Fanfics Brasil - Capítulo 26 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 26

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Por Dulce





Maitê fez questão de me deixar em casa após rodarmos praticamente o shopping inteiro. Se tem uma coisa em que ela não mudou nada, é em gastar dinheiro. Maitê sempre esbanjou dinheiro por aí, ela não se importa com as contas em seu cartão de crédito. Eu já sou o contrário, não gosto de gastar muito. Não vejo necessidade, mas cada um com seus costumes.

Acho que nunca, nesses vinte e oito dias, me senti tão feliz em voltar para a casa. Meus pés estão latejando, e eu não aguento mais esse casaco enorme. Está de noite, as luzes de minha casa estão acesas. Não faço ideia se Anahí já está em casa ou se ainda está no estúdio. Adentro a casa e logo sinto cheiro de biscoitos de banana com chocolate, são inconfundíveis.

— Mamãe chegou.

Eduarda grita do sofá assim que me vê na porta, abro um sorriso, deixo as sacolas caírem aos meus pés e me abaixo para abraça-la. Minha filha agarra meu pescoço e eu aspiro seu perfume, perfume esse que parece o de Anahí. Levanto do chão com a pequena, dou milhares de beijos em sua bochecha, ela gargalha de olhos fechados.

— Que saudade, meu amor. — A abraço com mais força, sentindo o calor do corpinho dela. Não existe sensação melhor do que abraçar minha pequena, é uma coisa inexplicável. Um sentimento tão forte que sufoca. — Sua mãe está em casa?

— Foi preparar chocolate quente. — Responde quando a coloco no chão, ela não me dá nem tempo de retirar meus saltos e já saí me puxando em direção a sala. — Vamos assistir um filme, vem assistir com a gente.

Na mesa de centro vejo uma bandeja grande cheia de biscoitos com gotinhas de chocolate. Um dos meus favoritos, impossível não reconhecer o cheiro de longe. Sento-me no sofá, Eduarda senta em meu colo, de lado com a cabeça deitada em meu peito.

— E está prontinho.... — Anahí aparece na sala e se surpreende ao me ver ali. — Chegou agora? Nem ouvi barulho de carro do lado de fora.

— Acabei de chegar. — Duda desce de meu colo e vai até a mesa de centro para pegar uma das canecas que Anahí trouxe. — Cuidado para não queimar a língua.

— Pode deixar.

Ela diz e senta no chão ao lado da mesinha de centro, as pernas cruzadas em forma de índio. Volto a olhar para Anahí que está de pé ainda, olhando-me.

— O que foi?

— Deveria ser tão erótico você toda séria assim?

Arregalo os olhos ao ouvi-la, Anahí vira a cabeça um pouco de lado e fica me observando. Meu rosto começa a esquentar, minhas bochechas devem estar da cor de uma pimenta malagueta. Ela abre um sorriso, maldita! Então esse é o jogo dela?

— Mamã... — Desvio o olhar daquela sem vergonha e olho para Eduarda, que está de lado assoprando o chocolate na caneca. — O que é eroti... Erotic... Isso ai que a senhora disse. O que é?

Meu queixo caí um pouco e olho para Anahí, que está tão, ou mais boquiaberta que eu. Mas então sorrio, bem feito. Ninguém mandou ficar falando esse tipo de coisa, ainda mais perto da nossa filha.

— É mãma, o que é erótico?

Sorrio cínica para Anahí, que fecha a cara e me fuzila com o olhar. Ela respira fundo e olha para Eduarda, a pequena está com o olhar vidrado nela esperando a explicação.


— Erótico é... Hm, é... Uma coisa... Como eu posso explicar. — Começa a gesticular e se atrapalhar com as palavras, deixo uma pequena risada escapar e ela me olha como se tivesse lazer em seus olhos. — Quando você tiver mais idade eu te explico.

— Ah, Mamã, mas eu quero saber...

— Eu também quero saber, Narry

As narinas de Anahí inflam, seu rosto começa a ficar um pouco vermelho e acabo rindo da expressão irritada e encabulada dela. Isso é para aprender a não fazer esse tipo de coisa. Toma essa!

— Outro dia eu te explico, filha, agora eu esqueci.

— Tudo bem, mas não esquece.

Ela pede de um jeito inocente. Pobre criança.

— Claro que ela não vai esquecer, Duda, vou fazer questão de lembrar ela.

Sinto Anahi segurar na gola do meu casaco e olho para ela. Suas pupilas estão dilatadas, as bochechas coradas e o maxilar cerrado. Pressiono os lábios para não rir.

— Não me provoca.

— Estamos quites, Narry.

Ela revira os olhos e solta a gola de meu casaco, mando um beijo no ar para ela e em segundos ela cola sua boca a minha, dando-me um longo selinho e logo se afasta, sorrindo.

