Fanfic: Pecado Predileto. | Tema: ManuCas
Nada como uma sexta-feira normal, trabalho, faculdade, voltar pra casa e descansar. Bem, essa seria uma sexta-feira normal, coisa que essa não foi.
Bom, me chamo Manuela, tenho 21 anos, estudo o sétimo período de fisioterapia, em uma faculdade particular em Belo Horizonte. Trabalho em período integral como recepcionista em uma clínica de estética, na região sul. Tenho uma vida normal, não sou riquinha como muitas garotas da faculdade mas também não trabalho para sobreviver, meus pais pagam minha faculdade, meu apartamento, porém, preciso trabalhar para poder me vestir, comer, ir para festas, custear meu carro: um Palio prata, 2013.
Depois de trabalhar o dia inteiro na clínica, pego meu carro e enfrento um trânsito angustiante até a faculdade. Hoje, pra varear o trânsito estava pior que nunca, na verdade, hoje não está sendo exatamente "o meu dia", tudo está dando errado, até minha vaga no estacionamento já pegaram. Deixei ele em outra vaga, me ajeitei dentro do carro, peguei meus materiais e desci.
Fui caminhando até a sala, meio estabanada, com pressa mas consegui chegar antes da professora. Me sentei no fundo da sala, coloquei minhas coisas sob a minha carteira e finalmente pude respirar:
- Boa noite para você também, Manuela – Era a Marina. Vivemos grudadas desde o primeiro dia de aula do primeiro período, ela é louca, muito louca mas eu a amo e não vivo sem ela.
- Boa noite, Mari.
- Tá tudo bem, amiga?
- Não, que dia infernal. Hoje na clínica foi um inferno, o trânsito pra cá foi um inferno, tudo estressante. Só quero ir pra casa, tomar um banho quente e dormir.
- Só que não Manu. Hoje vamos sair para tomar umas e nos distrair.
- Estou de carro Marina, não dá pra beber e também estou morta. Só quero a minha cama.
- Nada disso amiga. Poxa, eu já pensei em tudo. Vamos para sua casa é aqui pertinho mesmo, você toma seu banho quentinho, fica gata e vamos pra balada.
- Marina...
- Nada de questionar. E fica quieta, que a demônia chegou – Deixa eu explicar como uma sexta-feira pode ficar pior: hoje é dia de aula de Cardiologia e a professora, Carla, é o próprio demônio em forma de mulher. Odeio essa matéria. Mas, tá a aula passou bem rápido e logo estávamos no intervalo, pelo menos a aula prática passa rápido.
– Manu, vamos assistir mesmo a última aula?
- Precisamos né, Marina.
- Ah vamos pra sua casa logo, quero beber! – Tá, ela me convenceu, sinceramente, estou tão cansada, irritada, que realmente acho que preciso me divertir. Pegamos nossas coisas e quando íamos saindo de sala, me trombei com ele, o idiota mor, Lucas. Sim, tudo pode piorar. Maldita lei de Murphy.
- Meninas a aula ainda não acabou. Já estão fugindo?
- Qual foi Lucas, como se você fosse o mais certinho né? – Marina.
Ela é "amiguinha" dele, na verdade ela fica com o amigo dele, o Eduardo. Nada contra ele mas o Lucas arrrgh, ele me mata de ódio.
- É não sou mas com a Carla eu não brinco. Aposto que as mocinhas estão indo pra farra.
- Isso parabéns, acertou! Agora vamos Marina – Sai puxando ela pelo braço até o final do corredor, daí pra lá ela foi com suas próprias pernas.
Seguimos até a minha casa, com ela falando que não entendia porque eu odiava tanto o Lucas. Bem, porque ele é um playboizinho que acha que pode conseguir tudo o que quer, é metido, arrogante, argh, precisa de mais algum motivo?
Quando chegamos no meu apartamento, ela já se jogou na minha cama, enquanto eu ia me arrumar, tomei um banho longo e quente, meu cabelo não estava tão ruim então não o lavei, fiz apenas um rabo de cavalo bem alto e uma maquiagem não muito forte, me vesti e emprestei um vestido para a Mari, calcei um salto alto e quando ia ligar, pedindo um táxi, lá vem a bomba da Marina:
- Não precisamos de táxi eu já arrumei carona com o Edu – Quando tem "Edu" no meio, também tem Lucas.
- Caramba, Marina! Você já tinha programado tudo com seu namoradinho, né?
- Primeiro: o Edu não é meu namorado, temos apenas uma amizade diferente e, segundo: É combinamos sim mas se eu falasse você não ia querer ir.
- Argh. Vamos descer antes que eu desista.
(...)
- Marina – O Edu deu um beijo rápido nos lábios dela – Manuela – Ele me abraçou – Caramba, estão lindas.
- Obrigada! – Dissemos juntas e entramos no carro. Lá estava ele, o encosto em forma de homem.
- Oi Luquinhas – A Marina cumprimentou, eu não.
- Marina. Nossa, valeu a pena terem saído da aula mais cedo, estão bem gatinhas. – E só a Marina agradeceu, juro não é antipatia minha, sou uma pessoa legal mas, ele não me desce a garganta.
Fomos em um barzinho, na região sul. Uns trinta minutos da minha casa, os três foram conversando e eu fui quieta na minha, pensando em quanto o meu dia ainda podia piorar, porque sei que isso ainda pode acontecer. Quando chegamos, desci na frente pra procurar uma mesa mas, eles já haviam reservado alguma, claro. Revirei os olhos e me sentei do lado da Mari.
