Fanfics Brasil - Capitulo 45 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 45

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Antes de mais nada meninas ... Eu quero agradecer. 

A todas e dedicar o capítulo pra cada uma que 

Está acompanhando e comentando.

E dizer que a fanfic já está na sua reta final.

Sim!!! infelizmente nosso conto de fadas está  quase se

Encerrando.

E eu dedico o capítulo de hoje.

Especial a minhas lindas: Duda Kakimoto amo-te guria e tu sabe disso. Sempre, e adoro suas esterias só pra tu saber, eu dou ilarias gargalhadas com você...

Gabiih, que sempre comenta e me enche de alegrias, pois sei que você sempre está me acompanhando nas histórias bjs flor.

E minha gatinha Sandy Reis, que eu amo essa estúpida, vocês não tem noção de como é morar perto dela. Gente ela é sensacional. E podem acreditar é uma Maitê em minha vida... E sempre ilude a boboca aqui.

E por último e não menos importante a ti Ester Cardoso. Você ganhou meu coração, linda, sério! Amo seus comentários e sei que sempre você também me acompanhou bjs... Meus amores já sinto uma lágrima no meu olho.

É só resta mais esse depois o último capítulo, simmmm já estou com saudades!!!!


Por Dulce





Eu sinto os músculos dos ombros dela relaxando aos poucos enquanto faço uma massagem. Os hormônios da gravidez parecem estar começando a afetar Anahí, e sempre que ela parece ficar irritada demais, eu dou meu jeito para que ela se sinta mais tranqüila. Descobri diversas maneiras de melhorar seu humor. 



E felizmente vem funcionado. Não é preciso muito esforço, na maioria das vezes ela se contenta com um carinho ou uma boa massagem. Hoje eu optei por lhe preparar um relaxante banho de banheira acompanhado por uma boa massagem. E parece estar funcionando mesmo. 



— Eu também tinha o humor tão instável assim quando estava grávida?



Pergunto curiosa, ouço alguns ossos dela estalando enquanto faço pressão com meus polegares, sua pele macia sob minhas mãos. Anahí suspira, inclinando um pouco a cabeça para trás até tê-la em meu ombro. 



— Bastante. – Sussurrou. Os olhos fechados, os cabelos um pouco úmidos e o rosto um pouco avermelhado. Tudo nela parecia ainda mais belo do que antes. Ou talvez fosse apenas eu me apaixonando mais por ela. — Tinha dias que eu dormia com os olhos abertos para não correr o risco de levar uma facada. 



Ela ri um pouco, abre os olhos e logo vejo um brilho nostálgico em seu olhar. Deslizo as mãos para frente, aliso sua clavícula e continuo descendo as mãos até que elas cheguem aos seios de minha esposa. Anahí separa um pouco os lábios, arfa com o toque de minhas mãos em seus mamilos sensíveis. Sorrio para suas reações positivas aos meus toques. 



— O que você fazia para me deixar calma? 



Pergunto baixinho em seu ouvido, sinto o corpo de Anahí enrijecer um pouco. Tenho certeza que ela está toda arrepiada, isso faz eu me animar ainda mais.



— Muita comida, carinho e... – Ela engole a seco quando prendo seus mamilos entre meus dedos, torcendo-os. — E sexo... Bastante sexo. 



— Muito sexo?



— Sim, muito. O tempo todo, em qualquer lugar. – Seu tom quase desesperado me faz rir levemente. Anahí está excitada. 



— Acho que posso usar algumas dessas técnicas com você também.



— Principalmente a parte do sexo, por favor. – Um sorriso safado surge em seus lábios. Ela não vale nada. 



Que sacana! Ela está me induzindo a fazer o que ela quer. 



Mas quem disse que eu não posso jogar também? 



— Sexo não vai faltar para você, amor. – Seguro seu seio esquerdo com minha mão e desço a outra em direção ao seu ventre. Passo superficialmente minhas unhas em sua pele e a barriga de Anahí se contraí imediatamente. — Está se sentindo melhor? 



— Muito melhor... – Anahí curva um pouco as costas, observo por entre meus cílios ela separa suas pernas. O movimento faz algumas pequenas ondas na água, elas batem na borda da banheira e voltam para o centro. Sorrio, finalmente tocando seu clitóris. Minha esposa escorrega um pouco para baixo, morde o lábio inferior para não gemer. — E agora está melhorando. 



Deslizo suavemente meu dedo médio de cima para baixo, tocando-a com extremo cuidado. Não é muito confortável ser masturbada debaixo da água, machuca. Então estou sendo o mais cuidadosa possível porque não quero machucar minha esposa. Quero fazê-la se sentir bem. Coloco um pouco de sabonete líquido em minha mão e volto a masturbá-la. 



Anahí agarra a borda da banheira com uma mão e com a outra segura meu pulso, auxiliando-me nos movimentos em seu sexo. Ela parece confortável, os suspiros e sussurros de prazer me dão a certeza de que ela está gostando. Capturo seu lóbulo da orelha entre meus dentes e o sugo, arranhando a pele sensível. Um gemido consideravelmente alto escapa de sua boca, fazendo-me sorrir. 



— Vou cuidar direitinho de você. 



(...) 



Quarta-feira, 27 de maio 



1 mês e meio de gestação! 



"Durante a gravidez o olfato das grávidas ficam mais apurados..."



"O choro do bebê nem sempre é de fome, descubra como identificar o que ele indica..." 



"Como ter uma gravidez saudável e tranqüila..."



Esses são os tantos tópicos dos livros que estou lendo. Ontem resolvi passar em uma livraria e comprar qualquer livro relacionado a bebês e gravidez. Quero estar preparada para a chegada do nosso novo bebê. Anahí ficou feliz em me ver tão animada e eu fiquei feliz por vê-la feliz. 



Quem também está feliz com essa notícia – além de nossos pais e amigos – é a pequena Eduarda. Ela ficou tão feliz quando contamos que Anahí está esperando um bebê.



(Flashback) 



Anahí e eu resolvemos contar a nossa filha que ela irá ganhar um irmão em breve. Ela acabou de chegar da escola e foi tomar seu banho com minha esposa. Agora estou na sala esperando as duas voltarem.



— Eu sou a super Duda!



Ouço minha filha gritar e em seguida a risada alta de Anahí, seguida pelos passos apressados na escada. Olho para o lado e vejo Eduarda com os cabelos molhados e uma capa em volta de seu pescoço. Capa essa que na verdade era uma blusa.



— Oh, eu tenho uma filao super herói e não sabia? – A pequena corre em minha direção e pula em meu colo,  a seguro em meus braços e encho seu rosto de beijos carinhosos. Ela ri, agarrando-me pelo pescoço. — Que cheiroso essa minha pequena.



— Eu passei o perfume da mamã.



Eu percebi. 



— Princesa, vem cá, sua mamãe e eu queremos contar uma coisa. 



Anahí atraiu sua atenção, batendo no assento do sofá ao meu lado. Eduarda solta meu pescoço e vai se sentar onde ela indicou. Eu olho para Anahí e sorrio. 



— Nós temos uma surpresa para você?



— Tem? – Os olhos dela brilham enquanto ela reveza o olhar entre Anahí e eu. — O que é? 



Levanto-me do sofá e ando até estar em frente à Anahí sorrio para minha esposa enquanto me ajoelho a sua frente. Coloco minhas mãos sobre sua barriga por cima da blusa, olho para Eduarda e a vejo completamente confuso. 





— Lembra quando você nos disse sobre ter pedido ao papai-noel um irmãozinho? 



— Então... – Eu digo levantando a blusa de minha esposa e expondo a pequena protuberância em seu ventre. O rosto de Anahí já demonstrava que ela iria chorar a qualquer momento. — Papai-noel atendeu seu pedido, filha. Você vai ganhar um irmãozinho novo. 



Demorou apenas alguns segundos para que Eduarda saltasse do sofá e começasse a rodopiar dizendo que finalmente Papai Noel tinha lhe dado o presente que ela queria. 



É o melhor momento da minha vida, sem sombra de dúvidas. 



(/Flashback Off)



É impossível não sorrir ao lembrar-me daquele dia, o sorriso dos meus dois amores e a felicidade extrema da minha filha, é a melhor coisa do mundo. E agora, vendo minha esposa dormir sobre o meu colo, faz tudo ter sentido. Eu sinto como se toda minha vida fizesse sentido agora. 



Acho que Anahí se sentiu assim na primeira vez. Um sentimento de proteção e felicidade sem fim por construir uma família. No meu caso aumentar a família está sendo gratificante.



E bem, eu estou ansiosa e orgulhosa. Eu vou ser mãe. Por Deus! Eu vou ser mãe. Isso é meio assustador de pensar levando em consideração todos os acontecimentos dos últimos meses. Mas não deixa de ser animador. De forma alguma. 



Eu mal posso esperar para ver o rostinho do nosso novo bebê. 



