Fanfics Brasil - Capítulo 39 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 39

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Por Dulce





  





Foi como despencar de um prédio e acordar antes de bater no chão. 



Ofegante.



Uma camada grossa de suor por todo meu corpo. Sinto minhas roupas grudarem em minha pele. Tento focar minha visão em algo, mas tudo parece turvo. Um toque em meus ombros e então meu corpo é jogado para frente e para trás.   



O que é isso? Por que tudo parece fora do lugar? 



― Dulce! – Ouço meu nome ser chamado ao longe, eu tento abrir os olhos ou me mover, mas é como tentar se soltar de uma teia de aranha. ― Dulce!



Dessa vez a voz da pessoa soa mais grave e graças ao baque em meu corpo, abro os olhos. Confusa, atordoada. Com medo do que acabou de acontecer. Minha respiração está descompassada, pisco algumas vezes quando a luz dentro do quarto incomoda meus olhos. Então a vejo, seu olhar transborda preocupação e pavor.



― Pelo amor de Deus fala comigo. – Duas mãos se apossam de meu rosto. Ainda estou confusa olhando para ela, seus olhos brilham em pavor. Sei que ela está preocupada, mas minha voz parece ter sumido. ― Dulce. 



― Anahí?



― Eu estou aqui, amor. Estou aqui com você. – Só então me dou conta que tudo não passou de um perturbador pesadelo. Sinto-me quebrar aos poucos e sem pensar duas vezes me lanço sobre ela. Meu coração parece comprimido dentro do peito. Anahí me envolve em seus braços, apertando-me contra seu corpo. O aroma que ela exala serve como um tipo de calmante. Ela está aqui! Tudo é real. ― Foi só um pesadelo, Dul. Tudo está bem agora. Estou aqui com você, eu estou aqui. 



Repete seguidas vezes que tudo está bem e ela está comigo. É tudo que preciso para me acalmar, mas não consigo. Foi tudo tão real, eu me vi mais jovem, eu senti tudo que aconteceu. Foi aterrorizante pensar que minha família não era real e que tudo que vivi nos últimos meses não passara de uma maldita ilusão. Não me lembro de ter ficado com tanto medo quanto estou agora. 



Agarro-me em Anahí como se quisesse nos fundir. Aperto-a contra mim com tanta força, sem me importar de estar lhe machucando. Preciso senti-la, preciso saber que isso é real. Não aquele pesadelo. Porque sim, uma vida onde Anahí e Eduarda não existem seria um pesadelo para mim. Preciso delas, preciso dela. Preciso dessa vida que aprendi a levar e amar. 



Meu corpo treme violentamente, busco o ar desesperada. Anahí continua a tentar me acalmar, sei que ela está tremendo. Talvez esteja com medo ou apenas muito preocupada. Seus dedos que acariciam meus cabelos estão gelados e trêmulos. Afasto um pouco a cabeça para olhar seu rosto. Os olhos azuis brilham de um jeito preocupado, porém ela está sorrindo. O meu sorriso favorito em todo o mundo. 



O sorriso da pessoa que sou completamente apaixonada.  



― Está se sentindo me...



Não a deixo terminar de falar e a beijo. Viro um pouco de lado para grudar melhor nossos lábios. Anahí parece surpresa, mas me puxa um pouco para cima e abre a boca para que eu aprofunde o beijo. Sorrio antes de morder seu lábio inferior e o sugar. Seus dedos agarram meus cabelos e é ela quem intensifica o contato entre nossas bocas. 



É real, não consigo mais viver sem ela. 



(...)



Não desgrudei de Anahí um segundo sequer. Tomamos banho juntas, com direito a muitos carinhos. Fizemos o café juntas. Quer dizer, ela fez, eu só fiquei agarrada na cintura dela com a cabeça deitada em suas costas. Levamos nossa filha para a escola, ela adorou isso por sinal. Não parou de falar aos colegas de classe dela que as mães dela tinham a levado para a escola. 



Eu não sei viver sem essa garotinha na minha vida.



Entende como foi aterrorizante achar que ela não era real? 



Anahí teve que ir para sua galeria, afinal, ela trabalha todos os dias. Mas nem assim eu a larguei, fui com ela, óbvio. Agora estou aqui a observando fotografar alguns animais de estimação. Segundo Anahi, ela está fazendo um book de fotos para uma amiga. Ela parece tão concentrada e fica sexy com essa câmera fotográfica na mão. 



