Fanfic: Fica comigo | Tema: original

Eu já estou cheia disso. Sempre a mesma coisa, pessoas me perseguindo pra conseguir tirar uma maldita foto, caralho.... Eu não posso falar caralho, controle-se mente, você é influente de mais. Deus, era só pedir para tirar a foto, eu não vou tentar matar ninguém por isso, ainda vou fazer pose e mandar beijo. Mas não, era muito mais divertido me perseguir e me estressar. Até Jorge está irritado hoje, e ele nunca fica irritado, nunca, não era como meus antigos seguranças que simplesmente paravam ameaçavam e seguiam caminho, ele evitava o confronto, me desviava dá multidão. Mas não era o que estava acontecendo hoje, estava saindo do meu último dia de gravação e não havia caminho que me desviasse deles no momento e eu estou com fome o suficiente pra não querer adiar meu almoço por mais meia hora, o que pode explicar a minha irritabilidade, sempre fico irritada quando estou com fome.

Ser famosa as vezes era um saco, eu nem ao menos podia me sujar comendo que virava piada no dia seguinte. Qual é? Qualquer um pode se sujar enquanto toma um sorvete, não ria, estou falando sério, não ria!

Eu juro que se mais alguém disparar um feche na direção dos meus olhos eu sou capas de roubar a arma de Jorge e atirar para todos os lados.

- Nem pense nisso. - A voz grave de Jorge rugiu atrás de mim. Quando foi que ele começou a ler mentes?

- Nem sei do que está falando. - Joguei meus cabelos para trás.

- Você esta com aquela cara, aquela que faz você soltar um dicionário de palavrões e mostrar o dedo do meio para quem quiser ver. - Resmungou olhando para os lados. - Lembre-se, você é alguém influente nesse mundo. Crianças se inspiram em em você.

- É, é, é... Eu sei Jorge, eu sei. - Mexi as mãos. As vezes ele parecia meu pai e meu acessor. - Só que, eu estou com fome. - Virei para olha-lo. - E irritada com esses... - Apontei para os fotógrafos me seguindo enquanto andava de costas. - Eles sabem que podem me pedir as fotos, eu sempre paro para atende-los, nao ha necessidade de me seguirem, nao dessa forma.

- Luci... - Senti Jorge segurando meu braço com forma enquanto trombava com algo pontudo.

- Ah meu Deus. - Choraminguei me virando para o homem que abaixava para começar a pegar os papéis de uma pasta que havia aberto. - Me desculpe, achei que não tivesse ninguém perto de mim a não ser os fotógrafos. - Abaixei-me para ajuda-lo a pegar os papéis espalhados. - Desculpe pela bagunça...

- Luci? - Alguém me chamou, alguém conhecido, mas não era Jorge.

- Eu sinto muito mesmo, espero que não tenha danificado seus documentos...

- Lucinda. - A voz se elevou e eu levantei meus olhos.

Só haviam duas pessoas que me chamavam de Lucinda. Meu pai, o qual me deu esse nome e Rain McCartney, o qual se recusava na maior parte do tempo a me chamar de Luci, o qual também eu não via desde os dezesseis anos.

- Rain. - Sussurrei vendo o homem me encarando com curiosidade.

Ele parecia mais... Homem. Essa com toda a certeza é a palavra certa. Quando eu o conheci com treze anos, ele havia acabo de completar vinte. Eu fui o primeiro trabalho dele, seu chefe disse "se garantir a segurança dela, você estará pronto para qualquer um" e foi isso que ele fez por três anos. Ele garantiu minha segurança, e então um belo dia ele recebeu uma oferta melhor, uma cantora Austráliana o queria, Rain foi embora e desde então existiu uma lista de seguranças em minha vida, a maioria deles ficavam apenas três meses, tempo suficiente para cometer um erro. Ninguém era bom o suficiente para o meu pai, porque nem um deles era Rain McCartney.

Okay, Jorge era bom, estava comigo há quase um ano, mas não caiu na graças do do meu pai e ele não havia cometido nem um erro, entao era dificil demiti-lo, mas eu gostava de Jorge, apesar dele parecer meu pai as vezes.

- Rain. - Levantei correndo e o abracei o fazendo cambalear para trás. - Eu achei que estava na Austrália.

- Eu estava. - Riu. Ele tinha uma risada tão bonita. - O que faz na rua?

- Terminei uma gravação ha meia hora, estou morta de fome. - Resmunguei.

- E se eu me lembre bem, você com fome é meio estressante. - Afastou-me e analisou meu rosto. - E lembro tambem que costumava me xingar.

- Não pode culpar um ser humano com fome. - Sorri. - Jorge, esse Rain McCartney, aquele que o papai sempre fala. - Revirei os olhos. - Rain, esse é Jorge Donoso, o segurança da vez.

- Espero que ela esteja menos impulsiva do que com os treze anos. - Os homens se cumprimentaram.

- Acredito que ela está contida. - Revirei os olhos.

- Eu estou aqui. - Cantarolei. - Você quer vir almoçar comigo? Sabe, contar como foi me abandonar, me trocar por outra mulher e tal. - Joguei meus cabelos para trás novamente e sorri.

- Lucinda... - Eu conhecia esse tom de voz. - Eu tenho uma reunião em Trinta minutos. E você melhor que ninguém sabe que não consegue se alimentar em apenas trinta minutos.

- Fui trocada não uma, mas duas vezes pelo mesmo cara. - Suspirei.

- Mas... - O encarei surpresa. - Tenho tempo para um café. E você pode me contar sobre sua vida nesses anos.

- Eu vou adorar um café. - Coloquei a mão no coração fingindo emoção.

- Guarde seu sarcasmo para outra pessoa.

- Jorge. - Virei-me para ele. - Vamos para a cafeteria, você vai poder ter trinta minutos longa dá sua diva. - Ele revirou os olhos e fez sinal para seguir em frente. Agarrei o braço de Rain.