Fanfic: Pecado Predileto. | Tema: ManuCas
Acordei era meio-dia, com um cheiro de café vindo da cozinha, Marina já havia acordado.
- Bom dia? – Perguntei.
- Boa tarde, café? – Assenti e ficamos conversando enquanto tomávamos nosso café.
Depois ela foi embora e fui arrumar as minhas coisas para a semana. E a maldita rotina, acordar 7h e ir pra clínica depois ir pra faculdade. Depois que tinha arrumado meu uniforme da clínica, meu almoço de amanhã, roupa de ir pra aula a noite – sim, saiu com uma mudança todos os dias de manhã. – Já são 18h, resolvi tomar um banho, vesti outro baby-doll e fui escovar meu cabelo.
Parece que adivinharam quando terminei de escovar meus cabelos a campainha tocou mas, ninguém havia interfonado. Fiquei ainda mais confusa quando olhei pelo olho magico e vi o Lucas. Abri a porta.
- Oi Manuela.
- É... Oi, Lucas?
- Preciso muito de um favor seu.
- Um favor meu. Sério isso?
- Pode parecer estranho, provavelmente não vai querer me ajudar mas, realmente preciso da sua ajuda.
- Ai fala logo, Lucas. Você está me assustando.
- Preciso que finja ser minha namorada – Não sabia se eu ria ou se eu ria daquele absurdo, ele não pode estar falando sério. – É sério, Manuela. Você sempre sonhou em sair da sua cidade, vir pra Belo Horizonte e estudar fisioterapia, certo? – Assenti – Eu também, meus pais junto com os do Edu, nos deixaram vir pra capital estudar, porem agora eles estão nos regulando, disseram que se não começarmos a nos comportar como “homens” e tomássemos rumo nas nossas vidas, eles nos mandaram de volta pra casa. E, como não parecer um homem sério namorando?
- Tá mas, porque logo comigo?
- Você é igual a mim, sei lá.
- Na verdade, eu não sou nenhuma filhinha de papai e arrogante como você, aliás, eu trabalho e estudo.
- Tá, tá, eu sei. Só que sei lá, podemos nos ajudar...
- Como você vai me ajudar Lucas? Na verdade, no que eu preciso da sua ajuda.
- Ah não sei mas, por favor, só alguns meses. Te apresento meus pais, saímos alguns finais de semana...
- Sério? Passar meus finais de semana com você? Eu amo tanto esses dias pra ter sua presença neles.
- Porque você me odeia tanto?
- Vamos lá, bom, você é insuportável, metido, arrogante, prepotente...
- Tá, tá, já chega. Eu te pago, pago para ser minha namorada.
- Viu, acha que seu dinheiro paga tudo – Revirei os olhos – Sai do meu apartamento, Lucas.
- Só pensa na minha proposta, Manuela. – Ele me deu um beijo no rosto e saiu. Cara idiota!
(...)
Acordei no dia seguinte com a cabeça fervilhando e isso já não é ressaca. Liguei pra Marina ontem falando da conversa com o Lucas e íamos conversar sobre isso na faculdade, a noite.
Levantei, tomei um banho, vesti meu uniforme, me maquiei. Preparei um café forte, tomei junto de um remédio para dor de cabeça. Peguei minha pequena mudança e desci até o carro, guardei minhas coisas e segui até a clínica. Meu serviço era simples mas, lidar com aquelas dondoquinhas ás vezes era bem difícil.
(...)
São 14h e acabei de voltar do meu horário de almoço, quando uma senhora, rica como todas as outras, entrou na clínica e ficou me encarando, me analisando:
- Boa tarde, posso ajuda-la?
- Oi, pode sim senhorita, não te conheço de algum lugar?
- A senhora é paciente da clínica?
- Na verdade é o meu primeiro atendimento mas é que seu rosto é familiar. Na verdade, não sou da cidade, estou passando alguns dias na casa do meu filho mas preciso cuidar da minha pele, sabe como é a idade chega... e, não espera. Ah claro, já sei de onde te conheço. Você é a namorada do meu filho – Oi? Ela é louca? – Manuela, não é mesmo?
- É, é sim.
- Sou a mãe do Lucas, ele ainda não nos apresentou. Na verdade, ele só me falou de vocês ontem – MATO AQUELE DESGRAÇADO – Bem, prazer meu nome é Marcela.
- Prazer Marcela, sabe como o Lucas é voado com essas coisas e bem nosso namoro é recente – Não acredito que estou fazendo parte disso – Coisa de dias, por isso ainda não nos conhecemos, prazer – Sorri mas por dentro estou planejando o funeral do Lucas. Respirei fundo – Tem horário agendado?
- Tenho sim, Dra. Juliana. – Confirmei tudo no sistema.