O modo como ela move os braços, guiando sua equipe. Como um maestro que comanda uma orquestra. Talvez eu esteja realmente apaixonada por ela, por ficar dessa forma tão boba apenas pelo fato dela respirar. E toda vez que ela sorri para mim, é como se o mundo parasse e tudo em volta sumisse. 



― Amor, está quase na hora da sua consulta com a Dra. Alba. – Nem notei em qual momento ela se aproximou de mim. Sorrio e abro os braços, chamando-a para sentar em meu colo. Anahí senta de frente para mim, as pernas uma de cada lado do meu corpo. ― Está se sentindo melhor? Posso ligar para ela e cancelar se você quiser. 



Subo e desço minhas mãos em sua cintura, acariciando a região. Anahí tem suas mãos em meus ombros.



― Estou me sentindo bem melhor agora. 



― Isso é bom. – Inclina-se para frente e beija meus lábios.



― Muito bom. – Coloco uma mão sobre sua lombar e puxo-a contra mim, seus lábios ficam a centímetros de distância dos meus. ― Vai ir comigo?



― Claro. – Coloca uma mecha do meu cabelo para trás de minha orelha. ― Estou preocupada com você. Tinha tantas semanas que você não tinha um pesadelo, e esse foi realmente assustador. Ainda consigo ouvir você gritar.



― Me desculpe por assustar você.



― Não é culpa sua, amor. – Sorri docemente e acaricia minha bochecha. ― Mas pode ser que você tenha traumatizado nossa filha.



― É eu sei, ela entrou no nosso quarto quase chorando. 



― Foi assustador. – É possível notar o tom agoniado na voz dela. Eu estava apavorada durante o pesadelo e ela por não conseguir me acordar. Nem consigo imaginar como seria se fosse ao contrário. Bem, eu provavelmente desmaiaria. ― Mas está tudo bem agora, nós vamos passar por isso também.



(...)



Acabamos de chegar ao consultório da Dra. Alba, confesso que estou ansiosa para tirar essa angustia que insiste em ficar dentro de mim. Tem alguma coisa me aterrorizando, e eu não consigo descobrir o que é exatamente. Anahí segurou minha mão durante todo o trajeto, eu não poderia escolher uma esposa melhor. Ela é carinhosa e compreensiva, toda garota gosta dessa sensação de estar segura. Eu sei que com ela eu não preciso me preocupar, nem exigir nada. Ela sempre está ao meu lado. 



― Boa tarde, dona Dulce. Srta. Anahí. 



― Boa tarde, Jessie. 



Cumprimento a sorridente secretária da Dra. Alba, Anahí apenas acena com a cabeça e me acompanha até um dos bancos de espera. Não demora mais que poucos dez minutos para a porta ser aberta e o paciente que estava lá dentro sair.



― Nos vemos na semana que vem. 



― Até a semana que vem Dra.



Jessica se despede do rapaz alto o qual eu sempre esqueço o nome. Ela pega sua prancheta e corre os olhos pela sala, sorri ao me ver ali. 



― Olá moças bonitas. – Vem toda sorridente em nossa direção. Eu ainda sinto um pouco de ciúme da forma que ela sorri para minha esposa, porém agora sei que é apenas o jeito dela. E Anahí é simpática com todos, não tenho motivos para dar ataques. ― Tudo bem? 



― Tudo sim. – Anahí a cumprimenta e diz algo em seu ouvido, Jessica fica um pouco séria e acena com a cabeça. ― Cuida bem da minha garota. 



Sorrio com as bochechas ruborizadas e Jessica ri. Acompanho-a até a sala dela, como sempre me deito no divã e ela senta em sua cadeira ao lado. O clima dentro da sala é agradável, até aconchegante. Coloco as mãos sobre o colo e fico um tempo em silêncio. É assim todas as vezes, ela espera até que eu diga alguma coisa.



― Noite passada eu tive outro pesadelo. – Fecho os olhos e sinto um arrepio subir por minha coluna vertebral ao me lembrar do sonho. ― Esse conseguiu ser pior do que os outros.



― Quer falar sobre ele?



Não respondo de imediato, paro um pouco para pensar. Mas sei que preciso falar sobre isso. Tomo um pouco de fôlego e busco coragem para começar a falar, relembrar de como tudo aconteceu ainda me deixa aterrorizada. É assustador pensar que tudo pode não ter passado de um sonho.



É desesperador pensar que um dia eu posso acordar e descobrir que nada disso é real. 



