Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

Por Dulce 

Eu preciso lembrar de deixar uma jarra com água perto da cama quando eu for me deitar. Só de estar descendo essas escadas uma hora dessa, me dá vontade de me bater por ter esquecido de pegar uma garrafa de água mais cedo. Assim que chego na sala, vejo que a luz da cozinha está acesa. Mas quem está acordado uma hora dessa? 

- Anahí? - Chamo assim que chego a cozinha, ela salta sobre a cadeira e larga o pote em sua mão em cima da mesa. - O que está fazendo? 

- Você precisa parar de me assustar assim. 

Limpa os cantos da boca com as costas de suas mãos. Sorri sem jeito e volta a pegar o pote, que parece conter algum tipo de doce. Puxo uma cadeira e me sento em frente a ela. 

- O que está fazendo acordada a essa hora?

- Por isso. - Aponta para o pote com a colher em sua mão. - Eu amo morangos com Nutella e marshmallow. - Enche a colher com um pouco daquela mistura de doces e enfia em sua boca. - Quer? 

Repreendo-a com o olhar por ela estar falando com a boca cheia. Nego com a cabeça e apoio os cotovelos na mesa. Anahí parecia bastante entretida com o pote cheio de doces. Um pequeno sorriso surge em meus lábios ao vê-la sujar um pouco de seu queixo enquanto devora os morangos com Nutella e marshmallow. Olhando assim é impossível dizer que ela tem mesmo trinta anos. Para ser sincera, ela nem parece ter passado dos vinte e cinco ainda. Continua linda... 

Meu Deus, eu preciso parar com isso. 

- Você vai poder me levar ao trabalho amanhã?

- Que tal... - Engole o que está em sua boca. - Se você for dirigindo e eu só guiando?

- Não. 

Arregalo os olhos, ainda traumatizada por quase ter batido meu carro no carro dela e por ficar nervosa demais ao ponto de deixar o carro morrer pelo menos umas três vezes. Não sei como ela me convenceu a aprender a dirigir da primeira vez, mas dessa vez ela terá que fazer muito mais do que apenas me dar alguns beijos e dizer que eu posso. 

- Mas, amor... Você sabe que precisa aprender a dirigir. - Levanta da mesa e leva consigo o pote sujo de doce e a colher. - Além do mais, você adorava dirigir seu carro, e também precisa conhecer a cidade. Afinal, você mora aqui, não posso ser sua guia para sempre. 

Vendo por esse lado ela tem razão, ela tem um ponto. Mas o que fazer com toda essa minha insegurança? É impossível não sentir medo, aquele carro parece ser potente demais, imagina se eu saio disparado com ele por aí. Se eu já bato os carros jogando videogame, imagina na vida real. 

- Não me sinto segura pra pegar no volante... Talvez eu devesse fazer auto escola.

Anahí termina de lavar a louça e vira em minha direção, ela nem enxuga as mãos, fazendo com alguns pingos de algo molhem o piso de madeira. Sua expressão mostra incredulidade. 

- Está querendo dizer que sou uma péssima instrutora de direção?

- Oh, não! Não, não mesmo. - Me desespero em tentar me redimir, estou quase acreditando que ela realmente ficou magoada com o que eu disse, quando de repente, a idiota começa a rir. - Você só pode estar brincando comigo.

Ela joga a cabeça para trás e gargalha com vontade, nem ao menos se importando de estar fazendo muito barulho. Aperto meu maxilar e nego com a cabeça. Engraçadinha. 

- Eu queria ter gravado sua cara. - Fez sinal de espera com a mão, curvou-se para frente, apoiando as mãos em seus joelhos. - Isso continua sendo a melhor piada de todas.

- Não achei graça nenhuma. - Resmungo, cruzando os braços abaixo de meus seios. - Aliás, ainda bem que você sabe brincar de fotografa, se você tentasse ser comediante, iria morrer de fome. 

Praticamente cuspo as palavras com extremo deboche, Anahí parar de rir na hora e levanta a cabeça para me olhar, incrédula. Sorrio cínica para ela e me levanto da mesa, saindo dali em seguida. Mas então... 

- Aonde pensa que vai? - Anahí pergunta em meu ouvido após segurar meu quadril e puxar-me para trás, colando meu corpo ao seu. - Não pense que pode usar esse sarcasmo comigo e sair sem que eu rebata.

- Você não lembra de antigamente? - Fecho os olhos ao senti-la roçar seus lábios em minha nuca. - Eu sempre ganho as batalhas. 

Em um movimento rápido, ela me vira de frente para ela. Anahí tem em seus lábios um sorriso malicioso, diria diabólico. Mantenho meu olhar irônico, mas ele se torna espantado quando ela me puxa pela nuca e beija-me com vontade. Resfolego em seus braços, quase caio no chão. Anahí me aperta contra ela enquanto move seus lábios sobre os meus com extrema agilidade, a leveza de sempre com a pressão certa. Ela sabe dar um beijo suave e ousado sem precisar de esforço. Sinto-me perdida naquele beijo, estou entregue. 

