Fanfic: Um amor proibido | Tema: Harry Potter

-Estava na agua. - respondi torcendo o cabelo. - Fui pra onde tinha menos gente.  Agora preciso de um banho!

- Eu estava te procurando. - Começamos a andar em direção ao hotel. - Vai ter um lual as oito! 

- Ta brincando comigo? - Virei para ele e até parei de andar. 

- Dessa vez nao. - Ele pegou minha mão e voltou a andar. - Já são 07:20, acho melhor correr. Você demora duas eras pra se arrumar!

Minha reação foi uma cara parecida com -.-` e continuamos, me fiz de brava, mas claro que não estava. Era impossível ficar brava com ele.

Entramos no quarto e a galera ja estava se vestindo, então corri pro chuveiro com minhas coisas, mas ouvi uma frase que fez meu coração parar. 

- Oh, apressadinha, eu também vou! 

Olhei para tras e ví Bo com uma toalha vindo em minha direção. Era sério? Real? Era! Ele entrou no banheiro me levando junto. Desabotoou a bermuda e eu fingi demência, olhei para o outro lado e tirei o short jeans enxarcado ruborizando instantanêamente. 

 - Prometo tentar não olhar muito. - Disse-me sorrindo. - Mas não temos muito tempo e parece que estou vestindo um cadáver em decomposição. 

- Se você olhar, vai ficar traumatizado! - dei um riso nervoso e entramos no box, eu de biquini, ele de sunga. - Me passa o shampoo? 

 Estavamos de costas um para o outro, o que não resolvia muito pelo fato de o espaço ser pequeno. 

- Só se esfregar minhas costas! - Ele estava querendo me matar? - Senão nada de shampoo. 

 - Ta bom! - bufei, falsamente brava e me virei vendo o quão proximos estavamos. - Esponja!

Enquanto esfregava aquelas costas largas, dava um arranhão aqui, outro alí de propósito mesmo, até que ele suspirou e finalmente me deu o shampoo que estava em suas mãos o tempo todo. 

 - Só porque já estamos atrasados pro lual. 

Então ele se virou de frente para mim e forcei a não olhar para baixo. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele chacoalhou a cabeça como um cachorro e me molhou mais ainda.

- Bo! - protestei. - Para já com isso! 

- Ah, bravinha! - Ele colocou a mão em minha nuca. - Sabe que gosto de te atormentar.

Fechei os olhos e com toda minha força de vontade comecei a lavar o cabelo, mas cometi um deslize: Olhei para baixo, a sunga molhada e a prova de que não era só eu quem estava enlouquecendo sozinha estava dentro dela. Fingi não ver. Estava há um passo de perder a cabeça e pular nele, mas não poderia. Não falei mais nada, apenas me ensaboei, enxaguei o corpo e o cabelo e fui saindo do box. 

- Desde quando você é tã rapida? - ele perguntou enquanto eu fechava o box cinza. 

- Você que brinca demais! - A resposta seria: desde que não posso pensar em você pra me inspirar nos banhos longos, porque você está na mminha frente. - Vou me trocar, não abra a p@rra do box! 

- Sim, senhora! - ele respondeu entre risadas. - Nem você. 

Ví sua silhueta escura e desfocada tirando a sunga, girando ela no ar e jogando em cima do bendito box. Não pense! Não pense nele! Mas como é possivel? Enfim, me sequei e coloquei uma calça jeans e um cropped branco com renda preta, um coturno cano baixo e saí sem dizer nada. Não tinha mais ninguem no quarto. Devem ter pensado que alguma coisa aconteceu naquele banheiro, e como estavam enganados. Passei alguma maquiagem, sequei o cabelo e bati novamente na porta. 

 - Bo, está pronto? 

- Me secando! Ja saio. Pode descer, te encontro la em baixo. 

Então eu desci, ainda com as cenas na cabeça, até ver algumas fogueiras e mesas com comida e bebida. Rapidamente achei Brendon com um violão na mão, Liz ao lado com uma blusa pink (foi meu ponto de referência) e Dani cantando alguma música e me aproximei. Puxei um cigarro do bolso e acendi.

- Cade o Bo? - Perguntou Dani, cortando a cantoria. 

- Deve estar se vestindo. Que decoração bonita! - olhei em volta. 

- 10 dinheiros e você pode pegar o que quiser da mesa. - Brendon, já sabendo que eu queria atacar as mesas. 

- Vamos la, draga? - Liz levantou ja segurando meu braço e os meninos nos seguiram. - ouvi as risadinhas no banheiro, me diz que aconteceu o que eu acho? - sussurrou.

- foi a coisa mais tensa possível! - sussurrei de volta. - mas nada de mais.

- nem um beijinho? 

Balancei a cabeça negativamente e pagamos a moça da mesa. Peguei logo um drink que tinha cheiro de abacaxi e virei... era SUCO DE ABACAXI! Mas tudo bem, já estava realizando o sonho de estar num lual.

