Fanfics Brasil - Capítulo 20 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 20

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Meninas creio que esse capítulo é um capítulo



Aguardo por todas vocês. Então leia e curta o clima



Entre elas bjs amores.



Por dulce



  

É sábado de manhã, Anahí veio me acordar para arrumar minha mala já que logo estaríamos embarcando para Miami. Estou ansiosa, confesso, é o lugar onde cresci, sinto falta de lá.



— Pronta? 



E por falar em Anahí... Olho para trás e a vejo, uma de suas toucas beanie, o enorme casaco preto, seus lábios pintados de vermelho, separados enquanto ela sorria para mim. Sorrio de volta, pego minha mala e a seguro.



— Sim, podemos ir.



Passos no corredor são ouvidos e logo Eduarda surge no quarto, por debaixo das pernas de Anahí, ela olha para ela e solta uma gargalhada, a prendendo entre suas pernas.



— Mamã, não. — Ela resmunga e tenta se soltar, posso ver que Anahí não está a prendendo com força, apenas a segurou. — Mamãe me ajuda. 



Implora e olha para mim com os olhos brilhando por ajuda, suspiro e solto a mala no chão.



— Solta ela, Anaie. — Peço com o máximo de calma possível e em segundos ela o solta, Eduarda passa por ela e corre em minha direção, agarrando minhas pernas. Me abaixo e a pego no colo. — Pronto, está a salvo. 



— Obrigado, mamãe.



— Filha, o certo é você dizer obrigada. 



Anahí a corrige e a pequenina olha para ela confusa.



— Por quê?



— Porque quem usa obrigado são os homens,e as mulheres usam obrigada. 



— Ah sim... — Ela ainda parecia meio confusa, olhou para mim e sorriu daquele jeito fofo dela. — Então, obrigada, mamãe



— De nada, filha. — Beijo sua testa e em seguida Eduarda deita a cabeça em meu ombro, olho para Anahí e a vejo com um enorme sorriso no rosto. — Que foi? 



— Uh, nada, nada não. Podemos ir então? 



— Sim!



Duda grita animada, o que nos causa uma gargalhada em conjunto. Anahí fica encarregada de descer minha mala já que estou com Eduarda no colo.



Logo estamos entrando no táxi para irmos ao aeroporto.



Lá vamos nós, Miami. 



(...)



Eu nunca gostei de aviões, por isso dormi durante todo o vôo. Eduarda parece estar com a bateria no 100%, e também feliz porque vai ver seus avós. 



— Aqui está um pouco quente, se quiser tirar o casaco e o cachecol. 



Anahí comenta antes de desembarcarmos do avião. Apenas concordo com a cabeça e tiro meu casaco e o cachecol, guardo os dois no bolso frontal da mala e estendo a mão para Anahí, ela sorri parecendo surpresa e logo segura minha mão, depois a de Eduarda m Saímos às três juntas e em poucos minutos já estávamos dentro do aeroporto, Anahí disse que seu pai já estava ai fora nos esperando. 



— Seus pais sabem sobre minha amnésia?



— Agora eles sabem. — Anahí respondeu. — Eu não contei antes porque você sabe, meus pais são ocupados demais. 



Sua voz era puro sarcasmo, embora eu pudesse identificar um pouco de mágoa também. Optei por ficar na minha e não falar mais nada, Anahí parecia ter alguns problemas pessoais que envolviam seus pais e eu não me sinto no direito de me meter. Quando chegamos ao lado de fora, Anahí olhou em volta e quando encontrou seu pai, deu um aperto em minha mão para me avisar. Só então fui me dar conta que estávamos de mãos dadas ainda, mas não desfaço o contato, e surpreendentemente um sorriso surge em meus lábios enquanto caminhamos em direção onde Enrique Portilla que estar nos esperando.



— Vovô!



Eduarda exclama assim que chegamos perto o suficiente para ver ele, Enrique abre um enorme sorriso ao ver a neta e sem se importar em sujar sua calça social, coloca joelho no chão e abre os braços. Analiso ele, cabelos cortados, penteados da forma mais alinha possível e grisalho, o terno cinza o deixa com um ar ainda mais sério e ele não está usando barba mais, como eu me lembro que ele usava. Anahí agarra o pescoço do avô, que sorri e a abraça de volta.



