Fanfics Brasil - Capítulo 32 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 32

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Por Dulce



Eduarda definitivamente e apaixonada por

de basquete, ela parece bem concentrado. A observo e vejo o quanto ela parece com Anahí. Embora ela lembre um pouco de mim. Chega a ser assustador o quanto ela parece com a Anie, até mesmo seu nariz parece o dela, e os olhos claros também. É como se ela fosse uma mistura exata minha e de Anahi, isso é no mínimo estranho considerando que em hipótese alguma podemos ter um filho juntas sem a ajuda de um homem. E preciso dizer, isso é uma droga. 



Anahí e eu provavelmente faríamos bebês lindos.   



— Não, mamãe. — Ela me olha brevemente e sorri, vou até ela e sento ao seu lado. Acaricio seus cabelos, os olhos - agora num tom azul claro  parecem vidrados na televisão. — Mamã estava te procurando.



— Cadê ela? 



Ela não diz nada, apenas aponta na direção do corredor. Já até sei onde ela está. Beijo sua cabeça e me levanto para ir até lá. Chego em frente a porta do seu escritório e bato duas vezes, ninguém responde.



— Narry-Deus! 



Exclamo assim que me deparo com Anahí curvada sobre uma mesa, repleta de fotos em cima. Ela está com outra blusa social, dessa vez uma da cor rosa clara. Veste uma cueca boxer feminina preta, sua bunda parece maior. Eu posso ver porque sua blusa está um pouco acima da linha de sua bunda. E tenho que dizer... Que bunda. 



Por Deus! Aqui está calor ou eu estou louca? 



— Ah, oi, amor. – Ela me olha por cima do ombro e sorri. Engulo seco e fecho a porta do seu escritório. — Eu estou vendo nossas fotos antigas. Sei que não estamos em Miami, mas tenho uma ideia para recriar nosso primeiro encontro.



— O que... O que fizemos no nosso primeiro encontro?



Pergunto me aproximando dela, devagar. Não quero ficar olhando para seu corpo, mas não consigo evitar, meus olhos são atraídos para suas curvas. E mais, sua presença me deixa nervosa. 



E excitada. Terrivelmente excitada. 



— Nós fomos andar de pedalinho em um lago perto da minha casa, fizemos um piquenique nele mesmo. 



— Sério? Deve ter sido muito agradável.



— E foi. – Desvia a atenção das fotos e sorri para mim. — Mas foi mais engraçado  quando começamos a nos beijar e caímos na água. 



Algo no fundo da minha mente reflete imagens, é como ter um pequeno cinema dentro da cabeça. Minha própria mente recria um cenário com o que  Anahí acabara de me contar. Sorrio ao imaginar a cena. 



Anahí segura meu rosto com suas duas mãos, eu fico de joelhos sobre o banco e me inclino mais para frente. Largo o bolinho em minha mão e seguro nos ombros dela, quando tento subir em seu colo, nos desequilibramos. 



— Deixa eu adivinhar... Eu fui a culpada pelo tombo?



— Na verdade, daquela vez foi eu. – Estou surpresa, lembro que sempre fui desengonçada na adolescência. — Mas nem ligamos para o tombo na água, era nosso primeiro encontro e estávamos muito felizes.





Os olhos dela brilham ao falar isso. Sorrio por reflexo e sinto algo dentro de mim acender, como uma pequena vela de alegria. Não existe sensação melhor do que ver Anahí relaxada e sorrindo outra vez, seus olhos alegres ao invés de tristes. 



— Você vai recriar nosso primeiro encontro?



— Mais ou menos. – Ela se afasta da mesa e coça a cabeça. — Não tem como andar de pedalinho com esse tempo. 



— Os lagos estão congelados.



— Exatamente. – Se afasta de mim e vai em direção a um canto do escritório. Aproveito para olhar em volta, é a primeira vez que venho aqui e tenho a chance de olhar tudo. Tem um tipo de quarto com as paredes de vidro, é quase como uma caixa dentro do escritório dela. É possível ver diversas fotos penduradas ali. Deve ser o local onde ela revela as fotos. — Daí eu pensei em algo legal para fazermos no inverno e... Olha só o que achei. 



Olho para ela e a vejo com dois pares de patins, aqueles próprios para patinar no gelo. Um enorme sorriso surge em meu rosto, eu sempre gostei de patinar no gelo quando era mais nova.



— Eu amo patinar no gelo.



— Eu sei, pequena. — Sorri de lado. — Vamos então? Podemos levar a Duda também. 



— Com certeza vamos. Podemos ir agora?



— Claro, vou só trocar de roupa. 



Ela diz e eu caminho em direção a porta, irei mandar Eduarda tomar um banho e depois agasalha-la corretamente. 



— Não esquece de colocar um casaco bem quente e luvas, okay? 



— Pode deixar, esposa. 



Bate continência, eu reviro os olhos e sorrio. Anahí também sorri, mando um beijo no ar para ela antes de sair de seu escritório. 



•• 



Anahí nos trouxe até um lago a poucos minutos de nossa casa. Tem algumas famílias aproveitando a água congelada para patinar. Eduarda parece bem animada, só não sei dizer se Anahí ou ela que está mais anciosa.



— Mamã, vamos logo.



Nossa filha pede apressada ao descermos do carro, Anahi sorri e pede que ela tenha um pouco mais de paciência. Ela pega nossos patins, me entrega o meu e o de Eduarda. Anahí tranca o carro e ativa o alarme, espero ela para que eu segure em sua mão e só então vamos em direção ao lago. 



