Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 45: A Verdade

Anahi

Dormir com tanta preocupação estava sendo uma tarefa difícil mas o cansaço
falava mais alto. Acordei cedo um pouco enjoada e fui logo tomando um dos
comprimidos receitados por Dr. Levy. Poncho estava adormecido, então saí
de seu abraço e fui ao banheiro. Quando voltei ele havia acordado e se sentou
na cama com uma cara engraçada.

- Bom dia gatito. - me aproximei lhe dando um breve beijo. - Que houve ? - baguncei
seu cabelo.

PONCHO: Acordei e não te achei. Sabe que não gosto quando faz isso. - me puxou para
mais perto cheirando meus cabelos e me dando um beijo mais atrevido que sempre acordava
meus sentidos

- Eu precisava ir ao banheiro. Estou horrível. - falei olhando minha aparência e apesar
de ainda estar com o corpo igual, já imaginava os sinais da gravidez mexendo com tudo.

PONCHO: Está ainda mais linda. Vamos tomar café ? Hoje precisamos conversar com
meus pais. Ontem minha mãe ficou cheia de desconfianças. - falou e eu sabia a seriedade
da situação.

Logo já estávamos sentados lado a lado com uma Sra Nicole tentando amenizar o clima
um pouco tenso entre o marido e Poncho. Os dois se encaravam calados deixando nós
duas apreensivas.

NICOLE: Como você está hoje querida ? Precisa de algo ? - perguntou preocupada já
querendo cuidar de mim como uma filha

- Fiquei um pouco enjoada, tomei o remédio e já estou bem. Obrigada Sra. - tentei sorri
mas estava com medo do olhar frio ao qual Poncho olhou o pai

De repente o Sr. Lean largou a xícara em cima do pires com violência, assustando a mim
e D. Nicole. Era chegada o momento de colocar as cartas na mesa.

LEAN: Você vai me explicar direitinho o que fez a essa menina Alfonso. - sua voz era
baixa e intimista

Poncho levantou os olhos de sua xícara, terminou de beber o café e olhou diretamento nos
olhos do pai.

PONCHO: Não fiz nada a Anahi, papai. Vou assumir as minhas responsabilidades. - disse
simples. via que ele se esforçava para manter a calma. segurei suas mãos tentando o traquilizar. - Vamos aproveitar todos reunidos aqui e falar o que tanto você e mamãe precisam e querem ouvir. Sim, é verdade. Anny está esperando um filho meu. - dito isso o Sr. Lean fuzilou Poncho quase partindo para cima do filho, foi impedido rapidamente por D. Nicole.

NICOLE: Calma querido. Deixe eles se explicarem. Por favor ! - pediu suplicando ao marido que voltou a sentar na cadeira passando a mão pela testa completamente nervoso. - Primeiramente não vou dizer que fomos pegos de surpresa mas gostei da ideia de ser avó. Sempre quis isso. - sorriu para mim e quase a abracei. ganhei a melhor sogra do mundo.

Sr Lean olhou incrédulo para a esposa como se a mesma tivesse tido o maior dos absurdos, mas
quando ela cruzou os braços o olhando de maneira firme ele logo mudou de ideia.

LEAN: Tudo bem ! Já entendi. - disse por fim e D. Nicole deu uma piscadela marota para mim
e Poncho. - Mas olha, quem vai cuidar será você. Não quero criança me chamando de vovô. - ficou sério recebendo um tapa da esposa.

D. Nicole levantou abraçando a mim e Poncho, prometendo que tudo ficaria bem. O marido
estava apenas preocupado por sermos muito jovens, mas o sonho dele sempre foi ser avô.

Poncho e o pai foram ao escritório onde tiveram uma conversa barulhenta no início, mas que
ao terminar sairam os dois abraçados com os olhos vermelhos provavelmente de chorar.

- O que ele te disse ? - perguntei quando saímos para caminhar.

Poncho ficou um pouco nervoso depois de tudo que ouviu do pai achando que não teria seu
apoio. Sr Lean sempre fora um herói para o filho e lidar com essas dificuldades entre eles, fazia
Poncho se ressentir muito.

PONCHO: Falou novamente que fui irresponsável mas fará de tudo para o neto ou neta chegar
bem e saudável. Aos poucos vamos arrumar as coisas, quarto, roupinhas e a decoração que mamãe mesmo avisou que fará com muito gosto. - andava de mãos dadas a mim me olhando de vez enquando.  sua expressão ainda era tensa

- Ele tem toda razão em estar preocupado, afinal tudo aconteceu muito depressa. Vamos dar
tempo ao tempo. - sorri para Poncho parando uns instantes para o abraçar.

Infelizmente devido aos incômodos, não consegui andar muito e tivemos de voltar. Dona Luisa
fez um chá quentinho para mim, tomei os remédios e logo me deitei. Me deu muitos parabéns e
já fez planos de cuidar do novo integrante da casa.