Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 17: Destino

Alfonso :

Após saber sobre tudo da cirurgia todos na casa, sem exeção, passaram a me tratar como se fosse meus últimos dias. Meus pais estavam o tempo todo ligando e recebendo ligações do médico que seria o responsável pela cirurgia, já estava sem paciência quando meu pai entra no meu quarto acompanhado de uma enfermeira, a terceira apenas nessa semana, que iria tirar outra amostra de sangue para na hora não ocorrer um erro. Não aguentava mais ficar com o braço todo furado. 

LEAN: Vamos Poncho ! É a última vez. Prometo. - falou enquanto a enfermeira arrumava a seringa para tirar um pouco do sangue que havia me sobrado. 

Fiz cara feia só de olhar a seringa e senti um ligeiro pânico que só aumentou quando a enfermeira se aproximou de mim. Era uma senhora até que muito educada, mas sempre tive aversão de seringa inclusive quando precisava tomar vacina. Era preciso que minha mãe me segurasse pois todos que estivessem no recinto ouviam meus gritos. 

Olhei para meu pai que me devolveu o olhar de forma piedosa mas seria preciso. Não saberia como passar por essa situação até que tive uma última ideia e essa tinha de dar certo. 

- Posso chamar Anahí para me ajudar ? - seria a única pessoa a conseguir me tranquilizar já que minha mãe havia saído e Dona Luisa estava de folga. 

Vi meu pai dar de ombros e pediu a outra governanta que chamasse Anny. Logo ela veio e apenas sua expressão de curiosidade me fez querer rir porém me segurei.

ANNY: Em que posso ajudar, Sr Lean ? - perguntou sem olhar diretamente para meu pai, pois seu olhar ainda estava em mim

LEAN: Alfonso está com nervoso de tirar sangue para o exame e pediu que você ficasse do lado dele. Poderia fazer isso ? É o único jeito desse medroso colaborar. - disse me olhando bravo e se eu pudesse retrucaria no mesmo instante afinal ser chamado de medroso na frente dela não fazia parte dos meus planos.

Anny se aproximou da minha cama ficando ao meu lado então, discretamente a princípio, segurei em sua mão de forma delicada mas quando senti a agulha no braço tive de fechar os olhos bem forte senão soltaria um grito que seria ouvido em todo bairro. Apertei tanto a mão dela e senti o clima de preocupação e foi então que ouvi a voz do meu pai mas a coragem de abrir os olhos não veio. Precisou ser minha ajudante a fazer tal feito. 

ANNY: Pode abrir os olhos Poncho. Tá tudo bem, já acabou. - sua voz era suave e doce. Senti um pano molhado em minha cabeça e me dei conta do quanto estava suando.

LEAN: Calma filho, passou. Se acalme. - meu pai disse preocupado, então pediu a enfermeira que desse algumas gotinhas de remédio leve para que eu pudesse ficar calmo. - Agora durma um pouco filho. Mais tarde eu volto aqui e verifico como você está e vou pedir a Anahí o mesmo. Pode ser Anahí ? - ele perguntou e Anny assentiu tirando o pano da minha cabeça. 

Meu pai saiu juntamente com a enfermeira e fiquei sozinho com Anny. Precisava agradecer a ela. 

- Obrigado Anny. Você foi um anjo. - me senti envergonhado por ter passado por tal situação mas meu pânico de agulha jamais me largaria.

ANNY: Foi um prazer. Agora descanse que mais tarde eu venho aqui. - ela já tinha guardado o pano e se preparava para sair mas queria que ficasse.

- Não vá. Fique um pouco aqui, pelo menos até que eu durma. - sorriu para mim e isso bastava

Ficamos conversando cerca de 15 minutos então o sono chegou. Seu perfume ficou no meu quarto mesmo após ela sair. Cheguei a ouvir meu pai ligando para minha mãe e a tranquilizando pois eu já tinha feito o último procedimento antes da 

cirurgia. Anny não voltou ao quarto devido ao serviço ter se acumulado com a folga de Dona Luisa, apenas meu pai passou rapidamente me acordando um pouco e eu logo voltei a dormir. Nem nos sonhos me tranquilizo quanto ao meu destino mas seja qual for, quero estar curado e com Anny ainda mais dentro da minha vida.