Fanfics Brasil - Capítulo 3 Procura-se uma Amante(Rendezvous with Revenge) - (VONDY - ADAPATADA)

Fanfic: Procura-se uma Amante(Rendezvous with Revenge) - (VONDY - ADAPATADA) | Tema: VONDY


Capítulo: Capítulo 3

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Nada teria feito Dulce mudar sua decisão de não aceitar a proposta de Christopher. A não ser o destino e a infelicidade de uma senhora.



No sábado, Dulce decidiu pedir demissão do emprego de garçonete, depois de mais uma investida mal-intencionada de seu patrão. Foi direto para casa e, ao chegar, à noite, soube que o quarto da Sra. Blanchford havia sido roubado. O ladrão entrara pela janela. A pobre senhora ficou desesperada e forçou Dulce a passar a maior parte do domingo a consolá-la.



— Tudo vai ficar bem, Sra. Blanchford — Dulce confortou-a, depois de a polícia deixar a casa.



Estavam sentadas no quarto da anciã, o maior que havia na velha casa de estilo colonial transformada havia anos em pensão para solteiros. Infelizmente, a mesma janela que permitia a visão do bem-cuidado jardim da propriedade facilitara o trabalho para o ladrão.



A Sra. Blanchford meneava a cabeça enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.



— Tudo perdido — ela disse, contendo um suspiro. — As economias de cinco anos... Tudo perdido.



Dulce mordiscara o lábio inferior para não começar a chorar. Se ao menos a Sra. Blanchford tivesse colocado o dinheiro no banco, em vez de insistir em guardá-lo em casa...



A polícia acreditava que o meliante devia ser alguém que já vivera na pensão, e por isso sabia sobre as economias da Sra. Blanchford, também conhecendo sua desconfiança em relação a bancos, uma característica que não era incomum entre os sobreviventes da grande depressão do pós-guerra. Os policiais confidenciaram a Dulce que as esperanças de recuperar o dinheiro eram mínimas. A própria Dulce insistira para que não dissessem nada à Sra. Blanchford, que ainda estava muito nervosa com o ocorrido.



A verdadeira tragédia, entretanto, era que aquele dinheiro destinava-se à compra de uma cadeira de rodas motorizada. A Sra. Blanchford estava sofrendo de uma doença que causava degeneração muscular, o que estava tornando cada vez mais difícil para ela usar a velha cadeira de propulsão manual.



— O que vou fazer, Dulce? — a anciã lastimou-se. — Não quero ir para um daqueles asilos do governo. Mas logo não serei mais capaz de me mover sozinha. Se tiver de perder minha independência, prefiro morrer.



— Agora, pare de falar essas tolices — Dulce repreendeu-a com gentileza. — A polícia vai trazer seu dinheiro de volta, não se preocupe.



— Não, não vai! Perdi tudo. Fui uma tola por ter guardado o dinheiro aqui.



— Pare com isso! Não vai ajudá-la em nada se desesperar. O que está feito, está feito. Tenho o pressentimento de que esse dinheiro vai aparecer. Dê alguns dias à polícia.



Dulce sabia onde conseguir o dinheiro para devolver à senhora. Mas seu estômago revirava-se diante da perspectiva do que teria de fazer para ajudar a mulher que tanto a ajudara no passado.



— O homem ligou para dizer que virá me mostrar a cadeira na próxima quarta-feira. Ele disse que é a melhor peça de segunda-mão que tem. E custa apenas três mil dólares. Uma nova custa muito mais, você sabe.



— Sim, eu sei — Dulce murmurou, tentando pôr em ordem os pensamentos. Se Christopher Uckermann estava disposto a pagar dois mil dólares, será que concordaria com um acréscimo? Se ele concordasse, ela poderia ajudar a amiga antes da visita do vendedor.



Claro, diria a ela que a polícia havia recuperado o dinheiro. Sua antiga professora de balé era muito orgulhosa, e jamais aceitaria caridade. Por outro lado, ela poderia fazer perguntas sobre a origem do dinheiro, e Dulce não gostaria de ter de explicar isso.



— Vamos lá, Sra. Blanchford, pare de chorar. A mulher que me ensinou a ser confiante não pode desistir com tanta facilidade. Não fique desesperada tão rápido. Dê uma chance à polícia e prometa-me que não vai cancelar a visita do vendedor na quarta-feira.



— Certo, Dulce. — A senhora forçou um sorriso desanimado. — O que eu faria sem você?



— Faria tudo muito bem, como sempre — Dulce assegurou. No íntimo, entretanto, não tinha tanta certeza. Aquela senhora, que tantas vezes parecera indestrutível, agora estava muito pálida, com uma aparência frágil.



— Tive muita sorte por você ter vindo morar aqui. Você é tão boa comigo, Dulce... Sempre lê meus poemas prediletos em voz alta, e ainda por cima joga cartas comigo. Não vai se mudar quando conseguir um bom emprego, não é? Sei que este não é o melhor lugar do mundo, mas...



