Fanfics Brasil - Capítulo 13 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 13

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Por Dulce





— Ah... 

Solto um gemido de dor ao tentar abrir os olhos, minha cabeça está latejando, meus olhos ainda ardem e sinto meu nariz ainda entupido. Ontem após voltar para o quarto – ainda chorando, deitei-me com a minha pequena, e abraçado a ela chorei até pegar no sono.



Minha cabeça não só parece que vai explodir como também está uma enorme bagunça, não consigo achar uma solução para tudo isso, não faço ideia do que fazer, qual direção seguir. Nem como seguir.



Isso tudo é uma grande bosta, eu poderia simplesmente acordar um dia desses e me lembrar de tudo logo. Seria menos cansativo e doloroso. 



Mesmo com os olhos ainda fechados, passo a mão pela cama e sinto Eduarda ao meu lado, devagar abro meus olhos e viro a cabeça. Minha pequenina está ali, toda arreganhada pela cama. Sorrio com aquela imagem, é a melhor visão para se ter de manhã. Fico em meus cotovelos e estalo o pescoço, duas vezes. Bocejando sento na cama e após me espreguiçar saio da cama, mas volto para dar um beijo em minha filha.



Minha filha. Isso soa tão bem mesmo somente na minha cabeça. Tenho orgulho de saber que ela é minha, Eduarda é uma excelente garota, além de super inteligente é muito obediente e carinhosa. A filha que sempre quis, mesmo durante a adolescência.



Vou até o banheiro lavar o rosto, molho a nuca e suspiro. Nem sei que horas são, mas deve ser cedo, tudo está quieto demais.



— Uh... 



Mal saio do quarto e já bato de frente com alguém, cambaleio um pouco para trás e olho para ver quem me quase me atropelou. Ucher. Seu rosto amassado deixa claro que ele acabou de acordar, eu nem fazia ideia que ele havia dormido aqui.



— Perdão, não vi você.



Se desculpa sem jeito e arruma seus cabelos desalinhados, sorrio para tranquiliza-lo e ele suspira. Ucher me olha fixamente, sei que ele quer dizer algo, só espero que não me dê sermão.



— Bom dia.



— Bom dia.



Ele desvia o olhar e continuamos em silêncio, isso já está me incomodando.



— É... – pigarreio duas vezes e ergo o tronco, ele me olha curioso. — Então... Você quer me dizer alguma coisa? Estou começando a ficar sem jeito de tanto que você me olha. 



Confesso e ele pressiona os lábios, sem graça abaixa a cabeça e eu me controlo para não rir.



— Oh... Perdão. – Pede timidamente e eu apenas balanço a cabeça. — Eu já vou indo, er... Avisa a Anie quando ela acordar.



— Tudo bem.



— Tchau, Dul. – Aceno para ele que está prestes a descer as escadas, mas para, sussurra algo consigo mesmo e grunhe. — Droga



— Algo errado?



— Não, não! — Ele respira fundo e bagunça os cabelos, acho é quase um toc dele. — Quer dizer, sim... — Volta para perto de mim e olha de relance para a porta do quarto de Eduarda e anahi deve estar ali. — Eu prometi que não iria me meter, mas talvez você não faça ideia do quanto está me doendo ver minha irmã da forma que eu vi ontem e durante a noite quase toda. 



Ouvi-lo dizer isso me deixa pior ainda do que estava antes, eu fazia uma ideia que estava sendo difícil, mas não pensava que era tanto assim. 



— Eu sei que é tudo uma confusão para você, que você não gosta muito dela. — Entorta a boca e suspira, olho para baixo envergonhada. — Mas, Dulce, não é um pedido dela, é um pedido meu, tente ao menos conhecer ela. Você não faz ideia do quão maravilhosa minha irmã é, não estou te dando uma ordem, muito pelo contrário, ao menos dê uma chance para conhecer ela do modo correto. 



— Cristopher, eu...



— Não precisa falar nada, apenas pense nisso, okay? — Encolho os ombros e apenas concordo com a cabeça, ele vem até mim e beija minha testa. — Anahi é uma das melhores pessoas que conheço, se permita enxergar isso. 



E após dizer isso ele se afasta e sorri antes de se virar e só então descer as escadas. Apoio-me na porta do quarto e fecho os olhos.



