Fanfics Brasil - Capítulo 23 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 23

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Por Dulce



Domingo 



Estou sentada na varanda lateral do casarão que tem naquele enorme sítio. Uma xícara de chocolate quente em minhas mãos enquanto observo Anahí e Eduarda brincar de jogar gravetos para Duke, elas insistiram em trazer aquele cachorro enorme para cá. Não me juntei a elas porque estou cansada, e também porque mentalmente falando, depois do que vi naquela casa da árvore, eu não me sinto totalmente sóbria. 



— Cuidado, Duda!



Anahí grita para a pequena, que está correndo o mais rápido que pode enquanto Duke corre atrás dela, acho que ele quer o graveto na que está na mão da Eduarda. Observando aquele momento é impossível não sorrir, quer dizer, é a minha família. E talvez não faça tanto sentido, mas ali está a imagem do meu presente e futuro. Eu gosto disso, acho que não poderia pedir por pessoas melhores na minha vida. Minha família. 



Eu cresci ouvindo as pessoas dizerem que existe amor à primeira vista, meus pais sempre diziam que existe paixão à primeira vista, o amor surge com o tempo e a convivência. Quando eu conheci Anahí eu descobri um novo sentimento à primeira vista, antipatia. E o ódio surgiu com o tempo e a convivência. Eu me lembro bem, como se fosse ontem de como nos conhecemos. 



Eu estava atrasada para a primeira aula, vinha andando pelos corredores de forma apressada. Eu carregava três malditos trabalhos na mão, um de história, de química e física. Estava surpresa ainda que tinha conseguido fazer o de química e física já que sempre fui péssima nessas duas matérias. Lembro que fui cruzar o último corredor e então colidi com alguém, sabe quando você bate de frente com a pessoa com tanta força que é arremessada para trás? Foi o que aconteceu, os trabalhos voaram da minha mão. Eu grunhia de dor, quando abri os olhos e vi que todas, todas sem exceção das folhas estavam completamente molhadas por um líquido azul. Eu levantei desesperada, e enquanto eu surtava eu ouvia aquela voz irritante "Dulce aí, gatinha, fica calma". Lembro também que comecei a gritar com Anahí, mas tudo piorou mesmo quando ela tentou "consertar" as coisas me dando um beijo. Minha vontade foi de cuspir na cara dela, eu estava fumegando de raiva e a criatura tentando me beijar. Desse dia em diante ela não parava de me perseguir, nos primeiros dias até tentou se desculpar, mas com o passar do tempo as desculpas evoluíram para tormentos, pegadinhas, cantadas e mãos bobas. Eu odiava Anahí Portilla mais do que qualquer outra coisa na face da terra.



Mas agora eu te digo, sabe aquele ódio todo? Aquela ânsia? A antipatia? Está sendo convertida em carinho, admiração e.... Outra coisa. Eu ainda não quero nomear, tenho medo de me precipitar e acabar dando errado. 



Mas uma coisa é certa, gosto de Anahí, e cada dia gosto mais dela. Sem contar que ela me deixa segura, nenhuma pessoa no mundo além dos meus pais me passa a segurança que Anahí passa. Ela é especial, nós temos uma conexão forte.



— Dulce. — Sou desperta de meus pensamentos por Anahí, pisco algumas vezes para focar minha visão e me deparou com seus olhos azuis fixos em meu rosto. Anahí sorri, suas mãos em meus joelhos. — Voltou para o mundo real? 



— Estava lembrando de algumas coisas.



Sorrio sem jeito, sinto ela acariciar meus joelhos com seus polegares e então sela nossos lábios. Solto o ar por meu nariz ao sentir o toque suave da boca dela na minha, era possível sentir meus lábios formigando. Seguro a xícara firme com uma mão só, a outra levo até os cabelos da nuca de anahi, puxando-os levemente para logo em seguida acariciar seu couro cabeludo com as pontas dos dedos. 



— Quer conversar sobre essas lembranças?



Pergunta ao quebrarmos nosso beijo, demoro um pouco a raciocinar, pois ainda estou meio aérea pelo beijo. O beijo dela é tão calmo e relaxante, deve ser melhor que um orgasmo. Céus! Porque eu comparei o beijo dela com a sensação de go*zar? Eu preciso aprender a me controlar perto dela. 



— Estava lembrando do dia em que nos conhecemos, lembra?



