Fanfic: ERA LA MUSICA | Chaverroni {T E R M I I N A D A}

Pude
ver o quanto seu rosto corava e aquilo me proporcionava um prazer
indescritível.
- Por que você quer fugir Maite? – acariciando seu rosto.
- Eu não estou fugindo. Apenas tenho que ir embora e você não está deixando. –
tirando minha mão de seu rosto.
- Por que sei que você não quer ir.
- Que é você pra saber alguma coisa? – e empurrando – Um abusado! Um idiota que
acha que porque umas meia dúzia de velhas pelancudas te enchem de elogios, se
sente o máximo e que pode ter qualquer mulher aos seus pés. – ela gritava
enquanto caminhava até mim me fazendo andar de costas – Eu não sou uma dessas
mulheres! Você não me tem aos seus pés! E pra mim você não passa de um tarado e
não duvido nada que aceite dinheiro pra dormir com as freqüentadoras deste
lugar!
A brincadeira começou a perder a graça, ela estava me ofendendo e em momento
algum eu fiz por merecer aquilo.

Não
sei o que me deu, comecei a despejar palavras que eu sabia que não eram
verdade, eram coisas que acreditava talvez serem verdades, mas isso antes de
conhece-lo, mas naquele momento, lhe ofender, mesmo que ele não merecesse nem
uma das ofensas, foi a única maneira que encontrei de fazer com que ele
desistisse de mim. Eu estava interessada nele, isso era claro pra mim, mas de
repente tudo começou a parecer errado.
Pensei que ele retrucaria, se defenderia, mas não. Ele d um jeito rápido que
mac me deu tempo de respirar, me puxou para junto dele e me beijou. No começo
eu tentei me separar dele, mas acabei me entregando, enlacei meus braços em seu
pescoço e deixei meu desejo de devora-lo tomar conta de mim. Foi então que ele
se afastou de mim.
- O que foi? – perguntei estranhado e sentindo falta de sua boca.
- O meu preço é alto e você não pode pagar. Vai embora por favor.
Ele me deu as costas e foi em direção a sua casa, enquanto eu tratei de sair
dali o mais rápido possível.

Ela
foi embora e então desfiz minha frieza e me deixei cair naquele chão. Ela me
ofendeu, mas toda aquela dor me pegou de surpresa, eu não imaginei que pudesse
ficar tão magoado e sem que eu desejasse as lágrimas brotaram em meus olhos.
Fiquei com raiva de mim por ser tão fraco, o pior era ainda sentir o gosto dela
na minha boca e saber que era a última vez que eu sentiria aquilo.
Sequei minhas lágrimas e fui para casa e sabia que meus pais estariam me
esperando no sofá.
- O que foi que houve meu filho? Eu a ouvi gritando com você. – perguntou minha
mãe.
- Advinha. – eu disse indo até eles.
- Mas ela parecia tão especial. – disse meu pai.
- Eu também achei pai, mas nos enganamos, no fim das contas ela fez como as
outras.
Para muitos pode parecer estranho o jeito como eu me abria com meus pais, mas
eles sempre foram meus melhores amigos e sempre me ouviam sem me julgar, davam
conselhos, expunham suas opiniões, mas nunca se meteram na minha vida.
- Vou para o meu quarto, já terminei tudo lá embaixo, se por acaso der a hora e
eu não aparecer vão ver se eu não estou dormindo e podem me acordar.
- Está certo. – disse minha mãe.
Fui até eles e lhes dei um beijo no roto.
- Você gostou dela não foi? – perguntou meu pai.
- Mais do que gostaria. – respondi e fui para o quarto.
Liguei o rádio baixinho e me joguei na cama, e tinha que tira-la da minha
cabeça e o pior era perceber que não era só na minha cabeça que ela estava.