Fecho o livro em minhas mãos e o deixo de lado. Retiro meus óculos de grau e o coloco sobre o livro. Coloco uma mão sobre a cabeça de Anahí, que repousa em minha barriga, e acaricio seus fios de cabelo. Minha esposa tem dormido bastante, é quase impossível que ela fique em casa durante o dia sem dormir em algum momento. Às vezes ela simplesmente apaga. Por sorte ela não tem tido enjôos até agora, apenas algumas vontades. Todas normais por enquanto. 



Seu rosto tão sereno, ressonando baixinho enquanto parece absorta em um sono profundo. Uma das coisas que mais me orgulho da antiga Dulce é que ela se casou com essa mulher. Se eu pudesse falar com a Dulce do passado, eu lhe daria um tapa na cara dela e mandaria ela abrir os olhos para enxergar Anahí.



Ela é o amor da minha vida, para isso não existe qualquer dúvida. 



Ouço duas batidas na porta e logo em seguida a mesma é aberta. Quando vejo os cabelos – outra vez compridos – da minha  pequenina adentrar o quarto, sorrio para a mesma e a chamo com a mão. Eduarda fecha a porta devagar e caminha nas pontas dos pés para não acordar sua mãe. Ela sobe na cama com extrema habilidade e se arrasta para perto de mim. 



— Cansou de jogar? – Pergunto a abraçando com o braço esquerdo. Ela assente e deita à cabeça em meu colo, sua pequena mãozinha vai até os cabelos de Anahí para fazer o mesmo carinho que eu estou fazendo. — Comeu alguma coisa, filha? 



— Sim, mamãe. – Beijo sua cabeça e encosto minha bochecha na mesma. 



Eu gostaria de tirar uma foto desse momento. Minha esposa deitada em meu colo e eu abraçada com nossa filha. Seria a foto perfeita para um cartão de natal. 



— Então deita aqui com suas mamães e vamos dormir um pouco. Mais tarde podemos assistir aos seus filmes favoritos, que tal?



— Sim! – Eduarda exclama, mas logo se arrepende e coloca as mãos sobre a boca ao ouvir Anahí resmungar alguma coisa. — Desculpa. 



— Tudo bem, mas agora vamos descansar.



******



3 meses de gestação. 



Anahí tem estado meio instável nos últimos dias. Seu humor varia muito e ela está meio abatida, sua barriga está bem mais visível e ela está se sentindo gorda. Basicamente Anahí começou a se ver como outra pessoa. Mas como ela pode ousar dizer que está feia quando tudo que eu consigo enxergar é quão mais bela ela está? 





Vê-la com as bochechas mais cheias, o rosto rosado, até mesmo suas mãos mais gordinhas são adoráveis e lindas. Anahí é a grávida mais bela da face da terra. 



Como ela não consegue enxergar isso? 



— Mais um short que não entra em mim. – Ouço-a resmungar dentro do closet, a frustração constante em sua voz está lá, dando voz a toda sua insegurança. — Eu vou ficar sem roupas, inferno! 



— Olha essa boca, mocinha! – Repreendo-a adentrando o closet. Anahí está revidando suas gavetas, a expressão fechada e o rubor comum em suas bochechas. — Amor...



— Não, Candy. Agora não. 



Respiro profundamente e conto até dez. Anahí estressada tem sido a pior Anahí, e pior que tudo a tira do sério. Até mesmo a mudança do clima. Quer dizer, principalmente a mudança do clima. Estamos no verão e isso parece estar sendo um combustível maior para o estresse de minha esposa. 



— Respira. – Peço me aproximando dela calmamente. Qualquer passo em falso pode despertar a ira dela. Eu sei, já cometi esse erro, mas sou paciente e sei que tudo isso são apenas os hormônios afetando seu humor. — Usa esse aqui. 



Devagar pego entre meus dedos a peça lilás, é um short leve e um pouco mais largo que os outros. Anahí para de revirar as roupas e respira fundo antes de pegar o short de minhas mãos. Sorrio para minha esposa, ela continua com a expressão fechada no rosto.



— Eu estou enorme. – Resmunga enquanto se esforça para vestir o short. — Daqui a pouco nem vou conseguir passar pela porta. 



Quanto exagero, mulher! 



O sorriso não deixa meu rosto, Chelsea, nossa obstetra, aconselhou-me a ser o mais calma possível. Nossos pais e amigos disseram o mesmo. Todos me alertaram sobre as mudanças bruscas de humor, portanto eu já tinha me preparado mentalmente para coisas assim. 



— Você continua linda, amor. – Anahí abaixa a cabeça e suspira forte. Paro atrás dela e a abraço, acariciando sua barriga devagar. Sinto o seu corpo perder a rigidez conforme faço carinho em sua barriga, eu ouso beijar sua nuca e minha esposa relaxa de vez. — Acho que sou mais apaixonada por você agora do que antes. 



— Não é nada. – Sua voz está embargada e ela controla os soluços. — Só está dizendo isso para não me deprimir.



E deixa um soluço alto escapar, encosto mais meu corpo ao seu e uso uma mão para jogar seus cabelos por cima do seu ombro, depositando mais beijos carinhosos em sua nuca agora exposta. Solto sua cintura apenas para prender seus cabelos e assopro em sua nuca para refrescá-la.



— Eu amo você. – Coloco o queixo apoiado em seu ombro e sussurro em seu ouvido. — Você é a mulher mais linda da face da terra. Eu posso te garantir que estou sendo cem por cento sincera. – Beijo sua bochecha, a ouvindo fungar algumas vezes. — Você é o amor da minha vida. 



Anahí vira de frente para mim em um movimento rápido e me abraça com força. Envolvo-a em meus braços e lhe encho de beijos. Minha esposa funga mais algumas vezes em meu pescoço, mas já não está chorando mais. Sorrio para nossa imagem refletida no espelho. 



Eu devo ter feito algo muito bom em outra vida para ter ganhado Anahí nessa vida. Ela é tudo que eu quero e preciso. É mais do que o necessário, mais do que eu mereço. 



Mais do que eu poderia pedir de natal ao Papai Noel. 



(...)



É madrugada, Anahí e Eduarda estão dormindo juntas. Depois de uma maratona de filmes de animação, as  duas simplesmente apagaram e estão dormindo profundamente até agora. Eu estou no closet, vendo alguns álbuns de fotos. Da minha gravidez para ser mais exata.





Estou apaixonada por uma foto em especial. Nela Anahi está sentada no meio das minhas pernas encolhida e com um dedo na boca, em sua boca tem uma chupeta e na cabeça um chapéu pequeno de bebê. É possível ver na blusa que ela está usando "Mamãe orgulhosa". O meu sorriso na foto é tão grande, eu não consigo imaginar como eu deveria estar feliz, mas posso sentir olhando para aquela foto. 



Continuo a olhar as outras fotos e o sorriso não saí do meu rosto. Certamente gostaria de me lembrar do período todo da minha gravidez. Ou ao menos um pouco de tudo isso.



Qual deve ter sido a sensação de dar a luz a Eduarda? 



— Eu gostaria de me lembrar disso.



— Lembrar do que? – Levo as mãos até minha boca para abafar o grito de susto que eu iria dar. — Desculpa, não queria te assustar. 



Olho para a porta e vejo uma sonolenta Anahí adentrar o closet. Retiro as fotos do meu colo e bato em minhas pernas, convidando-a para sentar em meu colo. Minha esposa rapidamente caminha em minha direção e senta sobre minhas pernas, deitando a cabeça em meu ombro. Deposito um beijo em sua testa e a ajeito melhor em meu colo. 



— Perdeu o sono? 



Pergunto e levanto um pouco sua blusa, apenas o suficiente para colocar minha mão lá dentro, subindo-a até circular a circunferência em sua barriga. Anahí ronrona, remexendo-se um pouco em meu colo. Sorrio enquanto acaricio sua barriga e minha esposa reage como um filhotinho se gato que recebe carinho. Ela simplesmente ama quando eu fico acariciando sua barriga. E eu amo fazer isso. 



Sinto-me orgulhosa por saber que ali dentro está um filho nosso, somente nosso. Mal posso esperar para pegar no colo e cuidar. 



— Eu estou com fome. E minhas costas doem tanto. – Resmunga quase choramingando. Uso a mão livre para apertar algumas partes nas costas dela. Anahí suspira, seu corpo relaxa em meu colo. — Bem aí...



— Aqui? – Pressiono dois dedos em sua lombar, Anahí acena com a cabeça enquanto geme baixinho de dor. — O que você quer comer? 



— Tacos. 



— Sério?



— Sim. – Puxa fôlego, sentando-se com corretamente para sentir melhor meus toques. — Mas quero tacos de queijo e frango.



Meu rosto se contorce quase que automaticamente. Seria isso um desejo? 



— Tacos de queijo e frango?



— Sim. – sua voz é quase como uma criança que implora algo para os pais. — Minha boca até encheu de água. 



