Fanfic: A Janela - AyA | Tema: AyA/Ponny/Anahí e Alfonso

Capítulo 8 : Jamais Poderá Saber

Anahi:

Saí correndo do quarto de Alfonso tão depressa que mal tive tempo de respirar. Sempre amei cantar mas toda vez que era observada me subia uma agonia fora do comum. Ao ver que estava na cozinha me senti melhor e quando Dona Luisa me perguntou se algo estava errado, disfarcei dizendo que não achava a vassoura então ela me entregou e fui direto para a sala caçar serviço.

Terminei tudo a tempo de ajudar Dona Luisa com os preparativos do jantar, porém o casal Herrera decidiu ir comer fora de última hora então deixamos o jantar apenas para funcionários e Alfonso. Tentei de tudo para fugir da tarefa de levar comida para ele devido a minha fuga mais cedo. Dona Luisa não pode fazer esforço subindo escadas a todo momento, precisei respirar fundo encontrando coragem de alguma parte do meu ser para voltar naquele quarto. 

Bati levemente na porta e ao abrir Alfonso me olhou com certo ar de curiosidade. Fingi que estava tudo normal e coloquei a bandeja no mesmo lugar de sempre. Ao tentar ir embora, sinto sua mão segurando meu braço e sou obrigada a virar em sua direção.

ALFONSO: Anahi, precisamos conversar. Agora. - falou tão sério que tremi dos pés a cabeça

Apenas assenti esperando que ele continuasse. Foi o momento mais tenso ao qual já passei.

ALFONSO: Vai me contar por que saiu correndo daquele jeito hoje. E não saí daqui sem dar a resposta. - novamente seu tom sério me fez tremer ainda mais e nem ao menos notei que soltou meu braço mas segurou minha mão

Me mantive calada por vários segundos e o vi perder o pouco de paciência que pareceu ainda ter. Falei a primeira coisa que me veio a cabeça.

- Estava atrasada para ajudar Dona Luisa. - falei querendo me convencer daquilo tudo. 

Alfonso permaneceu me olhando nos olhos com a expressão séria. Foi quando passei a notar o quanto lindo eram aqueles olhos verdes esmeralda, de um brilho tão intenso que poderia cegar qualquer pessoa. Eram grandes, bem marcados e ao mesmo tempo tinham uma tristeza de dar dor no coração. Seu rosto era perfeito e combinava com o resto da composição de olhos e nariz. Mil pensamentos passaram a vir na minha mente sem que pudesse controlar como se uma avalanche de sentimentos tivessem tomado contar de mim. Quando dei por mim meu rosto estava muito próximo do dele pois havia me puxado a fim de me fazer confessar meu crime. Algo estranho naquele contato estava indo rápido demais.

- Alfonso... preciso ir . - minha voz saiu por um fio porém foi ignorada

De repente, como se tivéssemos sido tomados por alguma mágica, colamos nossos lábios num beijo intenso e ao mesmo tempo inexplicavel. Alfonso invadia minha boca como se já fosse dono de tudo. Quanto mais sentia sua boca, mais tinha a certeza de que havia viajado para outro mundo. 

Durou alguns segundos até, com a respiração bem falhada, nos separamos e ao abrirmos os olhos tamanha foi nossa surpresa que minha única reação foi correr outra vez. Ouvia de longe o que me pareceu Alfonso me chamando mas uma rápida olhada antes da porta bater comprouvou o quanto aquilo o pegou de surpresa também. 

Entrei no meu quarto e levei a mão aos lábios, mesmo lábios que a poucos segundos atrás aproveitava pela primeira vez o primeiro beijo. Não primeiro beijo depois de muito tempo e sim o primeiro de uma vida toda. Ele jamais poderá saber que esse foi nosso primeiro beijo.