Durante o tempo que passei contando a Dra sobre o sonho, ela ficou calada me analisando. Eu não olhava para o seu rosto, mas sentia seu olhar sob mim o tempo todo. Não sei dizer ao certo quanto tempo durou aquele pesadelo, mas não quero passar por ele de novo. E agora fica a sensação de que eu vou dormir e acordar naquele lugar outra vez.



― Acho que não vou conseguir dormir essa noite.



― Se você tiver problemas com insônia, peça a sua esposa para lhe dar um calmante natural. – Mordo o canto do lábio, nervosa. ― O seu pesadelo parece um reflexo dos seus medos. 



― Como assim? – Olho para ela confusa e curiosa.



― Minha avó costumava dizer que os pesadelos são a forma que nossos medos interiores de se tornarem reais de alguma forma, para nos atormentar. Que quando você tem muito medo de alguma coisa, mas não conta a ninguém, eles acabam se tornando pesadelos. – Ela anota algo em sua prancheta e depois me olha. Sorri da mesma maneira reconfortante de sempre. ― Você sente medo de alguma coisa em relação a sua vida, Dulce? 



Paro um pouco para pensar. É óbvio que tenho medo, de muitas coisas. Afinal, eu só acordei em um dia que deveria ser normal na minha adolescência, mas na verdade eu estava casada, com quase trinta anos e tinha uma filha. Claro que isso é assustador, porém, meu medo agora não é sobre a vida que eu não me lembrava.



Era perder tudo isso, já me acostumei com minha família. Minha esposa, minha filha. Eu as amo demais para perdê-las assim de uma hora para a outra. É apavorante. 



― Sim. – Admito e solto um longo suspiro.



― Qual é o seu medo? 



― Acordar um dia e descobrir que nada disso é real. – Engulo seco, sinto a vontade de chorar crescendo dentro de mim. ― É sufocante considerar essa hipótese. 



― Dulce... Posso lhe fazer uma pergunta? 



― Sim, Dra. Claro. 



Jessica descruza as pernas e coloca a prancheta sobre elas. Me lança um olhar sério, como se estivesse me analisando. Então ela enche os pulmões de ar e pergunta:





― Você ama sua esposa? 



Eu amo Anahí?



(...)



A conversa se estendeu tanto que passamos do meu horário de consulta. Mas acho que a Dra. Alba percebeu que eu estava tentando desabafar. Bem, de qualquer forma isso ainda vai custar a mais. 



― Com fome? 



― Um pouco. – Agarro o braço de Anahí e encosto minha cabeça em seu ombro. Ela me dá um beijo e afaga meu rosto com sua mão livre. ― Podemos buscar a Duda? Estou com saudades dela.



― Mas ainda não está no horário. – Me afasto um pouco dela e faço minha melhor carinha de cachorrinho. Anahí revira os olhos e sorri. ― Tudo bem, vamos buscá-la então. 



Solta minha mão de seu braço e o passa por cima de meus ombros. Caminhamos lado a lado em direção ao nosso carro. Provavelmente quem vê de longe diria que somos um casal de recém casadas. Não é muito comum ver pessoas que são casadas há anos como nós duas ainda se comportarem como se estivessem em clima de lua de mel. E é exatamente assim que estamos. 



Se for parar para pensar melhor, minha amnésia foi necessária por alguma razão. Pode ser o tal “destino”. 



Talvez tudo isso tivesse que acontecer para que o nosso amor não se perdesse. Se nós estávamos a ponto de nos separar, então o destino tratou de agir para permanecermos juntas. 



Já parei para pensar que se nada disso tivesse acontecido comigo, agora eu provavelmente estaria morando com meus pais e me afundando na minha própria depressão pós-divórcio. Tem uma coisa que aprendi sobre a antiga Dulce é que independente de tudo ela era dependente de Anahí, assim como eu sou. Na realidade nós duas temos uma conexão que nos impede de nos afastarmos por muito tempo.



Será que isso é saudável? 



Anahí estacionou em frente ao colégio da Eduarda, sacou seu celular da bolsa e discou algum número. Devia estar ligando para a diretora. Ela foi breve, apenas disse que precisava que liberassem nossa filha, pois iríamos a alguma festividade de família. Tive que prender o riso, ela é muito sonsa. Não demorou mais que alguns segundos para a vermos aparecer no portão da escola de mãos dadas com uma mulher de cabelos grisalhos. 



― Mamães! 