Solto uma risadinha e Anahí me acompanha, ao longe posso ouvir a voz de Eduarda chamando por Duke, em seguida seus latidos. O tempo está fresco, e ainda temos algum tempo para ficarmos por aqui antes de irmos embora. Eu não queria ir embora, me sinto bem aqui nesse sítio. Me sinto em casa.



— Como esquecer? Você sempre foi estressada, mesmo nova como naquela época. — Ela senta ao meu lado e apoia as mãos no extenso banco onde estou sentada. — Eu pensei que você iria me assassinar naquele dia.



— E eu quis, sinceramente. — Anahí gargalha, mordo meu lábio inferior enquanto a observo rir. Os olhos fechados, a cabeça levemente inclinada para trás, as ruguinhas nos cantos dos olhos. E o som... Ah, o som da risada dela. — Quando eu vi meus trabalhos cobertos daquele negócio esquisito, Anahí, eu queria esfregar a sua cara neles. Juro. 



— Eu sei que queria. — Ela para de rir aos poucos, enxuga os cantos de seus olhos com os dedos. — Ainda tentei amenizar a situação brincando com você, mas você levou a sério demais.



— Você não parecia estar brincando.



E não parecia mesmo, até me prensou contra um armário. 



— Para ser sincera eu não estava brincando totalmente, se você tivesse aceitado, com toda certeza eu teria te beijado. Mas quando você começou a ficar vermelha e soltar palavrões desconhecidos por mim, eu percebi que tinha que sair dali antes que você me matasse. 



— Que exagero. — Deixo a xícara em cima do banco, um pouco distante de mim. Me viro um pouco de lado e coloco as pernas em cima das pernas de Anahí, ela me olha de lado e estala a língua. — Se importa? 



— Não. — Põe suas mãos em minhas pernas, uma em minha coxa e outra em meu tornozelo. — Não mesmo. — Alisa meu tornozelo com sua mão esquerda, com a direita ela segura em meu ombro e me puxa para frente, indicando que quer que eu me aproxime. Prontamente o faço, deitando a cabeça na curva de seu pescoço. Anahí cheira meus cabelos e beijo minha cabeça. — Eu realmente não importo. 



E eu muito menos... É ótima a sensação de ter o corpo dela junto ao meu. 



(...)



Segunda feira 



A despedida dos pais de Anahí foi demorada, Eduarda não parecia muito alegre em ir embora, e Enrique não queria deixa-la ir, praticamente implorou que ela passasse alguns dias lá enquanto estivesse de férias. Anahí acabou concordando, mas não agora porque segundo ela nós temos que aproveitar nossa filha um pouco, já que teremos mais tempo para isso. Eu fiquei quieta, mas minha vontade era de negar. Mesmo sabendo que é egoísmo, é só que... Eu gosto tanto de ficar com ela, e agora que estou me acostumando com a ideia de ser mãe, não quero ter que me separar dela. Pelo menos não por enquanto.



A volta para casa foi super rápida, chegamos durante a madrugada. Acabamos dormindo as três juntas no meu quarto e de Anahí, eu confesso, foi ótimo dormir com elas. No momento eu estou sentada na varanda, tentando me concentrar nesse livro, que eu nem ao menos lembro o nome, enquanto espero Anahí e Eduarda voltarem, elas foram buscar os resultados finais da pequena. O clima na cidade está melhor hoje, nem muito quente, embora tenha sol, porém não está frio também. Está um clima agradável, até daria para tomar um banho de piscina, mas não estou com vontade de nadar hoje. 



Na verdade eu preferia apenas ficar deitada comendo besteiras o dia inteiro. 



— Mamãe, mamãe!



Olho para o lado a tempo de ver a pequena correr em minha direção, me sento corretamente na rede, deixo o livro de lado e abro os braços para a minha pequena.



— Oi, meu amor.



Beijo seus cabelos, bem cheirosos por sinal. Ela está falando coisas muito rápidos, tento acompanhar, mas seu jeito afobada me distraí. São momentos como esse que me fazem ver o quão parecido comigo ela é, o jeito animado e imperativo. Da mesma forma que eu era quando pequena. E confesso, ainda sou assim às vezes. Pelo menos eu ainda era durante minha adolescência. 



— Mamã, mostra a ela, mostra a ela Mamã.