Isso era verdade. A velha casa parecia poder desabar a qualquer momento. Mas o aluguel era barato, e a localização, bem próxima do centro da cidade.



Ao sair da prisão, Dulce pretendia voltar logo para a casa de seu pai. Entretanto, quando ligara, na véspera de sua libertação, recebera um recado dele, deixando claro que não era bem-vinda, e que só poderia passar por lá para apanhar seus pertences pessoais. Dulce ficara tão irritada que nem ao menos se dera a esse trabalho.



A pensão decrépita fora um choque, no começo, mas nada comparado ao que ela sentira ao rever a proprietária do lugar.



A Sra. Blanchford fora sua professora de balé dos três aos doze anos, quando Dulce fora transferida para um colégio interno. Desde então, nunca mais se encontrara com a querida mestra, apesar de jamais tê-la esquecido, lembrando-se com admiração das lições de comportamento e autodisciplina que aprendera durante as aulas. Dulce devia a essas lições a têmpera que demonstrara ao suportar os árduos dias que passara na prisão.



A Sra. Blanchford também não a esquecera, pois seu rosto se iluminara de contentamento quando reencontrara a antiga pupila. Elas conversaram muito, e Dulce contou tudo o que acontecera com naqueles anos, sem esconder nada. A dama nunca a recriminara pelos anos de prisão, por isso ela era muito grata.



— Agora, não se preocupe. — Dulce sorriu. — Se eu me mudar um dia, levarei a senhora comigo. E vamos conseguir aquela cadeira, custe o que custar!



 



........................................................................



 



As oito horas daquela noite, Dulce sabia muito bem o que fazer. Desceu as escadas até o telefone e discou o número da casa de Christopher Uckermann. Era terrível ter de deixar o orgulho de lado, mas não havia alternativa. Pelo menos faria aquilo com estilo. Não pretendia deixar que ele achasse tudo muito fácil.



— Christopher Uckermann — ele atendeu, e, mais uma vez, uma sensação estranha insinuou-se pela espinha de Dulce. Aquele homem tinha mesmo uma voz muito sensual.



— Dulce Savinon, Dr. Uckermann — ela disse, logo que recobrou o autocontrole.



— Ah, claro, Srta. Savinon. Estava esperando por sua chamada.



Dulce esperava que sua contraproposta pudesse provocar alguma reação naquela voz arrogante.



— Pensei em sua oferta, Dr. Uckermann, e decidi que posso atendê-lo... — Fez uma pausa intencional, com o objetivo de dar a ele um segundo de vitória para seu ego machista. — Mas serei eu quem fará o preço.



Ela ouviu um suspiro de surpresa do outro lado da linha, depois do qual houve um silêncio tenso.



— Eu já ofereci a você dois mil dólares — ele murmurou, por fim, sem um traço sequer de sensualidade na voz. — Pensei que seria mais do que suficiente pelo serviço.



— Sinto muito, mas não é.



— Entendo. — Seu desagrado era evidente. — E o que você considera suficiente?



— Três mil dólares.



— Mas são mil dólares por dia!



— É o meu preço, Dr. Uckermann. É pegar ou largar.



A risada surpresa dele a irritou.



— Ora... então estamos combinados, Srta. Savinon, mas tenho uma condição.



— E qual é?



— Ficaremos no mesmo quarto. Alguns detalhes mudaram e, por razões que eu não posso explicar, prefiro que você finja ser minha amante, não apenas minha amiga. É claro que não espero que durma na mesma cama que eu, por isso farei os arranjos necessários para que nos forneçam um quarto com duas camas, ou pelo menos um que tenha um sofá dobrável.



— E se eu disser não?



— Então eu serei forçado a romper o nosso trato.



A expressão desesperada da Sra. Blanchford não saía da cabeça de Dulce. Mas ela detestava a maneira como estava sendo manipulada por Christopher Uckermann.



Não havia nenhum sentido em prolongar aquela agonia. Isso só pioraria sua humilhação. Melhor concordar, de uma vez por todas, deixando-o pensar que tinha todas as cartas na mão.



— Certo, Dr. Uckermann. — Ela engoliu o orgulho ferido. — Pode ditar as regras por três mil. Mas eu gostaria que tudo fosse pago adiantado, se não se importa.



Mais uma vez, houve um silêncio prolongado do outro lado da linha.



Será que ela o surpreendera? Talvez tivesse conseguido... chocá-lo?



Não importava. Aquilo era apenas um negócio que garantiria uma razão de viver para a sempre tão gentil senhora que a abrigara. Dulce não tinha nenhuma simpatia pelos sentimentos de Christopher. Qualquer homem que se dispunha a comprar uma mulher não merecia consideração. E era esse o caso.



— Mandarei seu pagamento amanhã por um mensageiro — ele concordou, por fim. Não parecia estar muito surpreso.