Acabo rindo de sua fala. Continuo com a massagem em suas costas, agora com as duas mãos. Tento encontrar os locais onde seus músculos estão mais tensos e faço pressão para aliviar sua tensão. Anahí encosta a cabeça em meu ombro e suspirando diversas vezes enquanto eu pressiono os dedos contra sua carne.



Mais alguns longos minutos de uma massagem relaxante, Anahí sussurra em meu ouvido que já foi o suficiente. Antes de levantar, lhe dou alguns beijos lentos, acariciando seus lábios com os meus. Minha esposa agarra meus cabelos e retribui todos os beijos com fervor. Após muitos suspiros, chupadas e mordidas nos lábios e algumas juras de amor, levanto-me do chão e ajudo minha esposa a ficar de pé. Entrelaço nossas mãos e antes de descer dou uma rápida conferida em nossa filha. Eduarda está dormindo como o bom anjinho que é. 



— Quer beber alguma coisa? – Pergunto após deixá-la próxima a um banco, com cuidado Anahí se senta e apóia os cotovelos na bancada, curvando-se para frente. Abro a porta da geladeira em busca de algum suco natural. — Tem suco de laranja. Quer? 



— Sim.



— Eu estava pensando... – Pego a jarra de suco e um copo dentro do armário. — Podíamos aproveitar o sol que deve fazer amanhã e passar o dia todo na piscina. Que tal? 



— Você sabe que...



— Nem comece com essa história de que você está gorda, porque você está maravilhosa e fica cada vez mais. – Coloco o copo sobre a bancada e dou a volta para chegar até minha esposa. Anahí evita me olhar, ela sabe que odeio quando ela começa com esses assuntos. — É a mulher mais linda de todo mundo e eu sou a estúpida mais sortuda por ser casada com você. 



Os olhos dela estão marejados, Anahí fica alguns segundos encarando-me, e então, um soluço escapa de sua boca. Suas mãos agarram meu pescoço e meio desesperada ela me puxa para perto, escondendo seu rosto na curva entre meu ombro e pescoço. Sei que seu choro não é de tristeza, é apenas a forma dela demonstrar que está grata por eu estar em sua vida e amá-la mesmo quando ela não está se amando. 



Se ela pudesse ver-se como eu a vejo, talvez ela nunca se sentisse insegura consigo mesma. Porque não existe maneira alguma dessa mulher ser menos que perfeita. 



(...) 



Sábado, dia 01 de Agosto 



Levanto-me da cama em um salto, ofegante, sinto minha blusa do pijama grudar em minha pele. Mais uma noite e mais uma vez acordo em meio a um pesadelo. Não sei dizer ao certo como ele é; apenas sei que tenho acordado angustiada e ofegante todas às vezes. É como se eu fosse sufocada durante o sono. 



Olho para o lado apenas para confirmar que Anahí ainda está dormindo. E ela está; serena como um anjo. Seus cabelos espalhados sobre o travesseiro, a circunferência em sua barriga, muito mais nítida do que antes. Com o calor que tem feito, minha esposa tem optado por muitas vezes dormir nua. Eu super apoio isso, posso admirá-la à vontade enquanto ela dorme. O fino lençol que nos cobria está caído em algum lugar do chão, deve ser madrugada ainda, pois mesmo com as grossas cortinas é possível ver algumas frestas de luz quando o sol nasce. 



Sento-me na cama apenas para admirar melhor a bela mulher ao meu lado. Anahí está de barriga para cima, seu rosto virado em minha direção. A expressão tranquila, os lábios um pouco separados, deixando a respiração baixinha sair livremente. Suas bochechas estão mais cheias por causa da gravidez. 



Mais linda do que nunca. 



Eu sempre ouvi dizer que mulheres ficam ainda mais belas e atraentes quando grávidas. E posso confirmar com toda certeza do mundo que isso é realidade. Mesmo quando Anahí está cansada por alguma noite mal dormida, ainda sim ela é linda. Talvez seja porque eu sou muito boba apaixonada por ela, ou pode ser só o fato de que ela é como uma descendente direta de Afrodite.



Céus! Nem todas as gotas de chuva que caem do céu durante um ano é capaz de medir o tamanho do amor que sinto por Anahi. Isso é normal? Bem, para mim sim. 



Eu sei que muitos podem considerar isso como dependência ou obsessão, eu já disse isso antes. Mas eles não entendem o que é amar alguém ao ponto de sentir na pele tudo o que a pessoa sente, ao ponto de ser capaz de dar sua vida pela pessoa. Ao ponto de deixar sua própria felicidade de lado por causa dela, para vê-la feliz.



Porque a felicidade dela é a sua felicidade. 



Porque vê-la sorrir faz seu coração bater dentro do peito. 



Porque é ela que te mantém no chão, não a gravidade. 



Porque são por ela os seus maiores sorrisos, é por causa dela que você acorda sorrindo. 





Porque sem ela você passa a só existir e deixa de viver. 



Eu não sou uma expert sobre o que é o amor, metade da minha vida eu vivi e não lembro e a única pessoa que amei é a minha esposa. Se eu pudesse voltar ao passado eu faria apenas uma coisa diferente:



Daria uma chance a Anahí desde o início. 



Eu não poderia escolher outra pessoa melhor para ser meu único e verdadeiro amor.



*** 

***

Observo a água sendo despejada dentro do copo de vidro em minha mão. Eu sei que meu sono não vai voltar tão cedo, resolvi sair do quarto e vir tomar uma água e respirar um pouco. Minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento e o aperto em meu peito está voltando. Eu sinto como se fosse desmaiar ou algo assim. 



Respiro fundo ao menos umas cinco vezes antes de guardar a garrafa de água na geladeira e colocar o copo sobre a pia. Sigo em direção a sala, mas paro e mudo a direção para o escritório de Anahí. Acendo as luzes e sorrio ao ver a sala de fotos e o mural cheio de fotos de lugares, nossas e muitas outras coisas. Paro em frente ao mural, passo os dedos levemente sobre cada fotografia ali. Anahí realmente ama fotos, e é mágico ver como ela consegue captar momentos de um ângulo que nenhuma outra pessoa consegue. E ela faz parecer tão fácil. 



— Eu me lembro desse dia... Oh! Pu*ta merda, eu realmente me lembro. 



Sinto o coração acelerar dentro do peito ao ver uma foto minha no hospital com Anahí ao meu lado e a pequena Eduarda em seus braços. Na foto eu estou com uma aparência cansada, mas um enorme sorriso no rosto. Anahí está sentada ao meu lado olhando para a nossa pequena



Minha respiração falha e é como se eu estivesse saindo do chão e começando a flutuar. Olho em volta, mas tudo parece estar perdendo a cor aos poucos e então tudo escurece. 



(Flashback) 



Minha respiração estava um pouco alterada, eu via através das janelas as luzes dos lugares passavam com rapidez pela velocidade que minha esposa andava com o carro. Uma de suas mãos estava sobre minha coxa, tocando e acariciando como se ela quisesse me acalmar. Senti mais uma pontada se iniciar e outra contração começar, eu apertei os dentes e soltei lufadas de ar. 



— Inspira e expira devagar, amor. – Anahí me instruiu; muito mais calma do que eu imaginei que ela estaria. Afinal, ela passou a semana toda meio desesperada e paranóica, achando que a qualquer momento eu entraria em trabalho de parto e ela não saberia o que fazer. Mas ela estava se saindo muito bem. — Assim, isso...



— Eu não vou aguentar. – Pressiono os olhos. Eu não fazia ideia que doía tanto assim. — Acho que vou desmaiar. 



Eu sentia meu coração disparado dentro do peito, o ar começando a me falta e minha visão ficando turva. Minhas mãos suavam de maneira abundante, demonstrando quão nervosa eu estava.



— Não, amor, não. Você só está ansiosa demais. – Finalmente estamos perto do hospital, já posso ver ao longe as luzes do prédio alto. — Olha para mim, fica olhando somente para mim. 



Eu rapidamente a obedeci e olhei para seu rosto, Anahí sorriu e me devolveu o olhar, voltando a olhar para frente em seguida. Ela retirou a mão da minha perna para passar a marcha e virar o volante, adentrando o estacionamento. Meus olhos não saíram do rosto dela um segundo sequer, olhar para ela estava me mantendo incrivelmente mais calma. 



O carro parou, Anahí soltou seu cinto de segurança e se inclinou para me beijar. Sentir seus lábios nos meus, os acariciando com tanto carinho e amor, fez eu me sentir mais calma. Minha esposa é o meu calmante. Ela desceu do carro e deu a volta para abrir a porta do carona para mim, segurei em sua mão e saí do carro. Anahí olhou em volta e fez sinal para o enfermeiro que já estava a nossa espera, ele trazia consigo uma cadeira de rodas.





— Na-não saí de perto de mim. – Seguro em sua mão antes que o enfermeiro me afaste de Anahí. — Por favor. 



— Eu não vou a lugar nenhum, meu amor. 



Anahí garantiu, seu olhar demonstrava tudo o que eu mais precisava: segurança.



