Fanfics Brasil - Capítulo 2 Procura-se uma Amante(Rendezvous with Revenge) - (VONDY - ADAPATADA)

Fanfic: Procura-se uma Amante(Rendezvous with Revenge) - (VONDY - ADAPATADA) | Tema: VONDY


Capítulo: Capítulo 2

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Dulce começava a datilografar a segunda carta quando lembrou-se da correspondência que chegara para o Dr. Uckermann no meio da tarde. Não a entregara ainda porque ele já havia começado a atender os pacientes.



Não que o Dr. Uckermann costumasse abrir toda a correspondência, mas sim apenas aquelas nas quais estava marcado "confidencial" ou "particular", e isso era raro. A maioria dos envelopes que chegavam ao consultório continha pagamentos de contas ou propagandas de indústrias farmacêuticas. Mas Dulce achava que ele gostaria de conhecer o conteúdo daquele em especial.



A carta vinha do Hotel Bungarla, onde se realizaria a conferência médica. Houvera uma mudança de última hora no programa de palestras. Um dos palestrantes fora substituído em cima da hora pelo Dr. Philip Ballistrat, um neurocirurgião mundialmente conhecido.



Dulce imaginava que Christopher não deveria se importar com isso, uma vez que já estava decidido a não ir, mas, como aquele assunto não era da competência dela, achou melhor entregar a carta.



Suspirando, levantou-se e caminhou até a porta do consultório, mas parou por um instante antes de bater, para verificar se os botões de sua blusa estavam fechados. Dulce não desejava que se repetisse o infeliz episódio de duas semanas atrás quando, sem que ela notasse, um dos pequenos botões de pérola de sua blusa branca havia se aberto sozinho, deixando o decote muito insinuante e seus seios fartos à mostra.



- Parece que os botões perderam a batalha contra sua feminilidade, Srta. Savinon - Christopher havia comentado em tom de zombaria ao apanhar a ficha de um paciente que ele requisitara. - Talvez devesse fechar melhor as casas... ou quem sabe usar uma blusa mais folgada.



Ela ficara agradecida por ele ter virado o rosto logo depois, não notando o quão ruborizada ficara. Além disso, com o susto, sua respiração se acelerara bastante, o que tornara mais difícil a tarefa de fechar o botão.



Fora a única vez que Christopher Uckermann a embaraçara, e ela não queria que isso acontecesse de novo. Assim, quando bateu à porta, dessa vez suas mãos tremiam muito. Não sabia por que, mas uma sensação estranha tomava conta de seu corpo.



A reação refletia seus sentimentos, pois o Dr. Uckermann, sem que Dulce soubesse por que, a abalava muito.



- Pode entrar, Srta. Savinon - foi a resposta lacônica.



Cerrando os dentes, Dulce abriu a porta e entrou. Sentia-se mais calma por saber que aquela agitação era apenas uma bobagem, e o homem sentado atrás da mesa nunca seria capaz de imaginar o que acontecia por trás da conduta fria e reservada de sua recepcionista.



- Sim, o que é? - ele perguntou, erguendo a cabeça.



Ela avançou um passo e colocou o envelope sobre a mesa.



- Uma carta para o senhor, Dr. Uckermann. É do comitê organizador da conferência da semana que vem, informando que houve uma mudança de última hora. Achei que gostaria de ler, mas me esqueci de entregar mais cedo. Sinto muito.



Ele pegou o envelope e amassou-o sem abrir, jogando-o em seguida na cesta de papéis.



- Eu decidi não ir a essa conferência.



Olheiras enormes apareciam sob seus belos olhos castanhos, e Dulce não pôde deixar de sentir pena dele, apesar de saber que o Dr. Uckermann trabalhava demais por opção pessoal.



- Que pena - ela comentou, decidida a dar sua opinião. - Ao que parece, eles incluíram o Dr. Philip Ballistrat no lugar de um outro médico. Pensei que o senhor pudesse gostar de ouvi-lo. Ele é muito famoso, não é?



Dulce sentiu-se desanimada com a reação dele. Christopher permaneceu impassível na sua cadeira por algum tempo, e seus belos olhos castanhos, normalmente frios, expressavam... o que seria? Surpresa? O que ela poderia ter dito para provocar aquele brilho em seu olhar?



Mas seu desânimo foi logo substituído por um arrepio, quando notou o sorriso gélido e malicioso que surgiu nos lábios dele.



- Ora, ora, ora - murmurou o Dr. Uckermann. - Quem acreditaria nisso? Você está certa, Srta. Savinon. Eu não gostaria mesmo de perder a oportunidade de ouvir um cirurgião tão renomado.1



Ele fez sua cadeira de couro negro girar e abaixou-se para pegar o envelope de volta.



- Obrigado por ter chamado minha atenção. Não pode imaginar o quanto eu ficaria decepcionado se deixasse essa oportunidade passar em branco.



- Então o senhor decidiu ir? - ela perguntou, esperançosa, pensando em quão feliz Maite ficaria.



- Não perderia isso por nada no mundo.



Dulce quase bateu palmas de felicidade.