— Em dinheiro, por favor. — Dulce controlava a muito custo um súbito acesso de fúria. Como ele podia se comportar de maneira tão fria? Afinal, nada abalava aquele homem?



— Naturalmente.



Dulce encolheu os ombros, desanimada. Tudo consumado, mas ela gostaria de não estar se sentindo tão mal... Um estranho poderia pensar que ela estava vendendo o corpo, mas Dulce sabia que não se tratava disso.



— Acho que devemos nos encontrar para combinar os detalhes, Dulce. Não quero que Maite saiba de nada. Isso é apenas entre mim e você. No que diz respeito à minha irmã, estou indo sozinho para essa conferência. Tem de me dar sua palavra a respeito disso.



Pela segunda vez ele a chamava pelo nome. Seria mesmo muito estranho, dadas as circunstâncias, que o Dr. Uckermann continuasse a tratá-la por "Srta. Savinon". Ela também não queria que Maite ficasse sabendo de nada. Na verdade, toda a situação era muito embaraçosa.



Perguntava-se qual seria o motivo de Christopher para fingir para os colegas. Será que havia algum boato sobre seu comportamento? Ou o verdadeiro motivo era ainda mais secreto?



Naquele instante, seu instinto feminino lhe disse que havia algo mais por trás daquela história...



Mas Dulce não podia se dar ao luxo de ficar imaginando coisas. Tinha feito um acordo de três mil dólares, muito importantes, senão vitais. A verdadeira motivação de Christopher não devia interessá-la.



Talvez estivesse mesmo preocupada com o papel que teria de representar. Esperava não ser tola o bastante para revelar seu segredo. Apesar de não gostar nem um pouco da personalidade de Christopher Uckermann, não podia negar que ele exercia sobre ela um estranho e quase incontrolável poder erótico.



 



 



 



 



Dulce é tão maravilhosa, né?! Resolveu aceitar o que ela não queria, para ajudar a senhorinha 😍 Christopher deve ter um motivo para ter mudado o papel de Dulce, de "amiga" para "amante", pq será? 🤔



Bjs amores amanha tem mais!!




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Autor(a): Bea Tinoco

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  — Precisamos combinar alguns detalhes — Christopher continuou, do outro lado da linha. — Suas roupas, por exemplo. — Minhas roupas? — Dulce repetiu, confusa, com a mente ainda perturbada pela reação que aquele homem lhe provocava. — Acho melhor você usar algo diferente daquela saia preta e da camisa bran ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 15:56:59

    Menina só consegui ler agora,depois que voltaram as aulas não tenho tido tempo pra nada ra,Mas amei viu a história foi curtinha nas foi ótimo á Natália tentou estragar tudo bem no finalzinho mas não conseguiu bem feito,Amei esses dois viu parabéns pela história bjs

  • linevondy Postado em 15/08/2017 - 13:25:40

    Awnnnnnt que lindo *--* amei a fic do começo ao fim! Linda historia. Estou triste pq acabou mais feliz pela linda historia ♡

    • linevondy Postado em 19/08/2017 - 23:04:20

      Kkkk tá bom amora! Quando vai chamar? Obrigada <3 sim irei olhar sua outra fic beijos!

    • Bea Tinoco Postado em 15/08/2017 - 14:37:38

      Flor vou te add no whats primeiro, pois te procurei no face mais lembrei que não conheco sua fisionomia né kkk. mais tarde eu te add,pois agr estou na rua. assim que chegar em casa te add. Meu nome é beatriz Santos. A próxima fic se chama o fotógrafo. https://fanfics.com.br/fanfic/57023/o-fotografo-adaptada-vondy-vondy irei apagar o comentario em que está seu telefone pra niguem te incomodar ta. bjoos

    • Bea Tinoco Postado em 15/08/2017 - 14:29:07

      Obrigada flor! fico feliz que tenha gostado. obrigada por todos os seus comentários viu!!!

  • linevondy Postado em 14/08/2017 - 20:19:23

    Aiin linda amo essa fic <3 e vc tbm fofa *_* poderiamos ser amigas! Mas continuaaaaaa to louca aquiiiiiiiiii

    • Bea Tinoco Postado em 14/08/2017 - 22:10:12

      Pronto flor ai está o capítulo final. espero que vc tenha gostado. se poderiamos ser amigas? é obvio que podemos linda. se passa seu whats e face. bjoos

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:25:06

    Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* Continua *~* <3

    • Bea Tinoco Postado em 13/08/2017 - 21:46:09

      Haga eu te adoro Line vc é demais! Continuandooooooooooooo

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:24:14

    Continua plx amora *-*

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:23:47

    Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3 Continua <3

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:23:19

    Continua pls <3

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:22:47

    E ao msm tempo tão triste por saber que a fic tá acabando :'(

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:22:26

    Dul finalmente confiou nele, to tão feliz

  • linevondy Postado em 12/08/2017 - 23:22:04

    E já admitiram que se amam *-*


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