Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 21 - Você Veio

Alfonso :

Acordei no quarto e o médico já estava ao meu lado, junto com meus pais e para minha surpresa Anny também estava com eles. 

MÉDICO: Bom dia, Alfonso. Fico feliz que tenha acordado, isso significa que tudo saiu bem. - falou e vi meus pais e Anny sorrindo. 

- Quando vou poder sair ? - perguntei pois não aguentava mais hospital. sentia algumas dores mas nada comparado ao que era antes.

LEAN : Logo você poderá ir meu filho. Precisará ficar um tempo ainda mas sua cirurgia não poderia ter sido melhor. - disse bastante satisfeito.

NICOLE: Precisa se recuperar meu amor, para voltar a ser nosso campeão. - segurou minha mão me dando um beijo na cabeça. olhou para Anny que estava envergonhada, como sempre, e pediu que se aproximasse. - Deixamos ela vir pois sua angustia iria nos deixar ainda mais preocupados. - falou e Anny apenas afirmou com a cabeça. Estava um pouco magra desde a última vez que a vi mas continuava tão linda como sempre. 

MÉDICO: Vou deixá-los um pouco. Logo volto para ver a medicação. Com licença. - o médico saiu após anotar tudo e ficamos apenas eu com meus pais e Anahí.

Uma ideia me surgiu pois precisava demais conversar com Anny nem que fosse por poucos minutos. Precisava que me perdoasse, afinal se não tivesse sido idiota poderíamos estar melhor.

- Por que vocês não vão comer algo ? Fico bem aqui com Anahí. - tentei e a vi abrir a boca para reclamar porém a impedi.

NICOLE: Não sei Alfonso. Você está muito debilitado. - vi sua tristeza e claro que não queria trazer mais sofrimento mas precisava me explicar com Anny

LEAN: Talvez seja bom querida afinal eles ficaram amigos. Devem estar querendo conversar um pouco, sei que qualquer coisa ela nos avisará. - meu pai sempre percebendo tudo. 

NICOLE: Está bem querido. Mas avise mesmo, viu Anahí ? Por favor ! - falou angustiada dando pena em todos

ANNY: Pode deixar Sra. Vão tranquilos. - e depois de repetir que ficaríamos bem eles saíram do quarto nos deixando sozinhos. claro que não escapamos de uma piscada discreta do meu pai que havia percebido tudo.

Anny ficou ao lado da cama e peguei sua mão. Como senti saudade daquela mão tão pequena que se encaixava perfeitamente na minha. Ela me olhou com um pouco de vergonha mas logo sorriu.

- Você veio. Senti sua falta. Me perdoe por ter sido estúpido. - minha mágoa era tamanha de ter deixado ela naquela situação. 

ANNY: Não poderia deixar de vir. Também estava com saudade, lá na casa todos estão preocupados e ficaram felizes com a notícia de sua cirurgia ter sido um sucesso. Esquece o que aconteceu, eu que fui estúpida te tratando daquela forma. - baixou a cabeça mas logo segurei seu queixo fazendo me olhar. aqueles olhos azuis que fixaram nos meus pensamentos.

- Temos que nos resolver, ficar assim está nos matando. Jamais iria te dizer aquelas coisas se não fosse verdade.  

ANNY: Eu sei. É que tive muito medo e também sou apenas uma das empregadas. 

- Jamais repita isso. Você faz parte da vida de todos e da minha também e é sim importante. 

Não podia acreditar que ela achasse que não valia nada ou fosse alguém de pouco valor.

Anny pegou uma cadeira para se sentar ao meu lado mas não era isso que eu a deixaria fazer. 

ANNY: Alfonso !! - falou quando me movi um pouco para o lado e a fiz sentar bem perto de mim. 

- Seu lugar é aqui comigo e aqui a senhorita ficará, ouviu ? - fingi autoridade e ela fez bico de criança quando não a deixam ficar com os doces. - E não faça essa carinha ou irá ver. - ameaçei com falsa seriedade, quando ela virou para contestar tomei aqueles lábios para mim num beijo ao qual sonhei todos aqueles dias. 

Imaginei que a surpresa fosse fazer ela se afastar mas em segundos estava entregue. Precisava daquele remédio para ter minhas forças de volta, para sentir vida dentro de mim ou poderia me entregar. Em momento nenhum o beijo acalmou, foi aumentando a intensidade e só não nos mexemos mais pois pouco conseguia mover meu corpo porém o sentia mais vivo que nunca. 

Segurava seus cabelos, ela mordia um pouco meus lábios e manteve as mãos no meu rosto. Ficaria nisso para sempre até isso que nos consumia diminuir de intensidade então poderia morrer de prazer. Nos afastamos ofegantes para tomar um pouco de ar, mas logo nossos lábios se grudaram como dois imãs. 

Passado algum tempo, ela se aconchegou no meu peito e com meus carinhos em seu rosto e cabelo, adormeceu como um anjo. O anjo mais lindo que poderia existir. Dessa vez, pela primeira vez nesses dias todos no hospital, pude dormir sem temor algum. Tinha a parte que faltava da minha vida em meus braços outra vez e iria ser assim.