Fanfics Brasil - Capítulo 17 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 17

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Por Dulce





Estou terminando de me arrumar quando ouço passos no quarto, certamente deve ser Anahí querendo saber se já estou pronta. Prendo meus cabelos com um elástico preto e arrumo a barra da blusa. Ouço duas batidas na porta, logo ela é arrastada e olho para trás, vendo a cabeça de Anahí surgir através da porta.



— Pronta?



— Sim.



Ficamos nos olhando durante alguns segundos, estou receosa e ansiosa para saber o que ela achou. Ultimamente tenho me sentido como uma adolescente que está tentando agradar o primeiro amor, que irônico, não? Mas está sendo assim, todo dia eu sempre tento parecer o mais bonita possível para que ela me dê ao menos um elogio. Talvez eu goste das coisas que ela me diz... Talvez. 



— Pretende matar alguém hoje? — Franzo o cenho, me olho de cima a baixo rapidamente. — Está maravilhosa, por Deus, esse vestido vermelho é... 



Deixa a frase no ar e suspira, Anahí morde o lábio inferior e após negar com a cabeça algumas vezes ela saí do closet. Me viro para o espelho e abro um enorme sorriso para o meu reflexo. 



— Acertei. 



Balanço minhas sobrancelhas e acabo rindo de minha bobeira. Mas deixa eu ir antes que Anahí venha me chamar outra vez. 



Hoje é dia de Bachata.



(...)



Chegamos no Centro cultural, o dia hoje não está tão frio como os outros, Anahí está vestindo uma calça jeans bem justa e uma blusa de alguma banda que tampa sua bunda. Eu estou usando um vestido vermelho que bate em meus joelhos, mas trouxe uma roupa extra para dançar. 



— Vai ficar hoje para assistir?



Pergunto para Anahí após descermos do carro, ela ajeita a touca em sua cabeça e me olha como se estivesse pensando se fica ou não. Ela não quis ficar semana passada, acho que pelo fato de eu sempre dançar com um rapaz, Diego Boneta, é um dançarino assistente que eu tenho. Nos conhecemos na semana passada, ele é simpático além de saber dançar super bem, tem me ajudado bastante a lembrar de alguns passos de dança. Mas Anahí não pareceu muito à vontade ao me ver dançando com ele, ela nem quis ficar o restante da aula, apenas disse que tinha alguma coisa para resolver no estúdio dela.  



— Não sei se vai dar para e-



— Você sabe dançar Bachata? 



Anahí levanta as sobrancelhas e me olha sem entender.



— Como? 



— Você sabe dançar Bachata? 



— Mais ou menos... Quer dizer, você estava me ensinando, eu aprendi algumas coisas.



Abaixa os ombros e dá um sorriso tímido, suas bochechas coram e Anahí coça a cabeça. Ela fica adorável quando está sem jeito.



— Topa ser minha assistente hoje? — Anahí me olha sem entender. — Diego não poderá vir, a filha dele está passando mal, ele me mandou uma mensagem mais cedo avisando. — Explico e ela suspira. — Por favor? 



Faço minha melhor carinha fofa e Anahí revira os olhos, prendo o riso ao vê-la sorrir, já sei que ela está cedendo. Anahí molha seus lábios e ajeita a postura.



— Tudo bem, vamos lá. — Concorda por fim e eu me controlo para não fazer uma dancinha qualquer, apenas sorrio. — Só não fique com raiva caso eu pise no seu pé ou erre algum passo. 



— Fica tranquila. — Paro ao seu lado e meio tímida aperto seu ombro, ela me olha e sorri com o contato, sorrio de volta. — Você vai se sair bem. 



Eu espero que se saía bem mesmo. 



...



Estou conversando com os casais os quais eu dou aula, ainda é estranho tudo isso, mas estou me adaptando. Sempre gostei de dançar, desde pequena tinha o sonho de crescer e virar uma dançarina de sucesso, mas o plano B parece ter dado mais certo. Tenho certeza que não me arrependo de ter chegado onde cheguei, sempre quis ter um centro cultural onde eu pudesse dar aulas de danças. Esse era plano B. 



— Voltei.



Anahí de repente surge ao meu lado, ela tinha ido trocar de roupa para me fazer companhia. Ela está com uma roupa parecida com a minha, calça legging preta, uma blusinha solta que deixa nossos ombros a mostra, sendo a minha da cor verde e a dela branca com desenhos azuis, e nos pés usamos saltos altos, só que os meus são um pouco mais altos que os dela. 



