Fanfic: Um amor proibido | Tema: Harry Potter

-Porque tranquei a porta. 

Bo ficou surpreso e seu sorriso foi substituído por um perfeito "o" e virou a cabeça para conferir. Vendo a felicidade de Liz e Dani, eu resolvi que daria a mim esse presente: depois de eles sairem, virei a chave na porta. Ele me olhou e inclinou a cabeça como um cãozinho.

- o que pretende? - perguntou, enquanto eu me levantava e ia com toda sede para cima dele. - Você vai me mat...

Antes que ele terminasse, pulei em sua cintura, passando as pernas ao seu redor. Ele me segurou receoso, sem saber direito aonde poderia encostar.

- se não me segurar direito, eu vou cair...

- se eu te segurar direito, vou levar um tapa na cara! 

Achei uma graça, pois mesmo depois de todo aquele dia, ele ainda me respeitava. Então, eu que ja estava com as mãos em seu pescoço, comecei a arranhar e sussurrei.

- VOCÊ pode. - frisei a palavra "você" para que entendesse eu queria ser dele. 

Suas mãos escorregaram para minha bunda e seus polegares faziam me um leve carinho na base da coluna. Bo não era um cara inexperiente. Pelo contrário! Ele e Brendon sempre estavam acompanhados pelo que eu soube, mas não depois que cheguei. E mesmo estando sempre comigo, jamais tinha tentado nada, sendo assim a barreira estava sendo quebrada.

Ele andou comigo ate a parede e senti o impacto de meu corpo quente com o papel de parede frio. Ele me segurava com uma mão só, enquanto a outra se encontrava em minha bochecha, enfim deslizando para trás da cabeça. Me soltei, ficando de pé em sua frente e o puxei para mais perto da cama, ficando assim, no meio do quarto. 

Ele arrancou a camisa, me assustando no inicio, mas logo entendi: o quarto estava extremamente quente. Nos juntamos novamente e  já não comandava mais meus movimentos. Fui jogada na cama, as iris de Bo passaram para uma cor escura e sua expressão era animalesca agora. Deixei que minha blusa fosse tirada num puxão só e suas mãos percorrem toda a extensão de meu corpo. Desci a mão até seu jeans e o desabotoei o mais rápido que pude até deixar a box branca a mostra, mas o melhor estava por vir, pois quando levantei a cabeça para encara-lo, nossas bocas se uniram. O mundo ficou em silêncio, toda minha pele estava arrepiada, a respiração cortada. Seu gosto era como uma droga que eu sabia que iria querer pra sempre.  Nós ainda não haviamos quebrado o beijo, minha noção de certo ou errado foi pelos ares e quando dei por mim, estava por cima, com meu jeans também aberto. Nao sabera explicar em mil anos a sensação exata de quando ele parou e lentamente mordeu meu labio inferior, apertando com força meu corpo contra o seu. Mas minha vida não é feita de flores, não é?

-ABRE A PORTA! - Brendon gritava com a voz embargada.

- Eu não vou te soltar não! - Bo prendeu-me, rolando por cima de mim quando fiz mensão de levantar.

- Mas é o seu irmão! E ele vai desconfiar!

- F*da-se ele! - Respondeu, me roubando outro beijo, e juro, quase fraquejei. 

Com todas as forças, tirei suas mãos em chamas de minha cintura e abri a porta, fechando rapidamente em seguida. Corri ate a cama, peguei a camisa vermelha e então deixei Brendon entrar.

- Ta linda com a minha camisa, moça. - Falou um Brendon de lingua enrolada. - Por que todo mundo rouba minhas roupas?

Antes que eu respondesse, ele caiu no sofá e do sofá para o chão. Bo riu e o levantou, o colocando na cama. 

- Tombando antes das 04:00? - zombou. - Adotado!

- Adotado é você! Não bebeu nem meia garrafa.

- Pelo menos eu sou bonito!

Eles eram gêmeos! Oi? Fiquei assistindo aquela discussão, trocando olhares desconcertados principalmente com Bo, até decidir que iria coloar meu pijama e (TENTAR) dormir. Peguei um shorts, uma regata e fui me direcionando para o banheiro, pois precisava de um banho frio também.