— Agora sim estamos quites.

Maldita!

• •

Dessa vez quem colocou Eduarda na cama foi eu, a pequena praticamente insistiu para que eu fizesse. Ela queria ouvir a história do João e Maria segundo ela a minha versão é melhor que a original. Por sorte eu sempre contei essa história para Sofia quando ela era mais nova, na verdade eu aprendi com a Cláudia, ela contava essa história para mim todos os dias antes de eu dormir. E depois que Sofi nasceu, eu passei a contar essa história para ela.

— Boa noite, mamãe.

Ela diz em meio a um bocejo, sorrio e me inclino para beijar sua testa. Ela esfrega o olho esquerdo e eu a cubro direito. Pego o tigre de pelúcia que ela sempre dorme agarrada, e coloco debaixo de seu braço. Sorrio para a imagem sonolenta da minha pequena, beijo sua testa e apago a luz do abajur antes de levantar. Antes de sair do quarto, olho uma última vez para o minha filhota. É um sorriso surge em meu labios, agradecendo a Deus por tela em minha vida.

— Cristo!

— Shhh. — Meu coração acelera no peito por conta do susto, o perfume de Anahí apenas serve para confirmar que era ela mesmo. Palhaça. — Você sempre paranoica.

Ela sussurra em meu ouvido, o ar que saí de sua boca bate no lóbulo de minha orelha. Fecho os olhos e respiro fundo, meus movimentos cardíacos voltando ao normal aos poucos. Anahí segura em minha cintura, apoia o queixo em meu ombro e beija minha bochecha.

— Juro que um dia eu vou socar tua cara quando você chegar silenciosa dessa forma.

— Não vai socar nada.

— Você duvida? – Tento me soltar, porém ela me segura com mais força. Continuo tentando e ela só me aperta mais. — Anahí Giovanna.

— Nossa, falou igual minha mãe agora. — Ela afrouxa o aperto em minha cintura, me possibilitando virar de frente para ela e abraçar seu pescoço. — Dulce María Espinosa Savinon.

— Anahí Giovanna Puente Portilla.

Um enorme sorriso surge nos lábios dela, seus olhos brilham ao me ouvir. Com a ponta de meus dedos acaricio sua nuca, afagando seus cabelos em seguida.


— Gosto disso... Savinon... Portilla. Nossos nomes são lindos.

Eu também gosto.

Anahí abaixa um pouco o tronco para me beijar, bem pouco mesmo. Anahí é um pouco mais alta que eu, porém somente alguns centímetros. Mesmo assim é uma diferença considerável. Seus braços rodeiam minha cintura e ela me puxa contra ela, suspiro e ela aproveita essa deixa para enfiar sua língua em minha boca. Eu já disse o quão maravilhoso o beijo dela é? Por Deus, se eu soubesse disso na adolescência, eu com certeza teria beijado ela em todas as vezes em que ela tentou me agarrar. Mas agora eu tenho a chance de fazer isso quando e quantas vezes eu quiser.

Incrível, não é mesmo?

Perco a noção do tempo enquanto nossos lábios se movimentam juntos, em uma sincronia perfeita. Sua língua é habilidosa, Anahí alisa minha língua com a sua, rodeia a mesma e depois a suga, com força. Arfo em sua boca, meus dedos apertando seus cabelos mais forte. Então comece a lembrar das palavras de Maitê, não irei conseguir dormir sem conversar com Anahí e já passou da hora de eu tomar vergonha na cara e perguntar sobre como estava nossa relação antes de tudo isso acontecer.

— Anahí... — Ela faz um som com a garganta, dando permissão para eu continuar a falar. Quase esqueço o que iria falar quando ela suga meu lábio inferior. — Espera, não faz isso...

Sussurro meio mole, ela sorri e para de morder meu lábio. Afasta a cabeça, sorrindo me olha e suspira.

— O que foi? Está com sono?

— Não, na verdade acho que vou demorar a dormir.

— Então podemos nos beijar mais. – Tenta me beijar outra vez, porém desvio e viro a cabeça de lado. — O que foi?

— Precisamos conversar.

— Sobre o que?

Olho para seus braços ainda em volta de mim, apertando-me contra ela. É impossível raciocinar com ela tão perto assim, mas claro que não direi isso a ela. O ego dela ainda é grande e ela ficaria se gabando se soubesse que sua presença me desconcentra.

— Maitê me contou uma coisa que me deixou muito curiosa.

— Sério?

— Sim... — Suspiro, umedeço os lábios com a ponta de minha língua e seus olhos acompanham meu movimento. Sorrio, parece que alguém também se sente da mesma forma que eu. — Você pode me soltar? Não dá para conversar assim grudada em você.

