Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 1 - A Chegada 

Anahí :

Nunca imaginei que aquele dia seria o pior da

minha vida. Como sentia falta de minha mãe, se

ela estivesse aqui nada disso estaria acontecendo. 

Fomos obrigados a fugir, pois as diversas denúncias de assassinato

já pesavam para Eduardo e o mesmo teve que deixar tudo para trás. Queria

ter sido uma das coisas abandonadas, porém fez questão de me levar junto

com o propósito sinistro de talvez conseguir algo. Não tive muito tempo

de apanhar meus pertences, levando comigo apenas uma mochila pequena

com algumas roupas e minha medalhinha que nunca me separava dela pois foi 

a última lembrança que não se perdeu de minha amada mãe.

Eduardo jogou tudo dentro do carro, mal entrei me sentando no banco do

carona e ele arrancou com tudo. Devemos ter andando cerca de 3 horas ou 

quem sabe mais, chegando a um bairro calmo com belas casas. Me perguntei

aonde aquilo iria nos ajudar em algo mas ele foi logo dando todas as intruções.

EDUARDO: Chegamos Anahí. Escute bem porque não irei repetir : vou

ocupar a vaga de mordomo de uns ricaços graças a bela recomendação

dada por um grande amigo meu. Comeremos do bom e do melhor. Logo arranco

uma boa grana desses trouxas e consigo me mandar daqui. Talvez você não

possa me acompanhar mas é a lei da vida. Agora vamos. - terminou saindo

do carro e minha vontade de chorar foi imensa mas iria me conter. quem sabe

nessa tal casa alguém me ajudaria.

Coloquei minha mochila nas costas, fechei a porta do carro e segui Eduardo

até uma casa linda de três andares. Parecia um verdadeiro castelo daqueles

de filme antigo. Logo fomos recebidos por uma criada que nos mandou entrar

e esperar que o patrão dela iria falar conosco. 

Logo um senhor simpático chegou muito bem vestido nos cumprimentou se

sentando num sofá próximo ao que estávamos sentados. Fez uma série de

perguntas as quais Eduardo respondeu com tamanhas mentiras que sinceramente

me deu nojo. Fiquei apenas escutando tudo sem dizer nada. Senti que dali

nunca mais iria sair e minha liberdade havia se perdido. 

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Alfonso :

Era outro dia de tantos que eu estava vivendo ou

pensando que vivia. Depois do acidente de carro,

nunca mais minha vida foi a mesma. Diversos médicos,

remédios, exames e choros sem fim de meus pais. Tentei

ao máximo mas só consegui sair da cadeira de rodas para

andar com um par de muletas infernal, mesmo minha mãe

dizendo que isso era avanço para mim não passava de

uma jogada da vida me dizendo que ficaria assim para sempre.

Me olhei no espelho do meu quarto sem me reconhecer. No

passado fui tudo que queria : atleta, surfista e praticante

das mais diversas lutas. Hoje não sou nada além de um 

inútil dando preocupações e despesa aos pais, simplesmente

por não ter condições de ficar sozinho. 

Fui tirado dos meus pensamentos pela minha mãe, Nicole,

vindo me trazer outro remédio.

NICOLE: Está na hora da medicação filho. - se aproximou

de mim com uma cadeira para que me sentasse.

ALFONSO: Não quero nada mãe. Apenas ficar sozinho. - falei

sem a olhar

NICOLE: Filho, por favor ! Já falamos sobre isso, entenda... - 

interrompi o discurso dela ao qual ouvi durante todo esse

tempo

ALFONSO: Entederia se algum remédio desse me tirasse

dessa condição. Esse faz isso ? - perguntei sabendo

a resposta e eu mesmo respondi - Não faz e nem nunca

fará. Então pode ir embora. - me voltei de costas 

a ela e pude ouvir seu choro enquanto ela saía

do quarto. aquilo me doía por dentro mas não posso

agir diferente por mais boa intenção que ela tenha

Ouvi uma das criadas anunciar para meu pai a chegada

dos novos empregados. Fiquei sem entender mas isso não

era problema meu, pois sabia que seriam outras pessoas

a terem pena de mim e se meter onde sequer foram convidadas.

Fui até a porta, que minha mãe havia deixado aberta ao

sair, e cheguei perto da escada que dava para a sala. Vi

duas pessoas entrarem assim que Dona Luisa, única das criadas

que eu respeitava, abriu a porta. Reparei se tratar de um homem

meio corpulento não chegando a ser gordo, de cabelos negros e 

alto. Trazia nas mãos um velho chapéu um pouco sujo. Suas roupas 

eram meio gastas porém o que me intrigou foi a menina que o acompanhava.

Parecia assustada pois não olhava diretamente para nenhum lugar e mantinha

a cabeça baixa. Apenas consegui ver que tinha cabelos compridos, era magra

e aparentava ser muito jovem. Voltei ao meu quarto assim que meu pai chegou

a sala para receber os recém chegados.