 Fechei a porta e abri o chuveiro. Tirei a camisa, ainda com aquele perfume inebriante, então tirei o sutiã, o jeans e a porta não se abriu. Eu desejei fortemente que ele entrasse e me possuísse alí mesmo, em cima do tapete em frente á pia. Mas não. 

 Depois de um banho, voltei para o quarto, aonde estavam jogados todos meus meio-irmãos e minha melhor amiga em cima das duas camas que foram unidas. Fiquei observando um tempo, eles pareciam felizes e isso me deixava feliz também. Me ajeitei entre Brendon e Daniel e tentei dormir, conseguindo apenas horas depois. 

 - Acorda galera! - Liz tentava nos acordar. - Já são Quatro da tarde! 

 - Sério? - Acordei, pulando da cama, afinal só iamos ficar até às seis. - ACORDEM, SEUS PREGUIÇOSOS!

 E assim, tivemos uma disputa pra entrar no chuveiro, acabando assim por decidirmos todos por entrar na agua da praia primeiro. Eu não conseguia olhar para Bo, então fugi o máximo que pude, indo para os lugares opostos, mas ele veio atrás de mim certo tempo depois, ocasionando uma perseguição na areia, o que acabou em risadas e nós dois caídos na areia. 

 - Pára de fugir de mim! - Disse me, ainda entre risos, chacoalhando de leve meus ombros.

 - Daqui a pouco vamos voltar pra casa... - Ainda sorria, pois queria parecer forte. - E tudo que aconteceu aqui ontem, vai ser só um sonho.

 - E nós vamos fingir que nada aconteceu. - Ele também sorria de lado. - Vem, vamos tomar um sorvete.

 Nos levantamos e ele me colocou em suas costas, então correu até um quiosque. Sentir o cheiro de seu pescoço e suas mãos em minhas coxas me fazia pensar no quanto seria dificil daqui pra frente. 

 -  Dois de limão, moça. - pediu, me colocando no chão, subindo a mão para minha cintura. 

 - Aqui - disse ela. - um casal de picolés pro casal.

 - Somos irmãos. - respondemos em unissono, deixando-a sem graça. - Obrigado.  

 Podia ver os olhares dele quando colocava a lingua em meu picolé e como ele começou a ficar vermelho. Na minha cabeça passavam cenas da noite anterior, da pressão sobre meu corpo, provavelmente na dele também. 

 - Acho que deviamos juntar nossas coisas. - Comentou, finalmente quebrando o silencio. - Temos que fazer o check-out.

 - Também acho. - Concordei, olhando ao redor. - Aonde está o resto da matilha? 

 Assim que os achamos, subimos para organizar as malas e trocar nossas roupas. Entrei com Liz no banheiro e os garotos se trocariam no quarto.

 - Ví vocês dois na maior pegação pela fresta da porta. - Disse ela com um olhar maroto. 

 - Shhhhhhhhhhhhhiu! - Fiz sinal para que falasse baixo. - Não passou de beijos. Brendon chegou antes.

 - Aff! Quer que eu de cabo nele? - sugeriu rindo. - Desovo o corpo em algum lugar remoto e... me conta tudo! 

 Fiz um resumão para ela e contei também, que combinamos que fingiriamos que nada aconteceu. Liz bateu a mão na testa.

 - Como você faz um avanço desse e retrocede? Qual o problema de vocês?

 - Nossos pais são o problema! - Relembrei a ela, que revirou os olhos. - Mas foi maravilhoso!

 - Vocês morreram ai dentro? - Dani batendo na porta. - Quase seis horas.

 Nos entreolhamos e saímos. Os garotos ja estavam com as malas e descemos fazer o check-out, depois para o carro e quando Dani deu a partida me apertou o coração ver aquilo tudo ficando para trás. 

Eu estava sentada entre os gêmeos, tentando não olhar para o lado, mas também parecer natural. 

Nunca mais seria a mesma.