Sinceramente, preciso beber, encher a cara. Levantei e fui até o caixa, onde comprei algumas fichas de bebida para mim. E voltei para a mesa:
- Alguém já começou os trabalhos em, Manu. – Revirei os olhos e o ignorei, continuei ali bebendo, ouvindo a música enquanto eles conversavam.
Bebi uma, duas, três, quatro long necks, e já estava "alegrinha" então fui até uma pequena pista de dança, em frente ao palco, onde havia uma dupla cantando sertanejo, bem eu conhecia um deles:
- Manuzinha, que bom te ver – Ele me abraçou, Gustavo o seu nome.
- Gusta, que bom te ver também. Não sabia que ia estar aqui hoje.
- Senão nem teria vindo me ver, né Manu?
- Até parece – Cumprimentei o dupla dele.
- Está sozinha?
- Não, vim com a Marina, aquela minha amiga mas, ela está com uns outros amigos dela, então resolvi sair por aí.
- Entendi, vamos ali, te pago uma bebida – Fui com ele até o balcão onde pegamos outra long neck e ficamos conversando no bar, ele sempre foi muito legal e sempre nos encontramos em barzinhos por aí, ele sempre tocando e eu sempre bebendo. O Gustavo teve que voltar para tocar e eu voltei para à mesa.
- Viu quem está tocando, Manu? – Marina.
- Claro, o Gusta, já até me pagou uma bebida.
- E você bebe em Manuela – Eduardo – Quem te ver toda estudiosa, centrada, não imagina a boemia que você é.
- Vocês não viram nada – Sorri. Sim, estou bêbada.
- Não viram mesmo ela está comportada hoje.
- Adoraria ver o resto – Lucas. Revirei os olhos no mesmo ritmo que meu estomago embrulhou. Ainda não estou bêbada o suficiente para aguentar cantadas do Lucas. – Por que você não gosta de mim, Manuela?
- Bom... Deixa eu ver... – A Marina tampou a minha boca, digamos que depois que eu bebo falo demais.
- Melhor perguntar quando ela estiver sóbria – Dei de ombros.
- Falando em sobriedade, que diabos você está fazendo sóbria Marina?
- Tentando parecer civilizada.
- Depois diz que não estão namorando, está até se comportando do lado dele – Revirei os olhos e sai, provavelmente, deixei ela bem sem graça.
Voltei para perto do palco e fiquei ouvindo o Gustavo cantar. Não gosto de sertanejo mas, gosto de onde tem bebida e gente. Então, sempre acabo vindo aqui. Fiquei ali bebendo e dançando. Até alguém vim e me puxar pelo braço:
- Opa, opa! Pode me soltar, Lucas.
- Marina está te chamando para ir embora.
- Podem ir, depois eu pego um táxi.
- Não, você veio com a gente e vai embora com a gente – Ri alto, me desculpem, é que não me contive.
- Ninguém manda em mim, Lucas. Podem ir na frente, eu sei ir embora sozinha.
- Não você vai com a gente. – Aff. Fui saindo na frente dele.
- Marina, pode ir na frente, tá?
- Tá, tudo bem.
- Viu Lucas, vou sozinha. Esse garoto estava me enchendo para ir embora com vocês.
- É que ele não te conhece, Manuela. Conversamos amanhã, isso é, se você acordar amanhã. – Ela me deu um beijo no rosto.
- Até amanhã. Tchau meninos, até segunda. – Dei um beijo no rosto deles, tá realmente estou bêbada, beijando o rosto do Lucas. Voltei para perto do Gustavo, ele ainda tinha mais algumas músicas para tocar e depois veio conversar comigo, ele seria minha carona. Não pedi mas, ele se ofereceu.
"Não pede carona mas, nunca vai dormir carente".
(...)
Vos apresento as estrela desse "espetáculo":
Manu, Manuela Bicalho, 21 anos. Não se enganem por essa cara de amorzinha, mentira, sou uma amorzinha sim.
Marina Vaz, 22 anos. Vim ao mundo com o intuito de cuidar das pessoas, principalmente as loucas como a Manuela.
Dra., Juliana Peroni, 30 anos. Chefinha da Manu, ela gosta tanto dela que a protege dentro de umas das suas loucuras.
Carina Gomes, 25 anos. Alguém precisa aguentar a Manu o dia todo, não é mesmo?
Lucas Penegrini, 23 anos. Não, não sou tudo de ruim como a Manuela me descreveu. Mas, confesso que ando precisando entrar na linda, senão, adeus faculdade.
Eduardo Vasconcelos, 23 anos. Bom, minha sina é aguentar o Lucas e ser louco pela Marina. O resto é consequência dessa vida.
Gustavo Lopes, 25 anos. Cantor sertanejo e apaixonado pela Manuela nas horas vagas, pena que o que ela gosta mesmo é de pisar no meu coração.
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Autor(a): Cassia
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Ressaca! Ressaca! Minha cabeça lateja essas palavras, corpo ingrato. Depois de uma noite dessas, ele me agradece assim. São 13h e sim, estou acordando agora, na verdade pela segunda vez, já acordei para levar o Gustavo até a porta mais cedo e voltei a dormir. Levantei, tomei um banho longo, lavei meus cabelos, vesti uma roupa levinha, ...
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