Fanfics Brasil - Capítulo 35 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 35

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Por Dulce



Antes eu adorava acordar sozinha na cama, poder rolar de um lado para o outro livremente sem ninguém para impedir enquanto eu tomava coragem de levantar. Mas hoje eu tenho que dizer, odeio acordar sozinha. Acho que me acostumei com Anahí grudada em mim todas as manhãs. E não sei dizer ao certo a razão, ou qual o milagre que a fez levantar da cama antes de mim. 



No banheiro ela também não estava, mas era nítido que ela tinha passado por ali. A calcinha pendurada no registro do chuveiro a denunciou. Como sempre. 



Já conversei com ela sobre isso, mas ela me ouve? Não. 



Quando eu digo que ela consegue ser pior do que a Eduarda no quesito teimosia, eu não estou brincando. Porque ela é. Para falar a verdade nossa filha sempre é obediente, ao contrário dela. Que deveria ser um exemplo para ela. Mas aos poucos eu vou colocar essa mulher na linha. Ela que me aguarde. 



Depois do banho, vesti-me com nada mais que uma calça de moletom e peguei uma das blusas de banda da minha esposa. Eu adoro usar as roupas dela. São tão cheirosas e ficam um pouco maior em mim, eu amo vestir roupas maiores do que eu. Além do mais, Anahí diz que fico adorável e sexy com as roupas dela. 



Talvez eu goste de agradar ela. 



Chego na cozinha e paraliso na porta ao ver a cena na mesa. Um sorriso vai surgindo aos poucos em meus lábios ao ver Anahí  e Eduarda lado a lado, entretidas lendo jornal enquanto comem cereal. As  duas parecem concentradas, Anahí principalmente. 



— Esse cara novo que faz os quadrinhos é um mestre das piadas. 



Anahí comenta entre risadas, leva uma grande colher cheia de cereal com leite e enfia na boca. Cruzo os braços, elas ainda nem notaram minha presença. Vejo duas crianças, não uma mãe e uma filha. 



— Mamã, o que quer dizer essa palavra aqui? 



Eduarda mostra o jornal em sua mão para Anahí, ela segura a folha e lê com atenção o que está escrito.



— Peitos. – Ela diz naturalmente e ri, mas logo parece se dar conta e olha assustada para nossa filha. — São, é... Um dia você vai descobrir. 



— A senhora sempre diz isso. 



Ela resmunga indignada, um enorme bico em seus lábios. Tão fofo. 



— Você ainda é muito nova para saber certas coisas.



— Sou nova para saber de onde vem os bebês também? 



Anahí engasga com o cereal em sua boca e começa a tossir. Não aguento e acabo rindo da reação dela. Só então as duas notam minha presença e olham para mim. Eduarda sorri e Anahí parece que vai morrer de tanto tossir. 



— Olha, sua mamãe acordou. Que tal perguntar a ela de onde vem os bebês? 



Anahí diz ao seu recuperar e dessa vez quem quase se engasga sou eu. Ela me olha debochada enquanto limpa sua boca com as costas da mão. Fuzilo-a com o olhar, maldita idiota. Fez isso de propósito.





— De onde vem os bebês, mamãe?



Suspiro e vou até perto delas, puxo uma cadeira e me sento de frente para a minha curiosa filha. Anahí ostenta um brilhante sorriso em seus lábios. Tudo bem, Portilla. Isso aqui vai ter volta.



— Existem duas formas de se ter um bebê. – Inicio sem ter certeza da maneira que devo contar. Por que os professores não ensinam isso na escola? Seria menos constrangedor. — O método mais fácil é entre um homem e uma mulher. Geralmente quando um casal se gosta muito, eles resolvem namorar de uma forma... É, bem... Íntima. – Anahí prende uma risada e abaixa a cabeça. — Eles fazem uma coisa sem o uso de roupas. 



— Por Deus, Dulce – Anahi diz e começa a gargalhar. Minhas narinas inflam, sinto vontade de pular no pescoço dessa idiota. — Você é péssima em falar sobre sexo para uma criança. 



— E-eu...



— Mamãe – Eduarda solta o jornal e olha para Anahí as duas trocam um olhar divertido. O que está acontecendo aqui? — A tia Mai já me contou como os bebês são feitos. 



Anahí joga a cabeça para trás e ri com mais vontade ainda. Meu queixo caí, ela já sabia, então isso tudo foi apenas para me constranger? 



— Você sabia disso?



— Talvez. 



Anahí dá de ombros e pisca para mim. Reviro os olhos e me levanto da mesa, vou tomar meu café antes que perca a cabeça e faça Anahi engolir aquele cereal com tigela e tudo. 