— Que saudade minha pequena. — Anahí solta minha mão e avisa que vai pegar as malas no carrinho. Fico ali parada esperando ela voltar, ou ao menos que Enrique note minha presença. — Dulce Portilla, que bom revê-la. 



Ele estende a mão em minha direção e sorrio para ele antes de apertar a mão estendida. 



— Voltei. — Anahí ressurge ao nosso lado, olho para ela que agora está sem o casaco enorme, apenas a touca beanie ainda está sua cabeça. — Oi, pai. 



— Oi, filha. 



Anahí estende a mão para o pai, porém ao invés de apertá-la, Enrique a segura e puxa Anahí em sua direção, lhe dando um abraço de urso. Os dois ficam nesse abraço, meio de lado já que Eduarda ainda está no colo do avô. Depois de um tempo os dois se afastam, Enrique olha para Anahí com um enorme sorriso e Anahí olha para o chão, mas vejo um rastro de sorriso em seus lábios.



— Cadê a vovó?



— Vovó Tisha está te esperando em casa, ela não vê a hora de te ver, sabia? — Eduarda se agita toda no colo de do avô, que abre a porta do carona e coloca a pequena lá dentro. — Vamos?



— Sim, sim.



Respondo ainda meio perdida, Anahí pega nossas malas e espera que Enrique abra o porta-malas para guardá-las. Depois de tudo devidamente guardado, nós entramos no carro. O caminho só não foi feito em total silêncio por causa de Eduarda, que falava sem parar demonstrando toda sua animação para o final de semana.



Estava quase pegando no sono quando senti o carro parar, Eduarda já estava menos falante e Anahí continuava quieta, observando as ruas. Espero que Enrique estacione o carro e solto meu cinto de segurança.



— Abre a porta, vô.



Eduarda pede assim que o carro é estacionado no lugar correto, Enrique solta uma gargalhada pela animação da pequena e logo ouço as portas serem destravadas, Eduarda abre a porta e salta do carro. Sorrio ao observar aquele pingo de gente correr em direção ao casarão enorme. 





— Vamos?



Anahí me chama, olho para ela que está sorrindo, dessa vez com menos felicidade. Ou ela estava apenas cansada, pelo menos ela aparenta estar. Apenas aceno com a cabeça e abro a porta, sinto a brisa quente bater em meu rosto e respiro fundo. Pela primeira vez me sinto em casa, confesso que senti falta do clima de Miami. É estranho lembrar de viver aqui e acordar em outra cidade diferente, com ruas diferentes, clima diferente... Tudo diferente, até eu mesma. Ainda é tudo muito confuso, eu quero realmente conseguir lembrar, mas é tão exaustivo e só passaram três semanas.



— Bem vinda de volta.



— Anahi!



Exclamo ao senti-la me segurar pelos ombros e deparar-me com seus olhos azuis tão próxima a mim, ela me alisa com seus dedos e sorri de forma doce. Olho com o canto do olho para suas mãos em mim, ela parece perceber e me solta na hora. Lamento por ela ter feito isso, acho que seus toques me passam algum tipo de segurança. 



— Sentiu falta daqui?



Pergunta ao dar um passo para trás, aceno com a cabeça e anahi faz sinal para que fôssemos em direção a entrada da casa de seus pais, prontamente a acompanho.



— Senti, bastante na verdade.



Coloco as mãos nos bolsos de minha calça e encolho os ombros, Anahí está da mesma forma que eu, porém de cabeça erguida e uma postura exemplar. Ela parece tão certinha enquanto eu sou toda desleixada. Nem percebo que estou rindo, ela me encara com uma sobrancelha erguida.



— Qual a graça?



— Nada, é só que... — Passo a língua em meus lábios. — Nós somos tão opostas. 



— Como assim?



— Olha só como nós estamos. — Aponto para mim e depois para ela, Anahi paralisa no lugar e me olha sem entender. — Você anda toda segura de si, como se estivesse em uma passarela e as pessoas estivessem te admirando, já eu ando toda desengonçada, apenas querendo passar despercebida pelas pessoas. 