E eu não precisava de mais nada além de sabe que ela estaria ali, por mim. Se eu tiver Anahí comigo, eu sei que posso tudo.



(...)



— Um, dois, força! 



Dra. Elena, a obstetra que acompanhou minha gravidez toda me incentiva a colocar minha filha para fora. Anahí está ao meu lado, segurando a minha mão com força e murmurando palavras de conforto e força. Eu olhava para seu rosto, buscando bem lá no fundo a força necessária para ir até o final. Minha esposa sorriu e li em seus lábios ela sussurrar "Você consegue". 



Eu conseguia, e consegui. Segurei sua mão com mais força e respirei fundo antes de empurrar Eduarda com toda força. Esse seria o nome da nossa filha e tinha sido escolha de Anahí, eu me apaixonei instantaneamente pelo nome escolhido.



— Ah! – Gritei com toda força e senti minha filha finalmente sair. Eu fiquei meio aérea, via Anahí falar comigo, mas tudo que eu conseguia ouvir era o choro intenso do meu bebê. 



Olho em volta quase em desespero, buscando pela minha filha e não demora muito para que eu finalmente possa pegá-la no colo. Meus lábios tremulam assim como minhas mãos, sei que a Dra está falando algo comigo, mas não consigo ouvir nada em volta. Ao sentir o calor da pequena em meus braços e olhar seu rostinho tão lindo, branquinho assim como Anahí, o nariz empinado igual ao dela e os cabelos escuros iguais aos meus. 



A sensação de olhar minha filha pela primeira vez foi indescritível. Era como se a terra estivesse girando devagar e todos estivessem nos observando. Eu sentia meu coração disparado dentro do peito e os soluços escapavam livremente de minha boca. Eu chorava de felicidade, uma felicidade tão grande que não cabia dentro do meu peito. Coloquei um dedo perto de sua mãozinha e ela parou de chorar assim que fechou a mão em volta do dedo. 



Minha vida toda fez sentido naquele momento. 



(Flashback Off)



Foi como acordar de um sonho, a sensação de estar caindo e acordar no susto. Levo uma mão até o peito enquanto tento controlar minha respiração. Talvez essa tenha sido a melhor lembrança de todas.



Não, definitivamente sim. Foi a melhor de todas, sem dúvidas. 



Eu posso sentir como se estivesse voltado àquele dia, a vendo pela primeira vez, sentindo seu calor e o cheiro dela. Sinto meus olhos encherem de lágrimas, meu coração parece se expandir no peito e então sinto uma vontade absurda de ver minha filha. Sem pensar duas vezes eu saio do escritório de Anahí, nem me importo em apagar a luz, apenas caminho rápido em direção a escada. Ao chegar à porta do quarto da minha filha, olho para sua cama, o barulho do ventilador é a único som ali dentro. Procuro pelo interruptor e acendo a luz. Eduarda está todo encolhido na cama, agarrado no leão de pelúcia dela.



Uma lágrima escorre por minha bochecha esquerda, corro o quarto em segundos e sento-me ao seu lado. Fico a observando durante alguns segundos antes de deixar meu lado emocional vencer e a puxar para meus braços. A aperto contra meu peito enquanto me deixo chorar. 



— Mamãe? – Ouço ela me chamar, mas, não consigo responder de imediato, apenas continuo agarrada nela e chorando. — O que aconteceu? 



É possível captar o tom preocupado e quase desesperado dela. Eduarda é muito apegado a Anahí e a mim, eu sinto como se ela ficasse pior do que nós duas quando nos via mal. 





— Na-nada pequena, nada.



— Não chora, Mamãe. – Ela pede quase implorando, sei que ela está preocupado e isso me faz sorrir. — Por favor. 



— Está tudo bem, amor. Eu estou bem.



Como explicar o amor que uma mãe sente por um filho? Eu amo tanto essa pequena que a amava antes mesmo de saber quem ela era, antes de ver seu rostinho e ouvir o som de sua risada. Não existe, de forma alguma, uma maneira de explicar esse sentimento. 



É algo bem maior que todos nós, que nos toma por completa. Chega a ser sufocante por não caber dentro do peito. É o amor mais verdadeiro e sincero. Agora eu consigo entender, porque finalmente sei como me sentia estando grávida de Eduarda e como foi quando ela nasceu. 



Inexplicável, apenas.



E a chegada do novo bebê só vai fazer esse amor aumentar. Isso é maravilhoso, não é? 



(...)



O domingo começou com o clima bastante abafado, quem está sofrendo mais com isso é Anahí. Já quem está amando o dia ensolarado é minha pequena, que mais parece um peixe por não querer sair da piscina para nada. Estou sentada na beirada da piscina, em um dos muitos divãs espalhados por ali. Minha  filha está brincando na piscina com seus patinhos de plástico, fico atenta a qualquer movimento dela, pois mesmo que ela saiba nadar, nunca se sabe quando algo pode dar errado. 



— Dul... — Ouço a voz manhosa da minha amada esposa e desvio o olhar de Eduarda na piscina. Anahí está andando praticamente arrastando os pés, seus seios bem maiores apertados naquele biquíni listrado, o rosto levemente corado. Linda. — Estou com desejo. 



Sorrio e abaixo as pernas, fazendo sinal para ela sentar no meu colo. Anahí não se faz de rogada, vem até mim e segura em meus ombros antes de sentar sobre minhas coxas. 



— O que você quer? 



— Sorvete de flocos com crepe de Nutella. — Passa a língua sobre os lábios ao terminar de falar, seus olhos brilham. 



— Eu vou ir preparar alguns para você. — Anahí comemora e bate palminhas animadas, depois me dá um beijo rápido. — Duda, saí um pouco da água, amor. 



Vejo a pequena olhar em minha direção e um biquinho surgir em seus lábios. Suspiro, desvio meu olhar para Anahí e a vejo com o mesmo bico. 



Chantagistas! 



(...)



Observo minha esposa praticamente devorar os crepes e o sorvete de seu prato. Eduarda está com a mesma expressão que eu, ela está observando horrorizada sua mãe nem ao menos mastigar a comida. Não é muito incomum coisas como essa acontecerem o apetite de Anahí está bem desregulado. 



Desvio meu olhar para a pequena e acabo rindo de sua expressão, ela está boquiaberta. Os cabelos estão maiores a franja caindo sobre seus olhos. Queria poder levá-la para cortar os cabelos, mas Anahí e ela ficam fazendo chantagem comigo para não fazer isso. É injusto, elas sabem me convencer com tanta facilidade. 



Elas sabem disso e abusam da chantagem emocional barata.



— Esses são... – Anahí diz de boca cheia, repreendo-a com o olhar e ela para de falar para terminar de mastigar. — São os melhores crepes que já comi na vida.



— Eu posso ver isso. – brinco, vendo-a limpar a boca com as costas de sua mão. — Anahí, não faça isso. 



Brigo com ela e pego um guardanapo para lhe entregar. Anahí tem essa mania de ficar fazendo coisas como essas na frente da nossa filha, deve esquecer que as crianças copiam os adultos. Mas confesso, até acho adorável essa Anahí desajeitada que precisa ser chamada a atenção algumas vezes. A verdade é que amo cada parte dessa mulher, até mesmo quando ela fica mal humorada. Não tenho defesas contra os efeitos que ela me causa. 



É impossível não ser completamente apaixonada por ela. 



Porque Anahí tem um tipo de imã, ela te atraí, te faz ficar encantada e apaixonada com facilidade. Esse jeito de menina-mulher, quando fica estressada bate o pé e aumenta a voz, mas depois fica toda manhosa pedindo desculpas com aquela carinha fofa. O jeito decidido que ela anda e vive sua vida, a maneira incrível que ela vê a vida. O modo que ela mexe os cabelos, ou conversa movimentando as mãos. Tudo nela. 



Anahí é um conjunto infinito de coisas para se apaixonar. 



(...)



Quarta-feira - 05 de agosto 



— Olá. – Minha voz ressoa no vídeo, eu estou mais jovem, um enorme sorriso em meu rosto. Os meus cabelos estão presos em um rabo de cavalo, meus olhos brilhavam intensamente. Eu aparentava estar muito feliz. — Faz algumas horas que eu acordei, fui lá fora olhar a vista. E preciso agradecer aos meus pais, muito obrigada. Santorini é realmente maravilhosa. — Prendo a língua entre os dentes e sorrio de olhos fechados. — Mas seria ainda melhor se minha esposa estivesse com energias o suficiente. 



Um bico surge em meus lábios e eu acabo rindo da minha expressão desolada no vídeo. Eu giro a câmera e ando na direção da cama, mostrando uma Anahí toda esparramada sobre a mesma. O lençol está em sua cintura, minha esposa está sem roupas e mesmo o quarto não estando tão claro, é possível ver algumas marcas em suas costas. Aumento o zoom da câmera e foco em seu rosto. Seus lábios um pouco separados, o rosto sereno, mais fino do que está hoje em dia.