Nessas horas tenho que agradecer Maitê por praticamente ter me obrigado a aprender andar de salto alto desde os meus treze anos de idade. 



Até que Maitê consegue ser útil quando quer. 



— Pessoal! — Chamo a atenção de todos os casais que ali estão, eles param de conversar e olham para mim. Vou até o centro do salão e faço sinal para que Anahí se aproxime. — Diego não poderá comparecer hoje, ele está com alguns problemas em casa. — Começo a explicar, olho para Anahí ela parece nervosa, eu diria que até intimidada. — Hoje que irá me ajudar será Anahí, eu não sei se vocês conhecem ela, mas ela é minha esposa. 



A última palavra quase não sai, meu rosto está quente e não sei dizer se é pelos sorrisos dos meus alunos ou por Anahí estar me olhando com tanta intensidade. Sinto seu olhar em mim, sei que ela está me olhando.



O pessoal acena que sim, com sorrisos em seus rostos. Fico feliz deles conhecerem ela e por não ficarem desconfortáveis por sermos um casal. Olho de relance para Anahí e vejo um enorme sorriso em seu rosto, ela está de cabeça baixa e parece estar num mundo só seu. 



O sorriso no rosto dela é por minha causa, eu sou o motivo dela estar sorrindo tão lindamente assim. Eu a fiz sorrir. 



Deveria estar me sentindo tão bem quanto eu estou me sentindo por saber que eu sou a razão dela estar sorrindo? 



— É, nós conhecemos bem a senhorita perfeita Portilla. 



Ana, uma das mulheres da classe brinca e todos riem concordando, coro, esse comentário fez parecer como se eu sempre comentasse sobre Anahí com eles. É provável que sim. 



— Anahí. — Chamo sua atenção e ela salta um pouco, prendo a risada. — Vem cá. — Ela prontamente vem para perto de mim, vou com ela até o som. — Tem alguma dessas músicas que você sabe os passos?  



Questiono e dou espaço para que ela vá até o som, mas fico atento pra ver qual canção ela vai escolher. Anahí analisa elas, olho para seu rosto concentrado até que ela abre um sorriso, volto a olhar para o som e vejo que parou em uma música, Diamonds - Rihanna. 



Não faço ideia de que música seja, mas a julgar pelo sorriso dela, Anahí conhece bem.



— Essa.



— Tudo bem. — Concordo e ela pega o controle do som. — Os passos dessa são tranquilos?



— São sim. Eu sei que você ainda está se adaptando a essas músicas novas, mas é só você...



— Me deixar levar como se estivesse dançando na chuva. 



Completo sua frase e anahi sorri assentindo. Esse sempre foi meu lema desde sempre quando eu ia dançar alguma música "Só me deixar levar como se estivesse dançando na chuva", agora sei porque ela e Duda falam que os dias em que eu venho dar aula são chamados de " Dia de dançar na chuva". 



— Estão prontos? 



— Sim! 



Eles respondem em uníssono e eu caminho até o centro da sala, Anahí vem andando atrás de mim e para alguns passos longe. Olho para ela que aperta um botão no controle e depois o coloca em sua cintura, através da barra da calça legging. Ela para em frente a mim e sorri, Anahí suspira e lentamente estica a mão, indicando que eu faça o mesmo. Seguro suas mãos e ela delicadamente segura em minha cintura, passo meu braço esquerdo por trás de seu pescoço e colo nossos corpos. Anahí coloca uma perna no meio das minhas e mexe a cintura de um lado para o outro, a acompanho e deixo que ela nos guie. Olho para o rosto dela, ela está olhando para baixo, concentrada em nossos movimentos. Encosto minha testa na sua e ela levanta o olhar, vejo seus olhos azuis brilharem. Eles são ainda mais intensos vistos de tão perto. 



Nos afastamos um pouco, Anahí ainda segura minha mão direita, ela faz alguns passos, que consistem em pequenas pisadas no chão com a ponta de seu pé. Faço o mesmo só de que uma forma mais sensual, digamos assim. Conheço bem esse ritmo, é quente e precisa de bastante jogo de cintura. 