— Oh... Entendo. — Suspiro e relaxo meus ombros, ergo um pouco a coluna para ficar em pé corretamente. — Acho que isso é normal, sabe? Você ainda se sente como uma adolescente, ainda tem aquele jeitinho retraído, meio calada e extremamente tímida.



— Verdade.



— Então, acho que é normal. — Ficamos em silêncio, eu olho para o chão e chuto algumas pedrinhas soltas jogadas por ali. Ouço Anahi soltar uma risada nasal e olho para ela. — Sabe uma coisa que é engraçada?



— O que?



— Antes, quando ainda estávamos no colégio, você só conseguia ser você mesma comigo. Quer dizer, você era tranquila com as suas amigas, mas quando outra pessoa da escola se aproximava você ficava quieta, mas quando era eu, você apenas agia... Daquela forma. 



— Eu era meio grossa.



— Um pouco. — Ela morde seu lábio inferior e coloca as mãos para trás. — Mas eu adorava te ver com raiva, sério. Eu sempre achei extremamente fofo aquela sua cara de saí de perto de mim, estúpida. 



Começamos a gargalhar do nada, eu lembrando daqueles tempos antigos e Anahí parecia fazer os mesmo. Estávamos tão envolvidas em nossa bolha particular que nem notamos uma terceira presença, apenas quando ouvimos um pigarrear de garganta. 



— Vejo que as coisas aqui fora parecem bem divertidas. — Maritchelo Portilla, aquela voz era inconfundível. Me viro rapidamente para ela, não parece ter mudado quase nada, apenas a cor de seu cabelo que está mais escura do que me lembro. Seu rosto também não está tão jovem quanto me lembro, apesar de que era raro eu ver ela na escola, bem raro mesmo. — Dulce Portilla.





É impressão minha ou os pais de Anahí gostam de frisar meu sobrenome? 



Maritchelo abre os braços, um enorme sorriso em seus lábios. Olho de soslaio para Anahi, que dá de ombros e me olha como se pedisse desculpa por alguma coisa. Dou um passo para frente e abraço Maritchelo



— Mamãe, não aperta muito ela. — Quase agradeço Anahí por pedir isso já que o aperto de Maritchelo estava começando a ficar desconfortável. Senti uma mão me puxar para trás, era Anahi me afastando de sua mãe. — Ela sentiu muito a sua falta. 



Me esclarece e sussurra um desculpa, sorrio para ela apenas para demonstrar que está tudo bem. 



— Venham, entrem. — minha sogra nos dá passagem, aceno com a cabeça para ela e adentro sua casa. — Não vai falar comigo? Onde está a educação que te dei?



Olho por cima do ombro e vejo Anahi com os olhos arregalados e o rosto começando a ficar vermelho enquanto sua mãe a apertava com força. Prendo uma risada, sinto algo colidir em minhas pernas, olho para baixo e vejo a pequenina saltitante que carinhosamente chamo de Duda, ou filha.



— Mamãe, vem comigo conhecer o Duke. Vem! 



E assim sem mais nem menos saiu me puxando para me apresentar o tal Duke, que por fim descobri ser um enorme cachorro todo peludo. 



( . ..)



Em um dado momento Anahí se juntou a nós e ficamos os quatro correndo e brincando pelo jardim. Nunca me senti tão feliz quanto naquele momento, quer dizer, agora depois de tudo que aconteceu, esse foi o momento mais feliz que me lembro de ter tido. Só paramos de brincar quando Maritchelo veio nos avisar que o almoço estava pronto. 



O almoço estava sendo tranquilo, claro que quem mais falava era a Eduarda a pequena gosta de falar. Acho que ela aprendeu a ser assim com Cláudia. Tudo ia perfeitamente bem, até que: 



— E você, Anahí? Não pensa em voltar pra faculdade, não? Você já fez trinta anos, filha, mas ainda dá tempo de se formar e- 



— Mãe, nem comece com isso outra vez. Nós já conversamos milhares e milhares de vezes sobre isso. 



Olho para Anahí ao meu lado, ela encara sua mãe de uma forma tão fria que sinto como se esse olhar fosse para mim. Nunca a vi tão séria antes. Maritchelo solta os talheres em seu prato, fazendo com que o barulho ressoe pela sala de jantar. Pego o guardanapo em meu copo e limpo os cantos de minha boca, todos estão em silêncio enquanto Anahí continua a fuzilar a mãe com o olhar. 