— Ainda lembra das regras, princesa?



— Sim, mamã. Não patinar para longe de vocês e nem dar atenção para estranhos. – Anahí se agacha no chão para ajudá-la a calçar os patins. — Podemos fazer aquela coisa de ficar girando? 



— Podemos sim. — Ela bagunça os cabelos de Eduarda após terminar de amarrar seus patins. Com a ajuda de Anahí, Duda fica de pé. Ela não parece com medo de cair, na verdade ela só demonstrou ansiedade para patinar logo. — Precisa de ajuda?



— Se não for incomodar. 



Ela dá de ombros, se ajoelha em frente a mim. Seguro em seus ombros e deixo que Anahí desamarre os laços em meu tênis. Ela os tira e pega os patins, com toda calma ela os coloca em meus pés. Ela puxa os cadarços e dá nós firmes, logo fica de pé outra vez. 



— Pronto.



— Quer ajuda com os seus? 



— Não precisa. — Anahí senta no gelo e tira seus coturnos pretos. Coloca os patins com extrema rapidez e os amarra. — Podemos ir?



— Mamães, venham logo. 



Eduarda nos chama e vai caminhando em direção à beira do lago congelado. Olho para Anahí com um olhar suplicante, ela entende e segura em minha cintura para me apoiar, seguro em seu ombro e com a ajuda dela chegamos na beira do lago, ao lado de onde Eduarda nos espera. Faz tempo que não patino no gelo, não quero correr o risco de cair de cara no chão. 





— Consegue se equilibrar sozinha?



— Acho que sim, só perdi um pouco do jeito. 



— Logo você se acostuma, vem. – Anahí entrelaça nossos dedos e me puxa devagar para cima do lago. Com cuidado eu subo na grossa camada de gelo que cobre a água. Eduarda solta um grito animado e começa a patinar rápido no gelo. Observo aquela cena surpresa. Minha filha de cinco anos de idade sabe patinar melhor do que eu. — Ela adora isso, desde que aprendeu a patinar, fica o ano inteiro esperando o inverno para poder vir aqui. 



— Ela é boa.



Olho admirada para a pequena que se movimenta de forma graciosa, experiente. Deslizando com uma facilidade incrível. 



— Sim, ela é. Estávamos até pensando em colocá-la para jogar hóquei. 



— Não é perigoso? 



Ela segura minhas duas mãos e fica de frente para mim, me sinto mais confiante em ficar de pé sozinha.



— Todo esporte é meio perigoso, amor. — Repreendo-a com o olhar e Anahí para de sorrir. — Foi exatamente por causa desse seu medo que não a colocamos para jogar ainda.



— E nem vamos.



Anahí abre um sorriso, debochado. Posso jurar que ouvi ela sussurrar um "veremos". 



Veremos mesmo, Portilla.



•• 



O dia no lago foi maravilhoso, Anahí, Eduarda e eu ficamos as três rindo e brincando na neve. Fizemos algumas manobras, leves manobras. Eduarda e Anahí sabiam fazer mais coisas do que eu. Três horas depois, estamos a caminho de alguma lanchonete para lanchar. 



— McDonalds! 



As duas gritam juntos quando eu pergunto aonde vamos. Apenas nego com a cabeça, um sorriso em meu rosto. Não tem como dizer não para essa dupla, nem que eu queira muito.



Já quase de noite, voltamos para casa. No carro uma música calma toca, quando perguntei a Anahí de quem era, ela respondeu que é uma mulher chamada Lana Del Rey. É uma música relaxante, embora a letra seja bem sexual. Excitante, talvez eu pudesse me aproveitar disso algum dia. 



Talvez. 



— Mamã, abre a porta, quero fazer xixi. 



Eduarda resmunga no banco detrás assim que chegamos em frente a nossa casa. Anahí para o carro e pega a chave da porta da frente, entrega para a pequena e destrava a porta. Em segundos nossa filha saí do carro e vai correndo em direção a nossa casa. Nós duas rimos de sua afobação. É sempre assim quando chegamos.



— Espera, não saí. – Anahí me pede assim que coloco a mão na maçaneta. Abro a boca para questionar o que há de errado, porém ela abre a porta e saí do carro. O que ela está aprontando? — Quando fomos ao nosso primeiro encontro, eu tentei fazer de tudo para te impressionar. — Ela diz assim que abre a porta para mim, estende uma mão, a qual eu rapidamente pego. — Eu fiz tudo como manda o figurino, te levei em belo um lugar. Nós lanchamos, eu fui o mais cavalheira possível. 7l



— E depois? 



Pergunto assim que ela fecha a porta do carro e ativa o alarme. Anahí não solta minha mão, sorri para mim e depois nos puxa em direção a porta de entrada da nossa casa. 



— Eu te levei para casa, fui contando piadinhas idiotas para te fazer rir durante o nosso caminho. Não tem coisa melhor que ouvir sua risada. — Paramos em frente a porta, Anahí para de frente para mim. Com toda calma, ela puxa minha mão em direção a sua boca e deposita um beijo nas costas da mesma. — Eu beijei sua mão e você sorriu dessa mesma forma. Então eu coloquei uma mecha do seu cabelo para trás de sua orelha. — E ela o faz. — Acariciei seu rosto e te disse que tinha sido o melhor dia da minha vida. 



— O que eu respondi?