- A julgar pelo seu sorriso, Srta. Savinon, acho que não vai sentir minha falta na próxima sexta...



Dulce não soube o que provocou nela aquela estranha sensação: o comentário sarcástico ou o olhar intenso que o médico dirigia a seus lábios. De qualquer maneira, seu sorriso desapareceu de imediato, quando imaginou os lábios dele sobre os seus.



Mal podia acreditar naquela idéia. Ela nem sequer gostava daquele homem. E agora estava lá, imaginando como seria fazer amor com ele...



Afastou-se da mesa, encarando-o com um olhar glacial.



- Isso não faz nenhuma diferença para mim, Dr. Uckermann.



O riso dele era tão frio quanto seu olhar.



- Certo, acredito em você. Isso facilita as coisas para mim, pois sei que não vai ter idéias erradas quanto à proposta que vou fazer.



- Proposta? Que proposta?



- Não fique tão alarmada, Srta. Savinon. Não vou lhe pedir nada imoral ou ilegal. Acontece que estou com um problema sobre essa conferência. Foi organizada para casais, entende? E minha namorada não pode ir.



Dulce ficou desapontada ao notar a naturalidade com a qual ele mentia. Engraçado... Por menos que gostasse de Christopher Uckermann, nunca o imaginara como um mentiroso. Isso era apenas mais uma prova de que era impossível acreditar em pessoas do sexo masculino.



- Esse foi o motivo principal para que eu decidisse não ir - ele continuou, frio. - Ficaria muito embaraçado se fosse lá sozinho. Na verdade, minha doce irmã sugeriu que eu contratasse uma acompanhante profissional, mas com certeza você sabe que eu nunca concordaria com essa idéia. Em vez disso, passou-me pela cabeça que eu poderia convidar você para me acompanhar.



Ele fez uma pausa, encarando-a.



- Por um preço, claro - ele adicionou, sem dar tempo a nenhuma reação de Dulce. - Eu não esperaria que fizesse isso de graça. Maite me contou que você trabalha como garçonete nos finais de semana. Nesse caso, eu a compensaria por suas faltas, com uma bonificação extra bem interessante. Então, o que me diz, Srta. Savinon? Estaria interessada?1



"O que eu digo?!"



Dulce encarou-o, em silêncio, enquanto tentava controlar a fúria que sentia. Não sabia o que dizer àquele homem cínico e presunçoso. Não ficaria sequer uma hora a sós com ele, quanto mais três dias e noites.



- Sinto muito, não posso - ela disse, congratulando-se por conseguir manter o autocontrole.



- Seu namorado não aprovaria, não é?



- Não é isso. Eu não tenho namorado.



- Surpreendente. Então, qual é o motivo?



- Eu não pude trabalhar no último final de semana por causa de uma gripe. Se faltar outra vez nesta semana, vou perder o emprego, e isso não pode acontecer.



Dulce também não podia perder o emprego no consultório, por isso estava sendo tão diplomática. Não fosse por esse motivo, teria adorado dizer ao Dr. Uckermann algumas verdades.



- Quanto você ganha num final de semana?



- Por quê?



Ele suspirou.



- Apenas responda à pergunta, Srta. Savinon.



- Cento e vinte dólares, sem contar as gorjetas.



- Entendo. E quanto tempo demoraria para encontrar um outro emprego igual a esse, caso perdesse a vaga?



- O quê? Oh, eu... eu não sei ao certo. As vezes se tem sorte, mas pode levar semanas... Meses, até.



- Três meses ou mais, não é mesmo?



- Sim.



Aonde ele estaria querendo chegar? Por que simplesmente não aceitava a decisão dela? Dulce não aceitaria, qualquer que fosse a oferta dele.



Christopher apanhou uma pequena calculadora na gaveta da escrivaninha.



- Treze semanas vezes cento e vinte equivale a mil, quinhentos e sessenta dólares - ele calculou em voz alta. - Posso imaginar que uma garota como você ganhe muitas gorjetas. Então, vamos arredondar para dois mil dólares. O que me diz disso, Dulce? Nada mal para três dias de trabalho. Mais do que o suficiente para você se manter até conseguir outro emprego.



Pela primeira vez ele a chamara pelo primeiro nome, e isso só fez com que ela detestasse ainda mais a oferta.



- Sinto muito, mas tenho de recusar outra vez, Dr. Uckermann. Eu não sou uma boa atriz. Acho que Maite está certa, o senhor deveria contratar uma profissional.



- Mas eu não quero uma profissional, Dulce. Eu quero você.1



Ela o encarou, sentindo a garganta seca. Se não o conhecesse bem, poderia até imaginar que quisera mesmo dizer aquilo...



- Talvez eu deva esclarecer minha última frase - ele continuou, seco, motivado pela reação dela. - A razão pela qual eu disse que quero você deve-se a seu comportamento frio e discreto. Eu detestaria ter de despedi-la se você resolvesse se apaixonar por mim. Além disso, imagino que seja a companhia perfeita vestindo as roupas certas. Sim... - Os olhos dele examinaram-na com atenção, detendo-se por algum tempo nos seios arfantes. - Perfeitíssima.