- Só aguardar, senhora Marcela, ela já irá lhe chamar.
- Sem isso de senhora, Manuela, por favor.
- Tudo bem – Ele foi se sentar e eu fui conversar com a Mari no Whatsapp:
Esperei a Marina me enviar o número do Lucas e pedi para a outra recepcionista me cobrir, enquanto ligava para ele.
- Espero que tenha seguro de vida, Lucas.
- Manuela?
- Que diabos foi contar pra sua mãe da sua mentira?
- Como... Como você sabe?
- Sua mãe me reconheceu na clínica que eu trabalho, como namorada do filho dela.
- Manu, eu posso explicar.
- Espero que sim, caramba! Eu vou te matar Lucas.
- Calma Manuela, conversamos na faculdade.
- Despede da sua vida Lucas.
Desliguei o telefone, me recuperei e voltei para o meu posto. A mãe dele já tinha ido ser atendida, o que aliviou minha tensão, até a Carina, a outra recepcionista vim:
- Que história é essa de namorado, Manu?
- Longa história Carina, outra hora te conto. – Voltei para o meu serviço, até a hora que a mãe do Lucas saiu do consultório:
- Tchau Manuela, espero te ver em breve.
- Claro Marcela, até mais. – Ela se foi e eu desabei na cadeira, revirando os olhos. Finalmente se deu o final do expediente, fui trocar de roupa para ir pra faculdade, juntei minhas coisas e fui pro carro. Hoje alguém morre!
Segui no transito intenso até a faculdade, hoje minha vaga predileta estava livre. Me ajeitei no carro, peguei meus materiais e fui pra sala, hoje consegui chegar cedo.
O Eduardo, Lucas e a Marina já estavam na sala. A Marina aparentemente ainda está com raiva do Edu.
- Marina, prepare, que teremos um enterro, em breve
- Fica calma, Manu. Não faça nada que eu não faria, como por exemplo, assassinar alguém. – Chamei o Lucas, apontando para fora da sala. Ele saiu e eu sai em seguida, subimos até o terraço da faculdade, que estava vazio. Ótimo, assim ninguém presencia o assassinato.
- Espero que não tenha me trago no terraço para me jogar daqui de cima, Manuela.
- Mas foi exatamente por isso que te trouxe aqui. Caramba, Lucas. Não tinha nem confirmado nada e você já mostra uma foto minha para sua mãe, falando que sou sua namorada?
- Não sei o que me deu, Manuela. Meus pais estavam me pressionando e acabei falando que era minha namorada e, se isso serve de consolo, eles a acharam linda.
- Ai Lucas, como eu quero te matar.
- Você me desmentiu?
- Não Lucas, para sua sorte não mas isso não quer dizer que eu aceite te ajudar, até porque te odeio com todas as minhas forças.
- Por favor, Manuela. O resto do semestre é só o que eu te peço, depois eu desapareço da sua vida.
- Não sei, Lucas. Essa sua proposta de desaparecer da minha vida é tentadora mas não sei.
- Por favor, Manu. Pensa por esse lado, nunca mais vai ter que se importar comigo, se você quiser, até troco de faculdade para você não ter mais que ver a minha cara. Mas, por favor, me ajuda.
- Aff!!! Tudo bem, Lucas, tudo bem. Eu te ajudo – Ele me abraçou, me tirando do chão – Tá, agora me põe no chão, porque eu continuo te odiando.
- Você não tem ideia de como está me ajudando.
- Espero não me arrepender dessa loucura.
- E não vai. – Voltamos pra sala e me sentei do lado da Marina. E fomos prestar atenção na aula. Como se a Marina me deixasse prestar atenção em alguma coisa, me importunando querendo saber de tudo. Demorou eu conseguir convencer ela a deixar eu contar depois da aula.
No intervalo, sai da sala e o Lucas foi atrás de mim:
- O que foi?
- As coisas podem não ser como havíamos planejado.
- Do que você está falando, Lucas?
- Meus pais estão neurados com isso de me testar. O Edu ouviu eles comentando sobre colocarem alguém “oculto” sabe, pra me vigiar aqui na faculdade, então preciso que...
- Espera ai, você quer que eu finja que namoro com você aqui na faculdade também?
- Sim?
- Você está abusando, Lucas.
- Por favor Manuela, são apenas três meses.
- Isso vai acabar com a minha reputação.
- Deixa de ser exagerada, Manu. O que me diz?
- Pra te ter longe? Eu aceito Lucas. – Revirei os olhos.
- Obrigado, Manu – Ele me deu um beijo no rosto e voltamos pra sala. Me sentei no meu lugar, afundando minha cabeça no caderno.
- Merda de coração bom que ajuda os outros.
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Autor(a): Cassia
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