— Que eu era incrível demais. — Franzo o cenho. Ela estava falando sério? — Estou brincando. 



— Idiota. – a empurro pelos ombros e sorrio.



— Você não disse nada, apenas me bei-



Não espero ela terminar de falar, seguro sua cabeça e a puxo de encontro a mim. Anahí arfa em minha boca, seus lábios se abrem para receber minha língua ansiosa. Ela a suga, com força. Pressiono meus dedos em sua nuca e uma parte do maxilar. 



— Assim? 



Pergunto ao separar nossas bocas, olho para Anahí que ainda está com os olhos fechados. Suas bochechas estão tão vermelhas quanto seus lábios, ela abre os olhos devagar. Suas pupilas dilatadas, o brilho de desejo em seu olhar.



— Foi com menos emoção do que esse beijo... — Ela está um pouco ofegante, sorrio. — Mas ainda sim... Foi tão maravilhoso quanto naquela vez. 



— Eu achei que você diria que foi melhor.



Finjo desapontamento e faço bico, como uma criança triste. Anahí franze o cenho e aos poucos seu rosto se torna tenso. 



— Amor, fo-foi melhor, foi. Eu juro. 



— Estou brincando. — Passo o indicador em seu nariz, Anahí suspira aliviada. — Podemos entrar? Está começando a ficar frio aqui.



— Eu te esquento. 



Ela sorri sacana e coloca as mãos em minha cintura, puxando-me para perto dela. Meu corpo estremece com nossa proximidade, Anahí percebe e resolve pressionar mais seu quadril contra o meu.



— Anahí...



— Que tal, nós duas... — Começa a beijar meu pescoço. — Subirmos e nos esquentarmos debaixo das cobertas, huh? 



— Não faz isso... — Ela captura o lóbulo esquerdo de minha orelha e o morde, devagar. Filha da p... — Anahí, não estamos dentro de casa. 



— Não seria a primeira vez que transamos no quintal. 



— Está falando sério?



— Claro. — Fecho os olhos e suspiro ao senti-la morder meu pescoço. — Ou você realmente acha que nossa piscina foi usada apenas para nadar? Aliás, mal posso esperar pelo verão. Quero te colocar sentada na borda da nossa piscina e te chu*par bem gostoso. Devagar, até sentir suas pernas tremendo em cima dos meus ombros, ouvir você pedindo por mais. 



— Droga...



Aperto seus ombros com força, Anahí sorri sobre minha pele e me aperta contra si. Quase desfaleço em seus braços, estou completamente entregue. Então um som estranho, quase como um pequeno trovão chega até meus ouvidos. Anahi para de beijar meu pescoço e começa a rir, estou confusa.



— Eu estou com fome de novo. 



— Vamos... É, vamos... — Empurro ela pelos ombros e começo a gesticular com as mãos. Anahí sorri para o meu nervosismo e me olha de cima a baixo. — Não me olha dessa forma. Vem, vou preparar alguma coisa para você comer. 



Abro a porta e dou passagem para ela passar, porém, sinto minha bunda esquentar no lado esquerdo e um alto estalo ressoa pela casa. 



— Gostosa. 



Sussurra em meu ouvido ao passar por mim. Olho incrédula para Anahí, que caminha saltitante e gargalhando. 



Essa é a Portilla que eu conheço... Mas dessa versão melhorada eu gosto. 



•• 



Quarta-feira 30 de Dezembro 



Sinto beijos sendo depositados em minha nuca, suspiro me remexendo nos braços dela. Ouço Anahí rir, ela morde meu ombro exposto. Solto um gemido manhoso, empurro um pouco a bunda contra ela. Anahí suspira em meu ouvido e coloca a mão por debaixo da minha blusa, acariciando meu abdômen em seguida. 



— Bom dia, linda. 



Desejo sorridente, é maravilhoso ser acordada assim todas as manhãs. 



— Bom dia, Dul. — Volto a fechar os olhos, aproveitando seus carinhos. — Temos que levantar, daqui a pouco seus pais vão vir nos buscar. Precisamos arrumar as malas. 



— Anahí, sobre isso... Eu preciso conversar com você.



— O que foi? Desistiu de ir para o Caribe? Você estava animada. 



— Eu sei, e eu ainda quero ir.



— Então levanta, temos que arrumar as malas.



Anahí tenta me soltar para se levantar, porém seguro em seus braços e impeço que ela o faça.



— Sabe, eu conversei com a mamãe e o papai ontem à noite. — Solto-me de seus braços e viro de frente para ela. — Fiquei pensando em fazer uma coisa diferente nesse ano novo.



— Fazer o que? 



Coloca uma perna sobre o meu quadril e começa a brincar com os dedos no pequeno espaço entre nós duas. Quase me distraio com o bico fofo nos lábios dela enquanto se entretém na brincadeira com o lençol da cama.



— Anahí. — Repreendo-a, quero sua atenção em mim. — Podíamos ir para Miami. 



— Mas, Candy... Seus pais já compraram nossas passagens.



— Não, Narry. Eles compraram as passagens deles e da Duda. — Anahí me olha surpresa. — Eu comprei nossas passagens para Miami ontem À noite. 



— Nós vamos sozinhas então? Por que não me contou antes?