- Os tempos mudaram, amor. - Ela sussurra sob meus lábios após quebrar nosso delicioso beijo. - Eu ganho as batalhas e a guerra agora. 

E com um último selinho, ela me solta. Pisca um olho para mim e depois saí, sim, ela realmente fez isso. Maldita! Me dá um beijo desses e depois simplesmente vai embora. 

Tudo bem Anahí Portilla, nós ainda iremos nos enfrentar outra vez. Essa guerra está longe de acabar. 

E vou te provar que quem sempre ganha sou eu. 

• • 

No outro dia de manhã, acordo com Anahí me chamando, dizendo que irei me atrasar. Levanto-me num salto, estou ansiosa para a aula de hoje. A sala que estava sendo reformada ficou pronta, e Anahí disse que poderei dar aulas nela. Mas não hoje, porque hoje é dia de Bachata, o dia de Pole Dance é aos sábados. Sim, Pole Dance. 

Agora sei porque Anahí disse que ama minha flexibilidade. 

- Vamos? 

- Sim, vamos sim. - Termino de arrumar meu cachecol e vou em direção a Anahí, ela me para antes de sair do quarto e me dá um rápido beijo. Sorrio tímida sob o olhar intenso dela. - A-a Eduarda  vai ficar com quem?

Ela abre um sorriso ao captar o nervosismo em minha voz. Estúpida! Odeio o fato dela gostar de me deixar sem jeito. Preciso aprender a resistir melhor a ela, mas como? 

- Com a babá, ela já deve estar chegando e ela ainda está dormindo.

- Essa babá é de confiança nossa?

- Muito. - Anahí sorri e dá espaço para que eu passe. - Ela tomava conta de mim e do Ucher quando éramos pequenos. 

Sinto-me aliviada em saber disso, tudo que menos queria era deixar minha filha nas mãos de alguém que eu não confiasse. Só estou cuidando da minha pequena. 

- Sendo assim tudo bem.

Concordo por fim, além do mais tenho certeza que Anahí jamais deixaria nossa filha ser cuidado por alguém que ela não confia. 

- Ela é um amor de pessoa, você gosta dela. - Saímos de nossa casa e Anahí tranca a porta da frente. - E então, quer ir dirigindo ou...

- Você dirige.

Ela solta uma risadinha e levanta os braços, em sinal de rendição. Abraço sua cintura de lado enquanto vamos em direção ao carro dela. O carro de Anahí é diferente do meu, não é conversível, embora ele lembre bastante um Jipe. 

(...)

Estou suada, exausta. Os alunos hoje parecem mais empenhados do que nunca, e agora que Diego voltou e eu estou mais familiarizada com nossos passos, estou mais cansada que na semana passada. O ritmo dele é mais agitado que o de Anahí, embora eu tenha quase certeza que ela apenas estava receosa na vez em que dançamos. 

- Dul, sua esposa está te chamando. 

Um dos alunos me diz, agradeço e me levanto do chão, levando comigo a garrafinha de água que estava ao meu lado. Anahí realmente não gosta de me ver dançar com Diego, ela nem ao menos entrou na sala, apenas disse que ficaria com as crianças lá embaixo. Abro a porta da sala e logo a vejo no corredor, está com alguém no celular, mas assim que me vê, se despede da pessoa e vem em minha direção. 

- Me chamou?

- Sim, sim. - Coloca as mãos em minha cintura. - Vou ter que dar uma saída, aconteceu algum problema com o encanamento lá do estúdio e eu vou ter que resolver. - Revira os olhos e suspira frustrada. - Tudo bem para você se a Maitê vier te buscar? Eu tentei falar com a Cláudia mas, ela não atendeu, deve estar dormindo. 

- Uh, não tem problema, eu acho. - Ela sorri e acaricia meu quadril. - Mas ela vai vir me buscar que horas?

- Daqui a pouco, quando sua aula acabar. - A nostalgia dessa frase me acerta em cheio, impossível não me sentir uma adolescente outra vez. - Vou indo, ok? Nos vemos mais tarde. 

Beija minha testa e tenta se afastar, mas eu a seguro pela nuca, puxo-a para mim e a beijo. Anahí demora apenas alguns segundos para corresponder, e quando sinto que ela está se animando, eu corto o beijo. 

- Até mais tarde.

Limpo os cantos de seus lábios que ficaram sujos de batom, ela sorri e faz o mesmo comigo. Nos despedimos e eu fico ali observando ela embora. Uma pequena observação... Anahí fica uma maravilha de calça branca, ela deveria usar mais vezes. 