Anahí me puxa para ela, grudando nossos corpos outra vez. Faço movimentos ondulares com meu quadril, para frente e para trás, roçando nela. Sinto sua mão em minha lombar, seus dedos apertam minha carne. Sua respiração está meio desregular, sinto o ar que sai de suas narinas bater furiosamente contra meu rosto. Colo nossas testas, fecho os olhos e deixo que ela guie a dança, Anahí dança bem, sabe mexer o corpo quase que perfeitamente. Ela me roda e cola seu quadril em minha bunda, coloca uma mão em minha barriga e segura a outra no ar. Ela abaixa minha mão e faz com que eu alise a lateral de meu corpo, sua mão por cima guiando-a. Nós duas nos afastamos um pouco e damos um giro, ela sorri para mim antes de voltar a segurar minha mão. 



Ela se afasta um pouco e fica parada, desço até o chão e jogo os cabelos, fazendo questão de requebrar o quadril. Anahí me vira de costas para ela outra vez, o ar quente que sai de sua boca está batendo em meus cabelos. Sinto as mãos quentes e macias dela em minha cintura por debaixo da blusa, os pelos de meu braço ficam eriçados quando ela me aperta. 



Continuamos dançando, dessa vez ela faz questão de manter o contato visual comigo. A música está no final, com um último giro, Anahí me segura pelos cabelos da nuca e gruda nossas testas. Engulo seco ao vê-la me olhar daquela forma, seus olhos estão escuros, o rosto um pouco vermelho. Ela se afasta um pouco, mas não o bastante para não me deixar intimidada. Ela umedece seus lábios com a língua e por reflexo eu faço o mesmo, ela segura em minha cintura e então, alguns aplausos e assobios nos despertam daquele momento esquisito e... Sexy? Sim, definitivamente sexy. 



Santo Cristo... Nós iríamos nos beijar?! 



Oh sim, nós iriamos... Pu*ta merda, ainda bem que não nos beijamos, não me sinto pronta para isso ainda. 



Eu ainda nem me lembro do meu primeiro beijo... Droga. 



(...)



Depois que a aula acabou, Anahí e eu nos despedimos do pessoal. Nunca foi tão divertido dar aquela aula para eles, e eu só tive duas até agora. Anahí é super sociável e fez com que as mulheres presentes ali se sentissem mil vezes mais confiantes para dançarem sem timidez. Cheguei a cogitar a possibilidade de substituir Diego por ela.



— Lucy acabou de me mandar uma mensagem, quer que eu te deixe em casa? 



Anahí diz assim que entramos no carro, olho para ela sem entender quem raios é essa Lucy. 



— Quem? 



Anahí levanta a cabeça após prender seu cinto de segurança, suas sobrancelhas estão franzidas, mas ela logo relaxa a expressão confusa do rosto.



— Lucy, a professora da Duda.



Ela explica e sorri de lado. Por que ela tem o número da professora dela?



— Ela tem seu número do celular?



— Sim, na verdade todas as professoras tem, elas tem o seu também, até a diretora tem seu número. — Anahí esclarece e me sinto aliviada? Quê?! — É para o caso de acontecer alguma coisa ou emergências, você sabe, essas coisas. 



— Entendi. 



Prendo meu cinto de segurança e me ajeito no banco. Anahí liga o carro e logo começa a andar com ele.



— Vai querer ir para casa ou quer me acompanhar? 



— Hm... — Paro para pensar um pouco, não quero ir para casa, ficar sozinha é muito chato. — Eu quero ir com você, estou com saudade da minha pequenina.



Um enorme sorriso nasce em meu rosto e olho para Anahí, ela está sorrindo como a muito não vejo, parece que injetaram alguma droga do sorriso nela. Na verdade ela está assim desde de mais cedo. Será que ela ainda estava sorrindo por eu ter me referido a ela como minha esposa? 



— Eduarda vai ficar muito contente quando nos ver, ela sempre gostou quando buscávamos ela na escola.



...



Minutos depois paramos em frente a uma escola, muito bonita por sinal, é bastante colorida, bem nítido que é um colégio apenas para crianças. Anahi estacionou o carro e soltou seu cinto de segurança, fiz o mesmo e esperei que ela fizesse ou dissesse alguma coisa. 



— Vai esperar aqui dentro ou...



— Vou com você. 



Nem espero ela terminar de falar, Anahi apenas acena com a cabeça e destrava as portas do carro. Descemos juntas e o vento um pouco gélido bate contra meu corpo, aliso meus braços, lamentando por ter esquecido de ter trago um casaco. Anahí aciona o alarme do carro e olha para mim. 



— Que foi? Está com frio? 



— Um pouco.