— Anahí, querida, que tipo de futuro você quer dar ao sua filha? Você precisa ter um bom emprego, um emprego sério, digno. 



É possível sentir a tensão presente ali, ao meu lado Anahí parece prestes a explodir ou alguma coisa assim, vejo ela apertar os talheres em suas mãos, os nós de seus dedos já começam a perderem a cor. Ela abaixa a cabeça e estala a língua, quase que sem perceber, coloco uma mão em sua coxa esquerda, ela me olha, sua expressão suavizando ao me ver sorrir para ela. Vejo Anahí engolir seco, como se tivesse engolido toda sua raiva. 



— Eu perdi o apetite. 



Ela diz e gentilmente retira minha mão de sua coxa, mas acaricia meus dedos e sorri de volta para mim. Anahí se levanta e antes de sair lança um último olhar para sua mãe, que olha decepcionada para a filha. Enrique está com as mãos erguidas enquanto massageia suas têmporas.



— Nós conversamos sobre isso, Maritchelo, é por isso que Anahí não vem nos visitar como antes.



— Não me julgue por querer que minha filha seja alguém digna e tenha um trabalho decente. — Maritchelo rebate, o nariz em pé e a pose de "estou certa" — Onde já viu trabalhar como fotógrafa, isso é uma afronta a história dessa família. 



Sou forçada a prender uma risada ao ouvir isso. Sinceramente minha vontade é de defender Anahí, mas acho melhor ir atrás dela para que ela não faça besteira alguma. 



— Eu vou falar com ela, com licença.



Peço e me levanto, Enrique sorri para mim e sorrio de volta antes de começar a andar para longe dali. Maritchelo não parece ter mudado nem um pouco o jeito duro dela de ser antigamente, ela não parece nada satisfeita com o que sua filha escolheu para fazer pelo resto de sua vida. 



Mas será que ela não vê o quão feliz annhi é fazendo o que faz? 



Ao chegar na sala olho em volta, mas é óbvio que não a encontro já que essa casa mais parece um labirinto. Mas ao ver a porta da frente meio aberta, deduzo que ela saiu por ali. Não a vejo de primeira, porém logo posso ver uma pessoa encostada no carro que Enrique foi nos buscar. Suspiro e caminho naquela direção. 



— Anie?



Chamo assim que chego perto o suficiente dela, ouço Anahí soltar o ar de seus pulmões e lentamente se ergue, afastando-se do carro. Ela se vira, recosta o quadril no capô do carro e me olha.



— Minha mãe me irrita às vezes com essa história. 



— É... Eu percebi. — Anahí solta uma risadinha e cruza os braços, me aproximo um pouco mais dela. — Mais calma? 



— Mais ou menos.



Faz uma rápida careta e puxa ar para seus pulmões, mordo meu lábio inferior e vou até ela, paro em sua frente enquanto Anahí me observa sem entender. Com calma descruzo seus braços, pego sua mão e coloco-as em minha cintura, evito olhar em seus olhos, sei que eles estão focados em mim, mas se eu olhar para ela irei perder a coragem. Seguro em seus ombros e encosto meu quadril no seu, logo sinto os braços dela me puxarem contra seu corpo. A colisão inesperada me faz gemer involuntariamente, Anahí suspira fundo e me aperta um pouco mais. 



— E agora? 



Sussurro em seu ouvido, sinto Anahí cheirar meus cabelos e passar o rosto na curva de meu pescoço. 



— Bem melhor. — Um sorriso surge em meus lábios, fecho os olhos e relaxo meu corpo contra o dela. Anahí acaricia minha cintura delicadamente, seu toque é leve, de uma forma que me deixa relaxada. — Quer sair daqui? 



— Sair daqui?



— Sim, vem comigo dar uma volta. 



Me afasto um pouco dela, Anahí me olha com um brilho de felicidade em seu olhar. Acho que vou até na lua se ela me pedir. 



— Onde vamos? 