Eu vou abaixando a câmera, mostrando toda parte descoberta do corpo de Anahí. Ela nem ao menos se mexe, apenas minha respiração é ouvida no vídeo. Vejo minha mão surgir na tela, toco superficialmente em sua bun*da, para logo em seguida apertar a carne durinha com força. Um suspiro escapa da minha esposa, sorrio, ela parece reconhecer meus toques mesmo quando está dormindo desde sempre.



— Eu sei que estou pegando pesado com você, amor. — Comento enquanto aliso sua bun*da, passando o dedo indicador na brecha entre suas nádegas. Ouço uma risadinha escapar de mim, parece que Lauren se arrepiou com aquilo. A câmera volta a ser focada em meu rosto. — Mas a culpa disso é toda sua, você desperta meu lado selvagem. — Balanço as sobrancelhas e acabo rindo da minha bobeira. — E eu sei que tenho minha parcela de culpa por ter sugerido que nós não tivéssemos um contato mais íntimo até o casamento. Lembre-me de nunca mais fazer isso. 



Estou rindo das minhas falas, caretas e brincadeiras idiotas quando ouço a porta do quarto ser aberta. Olho naquela direção e vejo Anahí alisando sua barriga enquanto boceja algumas vezes. Pego o controle para pausar o vídeo. 



— O que está fazendo?



— Assistindo alguns vídeos da nossa lua de mel. — Arrasto-me para trás e dou espaço para minha esposa sentar entre minhas pernas. — Eu não sabia que fomos para Santorini. Quando era mais nova sempre sonhava em conhecer aquele lugar. 



Comento com pesar, eu gostaria tanto de lembrar-me da nossa lua de mel e de ter passado alguns dias em Santorini. É um belo lugar, não é justo que eu tenha conhecido e não me lembre disso. Meus pensamentos são interrompidos por Anahi, que deita a cabeça sobre meu colo e envolve minha cintura com seus braços. Surpreende-me o fato dela estar procurando colo somente agora, desde que Eduarda voltou às aulas, minha esposa tem estado muito carente. Mas eu amo dar carinho a ela.



— Faz carinho em mim, amor. — Ela pede, com a mesma manha de sempre. Sorrio e levo uma mão para sua cabeça, enfio os dedos em meio as mechas soltas e dou início a afagos delicados. — Parou de assistir? Coloca de novo, também quero vê-los. 





— Os da nossa lua de mel mesmo? — Ela apenas murmura em concordância. Volto a pegar o controle e solto o vídeo de onde eu tinha parado mesmo. — Não achei nenhum vídeo das nossas primeiras noites. — Comento triste e Anahí solta uma risadinha, olho para seu rosto, curiosa. — O que foi? 



— Nós nem ao menos nos lembramos da existência da câmera nas três primeiras noites, amor. — Levanto minhas sobrancelhas, sem interromper os carinhos na cabeça de Anahí. — Você esgotou qualquer energia que eu tinha. Parecia uma ninfomaníaca sedenta por Anahí. 



Minhas bochechas esquentam um pouco, mas não posso evitar rir de sua frase. Tento imaginar como devem ter sido aqueles dias, mas a julgar pela tensão e a química sexual que nós duas temos, só posso deduzir que deve ter sido uma loucura. Se Anahí estava dormindo profundamente no meio do dia por estar cansada demais depois de tanto transar, nem consigo imaginar como foram os dias seguintes.



Mas ninguém pode nos julgar. Os casais fazem isso em suas luas de mel, certo? Ao menos todos deveriam. Começar o casamento com o corpo inteiro, e não somente o pé direito. 



— Nós temos vídeos da cerimônia do nosso casamento? Eu não me lembro de ter assistido nenhum vídeo.



— Tem, mas estão ali na gaveta. – apontou para o móvel da televisão, me desvencilho de seu corpo e levanto-me da cama.



Ajoelhei-me em frente ao pequeno móvel de madeira, tão reluzente que parecia novo. Quando abri a gaveta, logo pude ver um par de DVDs. Diferente dos outros esses estavam dentro de capas azuis com detalhes dourados na borda, no meio em dourado também destacados estão o nome mais lindo do mundo: Mrs. e Mrs. Savinon-Portilla.



Existe combinação mais perfeita do que essa? 



Sinto meus olhos lacrimejando, talvez seja por emoção do momento. Ou talvez uma pequena tristeza por não lembrar-me desse dia tão importante. Gostaria de saber qual foi à sensação de estar ansiosa para casar-me com a mulher da minha vida. Queria lembrar-me de como me senti quando a ouvi dizer sim, ou até mesmo o modo que ela deve ter sorrido, com lágrimas nos olhos quando eu disse sim. 



A verdade é que existem variados momentos que eu gostaria de me lembrar, mas não tem problema. Se as memórias antigas não voltam, irei criar novas ao lado da minha esposa. 



Porque eu posso esquecer-me de tudo por diversas vezes, mas o amor que sinto por ela, esse, nunca irá sair daqui. Está marcado em mim, como uma tatuagem impossível de remover, como uma droga em meu organismo e como função da minha vida. Pois, se existe algo para o qual eu nasci, definitivamente é para amar essa mulher. Eu não tenho dúvida alguma disso. 



Pisco algumas vezes para espantar qualquer resquício de lágrima. Não quero chorar agora, mas sei que em algum momento eu irei. Levanto-me do chão com os DVDs em minha mão, pego o controle para pausar o outro vídeo e abro a bandeja do DVD.



— Você estava linda. – Ouço-a comentar e abro um sorriso, sentindo-me bela. É incrível a capacidade que Anahí tem de me fazer gostar de mim mesma com um simples elogio. — Perdi as contas de quantas vezes me apaixonei por você naquele dia. 



Volto para a cama e abro os braços para que ela venha ficar de conchinha comigo. Anahí se move da maneira mais rápida que pode, sua barriga está cada vez mais redonda e começa a pesar. Vez por outra minha esposa reclama disso.



Na tela, aparece uma sequência de fotos nossa. Fotos antigas, da época do colégio, do nosso namoro e na faculdade. O sorriso não saí do meu rosto, e sinto meu coração acelerar a cada foto minha ao lado dela. Anahí está com a cabeça sobre meu colo e uma perna jogada em meu quadril; seus cabelos presos atrás de sua cabeça. Não estou vendo seu rosto, mas tenho certeza que ela está sorrindo.





— E aqui está a noiva número um. – Ouço a voz de Angélique e no vídeo Anahi está sentada em uma cadeira que parece ser de algum salão. Uma loira está fazendo alguma coisa em seu cabelo e tem uma morena fazendo suas unhas. Minha esposa olha para a câmera e mostra a língua. — Ela não quer admitir, mas está borrando as calças. – Anahí revira os olhos e solta um palavrão, a risada de Angel ressoa no vídeo. Ela gira a câmera e foca em seu rosto. — Sua esposa está quase pronta, Dul, não comece sem ela. E ensine bons modos a ela.



Pisca e manda um beijo para a câmera antes de o vídeo parar. Solto uma risada, Angelique  é engraçada. Anahí pega minha mão e coloca sobre sua cabeça, entendo o que ela quer e começo a fazer um carinho delicado. 



— Ela está enlouquecendo, eu disse que ela iria surtar. – Dessa vez é Maitê quem diz, no vídeo aparece a imagem de uma porta branca. Junto as sobrancelhas. Eu estou trancada em algum lugar? — Droga! Perdi cem dólares. 



— Eu também. – A voz de Cláudia é ouvida, um tom claro de frustração presente. — Pensei que Anahí iria surtar primeiro do que ela, mas Angelique  disse que ela está calma como alguém que acabou de fumar maconha. 



— Será que ela não fumou? – Um estalo ressoa no vídeo e a câmera treme. — Ouch, Roberta!



— Será que vocês duas podem calar a boca! – Minha voz é ouvida dessa vez, as duas se calam quase que instantaneamente. Demora poucos segundos apenas para o barulho da tranca ser ouvida e em seguida a porta ser aberta. Estou de cabeça baixa, meus ombros subindo e descendo um pouco depressa. É como se eu tivesse corrido, ou estivesse tendo um ataque de pânico. — Eu acho que vou ter um ataque cardíaco. 



— Meu Deus, que drama. – Maitê sussurra, aproximando-se de mim.



— Sua insensível. – Cláudia rosna e surge em frente a lente da câmera, a expressão fechada enquanto ela lança um olhar cortante para Maitê. — Vem aqui, irmãzinha. Não liga para o que essa criatura desconhecida fala não.



Maitê foca a câmera em seu rosto e faz algumas caretas, enquanto parece que ela está imitando Roberta. Solto uma risada nasal, ela nunca muda mesmo. Maitê manda um beijo para a câmera e acena para a mesma antes de parar o vídeo. 



— Então quer dizer que eu tive um ataque de pânico?



— Teve. – Anahí concordou, ronronou em meio a uma risada, se remexendo um pouco em meu colo para conseguir me olhar. Estico o pescoço e beijo seus lábios de leve. — Você me ligou chorando, perguntando se eu ainda queria casar com você. Primeiro eu pensei que você tinha desistido, mas a verdade era que você estava pensando que eu iria te abandonar no altar. 