(...) 



As horas passaram voando, logo depois do almoço, Anahí recebeu uma ligação de Ucher. Meu cunhado chamou Anahí e Eduarda para irem em uma quadra jogar vôlei, ela prontamente aceitou, porque segundo ela estava com saudades de jogar. Nem reclamei, apesar de que queria passar o dia deitada com ela assistindo algum filme idiota e recebendo seus carinhos, afinal, ela precisa se divertir. até pediu que eu fosse, mas dei uma desculpa de que iria resolver algumas coisas com Maitê. Não foi uma total mentira já que eu realmente vou passar o dia com minha melhor amiga, porém, não posso contar para Anahi o que eu pretendo fazer. 



Tenho medo de estar me precipitando, sim. Mas eu sinto que posso conseguir, eu disse que faria de tudo para ter um filho dela. E eu farei, começo a agir de agora, espero convencê-la a tentar mais uma vez. E também, espero que ela não se chateie comigo. Eu apenas quero realizar seu sonho. 



Estou no closet separando uma roupa para vestir, vou ligar para Mai e pedi-la para vir aqui em casa. Sei que ela não está com Ucher e o pessoal na quadra, provavelmente deve estar dormindo. E com toda certeza vai querer me matar. Pego uma das blusas do Real Madrid de Anahi, coloco uma calça de moletom preta e deixo os cabelos soltos para terminar de secar. Quando pego a toalha do chão para leva-la para o banheiro, algo na prateleira de cima na minha parte do closet chama minha atenção. Como eu nunca vi essa caixa ali? 



Tinha certeza que já sabia de tudo que estava naquele closet, mas vejo que não. Coloco a toalha em meu ombro e fico na ponta dos pés para pegar a caixa. Wow! Pesada. É uma caixa de tamanho médio, parece uma caixa de sapato, porém mais fina. Não tem nada escrito nela, apenas um pequeno desenho de uma máscara. Será que é uma fantasia ou algo assim? 



— Vamos ver. – Abro a caixa e retiro o papel preto de seda que estava por cima de... — Pu*ta merda.



Parecia uma caixa de sapatos, mas nada ali dentro tinha a ver com calçados. Tenho certeza que minhas bochechas estão vermelhas, não somente pela surpresa, mas também pela timidez em saber que talvez Anahi tenha usado aquelas coisas comigo ou vice versa. Quero dizer, óbvio que tínhamos usado. Com a mão um pouco trêmula, pego o cabo vermelho de um chicote. O retiro de lá de dentro, boquiaberta analiso o objeto. 





Nós somos duas malditas pervertidas. 



Abro minha mão esquerda e bato devagar as pontas do chicote na palma de minha mão. Não doeu. Arrisco bater um pouco mais forte.



— Pu*ta que pariu. Quem apanhava com isso? Por Deus, ninguém aguenta esse tipo de dor e acha excitante. – Minha mão latejava por causa da chicotada. Deixo o chicote de lado e pego um conjunto de bolinhas de silicone, parece um cordão ou algo assim. — Será que isso é algum tipo novo de chicote?



Coloco as bolas de volta no mesmo lugar, vejo alguns pequenos frascos de óleo. Deve ser para massagem, ou não sei. Tem um par de algemas, uma coisa que parece um cogumelo e não faço nem questão de saber para o que serve. E por último, e não menos chocante. Um dildo duplo, esse eu conheço, já tinha visto um uma vez em uma festa do pijama que eu fui. As meninas eram bem adiantas, e nem um pouco puritanas. 



Nego com a cabeça e guardo as coisas que achei, empurro a caixa bem para trás no mesmo lugar onde ela estava. Depois perguntaria a Anahí sobre aquilo. Depois de estender a toalha, volto para o quarto e pego meu celular. Disco o número de Maitê e das primeiras duas vezes a ligação caí na caixa de mensagens. Tento de novo, no quinto toque ela atende.



— Me diz uma razão para eu não ir na sua casa agora e socar sua cara. 



Ela é um amor de pessoa, não é? 



— Você está grávida, eu sou sua madrinha de casamento e também, tenho uma filha novo para criar. Ah, esqueci, você me ama muito para isso.



— Não me teste, Dulce María. Agora me diz, a que devo a honra da sua inútil ligação?



— Você consegue ser pior do que a Anahí de mau humor. – Ela resmunga algo que nem me dou ao trabalho de entender. — Preciso da sua ajuda, tenho algo super importante para você.



— Vai encontrar a cura para o câncer? 



— Não, Tita. Estou falando sério, poderia vir aqui em casa?