Aprenda a se controlar, Dulce María... 

Estou a caminho de um shopping com Maitê, ela insistiu que fôssemos fazer compras, porque segundo ela, sente falta de fazer isso comigo. Por sorte no centro cultural tem vestiários, pude tomar um banho maravilhoso antes de quase ser arrastada por essa doida, que eu carinhosamente chamo de melhor amiga. 

- Você parece mais jovem. - Ouço ela comentar e viro o rosto para lhe olhar, Maitê me olha durante alguns segundos e depois volta a olhar a rua. - Seus olhos estão brilhando outra vez e você parece feliz.... Você e a Portilla andam transando, não andam? 

Engasgo com minha própria saliva ao ouvir aquilo, Maitê gargalha de minha reação enquanto eu tento em vão controlar a coloração vermelha em meu rosto. Por que ela tem sempre que fazer esse tipo de comentário sem noção e inapropriado? 

- Maitê! 

- O que? Eu estou sendo realista, por favor. Vocês são casadas, tua mente pode até estar meio fodida, mas eu sei que o desejo ainda existe ai dentro de você. - Fala casualmente. Reviro os olhos. - Além do mais, você nunca parou para reparar na sua esposa? Ela é gostosa. 

- É óbvio que eu reparo. - Respondo sem perceber e Maitê me olha, sorrindo maliciosa. - Você é um pé no saco, sabia disso? E pode parando de ficar reparando na minha mulher. 

- Uh! Parece que nossa querida Maria está mostrando as garrinhas de novo. - Adentramos o estacionamento do shopping e Maitê começa a procurar uma vaga. - É isso ai mesmo, Dulcinha. Não deixa ninguém ficar reparando na sua mulher não, mas não tem como negar que ela é gostosa e tem aquelas coxas maravilhosas, que.

- Cala essa maldita boca antes que eu te faça calar. 

Acham mesmo que ela calou? Ela começou a rir como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo, e depois voltou a comentar sobre o quão gostosa a minha esposa é. 

(...)

Depois que a bonita finalmente parou de falar dos atributos da minha esposa, nós descemos do carro e entramos no shopping. Que por sinal estava bem movimentado, mesmo sendo uma quarta-feira. Maitê não parava de falar sobre a semana dela, eu apenas ouvia e concordava com algumas coisas que ela dizia. Não tínhamos comprado nada ainda, estávamos apenas olhando. 

- Você ainda não me contou como andam as coisas com a minha cunhadinha, eu estava falando sério, você parece feliz, sua pele está linda e os seus olhos não param de brilhar. - Segura em meus ombros e olha em meus olhos. - Inclusive foi só citar Anahí que eles brilharam mais. 

É impossível frear o sorriso que surge em meus lábios, as imagens dos bons momentos que tive com Anahí, até agora, invadem minha mente. Maitê percebe meu sorriso e também sorri, parece satisfeita em me ver daquela forma. 

- Nós estamos nos dando melhor... 

- Melhor? Esse teu sorriso me diz isso e muito mais, quero saber de tudo. Vamos tomar algum suco, queria beber um champanhe para comemorar, mas não posso. - Alisa sua barriga, já um pouco visível. Acaricio a região, enquanto Mai parece procurar alguma coisa. - Vem, vamos sentar ali, comer alguma coisa enquanto você me conta mais sobre a relação de vocês. 

E saí me arrastando em direção a praça de alimentação, paramos em frente a uma lanchonete de sucos e sanduíches naturais. Após fazermos nossos pedidos, Mai praticamente me obriga a contar tudo sobre Anahí e eu. Começo pelo final de semana em Miami, ela fica animada ao saber que Anahí tinha me levado ao nosso sítio.

- E então, ela me pediu para dançar com ela. - Meu olhar está fixado em um ponto qualquer da mesa, sinto-me nostálgica. - Foi tão... Maravilhoso.

Um dos melhores momentos da minha vida até hoje... 

- Eu posso ver, Dul. - Ela sorri e beberica um pouco mais do seu suco de laranja. - Foi só isso?

- Não, nós duas... Nos beijamos. - Maitê solta o canudinho e me olha boquiaberta. - Foi o melhor beijo da minha vida. 

- Espera aí, vocês se beijaram? - Concordo com a cabeça. - Céus! A Anahí deve estar radiante. 

- E tem mais, ela me pediu uma nova chance para me reconquistar. - Olho para minha mão direita onde a aliança de pérola está, não quis colocar na esquerda porque a aliança de casamento está ali. - Ela me deu isso aqui de volta.

- Oh, meu Deus! - Maitê exclama e pega minha mão, analisa o anel com um enorme sorriso em seus lábios. - Ela se apaixonou por você outra vez. 

O sorriso some do meu rosto, junta as sobrancelhas sem entender. Maitê solta minha mão delicadamente e me olha, fica analisando minha expressão facial sem entender.