— Sim, nós vamos sozinhas. — Aliso sua perna, Anahí coça a testa, encarando-me confusa. — Eu quis fazer uma surpresa. Você ficou com raiva? Eu posso cancelar se você quiser e nós vamos para o-



— Shhh. — Ela coloca sua mão sobre minha boca, calando-me. — Eu amei a surpresa, eu só fiquei realmente surpresa. Entende? — Aceno com a cabeça. Anahí sorri e se aproxima mais de mim, ficamos nos olhando diretamente nos olhos. — Vou adorar passar o ano novo só com você. 



— Eu também. 



Com a perna em meu quadril, Anahí me puxa para perto dela.



— Onde iremos ficar? 



— Onde mais poderíamos ficar se não no nosso lugar especial?



Um enorme sorriso surge em seus lábios, seu olhar brilha mais do que antes e todo seu rosto suaviza, iluminado de felicidade. Anahí segura com delicadeza em meu queixo e me puxa para um beijo, porém a impeço.



— O que foi?



— Não escovei meus dentes ainda. 



Murmuro sem jeito, na verdade nem sei como ela está tão tranquila por ficar conversando tão próxima a mim dessa forma sendo que acabei de acordar.



— Amor, eu durmo com você e acordo do seu lado a quase doze anos. Eu realmente não me importo com isso, além do mais seu hálito não é tão ruim de manhã. 



— Eu não me sinto confortável com isso. — Me afasto dela, Anahí até tenta me pegar outra vez, porém salto da cama antes que ela consiga. — Vou tomar um banho... E, arruma suas malas logo. Nosso vôo sai antes do horário de almoço.



••



Anahí e eu estamos agarradas em Eduarda, meus pais já vieram busca-la, mas estou começando a me arrepender de ter cancelado nossa viagem. Não quero passar quatro dias longe da minha pequenina, não consigo viver sem ela mais. Anahí parece mil vezes mais abalada do que eu, talvez por elas viverem grudados o tempo inteiro. 



— Por favor, princesa. Se cuida e respeite seus avós, ok? Quando você voltar nós vamos jogar basquete com seu tio Ucher. Ganhar dele outra vez. 



— Vamos mesmo?



— Vamos, pequena. — Minha esposa beija a testa de Eduarda, que agarra seu pescoço. Olho para as duas completamente encantada. Minha família. — Se despede da sua mamãe.



Ouço Anahí sussurrar no ouvido dela, Eduarda concorda com a cabeça e se afasta de Anahí. Ela me olha, os olhinhos cada vez mais claros, fitando-me durante alguns segundos. 



— Vou sentir sua falta, Mamãe.



— Eu também vou sentir, filha. — Meus olhos enchem de lágrimas, sinto o coração apertado. — Vou sentir muita saudade. 



— Não é como se vocês fossem passar um ano longe dela. — Ouço meu pai resmungar e mamãe ri. — Vamos acabar perdendo o vôo. 



— Fernando, não seja insensível com elas. Não pense que eu esqueci como você chorou quando Dulce saiu de casa e foi morar com Anahí. 



— Chorou bastante. 



Ouço Anahí murmurar ao meu lado e solto uma risada involuntária. Eu queria me lembrar disso, ver meu pai chorando não é uma coisa muito comum. Depois de muito abraçar e beijar Eduarda, finalmente permitimos que ela vá com nossos pais. Me despeço dos dois e depois fico agarrada em Anahí, esperando que eles terminem de guardar as malas para irem para o aeroporto. 



— Tchau, mamães. Amo vocês.



Eduarda diz pela janela, joga um beijo no ar para nós duas e depois acena. 



— Também amamos você, filha.



Respondo emocionada, Anahí apenas funga e acena para a pequena. Meu pai buzina duas vezes antes de sair com o carro. Quando vejo o carro sumir na esquina, agarro a cintura de Anahí com mais força e me permito chorar em seus braços. 



— Eu espero que demore bastante para ela ir para a faculdade.



Eu também espero, amor. E como espero. 



••



— O táxi chegou, amor. Vamos? 



Termino de passar o batom e arrumo meus cabelos, deixando-os com um ar meio selvagem. Olho para a Anahi e sorrio, ela está parada na porta do banheiro, me olha de cima a baixo. 



— Gostou? 



Afasto-me da pia e dou uma voltinha para que ela possa me olhar.



— Linda.



— Eu sei. 



— Humilde também. 



— Com toda certeza. — Paro em sua frente e beijo seus lábios de leve. — Vamos. 



Seguro em sua mão e puxo-a dali. Confesso que estou um pouco nervosa e ansiosa, afinal, serão quatro dias sozinha com ela. Em um sítio enorme, somente nós duas. Eu pedi que Maritchelo dispensasse os empregados que tomam conta do sítio. Portanto, nós suas estaremos literalmente sozinhas. 



Isso não vai dar certo.... Ou melhor, vai dar muito certo.



••



Quando chegamos ao sítio já estava anoitecendo, Anahí pagou o taxista que nos pegou no aeroporto, ele foi bastante simpático e fez questão de nos ajudar com a bagagem. Agora estou aqui, olhando em volta enquanto espero Anahí voltar. Ela tinha ido trancar o portão e ativar o alarme, já que estamos sozinhas aqui, nem o porteiro eu quis que ficasse. 



— Voltei. — Ouço a voz dela soar atrás de mim, em seguida ela me abraça pela cintura e coloca o queixo em meu ombro. — Não tem ninguém aqui. — Beija minha bochecha, vai descendo até o pescoço. — O que quer fazer agora? 



— Descansar um pouco. 



— Vamos entrar então.



— Eu quero ir na nossa árvore. 