Ela abre um sorriso, mas não foi um sorriso qualquer. Foi um dos seus maiores e mais bonitos sorrisos e foi impossível não sorrir junto mesmo sem eu saber o motivo exato.



— Vamos para o nosso lugar. 



Okay... O que isso significa? 



(...)



Anahí pegou um dos carros na garagem, sem dizer nada ou nem ao menos me dar uma dica ela saiu pelas ruas de Miami. Eu preferi não perguntar nada, mas era nítido a animação dela. Ela não parou de batucar os dedos um segundo, e também sempre estava sorrindo e cantarolando. 



Era engraçado ver ela assim e não ligar com o passado, Anahí parecia uma adolescente outra vez. Eu não lembro de tê-la visto toda agitada assim com alguma coisa.



— A gente já chegou? 



— Acabamos de chegar. — Ela responde, olho para frente e me espanto ao ver os muros altos e o portão de madeira também alto. — Você fez essa mesma expressão quando veio aqui a primeira vez, disse que parecia ser um internato. 



— E realmente parece.



Ela ri e concorda com a cabeça, Anahí para o carro em frente ao portão e aperta um botão na coluna lateral.



— Senhorita Portilla, quanto tempo.



— Senhor Thompson, é, eu andei meio sem tempo de vir aqui. 



O portão começou a se abrir, Anahí ligou o carro e logo estávamos em movimento outra vez. Coloco o rosto na janela para olhar em volta, aqui parece uma casa de campo. Não sei. 



— Quem mora aqui?



— Ninguém. — Olho para Anahí, ela parece concentrada em dar a volta na fonte no meio da estradinha. — Esse sítio é meu, nosso na verdade, você é casada comigo então... 



— Oh... 



Solto meio pasma com sua revelação, Anahí estaciona o carro e destrava as portas. Solto meu cinto de segurança e ela faz o mesmo.



— Quer conhecer a casa? 



— Sim. 



Saímos juntas do carro, Anahí ajeita a gola de sua blusa pólo, mas fica toda errada. Acabo rindo e ela me olha sem entender.



— Que foi?



Olha para baixo, conferindo sua roupa. Nego com a cabeça e vou até ela para ajeitar sua gola. 



— Estava toda embolada. – Esclareço.



Anahí balança a cabeça e me agradece. Em silêncio entramos na casa, ao chegarmos na sala posso ver o quão grande aquele lugar é por dentro. A decoração é meio rústica, deixando o lugar com um ar de realeza. Anahí me levou para conhecer os cômodos, tem 4 suítes ali, os cômodos são grandes, a cozinha é enorme, tem uma sala com uma mesa de sinuca e outra de ping pong. Tem uma biblioteca também, com diversos livros, me senti tentada a sentar ali e pegar algum para ler. A casa não era exageradamente grande, apena os cômodos eram grandes demais. Anahí disse que costumávamos ficar ali nos verões, por causa do lago e da piscina. 



— Aqui é muito bonito.



Eu elogio enquanto andamos no quintal, Anahí quis mostrar o lago para mim. Olho para ela que está olhando para o chão enquanto andamos. 



— Sim, bastante. — Respira fundo, sorrindo. — Eu adoro esse cheiro de natureza. 



Anahí parece tão mais relaxada agora, acho que foi uma ótima escolha virmos para cá, eu posso até sentir o quão leve ela está. Chegamos ao lago e Anahí me desafia a quem consegue tacar uma pedra mais longe. Obviamente que ela ganhou, eu sempre fui péssima nessa brincadeira. 



— Fica assim não, uma hora você ganha.



— Eu nunca ganho nisso, eu sou uma droga em arremessos de pedras.



Cruzo os braços emburrada, Anahí gargalha e continua nos guiando em meio aquela estreita trilha de terra. Caminhamos lado a lado, o silêncio é tão grande que é possível ouvir barulhos de passarinhos e grilos. Mas está longe de ser ruim, até que é um silêncio confortável.



— Onde estamos indo?



— Lugar nenhum. — Levanto as sobrancelhas confusa e olho para Anahí. — Nós já chegamos. 



Sorri tímida e aponta para algum lugar atrás de mim, me viro rapidamente e procuro para onde ela está apontando, até que... Pu*ta merda!