Me permitir conhecer Anahi implica em deixa-la entrar outra vez na minha vida, mas para eu fazer isso preciso saber como nosso relacionamento funcionava antes, como nos envolvemos, e mais, como foi que eu deixei que ela entrasse na minha vida.



(...)



Estou terminando de preparar o café da manhã quando ouço passos no andar de cima, ouço a voz de Anahi e então os passos são ouvidos vindos da sala. Sirvo as panquecas de morango e banana e pego a calda de chocolate que por sorte estava na geladeira.



— Bom dia, mamãe.



Eduarda vem até mim e me abraça as pernas, sorrio para ela e me abaixo para pega-la. Ela beija meu rosto e eu encho a dela de beijos, fazendo-a gargalhar.



— Bom dia, minha Duda.



— Sua e da mama. 



Grita e levanta os bracinhos, acabo rindo de sua fala e animação. Diferente de mim Duda e Anahi são pessoas da manhã, hoje por algum milagre divino eu não acordei mau humorada. 



— Isso, mesmo minha e da sua mama.



A coloco no chão e dou um beijo em sua testa, me levanto e quase tenho um infarto ao me deparar com uma sonolenta Anahi de pé na entrada da cozinha, observando a mim e Duda.



— Bom dia.



Deseja com a voz bem grave, sua voz não está muito legal, e as olheiras estão de volta em seu rosto. 



— Bom dia. — Sorrio para ela, Anahi retribui, mas seu sorriso não faz seus olhos brilharem. — Fiz nosso café da manhã, espero que tenha acertado. 



— Panquec... — Sua voz morre e Anahi pigarreia, coloca a mão na garganta e faz sinal que eu espere. Noite passada foi tensa mesmo, ela ainda está sofrendo os efeitos dela. — Panquecas recheadas? 



Sua voz agora está esganiçada, não consigo evitar uma expressão de desconforto. Ugh! Confesso que me incomoda vê-la assim.



— Sim. — Pela primeira vez na manhã seus olhos se iluminam e ela vai até a mesa, sorrio internamente. Ponto pra mim. — Querem calda de chocolate mesmo ou morango?



— Chocolate! – Duda grita de boca cheia e Anahi e eu olhamos para ela na hora, a repreendendo com o olhar. Duda encolhe os ombros e limpa a boca com as costas da mão. — Desculpem, mamães. 



Pede baixo e envergonhada, sinto-me derretida com a cena dela fazendo biquinho. Tão parecido comigo. 



O café da manhã foi tranquilo, conversamos o tempo todo, quer dizer, Duda falava sem parar e Anahi e eu apenas ouvíamos e riamos do que ela falava. Me senti tão bem, Anahí também pois até seu rosto parecia mais leve, menos cansado e triste.



Anahí avisou-me que iria levar Duda para a escola, resolvi acompanha-la e pedi que ela me levasse no centro cultural. Ela pareceu surpresa, diria até que ela se animou com meu pedido e ficou feliz. Senti-me muito bem por tê-la feito sorrir, depois de ontem eu só conseguia pensar em maneiras e mais maneiras de agrada-la de alguma forma. 



E funcionou, durante o dia todo. Ela passou o dia comigo no centro cultural, dançamos com as crianças e depois Anahi me levou para conhecer o segundo andar, onde segundo ela eu dou minhas aulas de dança. É bastante espaçosa, dividida em duas partes. A outra parte Anahi disse que deixaria para me mostrar quando estivesse pronta, não questionei e muito menos insisti. 



Resumindo essa quarta-feira foi definitivamente o melhor dia da semana desde o dia em que eu acordei sem memória. 



(...)



Nos dias que se seguiram, Anahi levou-me todos os dias no centro cultural, era muito divertido passar o dia lá, confesso que a companhia dela era um acréscimo. Anahí com crianças é uma coisa encantadora de se ver, ela realmente gosta de crianças, por isso Eduarda e ela se dão tão bem. 