Dulce não sabia o que a enfurecia mais. A palavra "perfeitíssima" girava em sua mente. Tinha vontade de socar-lhe o nariz!



- Não tem medo de que as pessoas desconfiem de minha "frieza"? - ela perguntou, entre os dentes.



- Claro que não. Acredito muito na capacidade de representar das mulheres. Além disso, nunca viajaria com alguém que me quisesse a qualquer preço. Claro que, devido às circunstâncias, espero que você se comporte como uma amiga, não uma amante. Assim, eu mudaria a reserva para quartos separados.



Aquilo queria dizer que Maite tinha planejado dormir no mesmo quarto com ele durante a conferência. Muito charmoso.



Apesar de ter traído Dulce depois, Dillon pelo menos preparara o caminho para conquistar seu coração. Nada muito difícil: flores, chocolates, jantares à luz de velas... Ele a levara para a cama sussurrando-lhe promessas de amor eterno. Por outro lado, Christopher Uckermann não prometia nada a suas mulheres, exceto talvez uma performance fria e mecânica sob os lençóis.



Por que, então, Dulce parecia de tal modo atraída por essa máquina fria e desprovida de sentimentos? Esse impulso ia contra tudo em que ela acreditava.



Tais pensamentos fizeram o rubor tomar conta de todo o seu rosto.



- Sinto muito - ela disse, agora sem muita convicção. - Isso... está fora de questão. Não posso fazer o que está me pedindo.



- Não consigo entendê-la. Qual é o problema? Pensei que dois mil dólares pudessem anular qualquer antagonismo que você tivesse em relação a mim. Acredite ou não, posso ser uma boa companhia quando desejo. Veja bem, não decida agora. Pense e me ligue no domingo, por volta das oito horas da noite. Maite estará fora, por isso você não terá nada a temer.



Dulce decidiu que seria mais fácil recusar por telefone. Era mais difícil convencer uma pessoa estando diante dela. Ainda mais quando, no fundo, estava tentada a dizer sim. "Meu Deus", ela pensou, "devo estar ficando louca!"



- Certo - Dulce concordou, com voz trêmula.



Quando os lábios do médico curvaram-se num sorriso de contentamento, o rubor desapareceu de imediato do rosto de Dulce. Ele parecia acreditar que ela já aceitara, que o dinheiro oferecido fosse suficiente para acabar com qualquer dúvida.



O coração de Dulce disparou diante da suspeita de que Christopher tinha percebido a atração sexual que exercia sobre ela. Isso fechou questão sobre o assunto. Agora, nada no mundo faria com que concordasse. Nada!



 



 



 



 



 



 



Ah Dulce, aceita linda! Três dias, só! Com um homem desse, é até pouco 😈🔥😂

 




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Autor(a): Bea Tinoco

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 15:56:59

    Menina só consegui ler agora,depois que voltaram as aulas não tenho tido tempo pra nada ra,Mas amei viu a história foi curtinha nas foi ótimo á Natália tentou estragar tudo bem no finalzinho mas não conseguiu bem feito,Amei esses dois viu parabéns pela história bjs

  • linevondy Postado em 15/08/2017 - 13:25:40

    Awnnnnnt que lindo *--* amei a fic do começo ao fim! Linda historia. Estou triste pq acabou mais feliz pela linda historia ♡

    • linevondy Postado em 19/08/2017 - 23:04:20

      Kkkk tá bom amora! Quando vai chamar? Obrigada <3 sim irei olhar sua outra fic beijos!

    • Bea Tinoco Postado em 15/08/2017 - 14:37:38

      Flor vou te add no whats primeiro, pois te procurei no face mais lembrei que não conheco sua fisionomia né kkk. mais tarde eu te add,pois agr estou na rua. assim que chegar em casa te add. Meu nome é beatriz Santos. A próxima fic se chama o fotógrafo. https://fanfics.com.br/fanfic/57023/o-fotografo-adaptada-vondy-vondy irei apagar o comentario em que está seu telefone pra niguem te incomodar ta. bjoos

    • Bea Tinoco Postado em 15/08/2017 - 14:29:07

      Obrigada flor! fico feliz que tenha gostado. obrigada por todos os seus comentários viu!!!

  • linevondy Postado em 14/08/2017 - 20:19:23

    Aiin linda amo essa fic <3 e vc tbm fofa *_* poderiamos ser amigas! Mas continuaaaaaa to louca aquiiiiiiiiii

    • Bea Tinoco Postado em 14/08/2017 - 22:10:12

      Pronto flor ai está o capítulo final. espero que vc tenha gostado. se poderiamos ser amigas? é obvio que podemos linda. se passa seu whats e face. bjoos

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:25:06

    Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* <3

    • Bea Tinoco Postado em 13/08/2017 - 21:46:09

      Haga eu te adoro Line vc é demais! Continuandooooooooooooo

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:24:14

    Continua plx amora *-*

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:23:47

    Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:23:19

    Continua pls <3

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:22:47

    E ao msm tempo tão triste por saber que a fic tá acabando :'(

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:22:26

    Dul finalmente confiou nele, to tão feliz

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:22:04

    E já admitiram que se amam *-*


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