Fanfic: ERA LA MUSICA | Chaverroni {T E R M I I N A D A}

Dedicado ao Diia Chaverroni       :D

Ao nos
ver meus pais estranharam e eu apenas mostrei a chave do carro, eles logo
sorriram e percebi que interpretaram da maneira errada.
Tudo que eu mais queria era apenas entender o que se passava com ela, em um
momento ela parecia tão entregue e no outro não quis nem que eu a tocasse.
Entramos no carro.
- Para onde vamos? – perguntei.
- Para minha casa.
- Eu sei disso, mas onde é sua casa? – ligando o carro.
- No centro.
- Que lugar do centro?
- Quando chegar lá eu te aviso.
Fui rumo a sua casa, no caminho nenhuma palavra foi dita, embora eu tivesse
tantas perguntas a fazer.

- É aquele muro de pedras ali na esquina. – eu disse lhe
indicando minha casa.
- Enfim chegamos. – ele disse.
- É, enfim.
Ele parou o carro e o desligou
- Eu abro pra você. – disse ele descendo do carro sem me dar tempo de dizer que
não precisava.
Ele deu a volta pelo carro, abriu a porta pra mim e eu desci.
- Obrigada.
- Não foi nada Maite.
E antes que cometesse uma loucura, entrei correndo em casa.
Me joguei no sofá e desatei um choro que eu não compreendia bem o motivo. Era
uma mistura de vergonha, com insegurança, com sensação de perda.

Ela entrou correndo sem me dar chances de um beijo de despedida ou o
tempo para uma das minhas inúmeras perguntas.
Entrei no carro e fui embora para casa.
Naquela noite foi difícil dormir, foi difícil encarar meus pais que estavam tão
empolgados, achando que dessa vez o filho deles tinham encontrado a mulher
certa.
Senti vergonha de mim, da minha impulsividade, dos meus instintos, que com
certeza haviam assustado Maite.
Resolvi que a esqueceria e tudo voltaria ao normal, mas não precisei
esquece-la.
No dia seguinte, tudo ocorreu normal, estude o dia inteiro, ajudei meus pais a
arrumar o salão, para que a noite tudo estivesse na mais perfeita ordem.
Estava varrendo o chão quando bateram na porta, logo pensei que podia ser algum
fornecedor, realmente estávamos esperando o caminhão das bebidas, mas não era.
Abri a porta e me surpreendi ao ver Maite.
- Maite?!
- Oi. – disse ela um pouco sem jeito.
- O que faz aqui?
- Vim lhe devolver a roupa que me emprestou. – me estendendo uma sacola.
- Ah! Obrigado, não precisava.
- Precisava sim. Bom, agora eu já vou.
- Está bem. – fechando a porta.
- Espera! – barrando a porta.
- O que? – abrindo a porta.
- Na verdade eu... eu... – desviou o olhar dos meus – Eu quero aprender a
dançar merengue.
- Mas eu ensino salsa. – tentando conter minha vontade de rir e sai pulando de
alegria.
- É isso ai mesmo. Eu quero aprender o que você ensina.
- Tudo bem. Pretende começar quando?
- Pode ser agora?
- Quando você quiser. – e a peguei pela mão.
A levei até uma mesa e pedi para que ela se sentasse.
- E vou lá em casa pegar um cd e já volto. – eu disse.