Hoje é domingo, o dia amanheceu estranho. Sabe quando você acorda sentindo que tinha algo para fazer mas, não faz a mínima ideia do que seja? Estou me sentindo assim, desde cedo. Anahí está estranha outra vez, ela esteve chorando noite passada de novo. Eu sei pois tinha ido chama-la para jantar, ela estava em seu escritório, antes de bater na porta ouvi alguma fungadas vindas lá de dentro. Não entendi muito bem. 



Estávamos bem, certo? Quer dizer, acho que sim. Não trocamos nenhuma farpa, muito menos nos desentendemos nesses 4 dias que se passaram.



Talvez ela esteja querendo mais, talvez sinta falta de mais. Será? Porque bem, pelo que todos dizem, pelas fotos espalhadas pela casa e os vídeos daquela caixa, Anahi e eu parecíamos viver grudadas. O que me intriga é a curiosidade de saber por qual crise estávamos passando antes de eu perder minha memória, ela disse isso ao Ucher, não estávamos em um momento bom. 



Eu me pergunto o porquê, parecíamos inabaláveis. Talvez fosse só disfarce... Ou, não. Não acho que eu seria capaz de fingir sentimentos, muito menos Anahi. Se bem que os vídeos que assisti eram todos antigos, meu cabelo está mais curto na maioria deles e os de Anahi estão castanho claro e agora estão quase pretos.   



— Candy.



Olho para trás e vejo Anahi adentrar o quarto, estou sentada na cama, tentava ler um livro antes, mas a curiosidade e preocupação com ela foram maiores que minha concentração.



— Oi.



Fecho o livro e coloco em meu colo, e encosto as costas na cabeceira da cama. Anahí se aproxima hesitante, um embrulho branco em suas mãos com um laço vermelho. Fixo meu olhar naquele embrulho, intrigada. 



Ela senta na beirada da cama, evita me olhar e aperta o embrulho em suas mãos. Espero que ela comece falar, estou curiosa para saber do que se trata.



— Eu... — Ela inicia, porém se cala logo em seguida. Morde o lábio inferior e solta uma risadinha sem qualquer resquício de humor. — Eu tinha todo um discurso, sabe? Fiquei meses pensando nele, dias decidindo as palavras corretas, mas agora todo meu esforço não vale de nada. 



— Do que v-



— Shhh. — Ela me interrompe pedindo silêncio, pressiono os lábios. — Céus! Você não faz ideia de tudo que eu tinha pra te dizer, mas tudo bem, eu espero que um dia possa te dizer tudo que queria. — Suspira profundamente e me olha, minha cara deve estar uma tremenda confusão, ela sorri sem jeito e se aproxima mais de mim. Anahí desvia o olhar e foca no embrulho em suas mãos, me olha outra vez e levanta da cama. Não consigo desviar o olhar dela, Anahi se aproxima de mim com cautela, quero perguntar o que há de errado, o que ela pretende, mas nada saí. Ela sorri para mim e beija minha testa, fecho os olhos automaticamente, sinto algo quente molhar minha bochecha esquerda. Ela está chorando, outra vez. — Parabéns. 



Diz com a voz já embargada, deposita o embrulho em meu colo sobre o livro e em segundos saí do quarto. O que aconteceu aqui? Como assim parabéns se meu aniversário é só em março? Eu lembro a data do meu aniversário. 



Penso em levantar e questiona-la, mas antes que possa ouço a porta da frente ser batida com um pouco de força, deu para ouvir já que ela deixou a porta do meu quarto escancarada. 



— Odeio ficar curiosa.



Resmungo comigo mesma e suspiro, deslizando um pouco para baixo na cama. O movimento faz com o que o plástico do embrulho estale e me lembre dele, é isso. Vou abrir para ver do que se trata.



Sem nem um pingo de delicadeza saio rasgando todo o embrulho, desfaço o laço de qualquer forma e finalmente pego o que é... Um quadro? Olho melhor, oh não, é uma fotografia. 



Viro o quadro e vejo que é a foto de uma casa na árvore, parece abandona pois tem bastante mato abaixo dela. A moldura de prata do quadro está desgastada, parece uma foto antiga, tal como a casa na árvore. 

Tem um bilhete.

O pego e abro-o para ler.



"Minha luz", infelizmente agora você não lembra desse lugar, mas acredite, mesmo com essa aparência meio sinistra é um lugar super especial. Foi aqui que demos alguns passos no nosso relacionamento, eu queria, céus, como eu queria que você lembrasse. 