— Sério?



Levanto sua blusa apenas o suficiente para escorregar a mão até sua barriga, alisando-a com carinho. Minha esposa suspira, fechando os olhos brevemente para apreciar meu toque. Sorrio, levantando mais sua blusa, com a mão livre levanto o braço de Anahí e coloco para cima, abaixo o tronco até estar na altura de sua barriga. Deposito um demorado beijo sobre a circunferência.



— Candy... Uh... Espera. – Anahí ofega um pouco, faço menção de levantar, mas ela me impede. — Você sentiu isso? Oh... De novo. 



Arregalo os olhos. Ela estava finalmente sentindo alguma coisa? Encosto minha bochecha em sua barriga com a esperança de também sentir, mas é em vão.



— O que está sentindo?



— É como se tivesse um peixinho dentro da minha barriga nadando de um lado para o outro. 



Sua voz está em um tom explícito de animação e emoção. Levanto o rosto e a encaro, Anahí que está com o olhar focado em sua barriga. Seus olhos brilhando intensamente; o sorriso enorme enfeitando seus lábios livres de qualquer batom, naturalmente rosados.



Linda. 



Como explicar a beleza da minha mulher sem parecer clichê ou apaixonada demais? Isso é uma coisa impossível. Até porque não tem explicação o fato de Anahí ser tão absurdamente linda, parece que Deus esculpiu cada detalhe dela à mão. 



Anahí é um ser único, e eu sou sortuda por ela ter me escolhido para viver ao seu lado.



04 de Novembro de 2014 



Foram horas exaustivas. Nem ao menos lembramos que nossa filha está dormindo a poucos metros de distância, por sorte ela não acordou com nossos gemidos. Mas também, eu nem sei se iríamos ouvi-la caso ela acordasse e batesse na porta. Estávamos sedentas uma pela outra... Melhor dizendo: eu estava. 



Olho para o lado onde Anahí dorme profundamente, sua respiração calma faz suas costas subir e descer. As marcas vermelhas, grossas linhas deixadas pelas minhas unhas, só mostram quão selvagens nós duas fomos. Eu senti vontade de marcá-la, por inteira se preciso fosse. Quero deixar claro para todos e qualquer um a quem ela pertence. 



A mim, e somente à mim. 



Não existe ninguém nesse mundo que pode mudar isso, ninguém tem capacidade de tomá-la de mim. Mas eu sei que toda essa minha possessividade é apenas por medo de perdê-la. Faz alguns dias desde que ela pediu o divórcio. Eu estou prestes a explodir, não posso perdê-la, de maneira alguma. Ouvi-la dizer com todas as letras que estava pretendendo me deixar, que iria sair da nossa casa, da minha vida. 



Que iria para longe de mim. 



Eu sei que tudo está uma merda, que eu não tenho sido uma boa esposa, mas isso é motivo para ela pedir o divórcio? Será que ela esqueceu que eu a amo mais do que a mim mesma? 



Será que esqueceu nossos votos de casamento?



Das juras e mais juras de amor infinito?



Do nosso "felizes e unidas para todo o sempre"?



Será que Anahí deixou de me amar? Será que ela encontrou outra pessoa? 



Ela não pode. Eu não sobreviveria se ela me trocasse por outra. 



Tudo, menos isso.



Levanto-me da cama sentindo uma forte dor de cabeça, a angústia em mim está começando a me sufocar. São tantas perguntas sem respostas, tantos medos absurdos. Perder Anahí aos poucos está fazendo com que eu também me perca. Ela sempre foi minha guia, se eu perdê-la como irei encontrar o meu próprio caminho?



É ela que faz meu mundo girar. É por ela que eu acordo sorrindo todos os dias. 



Ou pelo menos acordava... 



Quando foi que nos perdemos? Em que momento o "eu te amo" deixou de ser essencial para se tornar algo comum? 



Só tive tempo de fechar a porta do quarto antes do primeiro soluço escapar de minha boca. Chorei, chorei com tanta força que meus ombros balançam com violência e minhas pernas perderam as forças. Caí do joelhos no chão, o corpo curvado para frente e minhas mãos apoiadas no chão enquanto o choro saí com toda sua força. 





Por que não podíamos voltar a ser o que éramos antes? Por que tudo não pode simplesmente se ajeitar? 



— Por quê? – Pergunto para o nada sob um fio de voz, quase não consigo falar por estar chorando tanto. 



Olho para cima, em busca de algo além do teto e dos céus. Se Deus estiver me olhando agora, eu só peço que me ajude a passar por tudo isso e que não permita que Anahí me abandone. Eu não sei viver sem ela. Eu não quero viver sem ela. 



— Por favor... – imploro em meio aos soluços desesperados. 



Será que o destino não tem algum plano para nos ajudar?



(...)



Depois de tomar um banho demorado, sequei-me rapidamente, ansiosa para voltar para a cama e sentir o calor de minha esposa. Passei seu perfume favorito, o creme que ela ama e deixei meus cabelos bagunçados da forma que eu sei que a deixa louca. Quero que ela acorde amanhã e sorria para mim, que me tome assim que eu abrir os olhos e que me deseje. Quero que ela sinta vontade de continuar comigo. 



E se for preciso farei todas as suas vontades. 



Anahí continua dormindo, serenamente. Alheia a tudo que está acontecendo, em minha cabeça, no meu coração e a sua volta. Sorrio para a imagem de minha esposa sobre a cama, tão linda... tão minha.



Deito-me atrás dela e agarro seu corpo. Anahí fica tensa durante alguns segundos, dou um beijo em sua nuca e aos poucos ela relaxa, cobrindo minhas mãos com as suas. Sorrio, sentindo-me um pouco mais tranqüila. Tudo ficaria bem. Eu sei. 



Fecho meus olhos e enfio meu rosto em seus cabelos, o cheiro de morango invade minhas narinas, relaxando-me quase que instantaneamente.



Se existe alguma maneira de me fazer consertar esse casamento, nem que seja preciso eu mudar completamente por ela. Por favor, por favor, que tudo volte ao seu devido lugar. 



Eu quero minha vida de volta. 



(...) 



Miami - FL 



Se há um ano, nessa mesma data, alguém me dissesse que hoje eu estaria me casando, outra vez, com Anahí Portilla por livre e espontânea vontade, eu provavelmente teria dado um soco nessa pessoa e a internado posteriormente. Há exatos 365 dias atrás, eu estava despertando de um sono que eu achei ser na minha adolescência, quando na verdade eu tinha esquecido metade da minha vida. 



Há exatos 365 dias eu estava odiando o amor da minha sem nem ao menos saber. Mas hoje, um ano depois de tudo o que aconteceu entre nós duas, só me faz ter certeza de que ela é a minha pessoa. Destinada à mim, feita além da medida para mim, e mandada a esse mundo para me encontrar. Hoje entendo que tudo não passou de uma jogada do destino, testando nosso amor. E mais uma vez nós duas provamos a todos que nosso amor é mais forte do que qualquer obstáculo. 



Depois de tudo o que aconteceu, das discussões sem sentido, de quase tê-la perdido por idiotice e ter passado pela dor dela ter perdido nosso filho, aqui estamos nós. Iremos nos casar outra vez. E eu estou tão nervosa quanto estava na primeira vez. Olho em volta para minha família e nossos amigos. Cláudia, Troy, Serena, Will e Sofia estão sentados na primeira fileira no canto esquerdo. Na outra está ucher, Diego e o pequeno Harry nos braços do meu cunhado. 



Amigos de Anahí, e alguns meus estão nas fileiras seguintes. Não é um casamento enorme, não demorou mais que uma semana para aprontarmos tudo. Anahí deixou que escolhesse a data e o local. Qual lugar melhor do que embaixo da nossa casa na árvore? Foi aqui que recomeçamos, e vai ser aqui que iremos para uma nova etapa da nossa vida. 





[Play - Never Stop - Safetysuit (Wedding version)] 



This is my love song to you.

Let every woman know I'm yours. 

Os primeiros versos da música ressoam por ali. Anahí quem escolheu e tenho que dizer; bela escolha. Não demora muito para que eu finalmente a veja. O véu sobre seu rosto, meus olhos descem até sua barriga, já bem visível. Linda, incrivelmente linda. 



So you can fall asleep each night, babe.

And know I'm dreaming of you more.

You're always hoping that we make it

You always want to keep my gaze.

Mesmo através do véu, eu posso ver que ela está sorrindo. Olho brevemente para cima, meus olhos estão cheios de água. Não posso chorar antes de ela chegar aqui. Volto a olhar para minha esposa, parece que tudo em volta sumiu e só existe ela.



Well you're the only one I see... And that's the one thing that won't change. 