— Quer? Então vamos tomar um banho rápido e ir para lá, também tenho que pegar cobertores limpos e travesseiros. 



Estamos a caminho da nossa casa na árvore, Anahí carrega duas grossas cobertas e eu os travesseiros. Quando finalmente chegamos, ela vai até perto da árvore e aperta algum botão lá que acende algumas luzes. 



— Fica mais bonita com as luzes acesas.



— Eu fico, não fico? – Olho para Anahí, ela joga os cabelos para os lados e eu reviro os olhos. — Eu vou subir as cobertas e depois pego os travesseiros, melhor você não subir com eles para não correr o risco de cair. 



Ela diz e eu apenas concordo, afinal, ela tem razão. Olho em volta, o lugar não está escuro por conta das luzes em volta do lago e na casa da frente. Minutos depois Anahi volta e pega os travesseiros de minha mão, espero que ela suba para poder subir depois. 



— O colchão parece diferente.



Comento ao sentar-me na ponta do colchão e senti-lo bem mais macio do que da última vez em que estive ali.



— Eu pedi para o meu pai comprar um novo. Aquele já estava muito ruim de dormir. - Dá de ombros e vai em direção a um pequeno armário ao lado do baú. — Achei. 



— O que é isso?



Pergunto curiosa ao vê-la com um CD nas mãos. Anahí sorri e pega o rádio portátil que tem ali, o liga na tomada e põe o CD. 



— Eu gravei uma música para você, nós tínhamos brigado. – Senta na beirada do colchão e bate no colchão ao seu lado, chamando-me para sentar com ela. — Até hoje eu lembro da sua reação quando ouviu essa música pela primeira vez. 



Ela dá play na música e logo uma batida até legal começa. Olho para Anahí, ela está com as sobrancelhas erguidas. Eu conheço essa música. 



You use to hold me, tight all night long

You use to tell me, you'd never leave me alone

You use to kiss me, on my lips

I've never felt like this 

Sua voz rouca ressoa pelo ambiente, a música não parece ruim. E sei que a conheço de algum lugar. Fecho os olhos para tentar me lembrar de onde eu lembro dessa música.



Coloco o CD no rádio e sento ao lado de Anahí, solto a música. Balanço a cabeça ao ouvir as batidas da música.



— Amor, eu acho melhor você não ouvir isso.



Ela tenta me impedir, porém eu coloco uma mão sobre sua boca.



You use to hold me, tight all night long

You use to tell me, you'd never leave me alone

You use to kiss me, on my lips

I've never felt like this 

— Nada mal.



— Isso porque você não ouviu o resto.



Ela murmura e eu a olho sem entender.



But now you stay out

All night and, sleep all day

You're never with me, it's like you've gone away

You got something on your bloody lips, to say 





Olho confusa para ela, Anahí dá de ombros e sorri sem graça.



I can see the writings on the wall

I won't beg, and I won't crawl

I hope you feel like you're two feet tall

Love Sucks (Love Sucks) 

It really sucks 



Agora sim estou chocada. Como ela pôde dizer que o amor é uma droga só por causa de uma briga idiota? 



I can see the writings on the wall

I won't beg, and I won't crawl

I hope you feel like you're two feet tall

Love Sucks (Love Sucks) 

It really sucks 



I see you're hanging out with different guys

But you know this, comes as no surprise

You asked me for, one last kiss

Under the lunar eclipse



— Anahí! que merda de música é essa? 



Ela encolhe os ombros e se afasta de mim, não sei dizer se quero rir da voz embolada dela em algumas frases ou se quero bater nela por causa da letra da música.



I turned you down with a stiff ass no

I'll pushed you away, but you just wouldn't go

So wipe away, those vampire tears

And make yourself disappear 

— Você quer que eu desapareça? E que por*ra é essa de vampiro? Anahí, qual é o seu problema? Porque você escreveu essa droga de música? 



Desligo o som, irritada. Anahí abre e fecha a boca diversas vezes, sem saber ao certo o que dizer.



— Candy... Eu estava bêbada, e com muita raiva. 



— Você estava delirando também? Onde você me viu saindo com outras pessoas? 



— Amor, é só uma música. Eu disse que você não deveria ter ouvido, mas você é teimosa demais. 



Ela levanta e vai até o som, tira o CD do rádio e o guarda de volta na capa.



— Uma péssima música. – Também fico de pé, Anahí está de costas para mim. O silêncio toma conta do quarto. — Amor... Sabe de uma coisa?



— O que?



Agarro sua cintura e coloco o queixo em seu ombro. Anahí inclina a cabeça para trás um pouco.



— Essa música é uma droga, não o amor. 



— Eu me lembro dessa música... Ela é horrível. — Anahí gargalha e para a música. — Como compositora, você é uma ótima fotógrafa. 



— Engraçadinha. — Ficamos em silêncio, Anahí batuca os dedos na própria perna e eu apenas estou distraída. Não é constrangedor ficar calada perto dela, é confortável. — Quer ver as estrelas? 



— Oi? 



— Quer ver as estrelas? 



Responde a pergunta, agora mais devagar do que antes. Eu tinha entendido, só não sabia como veríamos as estrelas. 



— Ah não ser que você tenha o poder de controlar os elementos, eu não sei como iremos ver as estrelas. O céu está nublado, amor. 



Anahí revira os olhos e apoia as mãos em seus joelhos, faz impulso para ficar de pé. Acompanho com o olhar enquanto ela caminha graciosamente até o interruptor, apaga as luzes. Tudo fica escuro, ouço os passos dela se aproximarem e logo o colchão se movimenta. Sinto ela perto de mim, suas mãos tocam meus braços.