Foi aqui que você se entregou para mim pela primeira vez, foi aqui também que selamos um relacionamento sério, e foi aqui, nesta mesma casinha que nos casamos de verdade. Talvez você esteja se perguntando como, mas se for de seu interesse eu terei o maior prazer de lhe contar. 



Ps: eu costumava te chamar de "Minha luz", porque você me iluminava na escuridão" 



Ao terminar de ler percebo que estou com os olhos úmidos, prestes a chorar. Os fecho com força e busco bastante fôlego. O que Anahi está causando em mim? Ela consegue mexer comigo com tão pouco. 





Fiz menção de fechar o bilhete para guarda-lo, mas ao ver uma frase no verso dele fico curiosa e viro o papel.



"Eu era completa, agora eu transbordo" - De sua eterna sorte. 



Leio essa frase uma segunda vez, sinto meu estômago revirar e minha visão ficar turva. Maldição! Outra vez aquela sensação esquisita. Tento me levantar, tento chamar por ajuda, mas antes que eu possa reagir, sinto meu corpo virar gelatina, tudo escurece e então apago. 



Olho em volta e logo reconheço o lugar que estou, a mesma casa na árvore que vi na foto, mas a casa parece mais nova e não tem tanto mato em volta da árvore. Ouço risadas, olho para trás e me deparou comigo mesma de mãos dadas com Anahi correndo pelo quintal de grama.



Meu sorriso é tão grande, eu chamo por Anahi, peço que ela corra mais rápido. 



Parecemos bem mais jovens, nossos rostos estão lisos e sem sinais de quaisquer ruga de expressão. Acompanho aquelas duas garotas bobas com o olhar, Anahi segura minha mão e me ajuda a subir na escada. Apresso-me para seguir elas.



Ao chegar no topo da árvore onde fica a casa, deparo-me com Anahi por cima de mim, estamos aos beijos. Sinto-me corada, diferente das outras vezes não estou enjoada, apenas com vergonha. 



— Anie, ah... — Anahi me beija o pescoço e ouço um estalo, ela estava chupando minha pele. Aperto suas costas e depois tento afasta-la pelos ombros. — Amor, não, espera um pouco. 



— Não consigo, você está vestindo essa maldita saia curta. — Anahi resmunga contra minha pele, acabo rindo de nós duas ali no que parece ser um colchonete. — Aliás, pode continuar usando essas saias, são sexys e me facilitam muito a vida.



— Cafajeste.



Bato em seu ombro esquerdo e anahi gargalha, inclinando-se para frente me beija outra vez. Sento no chão mesmo para olhar melhor aquela cena. 



Pareço estar num filme onde eu sou a protagonista e contraceno com Anahi.



— Mas bem que você gosta.



— É, gosto, fazer o que. — Consigo sair debaixo dela e ajeito minha roupa da melhor maneira. — Não consigo controlar. 



— É que eu sou muito irresistível. 



Reviro os olhos e quase gargalho ao ver que a outra eu também revirou os olhos. 



— Okay, agora... Anahí, tira a mão da minha bunda. — Rosno para ela que rapidamente retira as mãos da minha bunda e se senta de frente para mim, sentada em forma de índio. — Sexo só depois do casamento. 



— Mas Candy, falta só uma semana para nos casarmos. — Anahi diz manhosa e vai para perto de mim. — Podíamos adiantar a lua de mel, o que acha? 



— Nem comece com seus joguinhos. — Fuzilo-a com o olhar e Anahí faz sinal de rendição, voltando a se afastar de mim. — Agora me deixa falar, e presta atenção. — ela acena com a cabeça e fica sentada corretamente, olhando bem em meus olhos. — Também não precisa olhar com essa intensidade.





— Ficou nervosa? 



— Ugh! Você sabe o que seus olhos me causam. 



— Eu sei.



— Convencida. 



— Linda.



— Para. — Exijo e ela ri, porém se cala. — Eu me lembro até hoje do dia em que você me pediu em casamento... Céus! Você estava tão linda. Mesmo toda molhada da chuva, porque alguém não costuma ver os noticiários, não é? — Anahi sorri travessa e balança a cabeça em sentido negativo, faço o mesmo e acaricio seu rosto. — Mas eu achei tão lindo quando você me chamou para dançar na chuva, foi mágico. 