— Poder eu posso, mas não vou. 



— Mai. – Apelo para minha voz de manha, sei que ela irá ceder. Ouço-a bufar do outro lado da linha, tenho certeza que revirou os olhos. — Eu preciso de ajuda.



— Tudo bem, tente me convencer. Por qual razão a senhorita quer que eu levante da cama, onde está uma delícia de tão quente, para ir até a sua casa te ajudar? 



— Quero ter outro filho com a minha esposa. 



Maitê fica em silêncio, não sei dizer se ela está surpresa ou se está tentando absorver o que eu disse. Ouço ruídos do outro lado da linha, e logo sua respiração, que causa chiados.



— Como é que é? Está falando sério? Dulce, não brinque com uma coisa dessas. 



Quase gargalho de sua reação, ela parece um tanto confusa e realmente surpresa.



— Eu nunca falei tão sério na minha vida, Tita. – Suspiro. — Quero ter outro filho com ela, não existe outra coisa que eu queira mais nesse momento.



— Okay. Pu*ta merda. Eu vou ganhar um sobrinho novo. – Começa a cantarolar uma música, acabo rindo de sua reação. — Tudo bem, chego aí em alguns minutos. 



Antes que eu possa me despedir dela, ouço o som de bipe. Filha da mãe, desligou o maldito celular na minha cara. Bloqueio a tela do celular e o jogo em cima da cama, saio do quarto para ir até o escritório de Anahí buscar o notebook dela. Um tempo depois ouço a campainha tocar, levanto-me do sofá e vou até a porta. Maitê está parada, com um enorme sorriso em seu rosto e vestida com um enorme casaco branco. 





— Veio rápido.



— Eu disse que viria. – Dou espaço para ela entrar, Maitê me dá um beijo na testa antes de adentrar minha casa. — Como eu não posso beber, trouxe alguns cupcakes para comemorarmos. 



Levanta uma sacola de papel que até então eu não tinha notado, sorrio para ela e fecho a porta. Convido-a para sentar no sofá, pergunto sobre o dia dela e como está sendo a gravidez. Enquanto ela conta, aproveito para ligar o notebook. Pesquiso o mesmo site que eu vi algo muito interessante, um método novo para engravidar. 



— Você fez seu marido ir comprar bolo de cenoura no meio da madrugada? Coitado, estava muito frio noite passada.



— Não tenho culpa se a filha dele decidiu querer bolo de cenoura às três da manhã. 



Se defende e eu nego com a cabeça, sorrindo. Maitê é realmente louca. Eu duvido muito que se fosse Anahi ela iria levantar para comprar algo para mim durante a madrugada. Pensando bem, ela iria. Eu que não iria, nem se me pagassem um milhão de dólares. 



— Aqui, essa semana eu fiquei pesquisando sobre tratamentos para engravidar. Eu achei lugares realmente bons fora do país, mas encontrei algo que me chamou bastante a atenção. – Mai chega mais perto para poder ver melhor. — Cientistas britânicos desenvolveram um projeto que permite criar um novo tipo de espermatozoide. 



— Como assim?



— Aqui. – Aponto para a tela. — Eles afirmaram que conseguiram obter espermatozoides a partir de células-tronco da medula óssea feminina. Não é uma coisa totalmente certa de que vai dar certo, mas todos eles afirmaram que é cientificamente possível. 



— Espera aí. – Olho para Maitê, que está com o rosto torcido em confusão. A testa franzida e as sobrancelhas quase juntas. — Você está me dizendo que eles criaram um espermatozoide feminino? 



— Sim! Não é incrível?



— Como eles conseguiram isso? Será que vai dar certo?



— Eu não sei, mas eles parecem bem confiantes. Maitê, pensa comigo. Anahí e eu podemos testar, é um chute no escuro, eu sei. Mas não seria incrível se desse certo? 



Me sinto com a animação de uma criança e ansiedade de um adolescente que vai dirigir seu carro pela primeira vez. Não queria criar tantas expectativas em relação a isso, porém, seria tão incrível ter um filho meu e de Anahí. Sem uma terceira pessoa, apenas nós duas. Com toda certeza, se der certo, a criança nascerá linda. Porque modesta parte, eu sou bonita, e Anahi é praticamente uma Afrodite. 



Posso até mesmo visualizar uma criança com os meus traços e os dela. 



— Dulce, você está mesmo disposta a arriscar fazer isso? Sabe que pode dar errado, não sabe? 



— Eu sei. – Mordo o lábio, sentindo-me menos animada. É fato que a probabilidade de dar errado é bem maior do que de dar certo, porém, é sempre bom ter esperança. — Mas eu estou sentindo que isso pode dar certo. Algo me diz isso.