— Deita. — Ela sussurra e me seguro pelo quadril, puxando-me para trás. Faço o que ela pede e aos poucos deito no colchão, dou meu jeito para tirar meus tênis e ficar apenas de meias. — Quer ver as estrelas? Olha para cima. 



Olho para o teto e meu queixo caí um pouco ao ver os pontinhos brilhosos. Tem um monte daqueles adesivos que brilham no escuro, eu me lembro que tinha alguns desses no teto do quarto. 



— É lindo.



Sussurro maravilhada, parece que tem um universo no teto, pois todo ele está coberto desses adesivos de estrelas e planetas que brilham. Pisco algumas vezes ao sentir uma fisgada em minhas têmporas, sinto tudo em volta girar. Abro a boca para pedir ajuda a Anahí, porém nada saí. Minha visão começa a escurecer aos poucos, meu corpo fica leve, como se eu tivesse começado a flutuar.



Levanto da cama esfregando os olhos. Ouço batidas em minha janela, forço minha visão e vejo alguém do lado de fora.



— Anahí? O que está fazendo aqui uma hora dessa? — Olho para minha namorada, que está parada na pequena varanda do meu quarto. Ela sorri de lado, meio sem jeito. Olho-a de cima a baixo. — E de pijama ainda, está frio, você sabia?



— Eu sei, pequena. — Usa seu tom culpado, abro a janela e dou espaço para ela entrar. — Eu precisava te ver.



— Aconteceu alguma coisa?



Puxo-a para meus braços, Anahí está um pouco gelada e eu pressiono os lábios para não reclamar. Essa garota não tem juízo nenhum.



— A Lua está linda essa noite, lembrei de você. Daí decidi vir aqui, precisava ver você.



Sua voz soa de um jeito tão fofo, é impossível brigar com ela. Céus! Por que ela tem que desarmar dessa forma fácil?



— Você é tão adorável. — Acaricio seus cabelos e beijo sua testa. — E louca, o que tem na cabeça para escalar até a janela do meu quarto? Poderia ter me ligado.



— Assim perderia toda a emoção. Eu quis fazer igual naqueles filmes de romance que a gente assiste. Sou sua princesa encantada, amor. 



— Não, amor. Você é melhor que uma princesa encantada. — Anahí levanta a cabeça para me olhar. — E mais do que uma rainha. Você é minha super namorada, e eu amo muito você. 



— Super namorada, huh? — Sorrio para ela. Anahí sela nossos lábios. — Eu amo você também, minha princesa. — Roça nossos narizes e mordisca meu lábio inferior. — Quer ver as estrelas?



— Quero.



— Candy? Dulce — Pisco algumas vezes. Anahí está sobre meu quadril, segurando-me pelos ombros. Estou confusa. O que foi isso? — Tudo bem? Estou a alguns minutos chamando você, fiquei preocupada.



— Eu estou bem, eu estou bem. — Anahí suspira aliviada e solta meus ombros. — Tive uma lembrança.



— Sério?



Sua voz soa animada, os olhos brilham bastante. Só então me dou conta que ela acendeu as luzes do quarto.



— Sim. – Anahí fica sentada e me encara. — Lembra que você disse que uma vez foi na minha casa de madrugada para vermos as estrelas? 



— Claro que lembro, você quase me bateu porque estava frio.



— E você estava usando aquele mini pijama verde.



— Você se lembrou. – Um enorme sorriso surge em seus lábios. — Isso é incrível.



— Muito.





— Lembrou do sexo que fizemos durante a noite toda também? — Arregalo os olhos, sinto meu rosto começar a esquentar. Anahí prende uma risada e tenta manter a pose séria. — Parece que voltamos ao colegial. — Calmamente ela deita sobre mim. — Você vivia corada quando nos beijávamos, principalmente quando eu pegava na sua bunda. 



— Eu sempre corei com elogios.



— Isso é verdade, e mesmo depois de adulta isso não acabou. — Agora ela está deitada sobre mim, o rosto a centímetros do meu. — Mas essa era a minha garantia, eu sabia que tudo estava bem quando você corava.



— Por quê?



— Porque enquanto você estivesse corando com meus elogios, eu ainda teria certeza que mexia com você, e que nossa paixão adolescente ainda estaria ali. — Coloco as mãos em seu quadril, Anahí se ajeita sobre mim para ficar em uma melhor posição. — Está com frio? 



Pergunta ao me sentir estremecer. Na verdade não estou com frio, a pressão da bunda dela sobre meu sexo, está começando a me deixar nervosa. 



— N-não.



Engulo seco, fecho os olhos ao senti-la se mover sobre mim, fazendo com que sua bunda consequentemente pressionasse a região – quase úmida – entre minhas pernas. Quando abro os olhos, Anahí está encarando meu rosto. 



— Eu não lembro de ter dito isso hoje mas, você está linda. 



Elogia e um pequeno sorriso tímido surge em meu rosto. Eu realmente me sinto como se estivesse na época do colegial – literalmente -, porque... Tecnicamente na minha cabeça eu ainda estou no ano de 2004. Porém, minha realidade é outra. Só que me sinto como aquelas adolescentes apaixonadas que estão descobrindo o que é o amor aos poucos, entendem? A sensação de timidez e nervosismo quando está perto da pessoa. O frio na boca do estômago, as mãos suadas, o coração acelerado. É como se o chão sumisse debaixo dos seus pés quando a pessoa te beija. E você se sente insegura de uma forma que nunca se sentiu antes. Como se a qualquer momento você fosse acordar e não ter aquela pessoa ao seu lado, e isso te sufoca. Porque de alguma forma, aquela pessoa se tornou especial, um porto seguro para você. 