Cara quanto doce para uma pessoa só, quando eu me tornei tão romântica? 



— ... E quando eu menos esperei você fingiu tropeçar. — Pauso para rir, ela me acompanha. — Eu ria tanto da sua carinha de dor, quer dizer, sua falsa carinha de dor. Anahí!



A repreendo quando Anahí senta no chão com as pernas esticadas e me puxa para seu colo, ela ignora meu rosnado e segura minha cintura.



— Shhh, eu vou me comportar, mas quero ficar assim juntinha de você.



— Quando você tirou do bolso aquela caixinha azul, quase me matou do coração. Te ver ajoelhada no meio da chuva, com aquele sorriso que eu tanto amo. — Anahí abriu um enorme sorriso. — Esse aí mesmo. — Inclinei-me para frente e selei nossos lábios. — Eu não conseguia parar de repetir que aceitava. 



— E eu amei ouvir todas as vezes que você disse. 



— Você me deu o anel que era da sua avó, o mesmo anel que seu avô deu a ela quando a pediu em casamento. Você estava preocupada que eu não fosse gostar, já que a maioria das garotas preferem diamantes em anéis de casamento e não pérolas, mas eu aceitaria esse anel mesmo que ele fosse de plástico. — Ela estava quieta, me olhando quase sem piscar. Eu olhei para minha mão, rodando o anel em meu dedo anelar da mão esquerda. — Eu me senti, e ainda me sinto muito especial por usar esse anel, ele é muito importante, para você, seus avós e agora, é importante para mim também. 



— Você merece, e nem adianta dizer que não. Sabe que sim.



— Então semana passada eu rodei o shopping com a Maitê e seu irmão, estava atrás de algo para lhe dar. — Anahí tenta dizer algo, mas eu a calo. — Eu comprei porque quis, justamente para fazer isso hoje.



— Candy...



Anahí sussurra ao me ver retirar uma caixinha preta de dentro de um baú que já estava ali.



— Esse anel não tem nenhuma história, ainda. Nós vamos criar a história dele e eu quero que esse anel seja passado para os nossos filhos. — Olho para Anahí e noto que seu rosto já está começando a ficar banhado por lágrimas, ela parece ser bem sentimental desde muito tempo. — Eu quero que case comigo, agora, aqui. 



— Mas, Dul...



— Shhh, eu sei que é loucura. Mas olha, eu quero que você se torne minha mulher sem ninguém por perto, somente nós duas primeiro, depois nos casamos na frente das outras pessoas. — Me ajeito melhor sobre seu colo e pego sua mão esquerda. — Não iremos trocar votos agora, quero ouvir o que você tem para me dizer somente lá na igreja, mas por hora nosso amor é mais importante, apenas me diga se está disposta a viver sua vida ao meu lado, a me aturar quando estiver carente, quando brigar com você por bagunçar a casa ou te fazer acordar de madrugada para preparar comida para mim, prometa que vai ficar do meu lado independente de qualquer coisa, que mesmo quando tudo estiver desabando você vai estar comigo e me ajudar a reerguer tudo. 





Com a mão direita Anahí segurou-me pelos cabelos e puxou-me para um beijo, eu consegui sentir a emoção desse beijo mesmo não sentindo ele diretamente. 



— Eu prometo se você estiver comigo. 



— Para sempre, minha sorte. — Pego seu dedo anelar e encaixo o anel nele, vejo a pérola brilhante nele e sorrio. Eu comprei um anel parecido com o da avó dela, que lindo. — Eu amo você. 



— Eu amo você, eu amo você, ah... Como eu te amo. — Enquanto falava enchia o rosto e a boca de Anahí de beijos. — Eu era completa antes, agora eu transbordo, graças a você.



..



— Dulce do céu! 



Um grito me traz de volta a realidade, sento-me na cama com os olhos arregalados, sinto meu coração saltando dentro do peito. Ainda assustada olho para os lados e dou de cara com Cláudia é Maitê, as duas estão sentadas na cama me olhando de uma forma engraçada.



