Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 12 : Me perdoe 

Alfonso :

Se passaram cerca de 15 minutos entre meus gritos serem ouvidos e Dona Luísa vir correndo,ainda de camisola, para saber o que estava havendo. Ao ver Anahí desacordada, saiu voando atrás de alcoon ou algo que fizesse a pobre menina despertar. Foi preciso muito esforço porém não adiantou, tivemos de levá-la as pressas para o hospital pois a pressão havia caído e meus pais ficaram preocupados. 

Chegamos ao hospital e rapidamente Anahí foi levada na maca pelo mesmo médico que havia tratado de Dona Luísa. Fiquei sentado no corredor de espera completamente atordoado e me sentindo sem ar. Fechei os olhos pedindo a Deus que a curasse não importasse de qual forma mas fizesse com que ficasse boa outra vez. Minha mãe sentou ao meu lado e o silêncio

tomou conta durante vários minutos, enquanto nenhuma noticia vinha e a parte de internação era resolvido por meu pai. 

Finalmente o médico veio e então ele traria minha sentença : culpado ou inocente

MÉDICO: Famíla da Senhorita Anahí Portilla ? - nos perguntou e praticamente pulei da cadeira sendo acompanhando de meu pai. Apesar de estranhar acabou entendendo que éramos os responsáveis por Anahí.- Bom, a Srta Portilla apresentou um quadro de pressão baixa ao qual já foi controlada. Se encontra sendo medicada com soro para reidratar o corpo e outras medicações para febre. 

Dito isso fomos autorizados a entrar no quarto de Anahí mas apenas eu fui, pois meus pais preferiram não vê-la por enquanto já que levaram um tremendo susto. Entrei encontrando um quarto claro, com tv, todo decorado e uma cama grande onde

uma das meninas mais lindas estava deitada dormindo num sono tranquilo. Me aproximei admirando seus belos cabelos, agora presos devido aos exames que precisou fazer. Peguei uma cadeira me sentando bem ao lado dela, segurei uma de suas mãos e fiquei acariciando por vários minutos totalmente imerso nos meus pensamentos até que senti ela se mexendo.

Abriu os olhos com certa dificuldade devido a claridade e olhou para mim abrindo um pequeno sorriso mas com aquele ar de dúvida.

ANAHI : O que aconteceu ? - me perguntou com uma voz baixa de quem ainda estava no processo de recuperação

- Está tudo bem. Você só teve um desmaio e trouxemos você ao hospital. - falei ainda com sua mão na minha até que ela percebeu corando na hora, então puxou de leve a mão e com custo acabei soltando.

ANAHI: Agora me lembro. - colocou a mão na cabeça fazendo uma expressão de dor - Desculpe por isso. - baixou a cabeça como se realmente tivesse culpa de algo.

- A culpa não foi sua. E sim minha. Nunca deveria ter saído daquele jeito, mas é que... - ela me interrompeu 

ANAHI: Podemos falar sobre isso depois ? Me sinto cansada. - fechou os olhos ainda sentindo dor e isso me fez sentir o peso da culpa bem pior do que antes. 

Após mais alguns minutos, o médido que a atendeu voltou ao quarto para verificar se estava tudo correndo bem e deu alta para o dia seguinte. Anahi precisava ficar em observação só para garantir que tomasse a medicação toda antes de poder voltar para casa. Me prontifiquei a ficar mesmo ela relutando. Meus pais acabaram a vendo rapidamente e ficaram felizes que

estava muito melhor, só deixaram uma muda de roupa para mim e Anahi além de outro par de muletas que eu larguei em casa na hora da confusão. 

Durante a noite, após o jantar servido para Anny e eu ter comido um lanche, aproveitamos para conversar um pouco. Praticamente esquecemos a relação Patrão e Empregado, falando sobre coisas de nossas vidas. Rimos com minhas loucas histórias do tempo da escola, choramos quando ela lembrou da mãe. Assim que Anny dormiu, agora ela havia me deixado chamá-la por seu apelido, liguei para meus pais avisando que estava tudo bem e que poderiam mandar o motorista nos

buscar no dia seguinte na hora dita pelo médico. 

Fiquei admirando o semblante de Anny tão linda dormindo me perguntando se algum dia alguém incrível como ela apareceria na minha vida, quando eu finalmente iria ser feliz sem ficar preso a tratamentos longos com sessões e mais sessões de fisioterapia e médicos todos os meses. Custou acreditar que agora ela mesmo sozinha no mundo, pois desde a confusão

Eduardo não apareceu mais e isso não só a preocupava como a todos nós depois de sabermos do quanto ele é perigoso, e mesmo assim consegue encontrar felicidade nas menores coisas.

Adormeci com a cabeça no colo de Anny quando ela perdeu um pouco o sono alguns minutos na hora que a enfermeira foi tirar o soro e dar outro comprimido para a febre que custou um pouco a baixar. Sonhei pela primeira vez em muito tempo.