E perde-la, seria como perder a si mesma. 



E é a assim que tenho me sentido com Anahí. Se eu a perdesse, provavelmente estaria me perdendo também. Quero dizer, sim, eu me perderia sem ela. 



Entendo porque me casei com ela, na verdade entendo porque me apaixonei por Anahí antes. Na época do colégio eu não me permitia conhecer ela, evitava o máximo de contato. Mas Anahí é uma pessoa incrível. Carinhosa, atenciosa, compreensiva. Ela é capaz de fazer eu me sentir bem com apenas um sorriso. O quão incrível isso é? 



E sabe o que eu mais acho admirável nela? Não é a beleza exterior, é o modo como ela vê a vida, como vê o mundo. A personalidade forte, de pessoa decidida, que parece ser toda séria e mete medo nas pessoas que não a conhecem. Mas tem o lado doce, inseguro, que gosta de carinho e atenção, apesar dela parecer independente de tudo e todos. Acho incrível o jeito que ela cuida das pessoas que ama. Eu ouvi muitas vezes que Anahí era uma pessoa grossa, meio idiota. Porém, ela é completamente diferente do que parece ser. Anahí tem uma mente brilhante, fico fascinada com as coisas que ela fala quando conversamos. Poucas pessoas conseguem enxergar o lado frágil e inseguro dela, que precisa de algum tipo de aprovação. As vezes penso que Anahí precisa de alguém que olhe nos olhos dela e diga "Você é linda", todos os dias, para ver se ela entende isso de uma vez por todas. 



E eu serei essa pessoa. 



Talvez ela só precise de alguém que faça ela acreditar a si mesma, que faça ela se enxergar da maneira que ela é, e não da maneira que pensa ser. Anahí é transparente, e se você observar bem, não é tão difícil entende-la. 



Por essas e outras razões eu estou me apaixonando por ela outra vez, sim eu estou me apaixonando por ela. E não foi, de forma alguma, por obrigação, muito menos por culpa do que aconteceu entre nós duas. Mas aconteceu, simplesmente aconteceu, foi inevitável. Eu poderia passar o dia inteiro falando dela, todas suas qualidades e defeitos. Por falar em defeito, o pior defeito dela é sua insegurança. Eu odeio a forma como ela se acha inferior, como se coloca para baixo. 



Se ela pudesse se ver da forma que eu a vejo, talvez ela entendesse de uma vez por todas que ela é maravilhosa. 



Mas estou disposta a fazê-la enxergar isso.



— Anahí.



Sussurro em seu ouvido ao sentir ela depositar um beijo molhado no meu ponto de pulso. Ela sorri sob minha pele, deixa outro beijo na mesma região e migra para o outro lado. Meus dedos se fecham no tecido de seu moletom. As mãos de Anahí sobem por minha cintura, ela aperta minha carne algumas vezes, fazendo-me arfar. 



— Amor, levanta um pouco as costas. — Ela pede, segurando a barra da minha blusa de mangas longas entre seus dedos. Faço o que ela pede e Anahí logo me livra daquela peça, inútil no momento. Nossos olhos se cruzam, ambos transbordam prazer. — Você é tão linda. 



Elogia-me antes de abaixar o tronco e capturar meus lábios. Fecho os olhos, expiro devagar enquanto ela move seus lábios sobre os meus. Os lábios dela são tão macios, a sensação de beija-los é parecida com comer algodão-doce. Sentir a textura macia, leve. É quase a mesma coisa que beijar Anahí.



Aos poucos nossas roupas vão sumindo, ela faz questão de beijar todos os cantos possíveis de meu corpo. Estamos as duas nuas, ela entre minhas pernas, beijando meu colo. Eu cravo devagar as curtas unhas em suas costas, arrasto-as sobre sua pele, marcando-a. Anahí captura meu mamilo esquerdo com sua boca, ela o suga devagar. Como se estivesse apreciando o gosto, sinto a ponta de sua língua rodeá-lo lentamente. Suas mãos envolvem meus seios, ela os aperta com um pouco de força. Não posso evitar o gemido de prazer, suas mãos e sua boca estão me levando a loucura. Ela faz o mesmo com o seio direito, suga e mordisca meu mamilo até que ele fique tão sensível quanto o esquerdo. Quando se dá por satisfeita, sua boca começa a traçar um caminho em direção a minha barriga. 



— Oh... — Suspiro ao senti-la cravar os dentes em minha pele. Ouso olhar para baixo e me deparo com seus olhos azuis flamejantes, fixos em meu rosto. Ela parece satisfeita em ver o que me causa. Minhas pernas se abre quase que automaticamente para recebê-la. — Anahí!



Ela dá uma lenta e longa lambida em minha boc*eta, minha barriga contrai um pouco com aquele ato dela. Anahí aperta meus seios com força, torcendo os mamilos entre seus indicadores e polegares. Sua língua volta a trabalhar, com os lábios ela captura meu clitóris, ela suga o pequeno nervo. A ponta de sua língua provoca a região mais sensível, causando-me alguns espasmos. "Assim", eu imploro, entregue. 