Ela se solta de mim e vai correndo até Anahí, segura ela pela mão e saí puxando-a em minha direção. Anahí ri e me olha, também acabo rindo.



— O que tem para me mostrar?



— O boletim dela, aqui. — Anahí me estende um envelope branco e eu prontamente o pego, abrindo-o em seguida. — Todas as notas estão excelentes, acho que alguém merece uma recompensa. 



Surpreendo-me ao ver todas as notas A. Olho para Anahí e vejo ela com anpequena sentada em seus ombros. Sorrio para ela e bato algumas palmas. Tenho uma filha inteligente, bem não poderia esperar menos sendo filha de quem ela é. 



Modéstia à parte, claro.



— Eu também acho. — Guardo a carta dentro do envelope e fico de pé. — O que você quer, Duda?



— Pizza! Muita pizza. 



Não disse? É minha filha mesmo.



(...)



Anahi resolveu ir ao mercado comprar algumas pizzas congeladas. O almoço e o lanche foram banhados a pizza, nossa tarde foi muito agradável e acabamos as três brincando de boneca e casinha na sala. A poucos minutos Eduarda acabou pegando no sono, Anahí a levou para o quarto. 



— Acho que ela só vai acordar amanhã de manhã, ou muito mais tarde. — Anahí diz assim que volta a sala. — Ela ficou feliz com o dia de hoje, tinha semanas que não fazíamos algo parecido como esse. — Olho curiosa para ela. — Sabe? Coisas em família, nós três juntas.



— Sério?



— Sim. — Ela senta no sofá ao meu lado e deita, faz eu descer as pernas do sofá e coloca a cabeça em meu colo. — Quer fazer alguma coisa agora? 



Quero te beijar. 



— Uh, não sei... 



— Ah, esqueci de avisar, apesar de que você não lembra de qualquer forma. Seu carro já está bom outra vez, eu levei ele na oficina semana passada.



— Eu não me lembro de saber dirigir.



— Oh... É verdade. — Ficamos um tempo em silêncio, até que ela volta a falar: — Quer reaprender a dirigir? Eu te ensino se você quiser.



— Não sei... 



Estou insegura, nunca quis pegar no volante de um carro antes porque morria de medo. Na verdade eu sempre preferi ser a carona em qualquer tipo de transporte, até mesmo em bicicletas. Anahí levanta de meu colo em um salto, levo um pequeno susto com seu movimento inesperado. 



— Vamos? Você vai precisar, nem sempre vou estar aqui para te dar carona, além do mais você precisa conhecer direito as ruas.

— Tem razão... Mas não sei, tenho medo. 

Anahí sorri, como se já soubesse que eu diria aquilo. Ela vem para perto de mim e segura meu rosto em suas mãos, sela nossos lábios duas vezes lentamente antes de cobrir minha boca com a sua. Iniciando um lento beijo, com calma ela insere sua língua em minha boca. Movimenta ela lá dentro com extremo cuidado, como se estivesse lambendo um sorvete, e saboreando ele. Minhas mãos vão para sua cintura e deixo que ela guie o beijo da forma dela, sinto-me entorpecida. 



— Você confia em mim? 



Pergunta em um sussurro, afasta um pouco o rosto do meu e olha em meus olhos. Não consigo falar então eu apenas concordo com a cabeça.



Sim, eu confio nela. Confio com a minha vida.



— Mas e a Duda?



— Ela tem o sono pesado, e nós podemos apenas dar uma volta no quarteirão. Que tal?



Paro um pouco para pensar, não sei se devo, mas também não pode acontecer nada de ruim em poucos minutos. Além do mais vou estar com Anahí, com toda certeza ela vai conseguir reverter a situação caso algo dê errado. 



— Acho que tudo bem... — Concordo por fim, meio hesitante. Anahí sorri e comemora fazendo uma rápida dancinha, nego com a cabeça. — Mas você vai precisar ter calma comigo, eu sou meio lenta. 



— É, eu sei. — Se levanta do sofá e me puxa junto dela. — Quem você acha que te ensinou a dirigir da primeira vez? 



Bem, por essa eu não esperava... Eu achei que tinha aprendido com o meu pai. Mais uma coisa para a lista de coisas que eu aprendi com Anahí Portilla.



— E qual desses dois é o meu?