Ela está perto, perto o suficiente para me fazer perder o ar com sua beleza. Enrique está com o rosto vermelho e as lágrimas escorrem por suas bochechas. Ele olha para mim com um enorme sorriso, e adota uma leve expressão séria ao entregar-me Anahí



— Cuide bem da minha garotinha. 



— Essa é minha meta de vida, Enrique.



Garanto para meu sogro e ele volta a sorrir, Enrique dá um beijo na testa de Anahí e se afasta. Com as mãos trêmulas, eu seguro na barra do véu e tiro de seu rosto. Anahí está com o rosto coberto por lágrimas, se sua maquiagem não fosse a prova d'água, provavelmente estaria toda borrada. Dessa vez não consigo segurar as lágrimas, e dou um passo para frente, seguro em seu queixo e lhe dou um selinho. "Obrigada por me escolher ", sussurro sobre seus lábios antes de me afastar. 



I'll never stop trying

I'll never stop watching as you leave

I'll never stop lose my breath, every time I see you looking back at me. 

O padre dá início a cerimônia, mas tudo que consigo prestar atenção é na bela mulher ao meu lado. Mal posso acreditar que essa é a minha mulher, minha esposa. Eu vou me casar com ela outra vez, ela me ama. Isso é tão surreal. 



I'll never stop holding your hand

I'll never stop opening your door

I'll never stop choosing you babe

I'll never get used to you. 

And with this love song to you

It's not a momentary phase

You are my life I don't deserve you

But you love me just the same. 

Eu simplesmente não consigo tirar meus olhos dela. É impossível. Anahí tem um imã natural que me atraí, me puxa para ela.



Você já encontrou aquela pessoa que te faz confiar no amor? Que te faz ter vontade de se jogar em um penhasco sem medo do que te espera lá embaixo?



Se você ainda é jovem e não encontrou essa pessoa, não desista. E o mais importante: não tenha medo. Não tenha medo porque o amor não é ruim, o amor é incrível, amar alguém é um dom. Você precisa acreditar, se entregar, fazer o seu melhor para dar certo e mais, confiar no sentimento entre você e a pessoa.



Se você fizer isso, as coisas vão simplesmente acontecer. 



Como um passe de mágica, ou melhor... Como um passe de amor. 



Porque o amor é como a magia. Surreal, encantador, inédito. Te faz sentir fora da realidade, como se estivesse flutuando, como se tudo em volta ganhasse mais cor... Como se valesse a pena viver porque você finalmente tem um motivo para continuar, um motivo para ser melhor. 



O amor também é algo misterioso, você nunca sabe quando ele vai acontecer e quem vai te despertar esse sentimento. É um pouco assustador, eu sei. Mas acima de tudo, o amor é uma dádiva e nem todo mundo sabe apreciar isso. Nem todo mundo sabe valorizar esse sentimento e nem todo mundo sabe cultivar ele. 





Permita amar e ser amado, mas não apenas por amar, não só por estar se sentindo solitária. Se entregue, sem amarras, confie e faça valer a pena. 



Porque o amor é muito mais do que só dizer "eu te amo", amar alguém é viver sentindo como se estivesse flutuando, mas sem tirar os pés do chão. 



E se você não acredita, ou não sabe do que eu estou falando. Apenas espera encontrar a pessoa que irá te tirar de órbita com apenas um olhar. 



Então você vai encontrar e descobrir a sua pessoa, assim como eu encontrei a minha. 



And as the mirror says we're older

I will not look the other way

You are my life, my love, my only

And that's the one thing that won't change 1

Estou de frente para Anahí, olhando em seus olhos e pensando no que eu posso dizer a ela. Quais as palavras certas usar para demonstrar todo o meu amor por ela, para lhe mostrar quão especial ela é. 



— Você me pediu um pedaço do meu coração à alguns meses atrás, naquele dia eu não apenas te entreguei ele por inteiro, entreguei minha vida também. Porque não existe pessoa melhor para cuidar de mim, para eu amar e admirar. É você, sempre foi e sempre será você. – Pauso para me recuperar e não chorar, os olhos de Anahí brilham ao ouvir minhas palavras e eu me sinto feliz por ser a razão disso. — Meu coração escolheu você, o destino nos escolheu para vivermos esse amor tão intenso e verdadeiro. Eu te escolhi para amar, respeitar, honrar, cuidar, proteger, para viver ao lado... Escolhi você para entregar a minha vida, porque sem você eu apenas existo. – Sorrio entre as lágrimas, levo meus polegares até um pouco abaixo de seus olhos e seco suas lágrimas. Ela faz o mesmo comigo. Meu coração parece que vai saltar do peito de tão acelerado, minhas pernas estão um pouco bambas e sinto minha nuca suada. — Minha eterna sorte. Eu sou a mulher mais sortuda do mundo por estar apaixonada pela minha melhor amiga, porque você é mais do que apenas minha esposa, é meu tudo, minha companheira de vida. Meu sol em um dia de chuva, minha luz em meio a escuridão. O amor da minha vida, muito mais do que eu mereço. 



Anahí mal espera eu terminar de me falar e me puxa contra ela, beijando-me com todo o seu amor. E naquele beijo eu me sinto segura, amada, cuidada. Tudo em mim é reflexo dela, tudo nela tem um pouco de mim. 



Somos a combinação perfeita e imperfeita. Eu complemento as qualidades dela e ela camufla meus defeitos. 



Se existe algo que eu fiz certo nessa vida, sem dúvidas alguma, foi ter deixado Anahí entrar em minha vida.



Ter-me casado com ela foi o maior acerto de todos. 



(......)



12 de Junho  - Miami, Flórida.



Faz pelo menos uma hora que estou lendo e relendo a mesma página deste livro em minhas mãos, eu já nem lembro mais do que ele se trata. E por qual razão? Simples: minha namorada. Por quê? Ela simplesmente sumiu da face da terra. Não responde minhas mensagens desde cedo, perguntei ao Ucher onde Anahi está, ele me disse que ela saiu de manhã cedo e não tinha voltado para casa ainda. 



Estou irritada e preocupada. Com raiva por ela ter sumido, mas ao mesmo tempo com medo de ter acontecido algo. Ela não costuma fazer isso, e o tempo lá fora está fechado, certeza que logo começara uma tempestade. Olho através da janela do meu quarto, as folhas da árvore do outro lado da rua balançavam de acordo com o vento. Suspiro e levo as mãos até minhas têmporas. Anahí só me dá dor de cabeça.



Quem diria que eu, logo eu, ficaria completamente apaixonada pela Portilla? 



Mas como eu não poderia ser? Ela é incrível.





Tento voltar minha atenção para o livro, mas não adianta, mesmo sem eu querer, minha mente acaba me levando para Anahi. Solto um bufo, sem qualquer paciência. Pego o celular para verificar se tem algo, pelo menos uma chamada ou quem sabe uma simples SMS, mas não, tudo que encontro é o grande vazio. Estou prestes a levantar-me da cama e sair em busca da idiota que chamo de namorada quando ouço os respingos da chuva na janela. 



— Que ótimo. – Ironizo, o dia acaba de melhorar. Com essa chuva agora será impossível encontrar ela em algum lugar dessa cidade. Coloco a mão em meus cabelos e puxo alguns fios de cabelo, estou estressada. Caminho em direção a janela, os respingos batem violentamente contra o vidro, deixando rastros e formando linhas por onde as gotículas escorrem. Estou prestes a fechar a cortina quando meu olhar é atraído para um carro estacionado na calçada, e mais, esse ser andando na chuva. — Eu não acredito!



Fecho a cortina com raiva e giro em meus calcanhares para sair dali. Por sorte meus pais não estão em casa e nem minhas irmãs, não queria que eles ouvissem os gritos que irei dar com essa garota irresponsável. Às vezes me pergunto o porquê de Anahi ser tão assim, ela age sem pensar nas consequências. Agora por estar andando na chuva, provavelmente vai ficar doente. E quem terá que cuidar dela? Eu, claro. 



Destranco a porta da frente no exato momento em que ela chega perto o suficiente para que eu possa dar um tapa nela se eu quiser, bastava eu esticar a mão. Nossa troca de olhares se mantém intensa, mas isso dura apenas até ela abrir o maldito sorriso que eu tanto amo e me encanta. 



— Candy.... oi. – Ela parece estar com receio, eu diria que até mesmo com medo de mim. É bom mesmo que ela esteja assim, ninguém manda fazer besteira. Cruzo os braços sobre meus seios, encarando-a com indiferença. Anahí engole saliva, colocando as mãos no bolso de seu short, que por causa da chuva está completamente grudado em suas coxas. — Eu... 



— O que está fazendo nessa chuva, Anahi? Você poderia ter trago um guarda-chuva ou me ligado para eu ir até o seu carro com um. – Digo o mais firme possível, para que ela saiba quão irritada estou. — E onde infernos você passou o dia todo? Ninguém sabia do seu paradeiro. 



— Eu fui resolver uma coisa, me desculpa por não ter avisado. – Leva a mão até a nuca e alisa, evitando olhar em meus olhos.