Como eu poderia não me entregar de corpo e alma para essa mulher? 



Anahí faz diversos movimentos com sua língua, revezando entre meu clitóris, os pequenos lábios de minha boc*eta e minha entrada apertada. Anahí sabe onde tocar para me deixar louca, e, ela é maravilhosa no oral. 



— Eu vou go*zar... — Anuncio, já sentindo minhas pernas tremerem sobre seus ombros. Anahí volta a se concentrar em meu clitóris, o circula lentamente para logo suga-lo para dentro de sua boca com força. — Oh! Anahí!



Enfio a mão entre os fios de seu cabelo, agarro algumas mechas e pressiono-a contra mim. Anahi solta meus seios para segurar minhas coxas, separando-as e impedindo que eu feche as pernas. Meu quadril se movimenta sozinho, esfrego-me em seu rosto com vigor. Ela me lambe e sorve todo meu go*só.



— Bo*ceta gostosa. — Diz, sorri sacana e deposita um selinho em meu clitóris sensível. Sorrio um tanto sonolenta para ela, Anahí solta minhas coxas e se apoia no colchão para escalar meu corpo. Ela sobe, dando beijos em minha pele, coberta por fina camada de suor. — Maravilhosa. 



— Você que é maravilhosa. 



Faço-a deitar sobre mim, nossos seios são pressionados uns contra os outros. Anahí sorri e estica o pescoço para chupar meu lábio inferior. Com a mão direita seguro em seus cabelos da nuca, olho em seus olhos e depois desvio o olhar para sua boca. Ela entende o que eu quero e em segundos estamos trocando um beijo, um tanto desesperado, e repleto de desejo.



— Agora você pode descansar.



— Não... Fica aqui. — Impeço-a de sair de cima de mim. Anahí não recusa, abaixa a cabeça e recosta em meu colo. Com as pontas dos dedos acaricio suas costas, olho para baixo apenas para sorrir com a imagem dessa bela mulher, completamente nua sobre mim. Minha esposa. — Estou me sentindo egoísta, deve ser o quinto orgasmo que você me dá e eu ainda não te dei nenhum. 



— Por enquanto vamos deixar assim. — Ela boceja em meio a fala. — Seu prazer é o meu prazer, amor. 



— Quem vai levantar para apagar a luz? — Anahí levanta a cabeça e me olha, sorrio para ela. — Vai lá rapidinho e volta. 



Ela quase salta de cima de mim, observo-a totalmente nua caminhar em direção ao interruptor. Linda. 



— Pronto.



Volta para o colchão, sinto ela se aproximar de mim, traz consigo um dos cobertores. Puxo Anahí para deitar sobre mim outra vez, seu rosto fica encaixado na curva entre meu ombro e pescoço, uma perna sobre meu quadril. Minhas mãos a acariciam, uma em seus cabelos e a outra em sua perna na minha cintura. 



Uma vez, quando eu era mais nova, meu pai me disse algo sobre príncipes encantados. Eu lembro bem o que ele disse até hoje. "Príncipes encantados não existem na vida real, Dulce. Os garotos não vão abrir a porta do carro para você, eles não vão te comprar flores e muito menos dar valor aos sentimentos. O que a maioria deles querem, é entrar dentro das suas calças. Tome cuidado com os falsos príncipes, eles só existem na ficção." Lembro que depois desse dia, eu passei a odiar contos de fadas onde existiam príncipes perfeitos. Mas não foi por essa razão que eu virei lésbica, na verdade eu não me lembro de ter sentido atração por nenhum garoto. Desde os meus onze anos de idade, quando vi uma mulher nua na televisão sem querer, minha curiosidade por garotas se tornou imensa. O interesse surgiu anos depois. Eu ficava encantada com os rostos delicados, o jeito gracioso delas andarem, as bocas aparentemente macias, bem desenhadas. As curvas sinuosas, que atraem os olhos. Diferente dos garotos, as garotas sempre me chamaram a atenção. 



Por um tempo eu tive medo disso, apesar de não ter interesse em garoto algum, eu esperei pelo meu príncipe encantado. Eu apenas queria provar ao papai que eles existiam sim, e tinha quase certeza que minha curiosidade por garotas não passava disso, uma grande curiosidade. 



Mas mudando de assunto... Eu tenho que dizer, meu pai sempre esteve certo. Príncipes encantados não existem na vida real, apenas na ficção. Porém, eu não esperaria por eles mesmo que eles existissem. Estou feliz assim. 



Além do mais, o que posso querer se não minha bela esposa carinhosa e cuidadosa? Quem precisa de príncipe encantado tendo Anahí como companheira de vida? 



Ela consegue despertar algo muito bom em mim, e eu gosto dessa sensação. Gosto da pessoa que eu sou quando estou com ela. Eu não preciso de pessoas perfeitas, príncipes encantados ou princesas encantadas. Muito menos reis e rainhas. Eu preciso apenas dela, e somente ela. Anahí é mil vezes melhor do que um príncipe e muito mais do que uma rainha. 



Ela é muito mais do que apenas minha esposa... Anahí é meu ponto de paz.




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Por Dulce Eu olho para o teto, sentindo as carícias dela na ponta de minha barriga. Olho para baixo, os olhos dela brilham. Anahí parece concentrada em alisar minha barriga. Sorrio, conheço aquele olhar. Ela tem me dado ele por muitas vezes durante esses meses, ele carrega diversas emoções. Mas acima de tudo, admiração e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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