. — Mas te odeio ainda mais. Bastardo filho de uma cadela!     


 


Alfonso sujeitou a mão com mais força enquanto seus lábios desenhavam a sombra de um sorriso.    


 — Prefiro mil vezes o som de meu nome de batismo saindo de seus lábios.


    


Não havia dúvida ao que se referia.


     — Prefere o som de seu nome saindo de meus lábios... Ou dos de Anahi Portilla ? — Vaiou Maite.


    


O normando ficou paralisado.


    


— Ela nunca há dito meu nome com tanto ardor como você.


  


  — Oh! — Tremia, tanto de dor como de raiva. — Assim é muito boa para você abusar dela. Só abusa das donzelas que rapta, milorde, inclusive quando não são o que parecem? Ou é porque sou escocesa? É essa a razão pela que tomou minha virgindade sem pensar nas conseqüências? Eu sou escocesa, mas sua herdeira é uma mulher inglesa.


    


— Não abusei que ti — afirmou com o rosto aceso. — Assim deixa sua hipocrisia a um lado. E o fato, está feito. Não lamento meus atos. Sim sinto, em troca, o preço que deve suportar você. Quando chegar o momento, eu te manterei.


 


Não tem que se preocupar nesse sentido.


    


Ela inclinou para trás como se a tivesse esbofeteado. Estava referindo ao momento em que cansasse dela e a enviasse para longe.     


— E deveria-me sentir aliviada pelo fato de que não me deixará sem dinheiro? Oh, que nobre é! — Os olhos encheram de lágrimas e girou para partir.


   


 — Deveria recordar que ontem à noite foi coisa dos dois — sussurrou


 


Alfonso, agarrando-a pelo pulso e girando-a para obrigá-la a olhá-lo. — Esteve tão disposta como qualquer outra mulher que tenha metido em minha cama. Mais, de fato.     


 


Ela protestou sem emitir nenhum som identificável e tentou soltar o braço sem consegui-lo.


  


  — Poderia ter revelado sua identidade — espetou ele com seus escuros olhos brilhando como chama. — Você formou parte do ocorrido. Pode optar por esquecê-lo, mas eu não.     


 


— Vou retornar para cima. Já não tenho fome — assegurou Maite com grande dignidade.    


 


 A verdade doía. Por muito que seu objetivo tivesse sido unicamente continuar com o engano, tinha participado de forma ativa em sua própria sedução. Mesmo assim, negava-se a derramar as traidoras lágrimas que apareciam em seus olhos e que não tinham capacidade naquela amarga discussão.


   


 — Estou cansada. Se me desculpar...


   


 Alfonso  a olhou com fixidez antes de falar.     


— Então vá à sala das mulheres. Enviarei seu café da manhã ali. E recorda que desejo uma trégua, mas que você também deve colaborar para obter a paz.                    


               


     Maite sopesou a possibilidade de voltar a desobedecê-lo, mas no final caminhou a toda pressa para o solar como se fosse seu refúgio. Fechou a porta e apoiou contra ela sem fôlego. A cabeça dava voltas. Só podia pensar em seu recente encontro, no da noite anterior e no que teria lugar horas mais tarde.     


 


Odiava-o de verdade. Ele tinha enviado-a para a ruína sem se importar. Suspeitava que seu nome não era Mairi Sinclair e, entretanto, tinha seguido fazendo amor até o final. Era cruel, vaidoso e egoísta. Maite sabia sem lugar de dúvidas que nunca trataria igual sua noiva inglesa, nem sequer à filha de algum insignificante cavalheiro inglês. A diferença estava em que ela era uma bárbara escocesa.


    


Uma bárbara escocesa, sim, e também uma princesa, recordou Maite. Se ele tivesse sabido que era a filha de Malcolm, não a teria levado a cama. Disso estava segura. Recordou também que a perda de sua virtude era insignificante, que tinha escolhido conscientemente sacrificar antes que revelar sua identidade.


   


 Mas, o que a aguardava agora? Perguntou-se com desespero. Quando se cansasse dela e desse a liberdade, então o que? Antes do ocorrido na noite anterior tinha resultado em certo modo fácil pensar em retornar a casa com Doug. Entretanto, como ia olhá-lo agora? E se o normando a utilizava com tão pouco cuidado que a deixava grávida? Maite sobressaltou diante aquele pensamento.     


 


Algo a distraiu de sua obsessão. A luz que desenhou por cima da porta recordou que havia dito que enviaria o café da manhã. Deu permissão à criada para que entrasse e se surpreendeu ao ver que a irmã mais nova de Alfonso,


Dulce, penetrava também na sala.


    


Elas se conheceram no dia anterior. Em sua angústia, Maite mal tinha prestado atenção à pequena e tinha respondido sem pensar a suas curiosas perguntas. Dulce Era uma menina preciosa que prometia se converter em uma mulher muito bela.     


 


— Minha companhia incomoda a você? — Perguntou Dulce com um sorriso radiante.


    


O certo era que uma companhia agradável seria estimulante. Maite se deixou cair em uma cadeira, consciente pela primeira vez naquele dia de que estava esgotada e ultrapassada por tudo o que tinha ocorrido, por não mencionar a noite em branco. Estava cansada de pensar.     


 


— Não me incomoda. Virá-me bem. Você gostaria de tomar o café da manhã comigo? — Em seu tom de voz tinha aparecido uma nota esperançada.     


 


Sorrindo, a menina aproximou mais e negou com a cabeça.


    


— Já comi — comentou, enquanto observava abertamente a amante de seu irmão. — Mas ficarei encantada em te fazer companhia. — Depois afirmou com um sorriso: — É muito formosa.