O tempo passava e começamos a cantar uma musica do Jason Mraz - porque não temos criatividade-. Eu já estava no terceiro suco de abacaxi batizado com uma vodka que Brendon havia trazido. Foi então que senti o cheiro do meu perfume preferido, uma mão não minha cintura e me virei para encara-lo. Bo estava tão lindo que eu poderia chorar: seu cabelo genuinamente bagunçado de sempre, uma camisa vermelha e um jeans que parecia novo (ele costumava usar apenas os surrados) e seus tenis pretos. As tatuagens no antebraço perfeitamente combinadas... Joguei meus braços sobre seu pescoço e fiquei na ponta dos pés fazendo nossos rosto ficarem tão perto, e por mais que fizessemos isso constantemente, minha espinha ainda congelava. 

- Estava costurando as prórias roupas? - perguntei sentindo sua respiração. 

- Engraçadinha! - Ele deu uma fungada. - Prometi pro seu pai que ligaria pra dar noticias... e achar minhas coisas foi um parto... E você começou a beber sem mim!

- Ainda consigo entornar essa mesa toda. E te devo alguns drinks... você manda muito no surf. Eu não sabia...

Peguei um copo sem solta-lo, paguei o ticket dele e virei em sua boca, que de úmida, se avermelhou. Nos encaramos novamente, fiquei na ponta dos pés de novo para tentar chegar a sua altura. Seus olhos castanho-esverdeados eram como dois raios me atingindo e provavelmente fosse a bebida, mas senti o lábio superior que estava quase tocando o inferior dele formigar, então parei, piscando devagar. 

- Ae, Liah! - Daniel chegou e nos soltamos. Meu rosto queimava. - A Liz não me deixa chegar perto e reclama quando tento me aproximar de outra garota! Da pra me ajudar?

- Já tentou dizer que gosta dela? - Bo disse enquanto bufava. - Essa história de vocês parece uma novela mexicana. - Nessa  hora olhei pra ele com a maior expressão wtf.

-E quando foi que eu neguei isso? - Dani ficava cada vez mais nervoso. 

- E vou falar com ela e resolver isso. Você sobe pro nosso quarto e fica lá! Mas antes...

Virei para a mesa e tomei mais um shot, encarar Liz brava não seria fácil. Coragem! 

A encontrei no meio de um grupo de pessoas e ela já havia bebido também. Correu até mim quando me viu e me abraçou.

- Minha melhor amiga! - falava com uma felicidade forçada que eu sabia que era como uma máscara para não chorar. - Esses aqui são...

- Vem comigo! - a peguei pela mão e fui levando para o hotel. - Achei que estaria furiosa. 

- Pra onde estamos indo? Furiosa? EU? - seu tom de voz alternava constantemente. 

- Tenho uma coisa pra te mostrar. - e é assim que se pega um curioso, senhoras e senhores. - Furiosa por uma coisa que você viu. 

- O que eu vi? Não posso ver pessoas que não existem!

Assenti com a cabeça e seguimos escada acima, corredor a dentro e entramos na porta. Ela estava sem entender, até ver Dani. Antes de ela me chingar, passei a mão no porta-chaves em cima do criado-mudo e peguei todas, saindo rapidamente e trancando os dois. Eles me chamavam de nomes horriveis, mas sabia que logo se acalmariam e então, nenhum dos dois teria opção a não ser conversar. Encostei na parede perto da escada e ri sozinha, afinal toda aquela situação era muito pra ser real, mas era.  

- Você está com cara de quem aprontou! - Bo, subindo as escadas rapidamente. - Pode ir me contando!

- Ok, me pegou! - O olhei de cima a baixo e mordi o lábio inferior inconscientemente. - Tranquei o Dani e a Liz no quarto... - Levantei a mão com as 3 copias das chaves. - Eles vão conversar, nem que seja pra achar um jeito de fugir.

Ele chegou mais perto, mais perto, mais perto e passou novamente a mão pela minha cintura, eu agarrei sua camisa pela parte de trás, sua mão direita subiu até minha nuca, enrolando uma mexa de cabelo. 

- Sozinhos de novo. - Disse olhando-me nos olhos.

- Se sua mãe não fosse surtar... - Sorri sem emoção. 

- Se o seu pai não fosse me caçar com um tanque... - ele encostou a testa na minha. - É dificil ficar perto de você. De biquini principalmente! 

- Bo! - nós rimos e meu coração poderia sair pela boca a qualquer momento. - Então por que quis entrar no banho comigo?

- Porque é uma merda ficar longe também. Além do mais... - ele sorriu malicioso. - por mais que nunca sequer te beijaria sem que deixasse, como eu perderia a oportunidade de entrar na agua com você?

- Me perguntei a mesma coisa, por isso deixei, mesmo que tenha sido muito dificil manter o controle. - desci minha mão para sua coxa. - E você tão perto não facilita. 

- Você não me quer longe. Eu não tenho nem condições de ficar longe...

Depositei um beijo em seu pescoço, senti minha cintura sendo apertada com mais força, e subi roçando os labios até seu queixo e ali dei uma mordida leve o puxando para baixo, ele então beijou meu pescoço e mordeu meu lóbulo. Aquilo estava mais quente do que qualquer um dos meus casos e não deveria estar acontecendo, não poderia.