— Claro que dá, amor. — Seus lábios tomam conta de meu pescoço, ela começa a beija-lo e me sinto amolecer em seus braços. Fecho os olhos e respiro fundo, buscando controle. — É mais gostoso conversar assim, ai podemos falar uma no ouvido da outra.

— Meu Deus, mulher. Pare com isso. — Exijo e consigo me soltar dos braços dela, minhas costas colidem com a porta atrás de mim e Anahí dá um passo em minha direção, coloco as duas mãos em seus ombros, impedindo-a. — Não, estou falando sério.

— Okay... — Faz sinal de rendição e sorri. — Eu já disse que você fica sexy toda mandona, não disse?

— Você nunca para, não é mesmo? — Anahí nega com a cabeça e sorri travessa, estalo a língua. — Você não vai conseguir me seduzir.

Anahí pressiona os lábios e fica me olhando de uma forma engraçada, então em segundos ela começa a rir. Junto as sobrancelhas sem entender, continuo a observando enquanto ela gargalha, baixo o suficiente para não acordar nossa filha. Anahí para de sorrir e coloca as duas mãos ao lado de minha cabeça, aproxima o rosto do meu, perigosamente. Abre um sorriso antes de sussurra naquele maldito tom rouco que arrepia qualquer pessoa:


— Eu já seduzi você, amor. Será que ainda não percebeu?

E me rouba um beijo rápido, pisca para mim e vira as costas, indo em direção a escada. Fico ali parada observando-a enquanto ela some das minha vistas.

Mas que... Filha da mãe.



Sento-me ao lado dela no sofá, Anahí larga o celular assim que nota minha presença.

— Você queria falar sobre...

— O que estava acontecendo com o nosso casamento? — A corto, Anahí fica paralisada com a boca aberta, a fecha lentamente e abaixa a cabeça. — Por que não estávamos bem?

Ela suspira, passa as mãos no rosto e depois as põem em seu colo. Fico olhando-a, esperando que ela comece a falar. Embora por fora eu transpareça estar calma e somente curiosa, por dentro estou nervosa e com medo de saber o que aconteceu.

— Candy, nós... É...

— Sem me enrolar, Anahí. Nós não estávamos bem, eu já sei disso. Eu quero saber as razões.

— Tudo bem. — Ela finalmente levanta a cabeça e olha em meus olhos. — Nós realmente não estávamos indo bem na nossa relação, a algum tempo... Oito meses para ser exata.

— Por quê?

— No início foi por desconfiança, Cláudia estava desconfiada que Troy estivesse a traindo porque ele sempre chegava tarde em casa, e muito cansado. Ela te contou isso, e nessa época eu estava muito ocupada com o meu estúdio, estavam reformando tudo lá, ampliando o espaço. Eu tinha que ficar lá para me certificar de que nenhuma foto minha seria danificada. — Pausa para respirar. — Depois que Cláudia contou da desconfiança dela com relação ao Troy, você começou a achar que eu fazia o mesmo.

— Nós brigamos alguma vez por causa disso?

— Diversas. – Alisa a nuca e morde o lábio, seu olhar fica com um brilho nostálgico, ela parece lembrar daqueles tempos. — No início eram apenas perguntas; "Onde você estava até essa hora?", "Por que demora tanto para atender a merda do telefone", "O que você tanto faz para chegar tão cansada?", coisas desse tipo.

— E depois das perguntas.

— Oh... Aí você começou a mexer nas minhas coisas, vasculhava meu celular, notebook, Ipad, qualquer coisa que eu poderia trocar mensagens com " alguém suspeito" — Faz aspas com os dedos. — Sempre que eu chegava você fazia questão de olhar meu carro, procurando alguma coisa que entregasse as minhas supostas aventuras fora do casamento.

Fico calada apenas a ouvindo, penso como eu me tornei tão controladora daquela forma. Eu nunca gostei disso, não gostava nem quando meus pais queriam olhar minhas coisas.

— Então nós começamos a brigar todas as noites em que eu chegava fora do horário, você jogava na minha cara que eu estava aprontando alguma coisa e eu me defendia dizendo que você estava vendo coisa onde não tinha.

— Depois dessa fase de desconfiança veio o que?

— A pior coisa que você já tinha feito... Começaram as perseguições. — Suspira, passa as mãos em seus cabelos. — Uma vez tivemos uma briga feia por causa disso, você deixou nossa filha sozinha em casa para ir atrás de mim na rua. Por sorte eu cheguei alguns minutos depois que você tinha saído, Eduarda ainda estava dormindo e quando eu não te achei, entrei em desespero. — Ela olha para o lado, em direção a televisão. — Quando você voltou e chegou toda cheia de certeza, me acusando de diversas coisas, eu não aguentei e explodi com você. Foi a primeira vez que eu gritei com você em todos esses anos juntas.