— As chances de isso dar certo devem ser menos do que vinte por cento.



— Tita, se existir um por cento de chance, já vai ser muito mais do que eu esperava ter. – Olho para ela, que me olha com um pequeno sorriso em seus lábios. — Eu quero isso, Anahí e eu podemos tentar. Imagina ter um Savinon Portilla legítimo. 



— Mas vocês já tem uma.



— Não totalmente, você sabe. A Duda nasceu de mim, embora isso não influencie em nada.



— Realmente não influencia em nada, ela é uma Savinon Portilla legítima, Dul.



— Mai... – Me calo ao ver a expressão esquisita dela. — Por que está me olhando assim?





— Anahi e você não tiveram essa conversa? 



— Qual conversa?



Okay, isso tudo está muito estranho.



— Dulce. – Pega minhas mãos e segura, olha em meus olhos. Estou confusa, e um tanto receosa do que ela vai falar. — O doador de vocês não foi um cara anônimo. 



— Como assim?



— O Ucher doou o esperma para que vocês pudessem ter um filho. – Meu queixo caí e meus olhos se abrem, surpresos. Tudo bem que a semelhança entre Anahí e Eduarda é realmente incrível, mas eu não fazia ideia que isso era pelo fato dela ter DNA Portilla. — Eu jurava que Anahí já tinha contado isso para você. 



— E-ela não falou. – Balanço a cabeça, me sinto um pouco desorientada. — Eu realmente não esperava por isso. 



— Fica assim não, ele só doou um pouco de esperma. Vocês não transaram. – Sinto minhas bochechas esquentarem na hora. Por que ela gosta tanto de me deixar sem graça? — Eu tinha que ter gravado a sua cara. 



Joga a cabeça para trás e gargalha, puxo minhas mãos e solto as mãos dela. Bufo e reviro os olhos, a idiota continua rindo da minha cara. Volto a olhar para o notebook, melhor continuar minha pesquisa do que aturar o que essa imbecil tem para me dizer.



— Mas voltando ao assunto... Qual das duas vai passar por esse procedimento.



— Então... É justamente sobre isso que eu vou precisar da sua ajuda.



Dou um sorriso amarelo para ela e Maitê me olha desconfiada. 



A parte mais difícil nem era ir para Londres e passar por todo o processo. O pior mesmo seria convencer Anahí a tentar engravidar outra vez. 



Mas eu sinto que vai dar certo... Tem que dar certo. 



Domingo, dia 3 de Janeiro



Estou sentada na cama esperando Anahí voltar do banheiro. Decidimos fazer uma coisa diferente, aproveitar que Eduarda está dormindo. Por alguma razão, depois do almoço ela simplesmente ficou cansada demais para nos acompanhar em uma sessão de filmes. Minha esposa e eu ficamos sem decidir ao certo o que fazer, portanto decidimos, ou melhor, ela decidiu que deveríamos assistir alguns vídeos nossos que estão na caixa de memórias. 



Eu sei muito bem os vídeos que ela quer assistir. 



— Amor, eu esqueci de te avisar. Essa semana vai vir um pessoal aqui medir o banheiro, a reforma deve começar no fim de semana que vem. 



Anahí diz ao sair do banheiro, seu cheiro toma conta de todo o quarto. Ela está vestindo apenas uma camisa do Real Madrid de mangas longas, os cabelos presos em um rabo cavalo dão a ela um charme incrível. Sorrio para a bela mulher subindo na cama, mesmo sem entender ela também sorri. 



O sorriso dela é tão lindo, a forma que os olhos fecham e as bochechas incham. Tudo em Anahi é encantador, do mínimo ao maior detalhe. Não existe uma forma de olhar para ela bem de perto e não se perder. 



— Eu não estou com fome. 



— O que? – Ela me olha intrigada, depois solta uma risada. — Dul tudo bem? Ou?



Pisco algumas vezes quando ela estala os dedos em frente ao meu rosto. Que sensação de hipnose esquisita. Foco o olhar em Anahí, que me olha como se estivesse tentando entender o que tem de errado comigo.



— Me distrai um pouco. Do que estava falando?



— Sobre a reforma do nosso banheiro. – Repete e só então percebo que ela já tinha pegado a caixa de vídeos. — Começa final de semana que vem.





— Ah, okay... Espero que eles não façam muita bagunça, porque eu não vou arrumar nada. – Resmungo e Anahí apenas dá uma risadinha. — Qual vídeos nós vamos assistir? 



