Fanfic: Na Mira da Máfia vondy - HOT ( TERMINADA) | Tema: Vondy

DULCE

Me sento no chão ao lado de Lucas, ele estava brincando com alguns ursinhos de pelúcia. Dava pequenas gargalhadas e depois fazia um bico que me lembrava muito ao de Christopher quando ele queria algo.

- não vejo a hora de tudo isso acabar e eu poder levar vocês pra casa da minha mãe – Christopher diz se sentando a beira da cama – ela vai ficar eufórica quando souber que tem outro neto

- e o Juninho quando vê o Lucas ? – digo rindo – ele vai ficar muito feliz com o priminho – me recordo do Juninho e é impossível não sorri, aquele menininho era um amor

- sim, vai mesmo – Christopher suspira – Dulce, estou preocupado com o silêncio, isso não pode ser um bom sinal – nega com a cabeça

- eu sei que não, saber que tem mafiosos querendo meu pescoço não me agrada mas talvez eu estaria mais tranqüila se eles fizessem algo, pode parecer loucura mas o silêncio me deixa muito mais assustada – admito mordendo os lábios, a porta se abre e minha mãe entra acompanhada de Suzi

- Christopher meu marido quer conversar com você sobre a festa de hoje a noite, ele te espera na sala branca – minha mãe informa a ele, Christopher assente se levanta e me dá um beijo antes de sair – Suzi esta na hora do passeio de Lucas no jardim pode levá-lo ? – pergunta encarando a empregada

- eu posso levá-lo mamãe – me ofereço já me levantando, não sei por que mas a idéia de Suzi sozinha com meu filho não me agradava

- deixe que Suzi o leve, eu preciso conversar com você – minha mãe diz séria, suspiro assentindo. Suzi pega Lucas no colo e ele sorri um pouco antes de ser levado – algum problema Dulce ? – ela pergunta ao vê eu olhar fixamente pra porta

- já sentiu uma sensação estranha ? – pergunto meio inerte – um aperto no peito como se estivesse deixando algo passar ? algo que esteja bem abaixo do seu nariz ?

- só o que consigo vê é que minha filha esta bastante perturbada – reviro os olhos me sentando na cama, já estava pronta pro sermão – Dulce conversei com seu pai, ele me contou tudo que aconteceu na sala dele

- antes da senhora continuar – digo a interrompendo – deixe que eu diga uma coisa, pode ser que eu tenha exagerado e tenha passado um pouco dos limites, mas eu só surtei por que durante toda minha vida meu pai tentou me controlar. Ele acabou com minha infância, minha adolescência e não é justo que acabe com o pouco que tenho agora

- seu pai sofreu quando você se afastou da gente querida, pra ele você sempre foi sua princesinha mesmo que você ache que não – minha mãe se senta ao meu lado – eu conversei muito com ele sobre seus demônios e ele se sentiu muito culpado, quando conheceu o Christopher imaginou que pudesse te ajudar a concertar o mal que ele mesmo tinha feito então, ele deu uma forcinha pra que vocês se conhecessem. Você era uma jovem tão solitária que ele achou que seria uma boa idéia você conhecer o Christopher, ele era tão encantador, carismático – ela faz um pausa – Christopher sabia viver a vida e você não querida, seu pai só achou que ele lhe ensinaria a viver, a amar ... e ele estava certo não estava ?

- sim – sussurro segurando as lágrimas – eu mudei muito quando conheci Christopher, ele sempre me deu uma força a mais pra viver, se eu sou o que sou hoje devo a ele

- e ai seu pai – minha mãe acaricia meu rosto com carinho – não digo que ele fez bem em manipular o Christopher pra se mudar e todas essas coisas, só estou dizendo Dulce que ele e a ama, do seu torto dele, mas a ama – ela afirma – o agradeça por ter colocado o homem da sua vida bem na sua porta, não o culpe.

- Christopher podia ser um maníaco ou .. – tento argumentar mas me calo quando vejo minha mãe negando com a cabeça

- seu pai jamais faria isso com você, a idéia dele era que você e Christopher fossem amigos e se vocês se apaixonaram foi coisa de vocês não de seu pai – já não consigo segurar mais as lágrimas – não o condene filha, não faça isso é somente o que te peço – assinto e ela me puxa pra um abraço apertado. Fecho os olhos desfrutando do carinho da minha mãe, ela estava certa, como sempre está.