— Eu devo ter lhe tirado do sério mesmo...

Anahí não aparentava ser do tipo que grita com as pessoas no meio de uma briga, ela parece ser daquelas que apenas ouve a outra pessoa e depois se desculpa se estiver errada.

— E como. – volta a me olhar. — Passamos quatro meses nisso, então nossa relação começou a esfriar. Mal trocávamos um beijo ou dois. Quando não estávamos brigando, estávamos sem nos falar direito. Eu mal podia tocar em você, e se transamos cinco vezes naqueles quatro meses, foi muito. Mas até mesmo o sexo perdeu a magia de antes.

— Anahí... – Estou com medo de perguntar isso, mas preciso saber. — Você já procurou outra na rua? Depois de tudo que estava acontecendo entre nós, pessoas casadas geralmente sentem mais falta de sexo que as sol-

— Nunca! — Ela me interrompe, sua expressão é séria, demonstrando sua sinceridade. — Por Deus, nunca cogitei a hipótese de cometer essa estupidez.

Graças a Deus.

— E-eu já traí você?

— Não também, posso te garantir com cem por cento de certeza. – Ela soa bem confiante, me sinto mais tranquila em relação a isso. — Mas você tinha sérios problemas com as palavras nas nossas brigas.

— Como assim?

— Você não se controlava, e falava muita besteira...

— Eu te ofendia?

— Diversas vezes. — Sinto-me mal por ouvir aquilo. Que tipo de pessoa estúpida eu tinha me tornado? — Mas acho que nossa pior briga foi a de um mês atrás, quando eu... Pedi o divórcio.

Ouvir aquilo é quase como levar um soco na boca do estômago. Anahí nem ao menos me encara, parece que falar disso não somente me atingiu, mas atingiu ela também. Fico paralisada sem saber o que fazer ou falar. Ela tinha pedido o divórcio... Não acredito que chegamos a tal ponto.

— Por quê?

Minha voz quase não saí, sinto-me sufocada com as tantas palavras presas. Anahí então suspira e estala seus dedos, ela recosta-se no encosto do sofá e morde o lábio inferior.

Eu mal respiro enquanto a olho, esperando a resposta.

— Eu não via salvação para o nosso casamento... Só estávamos sendo infelizes, e magoando uma a outra. — Ela olha para o teto e fica um tempo em silêncio. — Eu desisti de você, Dulce, desisti de nós duas. Eu decidi quebrar a promessa de estar sempre ao seu lado porquê... Eu não aguentaria ver você sendo infeliz comigo, não aguentaria ver nosso casamento acabar daquela forma.

— Você pediu o divórcio... – Sussurro mais para mim mesma. — Por quê?

— Como eu disse antes, nós não estávamos bem e você não sabia controlar as coisas que você dizia.

Então eu disse algo que a magoou ao ponto de fazê-la pedir o divórcio.

Muito bem, Dulce María, parabéns por ser estúpida.

— O que eu disse a você naquela noite?

Anahí me olha, seus olhos brilham, mas dessa vez, de tristeza mesmo. Parece que lembrar daquilo a fere bastante, não quero pressiona-la para contar, mas preciso saber para não fazer de novo. Não quero cometer os mesmos erros.

— Eu tinha chegado mais tarde que o normal, porque saí com Ucher e Angelique, fomos a um bar no centro da cidade. Eles queriam me distrair um pouco, já sabiam que as coisas entre nós duas não estavam nada bem. Eu tentei te avisar pelo meu celular onde eu estava, mas ele descarregou. Peguei o celular do meu irmão e te mandei uma mensagem avisando. — Ela pausa um pouco para respirar. — Eu mal sabia que aquele tinha sido meu maior erro, eu deveria ter te ligado ao invés de só mandar uma mensagem. Perdemos a noção do tempo, era noite do karaokê e Angelique insistiu para que subíssemos ao palco. Eu estava me divertindo então nem me importei com a hora, e de qualquer forma eu tinha te avisado.

Anahi desencosta do sofá e apoia os cotovelos em suas coxas, ficando curvada para frente.

— Quando eu cheguei em casa, fui recebida a gritos. Nunca tinha te visto tão possessa na vida, eu tentava falar alguma coisa para me defender, mas você não ouvia. — Nega com a cabeça. — Você me acusou de ter usado o Ucher para me acobertar enquanto eu comia alguma vaga*bunda na rua. Eu te mostrei que meu celular tinha descarregado, você nem deu ouvidos, pegou o aparelho da minha mão e tacou na parede. E então você começou a jogar as coisas na minha cara.

— Quais coisas?