— É aquela casa da foto? A casa da lembrança. 



Estou parada em frente a mesma casa na árvore da fotografia que Anahí me deu. Abro a boca surpresa, tudo em volta estava limpo, a grama baixinha e a casa parecia ter sido pintada a pouco tempo já que a tinta ainda aparentava estar nova, sem nenhuma sujeira ou marca aparente.



— Casa da lembrança? Que lembrança?



Fecho a boca e os olhos, suspiro ainda de costas para ela. Eu sabia que deveria ter contado sobre os flashes de memória, mas acabei me esquecendo. Ou só estava com medo de contar.



— Podemos subir?



Decido desviar o assunto, olho para trás a tempo de ver Anahi torcer a boca, ela encolhe os ombros e concorda com a cabeça. Sorrio animada, quero muito ver aquele lugar que parece ser tão especial para nós duas. Com cuidado subo a escada, olho para baixo e vejo Anahí subindo bem atrás de mim, ao chegar no topo, faço força para conseguir ir para cima. Espero que Anahí também suba para poder entrar logo. 



— O que foi?



— Nada, só quis te esperar.



Dou de ombros e sorrio sem jeito, Anahí também sorri, depois faz sinal para que eu avance e abra a porta. Respiro fundo e seguro a maçaneta, antes de abrir olho para Anahí, seu olhar me instiga a entrar logo. Giro maçaneta e devagar abro a porta, tudo lá dentro está escuro.



— Deixa que eu... Pronto.



E tudo ficou claro de repente naquela casa na árvore, a primeira coisa que notei foi o colchão no chão, não tinha cama, apenas aquele colchão. Um baú de tamanho médio no canto da parede e por fim, era impossível não ver aquele mural enorme na parede repleto de fotos. 



— Aqui é... Maravilhoso.



— É um dos meus lugares favoritos. — Olho para ela, Anahí parece nostálgica olhando em volta. Ela sorri e vai andando em direção ao mural de fotos. — Tem muitas lembranças boas aqui.



— Anahí, eu preciso te contar uma coisa. 



Ela rapidamente se vira para mim, o olhar revela curiosidade, mas também um pouco de nervosismo. Respiro fundo, molho meus lábios com a ponta de minha língua, inconscientemente busco por palavras para contar a ela sobre os flashes de memória de uma forma que ela não fique com raiva de mim por ter ocultado isso dela durante esse tempo. 



— Aconteceu alguma coisa? Eu fiz algo errado? 



— Não, Anahí, não. — Impeço antes que ela comece a se desesperar, ela pressiona seus lábios e me olha receosa. — Eu não te contei, na verdade só a Dra. Alba, Cláudia e Maitê sabem disso... Anahí, eu lembrei de algumas coisas. 



— O quê?! 



— Assim, não foram coisas mega importantes, só uma lembrança foi realmente importante, mas eu tive meio que flashes de memória e- 3l



— Você se lembrou de alguma coisa? — Ela me interrompe, solto o ar de meus pulmões e faço que sim com a cabeça. — Espera... Oh, meu Deus, Dulce! Você lembrou, quer dizer... Pu*ta merda, você, eu-Droga, eu não consigo nem pensar direito. Espera... Você, Jesus... 



Anahí gesticula sem parar enquanto resmunga consigo mesma, é adorável ver ela toda atrapalhada, as sobrancelhas juntas, os lábios sendo pressionados algumas vezes e por fim a forma que ela movimenta as mãos, como se isso fosse ajudá-la. 



— Anahí! — Grito apenas para interromper o monólogo dela, ela se cala e me olha com os olhos arregalados, posso vê-los começarem a ficarem úmidos. — Respira. — Ela prontamente obedece, buscando o fôlego com força e o soltando em segundos. — Vem aqui. 



A chamo e me sento na beirada do colchão, é macio. O cheiro dos lençóis sobe, eles parecem ter sido trocados á pouco tempo, talvez alguém que cuide do sitio deve tê-los trocado. Anahí praticamente corre para sentar ao meu lado, ela me olha como se quisesse dizer ou fazer alguma coisa. Sorrio para ela e me estico um pouco para segurar suas mãos, as dela estão geladas e suando. 