Pergunto curioso ao vê-la revirar os CDs, ela pega um em especial e abre a capa. Sento na cama em forma de índio, espero ela colocar o DVD para matar minha curiosidade. Anahí ajusta algumas coisas no aparelho e pega o controle, logo em seguida levanta e volta para a cama. 



— Esse é um vídeo muito especial, um dos poucos que temos no nosso início de namoro. – Ela comenta ao parar o meu lado, faço ela separar as pernas e sento entre elas. Anahí me puxa para trás e coloca as pernas sobre as minhas. Me aconchego em seus peitos, logo sinto ela acariciar meus cabelos. — Começamos a querer vídeos mesmo quando ficamos noivas. Você queria registrar os momentos importantes da nossa vida. Mas esse aqui é muito importante, é um dos meus preferidos. 



— Alguma data importante?



— Estávamos comemorando nosso primeiro ano de namoro.



Sorrio, já sentindo uma ansiedade crescer dentro de mim. Em alguns segundos surge a imagem de Anahí e eu correndo na areia da praia. O sol estava bem brilhante, deveria ser cedo. No vídeo eu corro na direção de Anahí e pulo em seu colo, ela me segura pela bunda e roda comigo. Estou com a cabeça jogada para trás, provavelmente gargalhando. Anahí para de me rodar e eu encosto minha testa na sua, vejo nossas bocas se moverem, mas como estamos longe não sei dizer o que estávamos dizendo. 



Ela me coloca no chão e de mãos dadas voltamos correndo para perto da câmera. Eu pego a câmera, sorrio e faço caretas. Anahí surge atrás de mim e coloca seu queixo em meu ombro. Ela sorri e depois vira a cabeça para beijar minha bochecha. 



— Agora nós vamos nadar um pouco. E pegar sol também, minha namorada precisa de um pouco de cor. 



Prendo a língua entre os dentes e olho para Anahi pelo canto do olho. Ela fecha a cara e devolve meu olhar. Ficamos um tempo nisso, até que ela desfaz a expressão emburrada e revira os olhos.



— Se eu ficar igual um camarão a culpa vai ser sua. 



— Dramática. 



Resmungo baixo e depois o vídeo para. A tela fica alguns segundos toda preta. Depois volta a aparecer imagens, sou eu outra vez. Dessa vez pareço estar dentro de um carro, meus cabelos ainda estão um pouco molhados. No vídeo eu estou balançando a cabeça de um lado para o outro, cantando uma animada música que toca no rádio. 



— Eu amo essa música, eu amo essa música! – Exclamo animada quando começa a tocar uma música com uma batida calma, um tanto sexy. — It's amazing how you knock me off my feet, hmm... Everytime you come around me I get weak, oh yeah – Olho para o lado e faço minha mão de microfone. — Nobody ever made me feel this way, oh... You kiss my lips and then you take my breath away 



— Essa música me dá vontade de transar. 



Anahí comenta e eu paro de cantar, fico um tempo apenas a olhando e então começo a rir. Nego com a cabeça e desligo o rádio do carro.



— Você é uma pervertida. – Ela continua rindo, reviro os olhos. — Anahi e eu fomos a praia, porque é nosso aniversário de namoro. O primeiro aniversário! – Grito animada e abro bem a boca, com os olhos fechados. O som da risada de Anahi ressoa no vídeo. — Amor, onde nós vamos agora? Pare de rir de mim. 



— É uma surpresa, Candy.



Olho para a câmera com cara de tédio, depois faço bico. Anahí volta a rir, bufo e reviro os olhos. Olho para ela e depois volto a olhar a câmera.



— Eu odeio surpresas. – Suspiro teatralmente. — Mas eu estou tão animada! – Grito e levanto as mãos, me inclino para ligar o som e volto a dançar. — Feliz um ano de namoro. 



Mando um beijo para a câmera e então o vídeo acaba. A tela volta a ficar preta, suspiro. Me viro nos braços de Anahí para olha-la. Um enorme sorriso enfeita seus belos lábios, sorrio por consequência ao sorriso dela.



— O que aconteceu nessa surpresa?



— Bem, nós fomos jantar. – Ela segura em minha cintura e faz eu sentar em seu colo de frente para ela. — Depois eu te levei para o nosso cantinho, nós dançamos na beira do lago. Ficamos contando histórias, e depois...



— Depois?



— Fizemos amor pela primeira vez. 



— Sério? E foi bom? 



Anahí olha para o teto, abre um enorme sorriso. Parece estar lembrando daquele dia, é impossível não sorrir ao vê-la sorrir dessa forma tão verdadeira.



— Foi a melhor noite de toda a minha vida.




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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