Estou surpresa em ouvir tudo aquilo. Aquela Dulce é uma completa desconhecida para mim, nunca fui de perder a paciência dessa forma, não era controladora e muito menos ciumenta a esse nível. Sempre achei melhor resolver tudo na conversa e não aos gritos.

— Ouvir você me xingar já não me atingia mais, mas foi quando você começou a dizer que eu tinha arruinado a sua vida que tudo começou a doer de verdade.

— Como assim? Arruinou minha vida?

— Foi o que você disse. – Anahí sorri sem qualquer resquício de humor, engulo a saliva em minha boca de forma dolorosa. — Tem noção do quanto ouvir aquilo da pessoa que eu mais amo na vida me doeu?

— Por que eu disse isso?

— Você nunca se perguntou por que você dá aulas de dança ao invés de estar rodando o mundo por aí sendo uma dançarina famosa como você sempre quis? – Sim, eu me perguntei isso uma vez, mas achei que tinha algum motivo realmente grande para não ter seguido essa carreira. — Foi por minha causa.

— Eu não queria te abandonar?

Ela solta uma risada, uma risada sombria que me arrepia de uma forma nada boa. Ela me olha pelo canto do olho, encolho-me no sofá. Seu olhar não é nada amigável, parece amargo. Frio.

— Me abandonar? Você foi impedida de ser o que você queria porque a inútil aqui não podia te dar um filho, por minha causa você preferiu abandonar sua carreira para me dar uma criança, já que eu não podia.

Sua revelação me acerta outra vez, mais forte do que antes. Anahí volta a olhar para frente, posso ver algo brilhar em sua bochecha, sei que ela está se controlando para não cair no choro.

— Você jogou isso na minha cara, disse que eu era inútil e não prestava nem para te dar um filho. – Balança a cabeça, leva suas mãos até a nuca e entrelaça seus dedos ali. — Como se não bastasse tudo isso, você disse que era infeliz. Por minha causa.

Anahí respira fundo, olha para cima na intenção de controlar suas lágrimas. Eu continuo ali quieta, sem me mover, respirando devagar. Não é possível que eu tenha me transformado naquilo... Ou é possível?

— Então eu saí, fui dormir na casa da maite e do Ucher. — Ela passa as mãos no rosto, limpando os vestígios de lágrimas em suas bochechas. — No outro dia eu vim cedo para casa, e quando encontrei com você no corredor, logo disse que queria o divórcio. Primeiro Você gritou comigo, me chamou de covarde e idiota... Depois começou a chorar, ficou me puxando pela jaqueta e implorando que eu não a deixasse.

Então as lembranças dos tais pesadelos voltam em minha mente, agora sei que não eram pesadelos e sim lembranças. Lembranças desse tal dia horrível que pela primeira vez agradeço por não lembrar.

— Quando eu te pedi uma razão para que eu ficasse, você disse para eu ficar por você. E Deus, aquilo era tudo que eu precisaria ouvir a alguns dias atrás, mas não naquela hora. — Anahí funga algumas vezes, voltando a enxugar seus olhos com as mãos. — Eu precisava de mais, muito mais que meras palavras.


— Então eu voltei a ser como era antes...

Penso em voz alta e ela me olha intrigada.

— Você lembrou? Você se lembra daquele dia?

— Não. — Seus ombros caem ao me ouvir dizer. — Só deduzi, e Maitê tinha me dito que as coisas estavam voltando ao normal na semana em que eu perdi a memória.

— E estavam... Até você dar um ataque de ciúme no meio Trip e Rip.

— E na manhã seguinte eu acordei sem memória...

— Exato.... E agora estamos aqui.

Voltamos a ficar em silêncio, Anahí ainda parece meio atordoada com as lembranças daqueles meses horríveis que balançaram nosso casamento. Timidamente me arrasto para perto dela, com toda calma passo minhas pernas por cima das suas e a puxo para mim. Anahí agarra minha cintura e deita a cabeça em meu colo, ouço ela soluçar baixinho e acaricio seus cabelos.

— Eu estou aqui, eu estou com você.

Sussurro em seu ouvido, a ninando como se fosse um bebê. Estou aqui agora, não irei sair do seu lado.

Só preciso descobrir por qual motivo eu perdi a memória.

Quinta-feira

Nunca é uma sensação boa quando você acorda com o corpo pesado, como se um caminhão de 10 toneladas tivesse sido depositado sobre você. E pior, quando você parece ouvir uma voz bem ao fundo que alguma coisa está errada, ou está prestes a acontecer algo errado. Você nunca sabe o que vai acontecer, ou já aconteceu, ou quem foi ou com quem será. A sensação de impotência é péssima, e causa paranoia.