Ela desativou o alarme do carro outra vez, abra a porta do carro e se abaixa. Franzo o cenho curiosa com o que ela irá  fazer. Segundos depois ela volta a ficar de pé, dessa vez ela traz consigo um casaco verde escuro. Ela sorri um pouco sem jeito depois de trancar o carro, dá a volta no veículo e estende o casaco. 



— Toma, ele é meu, mas é novo, só usei uma vez até agora. 



Parece receosa de me dar seu casaco, talvez ela pense que eu irei rejeita-lo. Talvez em outros tempos. 



— Eu não me importo. — Tranquilizo-a e sorrio para demonstrar que está tudo bem. Pego o casaco de sua mão e rapidamente o visto. É quente, macio... E tem o cheiro do perfume dela. — Obrigada. 



— Disponha. — Sorri tímida e suspira. — Vamos?



— Vamos. 



Atravessamos a rua e logo pude ver algumas crianças correndo direto para seus pais, abro um enorme sorriso. É lindo de ver todas essas famílias.



— Cadê... Achei!



Ouço Anahí falar e olho na mesma direção que ela está olhando, vemos Eduarda descendo as poucas escadas toda saltitante, com a mochila em suas costas e um enorme sorriso no rosto, Ela está ao lado de uma mulher, ela está de mãos dadas com ela. Quem é você, criatura? 





— Olha tia Lucy, minhas mamães, elas vieram me buscar. 



Ela grita assim que nos vê, a mulher solta sua mão e logo Eduarda vem correndo em nossa direção. Abro um enorme sorriso ao ver minha pequena, os cabelos voando por causa da corrida. Ela vai em direção a Anahí, que abaixa para recebe-la em seus braços. Eu simplesmente não consigo parar de sorrir, quando asneiras  estão juntas é uma coisa muito agradável e adorável de se ver.



— Princesa, que saudade de você meu amor. 



Anahí murmura contra a bochecha da Eduarda após enchê-la de beijos, ela gargalha e segura o rosto da Anahí em suas pequenas mãos, sorri para ela e então retribui os beijos.



— Nem mesmo estando desmemoriada você perde esse jeito trouxa em ver as duas juntas.



Quase solto um grito de susto ao ouvir a voz de Maitê, olho para o lado e a vejo rir e negar com a cabeça. Reviro os olhos e abro os braços, ela me envolve em seus braços me envolvendo em um abraço gostoso.



— Também senti sua falta.



Resmungo contra seu pescoço, ela solta uma risadinha e me solta.



— Barbie, quanto tempo não vejo essa sua cara. 



Vai até Anahí, que gargalha e abraça Maitê com um braço só, já que no outro ela está segurando Eduarda.



— Você tem mesmo uma paixão pela minha beleza.



— Óbvio que tenho, só não amo mais que a do meu marido, porque oh meu Deus, olhe aquela perfeição.



As duas gargalham, eu encolho os ombros vendo elas conversarem. Confesso que adorei ver o introsamento delas.



— Mãe!



Um gritinho me chama a atenção, olho para baixo e vejo um pequeno agarrado nas pernas de Maitê. Oh, esse é o Diegoi. Finalmente irei conhece-lo. 



— Ei campeão. — Ela se abaixa para pega-lo no colo, ele agarra seu pescoço e ela beija sua bochecha. — Como foi a aula hoje?



Minha atenção é desviada ao ver uma mãozinha passar em frente ao meu rosto, olho para o lado e vejo Eduarda tentando chamar minha atenção. Ela está com um biquinho fofo em seus lábios, a expressão um pouco fechada. Sorrio para ela e logo seu rosto suaviza, Anahí me estende a pequena e eu a pego no colo.



— Que abraço gostoso.



Sussurro em seu ouvido após ela agarrar meu pescoço com força. Sinto seu cheiro, que era o meu cheiro antigamente já que eu costumava usar esse perfume. Eduarda envolve minha cintura com suas pernas e esconde o rosto na curva do meu pescoço, Anahí tira a mochila dela com cuidado e eu acaricio suas costas. Acho que ela está um pouco cansada.



— Dul, deixa eu te apresentar seu sobrinho lindo. — Maitê me chama e olho para ela, o pequeno em seu colo sorri abertamente para mim, sorrio de volta. — Dá oi pra tia Dulce, filho.



— Oi tia. 



Ele diz meio tímido e seu rosto fica um pouco vermelho, Maitê ri da vergonha de seu filho e eu sorrio para o quão fofo ele é. 