Grita antes de correr em nossa direção. Solto a mão de Anahí e me ajoelho no chão, sem me importar em sujar minha calça. O corpo pequeno da minha filha colide com o meu, fazendo eu me inclinar um pouco para trás. Um enorme sorriso enfeita meus lábios, a agarro com mais força. 



Não sei viver sem essa garota. Nem nos meus piores pesadelos eu quero imaginar outra vez que ela não existe.



― Será que eu posso ganhar um abraço também? 



Sorrindo me afasto de Eduarda e levanto-me do chão, ela levanta os braços e Anahí pega ela no colo. As duas começam a rodar, observo a cena completamente encantada. É ótimo poder olhar para elas e saber que é real, que tudo isso realmente está acontecendo. 



Mas por que essa sensação de que posso acordar a qualquer momento continua dentro de mim? 



1 de Março 



Não sei dizer exatamente há quantos minutos estou aqui parada observando Anahí dormir. Uma pequena fresta na cortina é a única coisa que faz com que tenha luz no quarto. O relógio sobre a cabeceira indica que já passa das 02h30am. Mas eu simplesmente não consigo dormir. 



Minha esposa parece um anjo dormindo. Seu rosto sereno indica que talvez ela esteja tendo um bom sonho, ou não está sonhando com nada. Mas eu gosto de observá-la dormir, cada detalhe do seu rosto é encantador. E a forma que ela franze as sobrancelhas às vezes é uma coisa realmente adorável. 



Eu não sei se sou o suficiente para ela, mas com toda certeza Anahí é muito mais do que eu mereço. 



Tiro a coberta de minhas pernas, passo uma por cima dela e pairo sobre seu corpo. Tomo todo cuidado para não acordá-la. Abaixo meu tronco o suficiente para tocar sua bochecha com meus lábios, a sinto relaxar o corpo abaixo de mim. Sorrio, ela reconhece meu toque mesmo em seu sono mais profundo. 



Levanto-me da cama, pego o robe de cetim dourado com detalhes brancos que está caído ao pé da cama. É o robe favorito de Anahí, e eu o amo apenas pelo fato dele exalar o perfume dela. O visto e dou um nó firme. Giro em meus calcanhares e vou em direção a janela, destranco-a e com calma abro a janela. O vento frio colide em meu corpo, fazendo-me estremecer um pouco. 



Está um pouco nublado, mas é possível ver boa parte da lua escondida em meio as nuvens. Do lado de fora tudo está escuro e apenas ela nos ilumina. Eu sempre gostei de admirar a lua, Anahí e eu temos isso em comum também. Gosto da circunferência e da beleza dela. Ela é simplesmente magnífica. 



A noite estava fria, eu ando pelo quintal agarrada em meu corpo. Olho em volto para ver se encontro a idiota que eu carinhosamente chamo de namorada. Mas não a vejo, começo a pensar que ela está me sacaneando ou coisa assim. Estou prestes a me virar e voltar para casa quando sinto a presença de alguém atrás de mim, engulo seco. 



― Me procurando?



― Estúpida. – Viro-me irritada e pronta para estapear aquela idiota, mas Anahí é rápida e segura minha mão no ar. Bufo frustrada, tento chutá-la, mas ela se esquiva. ― Me solta. 



― Você quer me bater, é óbvio que não vou te soltar. – Sua voz é pura ironia e isso consegue me irritar ainda mais. Penso no que fazer, em qual local atingi-la, mas com minhas mãos presas fica difícil. ― Mais calma? 



― Não. 



― Poxa, Dul. Eu vim aqui toda carente querendo seu carinho e você querendo me bater. 



― Você me fez ficar plantada aqui preocupada com você. Achei que tinha acontecido alguma coisa, estúpida.



― Quanto amor. – Em um movimento rápido ela abaixa minhas duas mãos e me puxa para frente, nossos olhares se cruzam. Malditos sejam esses olhos azuis encantadores. ― Oi, amor. 



― Eu odeio você.



― Ah... Por que me odeia? Eu sou a melhor namorada do mundo. 



― Não, você é a namorada mais estúpida da face da terra.



― Ainda bem que é da face e não da bun*da da terra, imagina só. 



Abro a boca para rebater aquilo, mas nada sai. Quando me dou conta estou rindo da idiotice que ela falou. É impossível ficar com raiva dela por mais de alguns breves minutos. Anahí sabe como dar a volta por cima e me deixar toda derretida. É por isso que sou apaixonada por essa idiota, ela sabe me ganhar. 



Odeio isso!



― Eu odeio você.