Noite passada após saber de tudo aquilo que Anahí me disse, senti uma carga pesadíssima de sentimentos. Culpa, principalmente, mesmo não lembrando de ter feito aquelas coisas. Eu me tornei uma pessoa horrível, talvez tivesse acontecido mais coisas que Anahí me poupou de saber. E sinceramente? Eu prefiro não saber de mais nada, ontem já foi péssimo e ver Anahí chorar depois de contar tudo, conseguiu ser pior ainda. Ela estava frágil, por minha culpa. Eu preciso agir e de alguma forma reconstruir do jeito certo o nosso casamento, preciso reconquistar a confiança dela.

E preciso mais do que nunca confiar nela, de uma vez por todas.

O dia todo passou rápido, Anahí não foi no estúdio hoje, ficou apenas dando algumas ordens pelo celular mesmo. Ela disse que preferia passar o dia com a família dela, eu amei aquilo. Gosto da companhia dela, e Eduarda foi a mais feliz com essa notícia. Passamos a manhã e parte da tarde brincando de vários tipos de brincadeiras, e no final da tarde Anahí cismou de nos jogar na piscina.

— Anahí, não, não.

Eu implorei quando ela me jogou em seu ombro e correu comigo até a borda da piscina, mas ela não me ouviu, e segundos depois eu estava dentro da água com roupa e tudo, e completamente molhada. Eduarda nem precisou dessa pequena ajuda de Anahí, ela mesmo tirou sua blusa e seu shots e pulou na água conosco. O clima não estava totalmente quente, mas estava instável, então não teria problemas nadarmos um pouco.

São nove horas da noite agora, e as duas arteiras da casa estão dormindo. Depois da brincadeira na piscina, Anahí começou a reclamar de algumas dores na barriga e dor de cabeça. Senti-me péssima por ter permitido que entrássemos na água, ela provavelmente ficaria doente agora. Ou poderia ter sido pelo fato dela não ter descansado quando comemos salgadinhos e pizza durante a tarde, ela ficou correndo e entrou na água sem esperar aquele tempinho obrigatório antes de voltar para a piscina. Por sorte Eduarda é obediente e nela eu posso mandar, e agora ela está dormindo porque ficou exausta, já que mesmo com dores, Anahí decidiu brincar de esconde esconde. E agora as duas estão dormindo enquanto eu estou assistindo, ou tentando assistir um filme na televisão do quarto.



— Vou pedir para Anahi me ensinar a jogar nesse videogame, pelo menos vou ter alguma coisa para fazer quando estiver sem sono.

Resmungo comigo mesma enquanto me cubro melhor, as luzes estão todas apagadas, e apenas o som baixo da televisão ressoa pelo quarto. Depois de não sei quanto tempo, sinto meus olhos começarem a pesar... Não sei dizer em quanto tempo adormeci.

"Acorda...."

Essa voz ficou ressoando bem ao longe, aos poucos sinto-me voltando a realidade, saindo do mundo dos sonhos. Com um pequeno salto sobre a cama, eu acordo, sinto minha respiração alterada e um pouco de suor escorrer no vale entre meus seios. Que droga foi essa?

Eu estava tendo algum pesadelo?

Sento-me no colchão rapidamente, meus ombros parecem ainda mais pesados que mais cedo. Algo está me atormentando e eu não sei dizer o que é. O som da televisão me faz saltar um pouco assustada, nem tinha notado que ela ainda está ligada. Pego o controle e a desligo, puxo as cobertas de cima de mim. Sinto calor... Algo em meu peito parece aperta-lo ao ponto de sufocar, alguma coisa está errada.

Que merda é essa?

Levanto da cama, me sinto um pouco zonza. Seguro na parede em busca de apoio, ainda ouço aquela voz bem lá no fundo alerta-me que algo está errado. Então penso em Duda meus sentidos entram em alerta. Corro em direção a porta do quarto, a abro e vou em direção ao quarto da pequena. Meu coração está acelerado, quando finalmente adentro o quarto dela, sinto o corpo mais leve ao vê-la ali, deitada e dormindo tranquilamente. Vou até sua cama e me ajoelho ao seu lado, inclino-me para frente e beijo sua testa. Que de susto.

Saio do quarto da pequena e recosto-me na porta, solto o ar preso em meus pulmões. Mas ainda sinto algo errado, meu corpo está pesado e é como se no fundo eu soubesse que alguma coisa está errada. Abro os olhos e olho para frente, deparo-me com um quadro na parede. Eu já vi essa foto antes, Eduarda está nas minhas costas e Anahí ao nosso lado atirando água em nós duas com uma pistola de água.

Anahi... Anahi!

Em passos largos vou até o finalzinho do corredor, no quarto onde Anahí tem dormido. Giro a maçaneta e adentro o cômodo, vou até perto de sua cama e suspiro aliviada ao vê-la dormindo.