- Como assim ela se apaixonou por mim outra vez? Ela sempre foi, não? 

Ela finalmente parece entender o que estou dizendo, suspira e puxa as mangas de seu casaco um pouco para cima. 

- Digamos que vocês duas não estavam em uma fase muito legal. - Molha os lábios. - Eu achei que ela já tivesse contado a você.

- Ela deixou de ser apaixonada por mim?

- Um pouco, quero dizer... O amor que ela sente por você é imenso, eu juro por Deus, nunca vi alguém amar outra pessoa da mesma forma que Anahí te ama. Ela nunca deixou de te amar, e não sei se é possível que ela deixe de te amar algum dia. - Ouço-a atentamente, não sei se fico mais curiosa, confusa, ou feliz por saber a dimensão do amor de Anahí por mim. Mas Anahí parecia apaixonada por mim mesmo depois que eu perdi a memória. Ou ela só é dependente de mim? - Vocês duas começaram a ter problemas na relação de vocês, tem alguns meses, foi o que ela disse para mim. E um dia eu ouvi ela dizer ao Ucher que não sabia se ainda era apaixonada por você. 

Engulo seco ao ouvir tudo isso, meus ombros caem e por sorte estou sentada, ou eu provavelmente teria caído no chão. Eu já tinha percebido que Anahí e eu não parecíamos bem, mas não sabia que as coisas estavam a esse ponto. Quero dizer... Ela não sabia se ainda era apaixonada por mim, isso é... Horrível. 

- Meu Deus... 

- Não precisa ficar assim, Dul. Pensa pelo lado bom, as coisas estão se acertando agora. 

- Só que estavam uma merda antes. - Fecho os olhos e respiro fundo. - Será que ela guarda alguma mágoa de mim? 

- Não. - Abro os olhos e encaro Maitê, ela respondeu com tanta convicção. - Não guarda, acredite em mim, você saberia se ela guardasse mágoa de você. 

- Tem certeza?

- Absoluta. 

Ficamos em silêncio, ela me olhando e eu distraída olhando para o cardápio no centro da mesa. Minha mente está uma confusão, maior ainda do que antes.

- O que estava acontecendo com a gente? Por que ela não sabia se ainda estava apaixonada por mim?

Pergunto quase em desespero, preciso saber o que estava acontecendo para não fazer igual. De forma alguma quero perder Anahí, não agora que estou ganhando ela. E realmente quero ganha-la. 

- Não sou eu que tenho que te contar isso, você sabe. Além do mais, agora vocês estão se dando bem, converse com ela. 

- Mas Mai...

- Olha, Dul, a única coisa que eu posso te falar é que vocês não estavam em uma fase boa. - Maitê apoia os cotovelos na mesa e me olha. - Na semana em que você perdeu a memória, as coisas pareciam estar indo bem, Anahí disse que você tinha mudado. Mas aí aconteceu aquela confusão na boate, eu não sei como vocês se resolveram e nem o que aconteceu naquela noite. 

- E aí eu acordei sem memória... 

- Exato. - Maitê estica as mãos e pega as minhas, aperta meus dedos entre os seus. - Conversa com ela, de qualquer forma ela é sua mesmo. Se o erro tiver sido seu no passado, você está tendo a chance de fazer certo dessa vez, não desperdice. 

- Eu não vou. - Dou uma rápida fungada. - Vou saber o que estava acontecendo de errado, nós estamos nos dando bem... E eu gosto da companhia dela, Anahí me deixa segura. 

- Você... Meu Deus, você gosta dela. - Sorrio sem jeito para a minha melhor amiga, desvio o olhar dela e ouço ela rir. - Temos um enorme progresso aqui.

- Ela é especial. 

- Você nem imagina o quanto, mas eu sei que você vai descobrir. - Maitê retira uma nota de cem dólares de sua carteira e deixa em cima da mesa. - Agora vamos fazer compras porque você recebeu informação demais. 

- Demais mesmo.

Ela para ao meu lado e passa o braço por meus ombros, deito a cabeça em seu ombro e sinto ela beijar o topo de minha cabeça.

- E Dulce... Eu torço muito por vocês duas, você são melhores pessoas quando estão juntas. Não existe combinação melhor que Anahí e você, eu fico feliz que as coisas estejam dando certo.

Somos duas Mai... E eu farei não só dar certo, como irei recuperar todo o tempo que passamos nessa tal fase ruim. 

Há algo que me puxa para Anahí, e eu não quero mais fugir disso.

Meninas eu não vou poder responder aos recados de todas.

E so votarei a postar na segunda meus amores.

Pois eu estou indo viajar e não tem como postar, já que os capítulos estão todos em meu computador.

Enfim lindas. 

Um beijo e até segunda.