― E eu amo você. – Sela nossos lábios. ― É a junção perfeita, Dul. Existe uma linha tênue entre o amor e o ódio. 



― O quanto você me ama? 



― Mais do que o suficiente.



― O bastante para nunca me deixar? 



Anahí se afasta de mim e olha em meus olhos.



― Você acha que eu seria louca de largar o amor da minha vida? Eu não desisti de você até te ter na minha vida, e agora que tenho, pode acreditar... Você não vai sair dela tão cedo. 





― Eu não quero sair da sua vida, quero permanecer nela para sempre.



― Você me ama? 



Pisco algumas vezes, sinto algumas pontadas na lateral esquerda da minha cabeça. Nossa! Isso foi intenso. Fecho a janela e volto para dentro, é sempre confuso ter alguma lembrança. Dá uma sensação estranha no corpo e um pouco de tonteira. 



“Você me ama?” 



Sabe aqueles 5 segundos de coragem que te permitem fazer algo que se você parasse para pensar melhor não faria? 



Foi com esse pequeno surto de coragem que andei até a cama. Respiro fundo e subo de joelhos no colchão, fico de quatro sobre Anahí e engatinho até ter meu rosto na altura do dela. É impossível conter o sorriso ao vê-la franzir a testa, juntando suas sobrancelhas quase que por completo. Ela é linda, e sou uma completa tola por ela. 



Devia ser humanamente proibido uma mulher ser tão bela quanto Anahi. 



Toco seus lábios com meus dedos gélidos, ela os pressiona no mesmo instante e coloca a ponta da língua para fora com a intenção de umedecê-los. Faço o mesmo e ela balança a cabeça para um lado e para o outro, como se soubesse que tem algo errado em seu rosto. Desço a mão até seu queixo e o seguro, viro sua cabeça para mim. Estou ofegante, mesmo sem tê-la beijado ainda. Nossos lábios finalmente se tocam. A respiração dela falha por alguns segundos e ouço-a engolir saliva.



― Candy? 



Ela sussurra meio abafada, sorrio sob seus lábios e pressiono os meus contra os dela. Suas mãos tocam minha cintura, seus dedos pressionam minha carne e ela me puxa para perto. Levo a outra mão até seu rosto e o seguro com as duas mãos. Anahí está meio lenta, parece atordoada. Não sei dizer se mais pelo sono ou por eu tê-la acordado dessa forma inesperada. 



 Inesperadamente ela se ajeita na cama e senta comigo em seu colo. Evito desgrudar nossos lábios, sua língua acariciando a minha devagar. Anahí sobe e desce as mãos por minhas costas, afagando-me. Quando ela me pressiona contra seu corpo, é impossível segurar o suspiro pesado. Jogo o quadril um pouco para trás apenas para sentar-me melhor em seu colo, com as pernas cruzadas em suas costas. 



― Nossa... – Ela ofega contra minha boca, solta uma risada nasal e eu sorrio. Beijo sua testa e puxo sua cabeça para deitá-la em meu colo. ― Acho que você deveria me acordar assim sempre. 



― Anahí. – Meu corpo estremece um pouco. Ela se afasta mais e estica o braço para acender o abajur.



― O que foi? Você está tremendo. – Alisa meus braços de um jeito reconfortante. ― Amor...



― Eu acho que quero me casar com você. 



Anahí fecha a boca que estava aberta alguns segundos antes de eu interrompê-la. Observo sua testa franzir aos poucos e seus olhos me fitam confusos. Ou talvez surpresos. 



― Você...



― Eu quero me casar com você. – Minha voz não passa de um sussurro. Seguro o rosto de minha esposa e olho dentro de seus olhos para que ela saiba que estou falando sério. ― Quero me casar com você e fazer tudo certo dessa vez. 



― Dulce... 



― Apenas diga que sim. Diz que aceita e eu prometo que te farei a mulher mais feliz desse mundo. 



― Eu já sou feliz. – Abre um enorme sorriso, seus olhos brilham em lágrimas. ― Sou a mulher mais sortuda e feliz desse mundo somente por ser sua.



― Deixe-me multiplicar sua felicidade, case-se comigo outra vez. Diga que sim. 



― Basta olhar em meus olhos. Você já tem sua resposta, amor. 



O brilho em seu olhar foi o necessário para saber que ela estava disposta a casar-se comigo outra vez. Sorrio brevemente antes de segurar em sua nuca e puxá-la para um beijo. 



Essa é minha realidade!




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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