— Que susto... – Suspiro e subo na cama, na beirada. Acendo a luz do abajur e me inclino para olhar o rosto dela, apoio minha mão no colchão e sinto o lençol molhado. — Mas que droga é essa... – Puxo minha mão de volta e quando olho para a palma da mesma, meus olhos se expandem. — Pu*ta que pariu!

Exclamo sentindo o coração disparar em meu peito. Corro para acender as luzes do quarto, volto para a cama e dou a volta para olhar melhor e... Quase caio no chão ao ver os lençóis que costumavam serem da cor azul claro, estarem completamente vermelhos. Sinto meu desespero começar a crescer, o rosto de Anahí está um pouco contorcido, mas ela parece estar dormindo. Ou desmaiada.

— Anahi! Anahí! – Chamo enquanto puxo os lençóis de cima dela, eles estão encharcados de sangue. Estou agindo como se estivesse no automático, minhas mãos tremem. — Anahi? Por favor, me responde, por favor.

Sinto vontade de chorar, mas tento ser forte. Olho em volta, procuro algo que possa me ajudar. O que eu faço? O que eu faço agora? Vamos Dulce, droga!

Maitê! Sim.

Deixo anahi aali e corro até meu quarto, quase deixo meu celular cair no chão quando o pego. Desbloqueio a tela rapidamente e busco o número dela em minha agenda, toca uma, duas, três vezes... Cinco vezes, cai a ligação. Bufo irritada, tento de novo. Na terceira tentativa, estou quase desistindo e indo ligar para Cláudia mas ela finalmente atende.



— Que foi po*rra?

— Maitê! Maitê pelo amor de Deus eu preciso de ajuda.

Ouço ruídos do outro lado da linha e o som de algo cair e quebrar, seguido de uma louca fazendo perguntas.

— Dulce? O que aconteceu? Que voz de desespero é essa?

— Maitê, e-eu, a-a Anahí, e-ela... Sangue, muito sangue.

— Não entendi nada, Dulce, fala mais devagar, você está me assustando.

— Anahí está com algum corte ou hemorragia, Maitê, tem muito sangue na cama. Me ajuda.

— O quê?! — Ela grita do outro lado da linha, ouço mais barulhos e sons de portas sendo abertas. — Você precisa levar ela ao hospital, agora, Dulce!

— Co-como? Vem para cá, eu preciso de ajuda.

— Dulce, me escuta, eu estou indo para aí agora, vou buscar a Eduarda porque não vai dar tempo de você acordar ela. Volta para o quarto e pega Anahí.

— Como eu vou fazer isso?

Volto correndo para onde Anahí está, vejo ela se contorcer um pouco e gemer de dor. Corro para seu lado, ela ainda parece estar dormindo. Meu Deus, me ajuda.

— Dá seu jeito, Dulce po*rra. Estou saindo de casa agora, pelo amor de Deus, é a sua esposa, salve ela, agora!

E simplesmente desliga a ligação. Minhas mãos ainda estão tremendo, guardo o celular no bolso e olho para Anahí encolhida na cama. Vamos lá, Dulce, você consegue.

— Anahí? Você consegue me ouvir? – Ela balbucia alguma coisa que não consigo entender, pelo menos ela ainda está consciente. Respiro fundo, puxo forças de algum lugar para virar ela na cama. Lembro de ler em algum lugar que uma explosão de adrenalina em alguém, pode dobrar ou triplicar a força de uma pessoa. — Eu consigo.

Falo comigo mesma e sento Anahí na cama, ignoro o fato de estar começando a me sujar com o sangue dela. Anahí está com o corpo mole, nem a cabeça dela consegue sustentar sozinha. Passo um braço dela por meus ombros, com a outra mão faço força e a puxo para cima. O foda vai ser aquela escada.

Penso apavorada, saio do quarto arrastando ela comigo. Olho para Anahi e a vejo com os olhos meio abertos, ela parece confusa. Chego na ponta da escada e penso em alguma forma de descê-la sem machuca-la, opto por descer degrau por degrau me escorando na parede. E dá certo, quando chego ao último degrau, sento ela ali, levanto e vou buscar a chave de casa e do meu carro.

— Achei! – Volto para onde Anahí está, ela permanece na mesma posição em que a deixei. — Anahí? Consegue me ouvir? Se sim, abre um olho. — Ela abre os dois lentamente, mas logo volta a fecha-los. Preciso mantê-la consciente. — Segura em minha com o máximo de força que você conseguir.