— Eu lembrei de poucas coisas, algumas delas foram só conversas e alguns momentos. Mas eu lembrei de uma importante.



— Do nascimento da nossa filha?



— Hm, não, infelizmente. — Sua expressão cai, ela solta um oh baixo e torce a boca. — Mas eu lembrei de um dia, lembra a foto que você me deu no dia do nosso aniversário de casamento?



— Lembro.



— Eu me lembrei de uns dias antes do nosso casamento, nós estávamos aqui e trocamos alianças.



— Vo-você lembrou? — Concordo com a cabeça, seu rosto volta a se iluminar. — Oh... Espera! 



— O que vai fazer?



Pergunto curiosa ao vê-la levantar-se do colchão, Anahí faz um sinal com a mão para que eu espere. Ela vai até o baú que eu vi mais cedo e roda algo em seu cadeado, acho que tem senha. Ela o abre e procura algo lá dentro, ela abre um enorme sorriso e retira de lá uma caixa dourada de ferro, também tira um rádio portátil. Franzo o cenho.



— Achei, eu sabia que estavam aqui. — Fecha o baú, deixa o rádio em cima do mesmo e volta para perto de mim com a caixa dourada em suas mãos. — Nós ficamos com medo de perder elas, então guardamos elas aqui á alguns meses só por precaução. — Me aproximo mais dela, Anahí abre a caixa e retira de lá dois anéis, minha boca se abre ao ver os anéis de pérola. — Eu quero te fazer um pedido. 



Arregalo meus olhos ao ouvir aquilo, Anahí levanta a cabeça e me olha, seu sorriso morre aos poucos ao ver minha expressão.



— Oh, não é um pedido de casamento não. — Ela diz apressadamente, sorrindo sem jeito depois. Posso jurar que ouvi ela sussurrar um "não ainda" — Dança comigo? 



— Esse é o pedido? 



— Faz parte dele.



Explica e dá de ombros, sorrio para ela e concordo. Anahí guarda os anéis no bolso e levanta, estende as mãos para me ajudar a levantar também. Ela pede para eu esperar e vai até o rádio portátil. Pacientemente espero que ela escolha uma música, quando ela finalmente escolhe olha para mim e me chama com um dedo.



I don't ever ask you where you've been... 



Uma voz feminina começou a ressoar por ali, Anahí segura minhas mãos e aproxima seu corpo do meu. Passo meu braço esquerdo por trás de seu pescoço, minha mão direita erguida um pouco no ar, envolvida pela mão dela. Anahí segura em minha cintura e deixo que ela guie nossa dança, ela dá um passo para o lado, e volta para o mesmo lugar. Lentamente ela nos gira, mantemos o contato visual o tempo todo.



Just a little bit of your heart



Just a little bit of your heart



Just a little bit is all I'm asking for... 



Começo a prestar atenção na letra e sinto como se a cada palavra uma faca dilacerasse meu coração aos poucos. É como se ela estivesse conversando comigo através dessa música, e vejo nos olhos delas um brilho como se pedisse que eu a entendesse. Continuamos dançando, mas em um momento ela abaixa a cabeça, me puxa mais contra ela e coloca seu queixo em meu ombro. Inalo com força, sentindo o aroma suave de seus cabelos cheirosos invadirem minhas narinas. Encosto minha cabeça na dela e deixo que ela nos guie ainda. Estou tão distraída que nem notei antes que ela sussurrava as letras da música, sua voz é rouca e às vezes ela se embola, como se tivesse uma bola em sua garganta. Pressiono-a contra mim, tentando confortá-la. 



Se alguém me dissesse no passado que hoje eu estaria casada com Anahí Portilla, dançando com ela enquanto tento a confortar, eu com certeza internaria a pessoa no melhor hospital psiquiátrico do mundo.



Embora a realidade seja outra... Essa idéia não é tão absurda quanto seria antes. Na verdade, estou começando a gostar de ser a esposa dela. 



— Candy?



— Oi, Anie.



Ela se afasta de mim, noto que a música já parou a algum tempo, mas estava tão envolvida na dança que nem percebi antes. Olho para Anahí, suas bochechas estão um pouco úmidas, rapidamente seco suas lágrimas com meus polegares. Anahí fecha os olhos quando eu acaricio suas bochechas. 