— Ele sempre fica assim quando te vê.



— É porque ele é apaixonado pelos olhos castanhos dela, não é seu filhotinho de urso? 



Anahí brinca com o pequeno e faz cócegas em sua barriga, Diego joga a cabeça para trás e ri com vontade.



— Mamãe.



— Oi filha .



Ela se afasta um pouco de mim, coça seu olho esquerdo e boceja. 



— Continua com o carinho. 



— Qual? Esse aqui? — Acaricio suas costas e ela prontamente concorda com a cabeça, sorrindo. — Tudo bem, deita aqui.



— Vamos embora, Candy? — Anahí para ao meu lado e pergunta, apenas concordo com a cabeça, sem parar de acariciar as costas da Duda. — Mai, vou embora, a Duda está cansada e eu também estou um pouco. 



Anahí diz para Maitê e a abraça, vejo minha melhor amiga sussurrar algo no ouvido de Anahí, mas não consegui entender o que era. Anahí assente meio sem jeito e Maitê abre um enorme sorriso. 



— Tchau, Dul— Abraço de lado Maitê e beijo seu rosto. — Tchau pequeno.



Beijo o rosto de Diego, que fica um pouco tímido, sorrio para ele e me despeço outra vez de Maitê antes de acompanhar Anahí de volta para o carro. 



...



Louis dormiu no meio do caminho, Anahí foi colocá-la na cama. Depois ela iria acordá-la para o jantar e tomar banho, mas ela parecia bastante cansada, por isso optamos por deixar ela descansar um pouco. 



— Minhas costas doem, esse garotinha está muito pesada, não aguento mais ela por muito tempo.



Anahí resmunga ao entrar na cozinha. Estou de pé em frente a uma das bancadas ali, irei preparar o jantar.



— Ela está crescendo.



— É... Bastante.



Anahí divaga, olho para ela por cima do ombro e a vejo com um enorme sorriso. Ela não me olha diretamente, parece lembrar de algo bastante alegre. Fico curiosa e resolvo perguntar:



— Por que está sorrindo tanto assim?



Atraio sua atenção e Anahí me olha, ela parece sem graça agora. Se remexe na cadeira e apoia os cotovelos na mesa. 



— Nada...



Posso não conhece-la muito bem, mas sei que esse tom não é totalmente verdadeiro. Ela quer dizer algo, mas está omitindo de mim.



— Tudo bem se não quiser falar. 



Finjo desinteresse e volto minha atenção para o tomate que estava picando antes.



— É que... Eu não sei. — Sua voz soa como insegurança, largo a faca e me viro totalmente de frente para ela. Ela passa as mãos no rosto e solta um suspiro. — Tenho medo de comentar isso com você. 



— Por quê? 



— Não quero levar um fora. 



Responde direta, ouch. Eu a tratei tão mal antes que agora ela mede palavras comigo, e tem receio de conversar diretamente. O quão ruim isso é? 



— Eu não... Não vou te dar um fora, Anahí. — Sou sincera, ela parece captar minha sinceridade através do olhar e morde o lábio inferior, agora livre de qualquer batom. — Eu odeio ficar curiosa.



Resmungo cruzando os braços, Anahí relaxa os ombros e solta uma risadinha nasal, como se já estivesse ciente disso.



— Eu sei.



— Então me conte, por que está sorrindo tanto assim? 



Ela toma fôlego e começa a brincar com seus dedos, da mesma forma que faz quando está nervosa. Levanto uma sobrancelha. 



— Não é nada demais é só... — Abaixa a cabeça. — Você me chamou de esposa hoje mais cedo, eu... Senti falta de ouvir isso. 



Confidencia quase sem voz, eu quase escorrego no piso, mesmo estando parada e o piso seco. Engulo a saliva em minha boca e por incrível que pareça estou sorrindo. 



— Bem... Você é a minha esposa, certo? Então não vejo problemas em me referir a você como tal, não mais. 



Confesso e Anahí levanta a cabeça quase que imediatamente, os olhos demonstrando sua surpresa. Um sorriso começa em seus lábios e fica bem largo, enfeitando seu belo rosto. Sorrio de volta e ficamos assim por alguns segundos. Ela parece ter gostado de ouvir isso. 



E eu? Bem... Ela é minha esposa, não é? Isso não me soa tão estranho como antes. 



Estou começando a me acostumar com o fato de ser casada com Anahí Portilla.




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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