Fanfic: ERA LA MUSICA | Chaverroni {T E R M I I N A D A}

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Ele
saiu e me deixou sozinho em uma pequena e aconchegante sala. Corri os olhos
pelo pequeno cômodo e reparei em alguns porta-retratos e então percebi que ele
era filho do casal do bar. De repente pensei nas minhas amigas, coitadas,
esperariam aquele suco por muito tempo. Sorri.
- Rindo do que? – disse ele voltando a sala.
- Nada.
- Só espero que não seja de mim. – e sorriu.
Deus meu, o que era aquile sorriso?
- Me dê a mão. – lhe estendi a mão e ele a pegou – Vamos limpar isso.
Ele passou um pano umedecido e depois um anticéptico.
- Quer que coloque um curativo? – perguntou ele.
- O que você acha melhor?
- Meus pais me ensinaram que é melhor não colocar nada, que é para ventilar,
porque se abafar demora mais pra cicatrizar, mas se você quiser.
- Seus pais me parecem pessoas sábias. – e sorri – Deixe o curativo de lado.
- Ok. – e sorriu – Falta só uma coisa.
- O que?
- Isso. – e beijou minha mão no lugar do corte.
Senti meu coração disparar, tentei dizer algo, ou apenas rir, mas percebi que
qualquer som que saísse de minha boca naquele momento sairia gaguejado.

Minha
mãe havia me ensinado a beijar um machucado, e realmente fiz por intuição, mas
ao ver a feição perturbada dela, me dei conta do quanto havia sido
inconveniente, mesmo que eu tivesse adorado o ser.
- Desculpa, eu nem sei seu nome e já... já... já faço isso. – eu disse um pouco
nervoso.
- Não seja por isso. Meu nome é Maite e o seu?
- Christian.
Ficamos em silêncio como se absorvêssemos os últimos instantes.
- Posso ir ao banheiro? – perguntou ela quebrando o silêncio – Preciso fazer
alguma coisa com minha roupa, estão grudando no meu corpo.
- Vou fazer melhor, tome um banho e vista uma roupa de minha mãe.
- Não, não posso fazer isso, nós nem nos conhecemos direito e... minhas amigas
me esperam lá embaixo.
- Por favor aceite, é o mínimo que posso fazer. Eu aviso suas amigas do
ocorrido, não se preocupe.
- Não sei, isso parece muito errado.
- Mas não é. – e só aí me dei conta de que ainda segurava a mão dela.

O que fazer? Eu confiava nele, até demais pra quem tinha acabado
de conhecer, mas não parecia certo, mesmo sendo bastante necessário.
E ele que não largava minha mãe, mas eu também não fazia nenhum esforço pra que
ele a soltasse, na verdade não fazia a mínima questão.
- Tudo bem, eu aceito. Mas você tem que avisar minhas amigas mesmo.
- Tudo bem, aviso sim.
Ele olhou para nossas mãos que estavam juntas e percebi que se constrangeu, ao
perceber que não a soltava.
- Venha. – soltando, enfim, minha mão e se levantando – Vou te mostrar o
banheiro.
O segui, ele me mostrou o banheiro, me deu uma macia e limpa toalha de banho,
me mostrou o quarto de sua mãe e o guarda roupa.
- Sei que vocês têm corpos diferentes, mas acho que você vai achar algo. – e
saiu.

Saí e fui avisar as amigas dela. Foi quando vi que elas nem estavam
preocupadas com ela. Meus amigos, Poncho e Christopher já haviam chegado e
pareciam se divertir muito na companhia delas.
- Então aqui estão vocês? – disse me aproximando da mesa.
Poncho se levantou e me puxou para um canto.
- Cara, tem como adiar nosso programinha? – perguntou ele.
- Já arranjaram coisa melhor que minha companhia né? – rindo.
- É. – sorrindo cheio de malicia – Fica com suas velhinhas mais uma noite.
- Tudo bem, só faz um favor pra mim?
- Todos.
- Avisa pra elas que a amiga delas a Maite, está lá em cima comigo.