— Eu queria te falar tanta coisa, mas eu não consigo e-e eu quero ir com calma. — Abro a boca para dizer algo mas, ela me pede silêncio então me calo. — Você prestou atenção na letra da música? 



— Sim.



Respondo, um pouco confusa. Anahí leva as mãos até meu rosto e olha bem em meus olhos, os seus azuis parecem tão intensos que me causam arrepios.



— Um pedaço do seu coração, esse é meu pedido. — Ela engole seco. — Tudo que te peço é uma chance, pra poder reconquistar você, eu quero você, Dulce, eu não vou desistir do amor da minha vida outra vez. Eu preciso de você, mas você tem que me dar essa chance, se você permitir, eu vou fazer de tudo para te reconquistar. Meu eterno doce.



Sua voz não passa de um sussurro no final, todas as coisas que ela disse estão ecoando em minha mente. Sinto meu corpo pesar a cada baque que suas palavras causam em mim. Os olhos de Anahí me fitam intensamente, esperançosos. Engulo seco, minha boca começa a secar com tamanha intensidade em seu olhar. Tento dizer algo, mas minha fala simplesmente não sai. De repente me vem a voz de Ucher na cabeça, de Maitê, Cláudia, dos meus pais... Todos me aconselhando a dar essa chance a Anahí. 



— Anahí, eu... Eu. 



Me calo, devolvo seu olhar com a mesma intensidade. O silêncio é tão grande que nossas respirações se fundem, como uma orquestra. "Ações, filha, contam muito mais do que palavras, até mesmo as pequenas ações.", a voz de meu pai ecoa, ele me disse isso quando eu tinha apenas dez anos e eu nunca esqueci. E chegou o momento em que finalmente essa frase faz sentido para mim. Sem querer pensar muito, seguro a nuca de Anahí com as duas mãos, aperto meus dedos em sua carne com tanta força que tenho certeza que ficará uma marca. Minha respiração acelera, não estou raciocinando corretamente e quando nossos lábios enfim se tocam... Sinto como se o chão abaixo de mim sumisse de repente. Anahí solta o ar por suas narinas com força, demonstrando sua surpresa. 



Nenhuma palavra é capaz de definir o que estou sentindo no momento. 



— Candy?



Anahí chama assim que me afasto, ainda estou entorpecida apenas com um toque de seus lábios nos meus. Abro os olhos e a encaro, Anahí parece perdida, mas seus olhos demonstram uma felicidade incomum.



— Eu te dou meu coração inteiro, se você me prometer que cuidará bem dele. 



Os olhos dela voltam a lacrimejar, mas pela primeira vez sei que é de felicidade. Anahí abre um enorme sorriso e antes que eu possa ter alguma reação, ela quem me beija dessa vez. Mesmo que tenha me puxado contra ela repentinamente, o toque é suave. Seus lábios são suaves. Anahí fica parada, sua respiração descompassada ressoa pelo ambiente. Lentamente eu separo meus lábios, dando permissão para que ela avance. Os polegares de Anahí pressionam meu maxilar, e ela movimenta seus lábios, como se estivesse acariciando os meus. Devagar, com todo carinho e calma. 



Nosso beijo não envolve língua, apenas lábios, ela suspira algumas vezes enquanto nos beijamos. Tudo é feito com a maior calma possível. Não sei quanto tempo durou, mas ela finaliza o beijo com alguns selinhos, sorrimos uma para a outra enquanto ainda selamos nossos lábios. 



— Eu te prometo, eu vou cuidar dele com a minha vida. 



Selo nossos lábios outra vez, sinto uma necessidade absurda de sentir a maciez de seus lábios nos meus. É como uma droga. 



Eu posso não lembrar do meu primeiro beijo, mas tenho certeza que esse foi o melhor beijo que já recebi na minha vida.




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Por Dulce Essa aqui, no nosso baile de formatura.  Anahí diz e aponta para uma das milhares de fotos penduradas ali, vou até ela e olho para a foto. É impossível não sorrir ao ver a versão mais nova minha e de Anahi juntas, na foto eu estou sentada de lado em seu colo, Anahí está com a cabeça recosta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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