— Só isso? – Anahi me olha sem entender. — Você some a po*rra do dia todo, aparece do nada aqui no meio dessa chuva e tem a coragem de me pedir desculpas?



— O que eu deveria dizer? – Rebate confusa e eu ergo as sobrancelhas, incrédula. Aperto meus dentes e mordo a língua para não xingar ela de todos os nomes mais horríveis possíveis. Dou uma última encarada em seu rosto e me viro para entrar em casa e deixar ela ali. — Candy, espera aí...



— Me solta, Portilla. – Ordeno entre dentes. 



— Não até você me desculpar. – Anahi se aproxima de mim, eu sei mesmo estando de costas, o corpo dela exala um calor próprio mesmo no frio. — Eu te conto onde eu estava se você aceitar dançar comigo? 



Meu rosto contorce em confusão e minha mente dá um nó na mesma hora em que ela me pede aquilo. Como assim dançar? Será que Anahi está usando drogas e eu não sei? 



— Do que está falando?



— Vamos dançar na chuva? A água está tão boa. 



Viro para olhá-la, Anahi está com um enorme sorriso no rosto e acaba me contagiando. Céus! Por que ela consegue me convencer com tanta facilidade assim?



— Você é louca. 



— Ah, isso eu sou mesmo. – Ela me puxa contra seu corpo, acabo suspirando ao sentir a água gelada em sua roupa começar a molhar-me. — Eu amo você.





Meu coração dispara como um fuzil do exército em uma guerra. É tão surreal ouvi-la dizer essas três palavras, e me faz sentir tão fora de mim. Anahí tem esse dom, fazer-me esquecer de tudo ao meu redor com meras palavras e pequenas atitudes. Ela é incrível.



Eu tenho sorte dela não ter desistido de mim. Não consigo me ver namorando com qualquer outra pessoa sem ser ela. Anahí é mais do que eu mereço, muito mais do que esperava encontrar. Logo eu, que pensava que a Alexandra era o amor da minha vida. 



Que tola eu fui. 



Odiava tanto essa garota abraçada comigo, não suportava olhar para o seu rosto, ouvir sua voz, e quando ela me tocava eu sentia nojo. Mas acho que no fundo, eu apenas estava com medo do que sentia na sua presença. Mesmo sem querer, Anahí me deixava sem jeito, eu disfarçava, mas se você olhasse bem descobriria que a verdade é que eu sempre fui apaixonada por ela. Eu só não queria aceitar isso. 



— Eu amo você também. – E ali está! O sorriso que eu amo tanto. Anahí sela nossos lábios antes de me erguer do chão e começar a sair da varanda comigo em seus braços. Agarro-me nela com força ao sentir a chuva começar a molhar-me. — Está frio.



— Mas vai esquentar em breve. – Ela garante e depois beija minha bochecha. Anahí coloca-me no chão com calma, sem deixar de sorrir. Eu envolvo seu pescoço e ela segura em minha cintura. — Eu estava naquele orfanato que nós passamos em frente na semana passada. Desculpa por não ter avisado. 



Se existia um pouquinho de raiva dentro de mim por ela ter sumido o dia todo, essa raiva evaporou instantaneamente ao ouvir aquilo.



— Eu não sabia... só fiquei preocupada.



— Eu sei, desculpa. – Anahi se estica para beijar minha testa. — Eu quero te mostrar uma coisa.



— O que?



— Espera. – Ela solta minha cintura e tira minhas mãos de seu pescoço. Anahí sorri de lado enquanto dá dois passos para trás. — Eu estive treinando a semana toda. 



Anahí abaixa a cabeça e solta o fôlego de seus pulmões, fazendo os ombros caírem. Ela levanta a cabeça outra vez, seus olhos fixos em meu rosto. Não desvio meu olhar do dela, curiosa. Faço menção de abrir a boca para perguntar algo, mas minha namorada começa a correr em volta de mim dando saltos e fazendo poses no ar. Junto as minhas sobrancelhas, sem entender nada. 



— Mas o que... – E ela não para, continua saltando e jogando as mãos para cima, fazendo caretas, rodopiando. Bem, isso não é uma boa ideia. — Okay, amor, já chega. – Tento pará-la, mas ela não me ouve e tudo acontece muito rápido, foi questão de segundos para ela saltar errado e cair com tudo no gramado. Meus olhos quase saltam das órbitas e eu rapidamente vou em sua direção. — Anahí!



Exclamou horrorizada e preocupada, ela está com os joelhos no chão e a cabeça baixa. Espero que ela não tenha se machucado sério. Aproximo-me dela e coloco uma mão sobre seu ombro, chamo seu nome outra vez, mas ela nada responde. Quando me ajoelho em frente a ela, Anahi finalmente levanta o rosto. Eu pensei que ela estaria com uma careta de dor, mas ela parecia estar feliz.



— Eu sou uma péssima dançarina, eu sei. – Brinca sem jeito e eu acabo rindo. Inclino-me para frente a agarro seu pescoço. — Comprei uma coisa para você. 



— Comprou o que? – Pergunto curiosa ao soltá-la. Anahí não responde de imediato, ao invés disso, ela leva uma mão até seu bolso traseiro. — Anahi... Anahi!



Exclamo com os olhos arregalados e salto do chão, ficando de pé com as mãos sobre a boca. Anahí está segundo uma caixinha pequena e azul. Eu conheço essa caixa, minha mãe tem uma igual a essa e nela tem um anel de diamantes que meu pai a presentou. Não pode ser. 





— Na verdade eu só comprei a caixa. – Sua voz quase não saiu, Anahi parece nervosa. — Você sabe o que é, mas antes de qualquer coisa, te peço que não surte ou grite. Eu sei que pode parecer algo precipitado, mas eu não consigo enxergar um futuro onde você não esteja presente nele. 



— Amor...



— Esse anel era da minha avó, é passado de geração em geração. Era para ser do Ucher, mas ele permitiu que eu lhe desse porque torce muito por nós duas. – Ela dá uma pausa e busca fôlego. — Você é o amor da minha vida, sou completamente apaixonada por você desde sempre. E venho tentando ser a melhor, porque você merece só o melhor, nada menos que isso. É você, Candy... Eu sei disso. – Lágrimas escorrem por minhas bochechas, é impossível não se emocionar, mesmo eu estando assustada. — Eu quero você como companheira de vida para todo o sempre, que com a sua luz você continue iluminando o meu caminho, dando graça a minha vida e fazendo-me feliz do jeito que só você sabe. Isso é sim um pedido de casamento, porque não quero outra mulher, é você, sempre foi você, minha eternidade e você.



— Meu Deus... – Boquiaberta eu vejo ela abrir a caixinha e revelar um belo anel com uma pérola em cima. 



— Sei que a maioria das garotas prefere um diamante, mas...



— Eu aceito! – interrompo-a, Anahí quem arregala os olhos dessa vez. — Eu aceito! Eu aceito! Eu aceito! 



Comecei a dizer sem parar e me joguei sobre ela, Anahí riu enquanto começava a chorar, chorar de felicidade. Eu não estava muito diferente.



Tenho certeza que foi a melhor escolha que já fiz na vida. Porque não me imagino sem ela, e não existe ninguém no mundo capaz de me fazer feliz como ela faz.



Anahí é minha pessoa. 



*****



03 de Fevereiro 



O que me despertou naquela madrugada foram os movimentos inquietos sobre a cama. Logo abri os olhos, tinha que estar sempre atenta, pois Anahi poderia dar a luz a qualquer momento. Acendo a luz do abajur e logo vejo minha esposa sentada na cama fazendo o exercício de respiração. 



— O que foi? Está sentindo alguma coisa?



— Candy... – Ela agarra minha mão e aperta com força. — Acho que nosso filho vai nascer. 



Abro a boca e arregalo os olhos, Anahi abre um pequeno sorriso, mas logo contorce o rosto e grunhe de dor. Salto da cama na mesma hora para sair em busca das nossas coisas, saio do quarto para buscar Eduarda, no caminho acabo tropeçando e tenho que me segurar na parede. Olho para cima e vejo as fotos na parede. Sorrio ao lembrar-me do dia em que acordei sem memória e não reconheci ninguém. 



Quem diria que eu estaria hoje aqui correndo para levar minha esposa grávida ao hospital? 



Se eu for parar para pensar, o destino fez um belo jogo com nós duas. Parece que foi tipo um teste da vida para testar nosso amor, e bem, nós provamos que ele é mais forte do que tudo. Eu aprendi a respeitá-la, a amá-la e a cuidar dela. Mas é só um pouco de tudo que eu aprendi com ela, e só temos um ano e alguns meses de convivência. Sei que irei aprender mais para frente. 



— Dulce! A bolsa estourou! 



Ouço o grito da minha esposa e volto a realidade. Preciso levá-la ao hospital urgentemente. 



É agora que começa a nova fase das nossas vidas, eu mal posso esperar por isso.



Estou ansiosa para viver minha vida ao lado da minha esposa, mas antes que eu me esqueça... 



Obrigada destino!




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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