Questiono revezando o olhar entre aquele carro preto mais alto que Anahí sempre usa, e o menor estacionado do outro lado, que está coberto. Anahí não diz nada e passa pelo carro maior, para ao lado do pequeno, a acompanho até lá e espero que ela descubra o carro por debaixo daquela lona cinza.



— Esse é o seu carro.



Aos poucos ela foi revelando um carro branco, conversível e... Pu*ta merda! Maravilhoso. Meu queixo está caído enquanto observo aquele carro. Eu me lembro de Maitê ter dito que Anahí me presentou com esse carro. 



— Nossa...



— Decepcionada?



— Óbvio que não! 



Respondo rapidamente e Anahí gargalha de minha reação, vou para perto do carro e passo a ponta dos dedos no capô. Ou ela me ama muito, ou tinha feito uma besteira muito grande para ter me dado um carro desse. 



— Eu comprei ele para você no meio do ano, veio direto da Alemanha. 



— Você não deve ter pagado nada barato nele, ainda mais vindo de outro país. 



— Você é minha esposa, Candy, eu não me importo de gastar dinheiro com você. – Olho para ela, que dá de ombros como se aquilo não fosse grande coisa. Eu disse, Anahí não mudou, continua exagerada nas coisas. Embora eu não deva ser ingrata, porque é um carro realmente bonito e bem luxuoso. — E então? Quer dar uma volta? 



— Com certeza.



Ela pede um segundo e entra em casa, volta correndo com algo em suas mãos, joga em minha direção e quando pego o objeto posso ver que é a chave do meu carro. Meu carro... Nem acredito. 



...



— O cinto de segurança. — Puxo-o e o prendo da forma correta. — Agora você tem que marcha ré, assim... 



Anahí começa a me explicar o que devo fazer e como devo fazer. Ela é mandona, muito mandona. Antes que pensei que  eu era a mandona da casa, mas ela é muito mais do que eu. Eu estou tentando acompanhar cada comando e ordem dela, eu sou desastrada e meio lenta, ela terá que ter muita paciência comigo. 



— Com calma, com calma, com calma. 



Repito como um mantra enquanto sinto o carro andar para trás, Anahí está quieta ao meu lado, me dando um espaço para que eu fique mais tranquila. 



— Dulce, olhos no retrovisor!



Acho que falei cedo demais. Faço como ela manda e olho pelo retrovisor, por sorte não tem ninguém passando na rua, e o movimento de carros quase sempre é nulo por aqui. Anahí continua a me dar comandos, pelo menos ela não está gritando. "Você está indo bem.", ela elogia quando eu consigo manobrar o carro da forma correta. Sorrio para meu próprio feito. Até que não é tão difícil. 



— É para eu ir direto?



— Sim, quando chegarmos na esquina você diminuí a velocidade, depois liga a seta para a esquerda. — Faço como ela coordenou, minhas mãos estão suando, porém as mantendo firme no volante. Seguro-o com tanta força que meus dedos estão quase sem cor. — Não precisa virar assim com tanta força, Dulce! Droga! 



O carro acaba morrendo quando eu tiro o pé da embreagem, o grito de Anahí me assustou. Olho para ela com os olhos arregalados, ela está respirando fundo como se estivesse buscando calma. Okay, acho que fiz besteira. 



— Desculpa. 



— Tudo bem, tudo bem. — Agora parece mais calma. — Me perdoa por ter gritado, é só que... Achei que iríamos bater. 



— Acho melhor a gente voltar para casa, eu não consigo fazer isso.



— Ei! Ei! Sem esse desânimo, você consegue sim. — Repousa sua mão em minha coxa direita e a acaricia. — Vamos devagar, com calma. Você sabe que pode fazer isso. — Olho para ela e sorrio, é bom ser confortada por ela. — Respira fundo e vamos antes que... Pu*ta merda! 



— Deus! 



Nós duas saltamos ao ouvir uma buzina atrás de nós, passado o susto caímos na gargalhada. Anahí volta a me coordenar e com calma damos a volta no quarteirão, estamos perto de nossa rua outra vez. Olho para os lados antes de entrar na rua assim como ela me ensinou, com o caminho livre continuo meu caminho. Avisto nossa casa, Anahí vai me acalmando para que eu consiga estacionar o carro no local certo e sem bater no carro dela. 



— Assim... Muito bem. — Ela elogia enquanto eu adentro a garagem lentamente. — Viu como não é difícil? — Acabo me distraindo e minha mão escorrega no volante, Anahí consegue agir rápido e assumir o controle do carro. Tiro os pés do acelerador e da embreagem antes que eu faça mais besteiras. — Ufa! Por pouco.



