Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 5 : Cuide dos Seus Problemas

Alfonso:

O dia passou depressa e logo uma noite fria chegou. Dona Luisa logo colocou meu cobertor mais quente ou morreria de tanto frio. Havia jantado uma comida mais do que especial feita por ela e isso me fez ficar melhor. Logo caí no sono. Tudo estava tranquilo. Meu pai já tinha vindo ao meu quarto avisar que meus exames estavam para chegar e deveria mostrá-los a fisioterapeuta para ela avaliar, provavelmente irá dizer que poderia ter mais progresso se fizesse mais esforço e levasse as sessões a sério. 

Estava dormindo calmamente quando ouço um pequeno barulho vindo do andar de baixo, pensando se tratar de meu pai que quase sempre acordava para beber água continuei dormindo. O barulho parou e o silêncio voltou. Alguém começou a cochichar como se não quissese ser ouvido e isso me fez abrir os olhos. Com dificuldade, consegui sentar a cama e o barulho ficou mais audível me intrigando. 

xXx: Abre a porta ! 

Uma voz falou em tom grave

Fiquei imaginando quem poderia ser já que todos os fucionários estavam dormindo e pelo visto meu pai também. 

A voz foi ficando mais alta e passou a ser ouvida perfeitamente o que me assustou. Saí como pude da cama indo até a porta conseguindo escutar. Se tratava de uma voz de homem porém não se encontrava em seu perfeito juízo porque além de passar a gritar, esmurrava a porta.

xXx: ABRE ESSA PORTAAA !! 

Batia com tamanha força que pensei logo na porta vindo a baixo. As luzes da casa foram se ascendendo, e escutei D. Luisa perguntar o motivo da gritaria porém isso fez o tal sujeito se enfurecer. Passei a ouvir atentamente e minha vontade era descer o mais depressa possível para ajudá-la. A gritaria continuou enquanto eu pensava numa maneira de ir até lá. 

xXx: Cuide de seus problemas, velha enxerida !! 

D.LUISA: NÃOOOOOOOOO !! ME SOLTAAAAAAAAAAAA !!!

Ouvir o grito de D. Luisa foi o suficiente para mim. Peguei minhas muletas no mesmo instante, abrindo a porta de meu quarto como se ela fosse de papel e logo estava descendo as escadas. Antes de chegar ao último degrau, vi a pior cena de todas. Eduardo estava completamente bêbado, com o uniforme todo amassado, sua camisa para fora da calça e os cabelos bagunçados. Olhei para o lado e vi meu pai arregalar os olhos e voltar seu olhar para Eduardo que tinha um sorriso sínico nos lábios.

LEAN: O que você fez ? - falou meu pai praticamente sem voz, bem típico de quando ficava muito nervoso. - O QUE VOCÊ FEZ SEU BANDIDO ? - ele gritou tirando a voz não sei da onde indo em direção a Eduardo numa velocidade que me assustou. 

Os dois começaram a travar uma batalha. Entre tapas, socos e xingamentos, os dois derrubavam tudo ao seu redor. Saí do transe e aproveitando que não haviam me visto, andei o mais rápido que as muletas me permitiram a procura de algum segurança que impedisse os dois de continuar aquilo. Lembrei do quarto de Dona Luisa e que perto dele outros funcionários já ficaram por lá. Cheguei apressado sem encontrar niguém, então olhei outro quarto e achei a menina que me pareceu ser filha

de Eduardo. Por não saber seu nome, bati na porta assim mesmo e ela gritou assustada do outro lado pelo visto já acordara com a confusão.

- Menina ! Sou eu, Alfonso. Abre por favor. Seu pai e o meu estão na maior luta lá na sala. Preciso de ajuda. 

Consegui dizer e vi a porta ser aberta. A pobre menina estava trêmula, com o rosto molhado de lágrimas. Se abraçou a mim pedindo ajuda. Não durou muito o abraço porque um novo barulho se fez ouvir e corremos para a sala. Chegamos tarde demais. Eduardo havia sumido, meu pai estava no sofá com o braço e boca sangrando e Dona Luisa desmaiada ao chão. 

