Fanfic: ERA LA MUSICA | Chaverroni {T E R M I I N A D A}

Anahí
e Dulce me levaram praticamente a força naquele lugar, eu não
queria ir, mas elas insistiram tanto, que acabei indo.
Era um
lugar onde se dançava salsa, ou seria merengue? Ah, sei lá, até
hoje confundo os dois ritmos, e eu não gostava muito desse tipo de
musica, nem de ouvir, muito menos de dançar, também eu nem
sabia.

Toda
sexta-feira eu estava ali. Meus pais se conheceram num baile de
merengue e diziam que comigo aconteceria o mesmo. Mas acreditava que
eles tinham se enganado, os maiores freqüentadores do lugar onde
eles eram os donos, eram pessoas entre 30 e 50 anos, os jovens deviam
estar em baladas de música eletrônica e derivados.
Eu não saía
muito, estudava durante a semana e aos sábados e domingos trabalhava
com meus pais.

–
O
que deu em vocês duas para querer vir neste lugar? – perguntei
ainda contrariada.
- Mudar a rotina, vai ser legal. – disse
Anahí.
- Sem contar a fama deste lugar. – completou Dulce.
-
Fama? Que fama? Eu nunca ouvi falar dele.
- Não é bem o lugar
que é famoso Mai. – explicou Dulce rindo.
- É um determinado
funcionário de lá. – completou Anahí, não menos sorridente.
-
Funcionário? – perguntei intrigada.
- Ele ensina as mulheres
que não sabem dançar, ouvi uma conversa da minha mãe,
freqüentadora assídua desse lugar e uma amiga. Elas falavam do tal
professor e fiquei curiosa. – contou Anahí, ainda rindo como uma
boba.
- Grande porcaria, tudo isso por causa de um velho tarado. –
reclamei.
- Aí é que você se engana. – disse Dulce –
Segundo a mãe da Any, ele é jovem, mais ou menos da nossa idade, e
as velhotas ficam todas assanhadas por causa dele.
- Ele deve ser
um garoto de programa. – eu disse rindo – Que recebe grana das
pobres senhoras, em troca de um prazer que o membro mucho dos
velhotes que elas estão casadas, já não proporcionam mais.
-
Que horror Maite! – exclamou Dulce.
- Se ele for mesmo, eu gasto
toda minha mesada nele, só pela fama. – brincou Anahí.
- Ele
deve ser uma “coisa”, - fazendo aspas com as mãos –
Maravilhosa! – eu disse.
- Sempre falam muito da boca dele e da
“pegada”. Ei! Só de imaginar fico toda arrepiada!
- Anahí
você é tarada. – falei séria.
Rimos as três.
- Chegamos.
– anunciou Dulce.
- Não se esqueçam, ninguém aqui sabe dançar
e queremos que ele ensine. – disse Anahí.

Tomei
um banho rápido, me vesti, arrumei o cabelo e fui para o salão que
ficava em baixo de casa.
- Oi mãe! Oi pai!
- Oi filho! –
responderam os dois.
- Por que demorou? – perguntou minha mãe.
-
Estava me arrumando, como sempre. – e sorriu.
- Um dia você
ainda mata essas mulheres. – brincou minha mãe.
- Falou a mãe
coruja. – disse meu pai – Agora vá para o salão e faça seu
trabalho.
Logo vi uma mulher, num cantinho, apenas olhando e fui
até ela.
- Quer dançar?
- Não obrigada.
- Se você não
vai dançar o que veio fazer aqui?
Ele me olhou admirada e acabou
respondendo.
- Vim acompanhar umas amigas.
- E cadê elas?
-
Estão dançando.
- E você vai deixar elas se divertirem mais do
que você?
- Mas eu nem sei dançar.
- Vem comigo! – e a
puxei pela mão.
Foi legal dançar com ela, lhe ensinei alguns
passos básicos e logo lhe arranjei um par, era mais ou menos assim
que sempre acontecia.
Fui até o bar, bebi uns goles d’água e
voltei para o salão.
Dancei com algumas senhoras, que estão ali
toda semana, mas que sempre inventavam uma desculpa para dançarem
comigo.
Divertia-me muito com elas, houve algumas que chegaram a
me oferecer dinheiro para passar uma noite com elas, algumas queriam
apenas companhia. Quantas não me confessaram ao pé do ouvido,
durante uma dança que o marido havia lhes trocado por uma mulher
mais nova.
Chegava a ser estranho ela me verem como um homem e eu
apenas as via como uma amiga e algumas até uma segunda mãe.
Confesso
também que algumas até que despertavam em mim uns certos desejos,
mas eram poucas.