Ela solta uma risadinha nervosa, aposto que achou que meu carro iria bater com tudo no dela. Recupero o fôlego que nem notei ter perdido. Céus! Eu sou uma merda no volante, definitivamente eu não devo dirigir outra vez na vida. 



Jogo a cabeça para trás e fecho os olhos, solto o cinto de segurança para ter um pouco mais de liberdade. Ouço Anahí fazer o mesmo ao meu lado, mas não a olho, tenho que raciocinar corretamente outra vez.



— Candy? Tudo bem? 



Abro os olhos e viro a cabeça em sua direção, Anahí tem um olhar de preocupação. Sorrio para tranquiliza-la. Anahí sorri de volta e traz sua mão direita até meu rosto, logo acariciando minha bochecha com delicadeza.



— Isso foi meio assustador.



— Um pouco. — Ela solta uma risadinha nasal. Anahí se move no banco do carona e chega mais perto de mim. — Você foi muito bem.



— Diga-me a verdade, eu fui uma droga. 



— Foi melhor do que quando você aprendeu pela primeira vez, juro. Pelo menos meu carro se salvou dessa vez, mas o do seu pai não teve a mesma sorte. 



— Eu bati no carro do meu pai?



— Sim, dando a ré. — Não posso evitar gargalhar disso, é uma cena engraçada de se imaginar. — Temos bastante tempo para você se acostumar outra vez, fica tranquila.

O silêncio caiu sobre nós duas, ela continua acariciando meu rosto. Aproveito seu carinho maravilhoso, olhando-a de tão perto ela parece ainda mais linda. Os olhos tão azuis, o nariz... Deus! Quem tem o nariz atraente? Ela tem, como? E nem preciso falar dessa boca linda, não é mesmo?

Sinto minha boca secar. Céus!



— Anei! me beija... 



— O quê? 



Ela parece surpresa, é a primeira vez que peço um beijo a ela. Me inclino para frente, deixando nossos lábios a centímetros de distância. 



— Me beija, me beija agora. 



E não preciso pedir outra vez para que ela me beije, seguro seus cabelos com força, sentindo ela amassar seus lábios contra os meus. Tão bom, tão doce. Ela coloca a mão em minha coxa outra vez, aperta a região um pouco abaixo do meu joelho, causando-me um pequeno espasmo. Arfo ao sentir ela deslizar a ponta da língua em meu lábio inferior, ela insere-a em minha boca e eu arrisco chupa-la. É o suficiente para tirar Anahí do sério, sua respiração se altera e a mão em minha coxa sobe. Ela me beija com mais vontade, como se fosse nosso último beijo. 



Esse acaba de entrar no top 3 dos beijos que demos até agora. Definitivamente. 



— Dulce.



Anahí murmura em meio ao beijo, seguro seus cabelos com um pouco mais de força. Estava perdida naquele beijo como ainda não estive desde o nosso primeiro beijo. Mas então eu sinto uma pressão no meio das pernas, algo anormal que não deveria estar ali. Anahí suga minha língua e outra vez eu sinto aquela pressão, agora mais forte do que antes. 



— Oh... Anahí. — Tento quebrar o beijo, porém ela me puxa para mais um beijo. Ao senti-la alisando onde não deveria, arregalo os olhos e salto para trás, acabo esbarrando na buzina do carro, o que faz ela saltar para trás assustada. — Cristo! 



O carro é conversível, mas nem mesmo isso consegue aplacar o calor que estou sentindo. Olho para Anahí que está tomando fôlego, recuperando-se do nosso momento e do pequeno susto que a buzina causou.



— Desculpa, desculpa... Eu só... — Ela está ofegante, balançando as mãos e negando com a cabeça. — Me empolguei, bastante. Você não está chateada comigo, está? 



— Por quê?



Pergunto confusa, quer dizer... Nós duas passamos um pouco da linha, mas não foi uma coisa tão grave assim. 



— Eu ultrapassei um limite seu, eu disse que iria com calma...



— Então vamos com calma? 



Olho para Anahí e sorrio de lado, ela suspira aliviada e acabo sorrindo também.



— Sim, amor, com calma. 



Eu já não tenho certeza se quero ir com tanta calma...




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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