Se passou alguns minutos e junto a Anahí, descobri seu nome assim que ela ligou para a polícia se indentificando, ajudamos meu pai e aguardamos a polícia chegar e logo após a ambulância que levou Dona Luisa ao hospital e rapidamente um dos médicos fez curativo no braço do meu pai. 

Acabamos todos no hospital, pois não consegui ficar sem notícias de Dona Luisa. Fiquei ao lado de meu pai e Anahí esperando o médico voltar para dizer se ela estava bem ou não. Liguei para minha mãe avisando do ocorrido e ela arrumou o primeiro voô de volta, pois D.Luisa era membro de nossa família. Me perguntei o porque de Eduardo ter feito o que fez e ao me acalmar vi que Anahi ainda estava agitada. Ao meu ver ao seu lado, ela baixou a cabeça envergonhada como se tivesse alguma culpa.

- Você não fez nada. Aquele cara que é um louco. 

Me arrependi de ter dito, afinal ele era pai dela. Ou não ? Vi aqueles olhos cheios de lágrimas me olharem e senti sua tristeza. 

- Me perdoe. Vai ficar tudo bem.

ANAHI: Obrigada por ajudar. Seu pai está melhor ? - perguntou e assenti que sim. meu pai sempre

fora um homem forte. 

- Seu pai quase pegou o meu de surpresa mas terminou na pior afinal foi ele quem fugiu. 

ANAHI: Eduardo não é meu pai - seu olhar ficou ainda mais triste

Fiquei me perguntando se eu poderia ser mais idiota quando o médico chegou chamando nossa atenção.

MÉDICO: Boa noite. Família da Sra Luisa Leme ? - olhou para nós e fizemos que sim afinal a considerávamos da família.

LEAN: Ela trabalha em nossa casa a muitos anos Dr. Pode dizer como ela está ? - meu pai estava bem aflito e queria saber logo notícias

MÉDICO: A Sra Luisa teve um aumento considerável de pressão e uma luxação leve no braço esquerdo. Foi medicada e se encontra apenas em observação devido também ao abalo emocional, mas ficará bem. Podem ir vê-la caso queiram. - disse e nos deixou aliviados. 

Fomos direto ao quarto onde D. Luisa estava. Entramos e lá estava a doce senhora de sempre que cuidava de todos com tamanha dedicação. Nos olhou sorrindo prometendo que estava bem. Claro que meu pai deu uns dias de folga para que pudesse descansar. Garantiu que Eduardo seria encontrado e punido pelo que fez pois a polícia já tinha várias queixas contra ele em diversas delegacias. Avisamos a Dona Luisa que logo pela manhã voltaríamos para buscá-la. Anahí pediu milhões de perdões, que foram aceitos apesar de não serem necessários pois D. Luisa sabia que a menina não tinha culpa. 

Chegamos em casa por volta das 3 horas da manhã. Meu pai mesmo com o braço mobilizado, ainda me ajudou a entrar em casa. Anahí nos acompanhou oferencendo ajuda também. Deixamos que ele fosse ao próprio quarto sozinho enquanto ela me acompanhou ao meu quarto pois as escadas na hora de subir eram difíceis. Senti um alívio enorme quando finalmente deitei na minha cama. A adrenalina havia sido tamanha, que minhas dores sumiram.

ANAHI: Precisa de mais alguma coisa Sr. Alfonso ? - perguntou arrumando o cobertou assim que me cobriu. - Obrigada mais uma vez. Tenha uma boa noite. - ia saindo quando a chamei 

- Você vai ficar bem ? 

Realmente me preocupei pois ela ainda estava um pouco nervosa.

A vi afirmar com a cabeça. Decidi deixá-la ir descansar.

ANAHI: Está tudo bem, Sr. Com lincença. - falou e saiu do quarto.

O olhar triste ficou na minha cabeça e uma vontade imensa de protegê-la tomou conta de mim. Mal a conhecia mas algo nela me lembrava a mim mesmo ao ficar nessa situação em que me encontava após o acidente. Adormeci por puro cansaço. Sonhei com um par de olhos azuis.