    


— Não tanto como você — disse a escocesa com sinceridade, depois de morder uma parte de pão recém assado.     


 


Dulce inclinou a cabeça. Parecia agradada.


    


— Dizem que sou uma grande beleza. Acredita que é verdade?


   


 — A verdadeira beleza vem do interior — escutou dizer a si mesma, citando textualmente a sua mãe. Depois, sorriu. — Mas o certo é que é uma beleza. Entretanto, minha mãe sempre diz que a vaidade é um pecado.


   


 — Quem é sua mãe? É muito piedosa?


 


 


     Maite sobressaltou e pensou se estaria tentando realmente descobrir sua identidade ou se só tinha sucumbido a sua natural curiosidade. A menina a olhava fixamente aos olhos sem pestanejar.


   


 — Quantos anos tem, Dulce?


 


     — Não sou muito mais jovem que você, atreveria-me a dizer — respondeu a aludida rapidamente. — Tenho dez anos.


 


     Maite sabia que a menina não pretendia insultá-la, mas sua altura, que sempre tinha feito pensar às pessoas que era mais jovem, tinha incomodado-a toda a vida.      — Sou muito mais velha que você.


 


     — Então tem idade suficiente para te casar.


 


     — Ainda não o tenho feito. — Maite pensou em seu seqüestrador pela primeira vez desde que Dulce entrou na sala.


 


     — É magra e não muito mais alta que eu. De longe qualquer um pensaria que é uma menina.


 


     — E você é muito alta para ser tão nova.


 


     — Sem dúvida meu marido será muito mais baixo que eu. — Dulce riu ante a idéia. — Mas não me importa que aspecto tenha enquanto seja forte e poderoso.     


 


Maite olhou com fixamente a Dulce quando processou aquela frase. O coração deu um tombo. A irmã de seu captor e ela se pareciam fisicamente.     


 


— Alfonso é forte e poderoso — assegurou a menina com certo acanhamento.


 


     Maite não respondeu. Nem sequer tinha escutado Dulce. A cabeça dava voltas. Era certo. Dulce e ela tinham um aspecto similar. Não só eram da mesma altura e peso parecido, mas sim as duas tinham o cabelo comprido e pretos. A escocesa pensou que, na sombra e a certa distância, um homem não seria capaz de as distinguir se ocultava seus peitos e ficava com a roupa de Dulce.     


 


— Ocorre algo?


 


     Maite estava tremendo de emoção e medo. Seu dever era escapar.


     — Perdoa, o que me dizia? — Olhou Dlce sem expressão.


     A menina repetiu a pergunta, mas a jovem não a escutou. Estava pensando que escapar era muito mais que um dever, era uma necessidade. Porque em algum momento, fosse dentro de um dia, de duas ou de uma semana, Alfonso Herrera se inteiraria através de Will ou de outro espião do desaparecimento da filha do rei escocês e compreenderia imediatamente que ela era a princesa desaparecida.    


 


 — Milady?


 


     Maite voltou em si.


 


     — Sinto muito, ontem à noite não dormi bem e me falha a concentração.


   


 Mas sua mente não parava de elucubrar. Teria que conseguir de algum jeito a roupa da menina e sair à parte exterior do castelo. E como não haveria forma de fazê-lo sem passar por diante de seu captor ou de seus irmãos, talvez pudesse fazer que Dulce saísse com ela. Uma vez fora, sem escolta, como certamente iria a menina, teria oportunidade de escapar. Tinha que ter.     


 


— Agora você não gosta de meu irmão? — Estava perguntando Dulce com um sorriso tímido.



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Autor(a): taynaraleal

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       Maite percebeu que a pequena estava esperando uma resposta e fez um esforço por recordar a pergunta. Então entendeu o que queria dizer a menina. Depois da noite anterior, uma noite que tinha passado nos aposentos de Alfonso, deveria sentir certo carinho por seu seqüestrador.      — Não, Dul ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • Beatriz Herroni Postado em 23/03/2018 - 15:37:22

    Pq postou tudo de vez?Fica um pouco ruim de ler assim

    • taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 15:57:33

      Oi Beatriz, então eu postei tudo de uma vez, pois tenho novas adaptações vindo por ai, e como essa eu só estava repostando pq havia sido apagada eu resolvi finalizar toda de uma vez, sei que fica ruim de ler, mas foi a unica forma de me dedicar as outras, pois meu tempo é minimo. Espero que consiga ler essa, e as outras que estão por vir

  • maite_portilla Postado em 03/08/2017 - 17:24:36

    Agora sim a mai vai ter que dizer tudo pro poncho... Dulce melhor pessoa kkkk... Coninua logo <3<3<3

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:13:27

      Ainda está ai? vou continuar e com maratonaaaaa, espero que goste

  • Postado em 03/08/2017 - 17:22:18

    Ai Deus, acho que agora sim a mai vai revelar a vdd pro poncho... Adorei a Dulce kkkk... Continua logooo

  • maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 17:56:39

    eita, agora a mai nao tem mais para onde fugir. coitada, ate eu fiquei com um pouco de medo desse alfonso. sera que ele vai descobrir quem ela é de vdd? continua... to amando

  • maite_portilla Postado em 22/07/2017 - 00:57:58

    Adorei a historia... Continua <3

  • lunnagomes Postado em 19/07/2017 - 21:04:10

    Estou apaixonada pela história... continua

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:14:06

      Desculpa pelo sumiço, vou continuar e com maratona, se ainda estiver por ai, e quiser voltar, os comentários me estimulam muito


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