— Droga. Maitê! Quer me matar.



Respiro fundo algumas vezes e esfrego o lado esquerdo do meu peito, tentando em vão acalmar os batimentos do meu coração.



— Não me culpe, você estava delirando ai se revirando na cama.



— É verdade, maninha. — claudia concorda rindo. — Achamos que você estava tendo algum pesadelo.



Na verdade era um sonho muito bom... Quer dizer, um flash de memória.



Um pu*ta flash de memória, lembranças... Um dia vou passar mal com elas. 



— Não era pesadelo não, era... — Paro de falar e olho para duas, seus olhos transbordam expectativa e curiosidade. Quer saber? Preciso contar desses flashes para alguém. — Eu preciso contar uma coisa. 



— Você matou alguém? 



— Finalmente deu pra Anahí? Eu sabia que você não ia resistir muito tempo. 



— Maitê! — ralho sentindo meu rosto arder. 



— O que? É a verdade, não é claudia.



— Eu concordo, deveríamos ter apostado. Eu sabia que elas acabariam se comendo. 



Olho incrédula para Cláudia, desde quando ela usa esse tipo de linguajar? 



— Será que as duas podem parar de falar da minha vida sexual que eu nem lembro de ter iniciado? 



— Tudo bem. — Maitê concorda e se joga de costas na cama ao meu lado. — Mas eu sei que você não vai aguentar por muito tempo, de uma forma ou de outra você nunca conseguiu resistir a sua esposa sexy.



— Muito sexy. 



— Será que as duas podem parar com as babaquices?! — claudia e Maitê fazem sinal de rendição, embora seus rostos demonstrem a diversão. — Eu preciso mesmo contar uma coisa.



— Fala logo, Dul! Meu Deus, tá pior que no dia que foi nos contar que estava grávida. 



— Eu enrolei?



— Enrolou tanto que a Duda quase nasceu e você ainda não tinha nos contado que estava grávida. 



— Ai que exagero.



— Isso porque você não lembra.



— Argh! Tudo bem, será que posso contar logo? — As duas acenam freneticamente e eu respiro fundo, umedecendo meus lábios depois. — Eu tenho tido alguns flashes de memória, são bem loucos na verdade, eu m-



— VOCÊ LEMBROU DAS COISAS?! 



As duas gritam juntas, tapo meus ouvidos e faço uma careta. Céus! Malucas.



— Eu não acredito, Dulce, como você não contou isso antes?



— Ei, ei! Calma ai, dona Cláudia . — minha irmã cerrou os olhos e fechou a cara. — Eu não lembrei de tudo, lembrei de alguns momentos. 



— Quais?



— Momentos com a Anahi. 



Murmuro sem jeito e Maitê logo sorri maliciosa, Cláudia percebe e faz o mesmo. 



— Lembrou do sexo, não é? Seu lado pervertido continua bem vivo ai dentro de você. 



— Não, Maitê. — Reviro os olhos e bufo. — Lembrei de alguns momentos nossos juntas, e hoje me lembrei de um dia pouco antes do nosso casamento.



Ao dizer a última palavra as duas se entreolham, parecem tensas.



— Dulce... — Maitê senta corretamente na cama, está séria, até me chamou pelo nome. — Você e Anahí se viram hoje?



— Sim.



Respondo confusa, ela suspira e lança um rápido olhar para minha irmã, que parece apreensiva.



— E vocês... Conversaram?



— Sim, quer dizer, ela falou algumas coisas e me entregou... — Olho em volta em busca da foto. Pego o quadro caído no chão e o bilhete também. — Isso aqui.



Estendi o quadro e também o bilhete, cada uma pegou um e depois as duas trocaram.



— Ela disse que dia é hoje?



— Não, só me deus os parabéns, o que eu não entendi muito bem porque meu aniversário é só no início do ano. 



— Dul... Hoje é aniversário de casamento de vocês. 



Ou mais que droga!




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Por Dulce — Me diz que isso é alguma piadinha, Maitê, por favor.  Imploro já sentindo meus ombros pesados, como se o mundo tivesse sobre eles. Maitê suspira e nega com a cabeça, fecho os olhos e levo as mãos até meu rosto. — Nós sabíamos que você não lembraria... — Ou& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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