Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 4 - Como Tudo Aconteceu ?

Anahi:

Enquanto eu limpava a sala, após Dona Luisa ter ido levar o almoço de Alfonso, fui obsevando as diversas fotos da família. Eram porta retratos com imagens de praias, campos e cidades incríveis visitadas por eles durante o que me pareceu serem férias daquelas bem inesquecíveis. Alfonso sorria ao lado dos pais, foi fotografado fazendo as mais diversas manobras de snowboard numa neve tão branca que mal podia ser vista. Fiquei imaginando o quanto deve sentir falta disso, pois agora sequer sai do quarto. Não notei quando D. Luisa me chamou pela terceira vez.

D.LUISA: Menina ! O que está fazendo ? Estou chamando você a um tempão. - disse parando ao meu lado vendo que estava admirando as fotos. chegou a sorrir mas sua expressão logo se entristeceu.

- Está tudo bem ? - perguntei e notei que enxugou uma lágrima 

 Levou uns segundos para ela me responder

D.LUISA: Essas fotos me trazem lembranças lindas do meu menino. Como ele era feliz. - a forma como ela falou 

me fez querer saber mais sobre a história deles e o que levou ao acidente de Alfonso

- Como tudo aconteceu ? - perguntei me arrependendo em seguida, afinal era um pouco cedo para saber disso 

mas algo naquela família me intrigava e por gostar muito de ajudar as pessoas acabo perguntando

D.LUISA: Foi a 4 anos, quando Alfonso era um jovem ativo sempre disposto a aproveitar o melhor da vida. Adorava esportes radicais desses que os jovens fazem. A Sra Nicole ficava muito preocupada quando o via sair cheio de equipamentos, prancha ou as coisas necessárias ao esporte da vez. Sempre que ele voltava, era eu que fazia os curativos ou simplesmente o consolava quando algo não saía como o esperado e meu menino ficava chateado. Bons tempos. - parou uns segundos querendo se recompor. dei um tempo a ela que logo pediu para irmos a cozinha pois lá poderíamos conversar melhor já que ela precisava fazer algo para o jantar.

Me sentei num dos banquinhos perto do fogão onde D. Luisa já mexia algo dentro de uma das panelas. Logo ela voltou a falar olhando para onde eu estava de vez enquando.

D.LUISA: Alfonso sempre amou esportes. Praticava de tudo um pouco, porém sua paixão eram os de trilha na floresta ou algo relacionado a isso. Acampava com os amigos longos finais de semana e era bom em tudo. Lembro de um dia ele estar todo animado porque iria pescar num acampamento de um dos colegas, então comprou a vara e os acessórios. Perguntou ao pai exatamente como fazer as coisas e Senhor Lean não o deu muita esperança pois não entendia de tal coisa. O coitado do Alfonso voltou para casa sem nenhum peixe. Sr. Lean reclamou uma semana com o pobre por conta disso e só parou 

quando a Sra Nicole resolver viajar sem o marido, deixando-o louco. Os dois são muito unidos, então isso costuma os chatear a beça. Disse ao Alfonso que por ser bom em tantas coisas, não tinha problema se algo saísse errado.Ele logo esqueceu indo arrumar outra coisa. - sorriu com a lembrança enquanto colocava o feijão para cozinhar

- Então até pescador tentou ser ? - ri imaginando a cena e Dona Luisa confirmou sorrindo pela primeira vez desde que começou a contar. - O que mais Alfonso fazia ? - perguntei querendo saber mais da história

D.LUISA: Bom, ele terminou os estudos assim que completou 18 anos. Seu sonho era ser Advogado mas Sr. Lean queria que o filho seguisse seus passos e fosse administrador. Isso causou algumas brigas entre os dois e isso perturba o patrão até hoje pois acredita que se tivesse deixado o filho cursar Direito o menino estaria saudável sem ter de passar por tudo nesses últimos 4 anos. O patrão tem essa forma rígida mas é de um coração enorme, imcapaz de fazer mal algum. - pegou outra panela colocando um pouco de azeite para fazer macarronada. 

- Mas se tratou de algo fora do controle deles. Como iriam adivinhar que poderia acontecer isso ? - perguntei 

imaginando o quanto o fato deve pertutbar o Senhor Lean. 

D.LUISA: Realmente menina, foram coisas imprevisíveis e sinceramente vejo o quanto os Srs Herrera se sentem culpados mas tanto D. Nicole quanto o patrão cuidam de todos dos detalhes do tratamento de meu menino. Porém ele mesmo está desacreditado. - havia acabado de colocar o macarrão na panela enquanto mexia calmamente em semi tampando a panela para que pudesse cozinhar. pegou um molho já pronto que iria colocar assim que o macarrão ficasse pronto. a vi suspirar antes de continuar, agora se voltando na minha direção. - A única que peço todos os dias é para voltar a vê-lo sorrir e com a esperança nos olhos novamente. - lamentou e pude sentir a dor que as palavras lhe causaram

- Se eu puder fazer alguma coisa terei muito prazer em ajudar. Meu sonho é ser médica para poder curar as 

pessoas. - contei e sorri com isso

D.LUISA: Que lindo ! Espero que consiga. Por agora se conseguisse se aproximar dele seria muito bom, pois ele 

precisa voltar a conviver com outros jovens. - falou e se voltou outra vez ao fogão desligando o fogo do macarrão acrescentando o molho em seguida

- Adoraria mas Alfonso me expulsou do quarto dele da última vez e não quero mais problemas. - disse triste e 

com muira vergonha

Dona Luisa sorriu e percebi que entendeu o porque do Sr. Lean ter dado a maior bronca em todos. Depois disso a ajudei a terminar o jantar e separar o que iria para Alfonso. Soube nesse meio tempo que o acidente de Alfonso deixou lesões que poderiam ser tratadas e teria grandes chances de cura. Perguntei o porque dele não se empenhar mas Dona Luisa apenas disse que a vontade tinha de parti dele mesmo. 

No horário do jantar, o Sr. Lean estava de volta a casa e servimos a comida. Eduardo apareceu um pouco antes mas estava misterioso, provavelmente começara a tramar alguma coisa. Fiquei responsável de levar o jantar para Alfonso porém desse vez não reclamou de nada e simplesmente comeu enquanto eu saí rapidamente do quarto antes que algo acontecesse. Acabei jantando junto a Dona Luisa e Eduardo em total silêncio, logo nós três arrumamos a cozinha sendo dispensados por Sr. Lean que falava com a esposa no telefone a convencendo a voltar na manhã seguinte. 

Pela primeira vez dormi sem ouvir as broncas de Eduardo pelo simples fato dele ter sumido após eu sair do banho. Resolvi não procurar saber antes que sobrassse para mim. Mal podia adivinhar que a noite seria tão longa quanto o dia.