Peço puxa-la para cima de novo, Anahí segura meu pescoço com um pouco mais de força. Vou andando com ela ao meu lado escorada em mim, com certo esforço consigo destrancar a porta e sair com ela. Aperto o botão do alarme, só então noto que aquelas chaves na verdade são do carro de Anahí. Por sorte, porque o carro dela está mais fácil de ser tirado da garagem. Puxo a porta detrás e com toda força que tenho no corpo, a levanto do chão e a coloco no banco, com o máximo de cuidado possível. Fecho a porta e corro até a entrada de casa para fechar a porta da frente, Maitê já deve estar chegando, então não preciso trancar. Volto correndo para o carro e abro a porta do motorista, coloco a chave na ignição e ligo o carro. Esse é menos complicado que o meu. Fecho a porta e coloco para dar marcha ré, lembro do que Anahí me disse, para pisar com calma no acelerador. Respiro fundo, mas ao ouvir ela grunhir de dor, sinto meu corpo entrar em alerta. A vontade de chorar volta com tudo, sinto as lágrimas começarem a aparecer em meus olhos.

Não seja fraca agora, Dulce! Vamos lá.

Não faço a mínima ideia de onde fica o hospital, e agora?

Droga!

Estava prestes a ligar para Maitê, quando vejo pelo retrovisor um carro ser estacionado de qualquer forma em frente minha casa, suspiro aliviada ao ver Ucher sair correndo do carro. Abro a porta do carro e saio do mesmo, Ucher ao me ver vem em minha direção.

— Cadê ela?

— Dentro do carro, por favor, vamos logo, ela está quase apagando.

Ucher passa por mim e entra no carro, dou a volta correndo e entro no lado do carona. O carro começa a se mover, na pequena trilha que leva até a porta de minha casa, vejo Maitê com Diego em seus braços, ela olha para mim e posso ver em seu rosto toda angústia. Ucher arranca com o carro quando estamos na rua, olho para trás e vejo Anahí um pouco encolhida.

— O que aconteceu? Por que ela está sangrando?

Ele pergunta aflito, sua voz sai um pouco mais alta do que deveria, mas sei que ele não fez por querer. Está preocupado com sua irmã, eu o entendo.

— Eu não sei dizer, eu só acordei de madrugada, fui ver ela e quando encostei nos lençóis... — Engulo a vontade de chorar e suspiro. — Tudo estava molhado, acendi as luzes e vi aquele mar de vermelho.

— Droga! – Ele dispara irritado e bate no volante do carro, nunca vi Ucher tão irritado quando agora. — Vai dar tudo certo, pode acreditar.

Ele diz, mas parece dizer para si mesmo. Posso notar sua voz um pouco trêmula, ele está tão, ou mais desesperado do que eu.

Eu espero mesmo que dê tudo certo, não posso perder ela.

Ao chegarmos no hospital, mal espero ele parar o carro e já salto para fora gritando por ajuda. Alguns paramédicos me ouvem e vem em minha direção, explico rápido a situação e um deles corre para buscar uma maca. Olho para carro e vejo Ucher tirando Anahí do banco detrás, a calça de moletom cinza que ela está vestida, agora está com boa parte vermelha. Ucher a coloca na maca com a ajuda dos paramédicos, eles falam muito rápido, nem tento ouvir o que estão dizendo, apenas corro para ficar ao lado dela. Anahí está com os olhos abertos, quando me vê, ela me olha parecendo assustada, sem entender ao certo o que está acontecendo.

— Você vai ver, vai dar tudo certo.

Eu falo para ela, não sei dizer se Anahí me entende. Ela olha para os lados meio lentamente e depois volta a me olhar.

— Levem ela para a emergência!

Alguém grita, sinto braços tentando me tirar de perto de Anahí, faço força e seguro na borda da maca. Os olhos de dela brilham de preocupação, vejo ela tentar se mover ao me ver se debater nos braços da pessoa que está tentando me afastar.

— Não me tirem de perto dela, eu quero ver ela! Anahí! Anahí! – Começo a gritar desesperada, ouço uma voz em meu ouvido sussurrar para eu me acalmar, mas isso é impossível. Consigo escapar daqueles braços e olho para Anahi uma última vez. — Não me deixe, por favor, não me deixe.

Imploro em meio ao choro, finalmente conseguem me afastar da cama e levam ela para longe de mim. Minhas pernas cedem, sou amparada por braços fortes. Logo em seguida me puxam para um abraço apertado, deduzo ser Ucher por conta do tamanho da pessoa. Enterro meu rosto em seu peitoral, entrego-me de vez ao choro.

Por favor, amor, não me deixe... Não agora que estou ganhando você outra vez.


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Por Dulce Tem alguns minutos que levaram Anahi para a emergência, ainda estou assustada e preocupada. Tinha muito sangue na cama, aquela imagem nunca vai sair da minha cabeça. Nada de ruim pode acontecer com ela, eu não permito isso. Eu não quero que alguma coisa aconteça, não agora que me acostumei em tê-la na minha vida.& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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