Fanfics Brasil - Capítulo 6 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 6

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Por Dulce



No outro dia desperto sozinha, abro os olhos e a primeira coisa que vejo é o teto branco do quarto. Me espreguiço um pouco na cama e passo as mãos no rosto. Tudo está em silêncio,que horas deve ser agora? Olho para o criado mudo e vejo um relógio digital ali, ele indicado que são 11:40am, suspiro. Ainda está cedo. Olho em volta e não vejo nada. Onde será que a louca está? Será que ela ainda está chateada? 



Sento-me na cama e noto aquela mesma porta que Anahí entrou ontem meio aberta, acho que ali deve ser outro banheiro. 



Será que Anahí acharia ruim por eu estar mexendo nas coisas dela? 



Pensando bem... 



As coisas aqui nessa casa são minhas também, certo? Certo então.



Sem querer pensar muito, levanto da cama e vou até lá, abro aquela porta de madeira e deslizo-a para o lado. Isso é um... Oh não é um banheiro, na verdade é um closet. Nós somos ricas ou alguma coisa assim? Porque nós temos um closet. 



Se bem que a julgar pelos móveis dessa casa, o tamanho dela e os carros na garagem, eu acho que temos uma vida boa. Eu trabalho com o que mesmo? Preciso lembrar de perguntar isso a estrupício depois. Entro no closet e, uau! É grande, repleto de prateleiras e tem um espelho no final dele. Olho em volta, está cheio de roupas em todas as prateleiras, na parte de baixo tem diversos sapatos e pares de tênis. Somos organizadas. Céus! Eu já estou até mesmo falando no plural. 



Hesitante eu vou andando por aquele espaço. Algumas roupas eu consigo identificar como as de Anahí porque ela sempre amou coisas de couro, isso não mudou mesmo com os anos que passaram. Meu gosto apesar de parecer um pouco diferente, também não era muito longe do que era antes, o número de vestidos pendurados no lado esquerdo deixa isso claro para mim. Eu identifiquei como meus por serem bem coloridos e meio infantis, já os de Anahí parecem mais de cores neutras e sociais. Ela tem bom gosto para roupa. Devo admitir.



Armani. 



Prada. 



Lanvin. 



Chanel. 



Jesus! Anahí trabalha para algum tipo de máfia britânica? 



Por que britânica? Ela é descendente de britânicos. Na verdade pelo que eu sei, ela e o Ucher nasceram no Reino Unido. Enfim...



Será que Anahí se formou em advocacia mesmo? Pelo visto parece que sim, praticamente todos os seus familiares são advogados. Os pais dela sempre quiseram/obrigaram ela e Ucher a seguir essa carreira, desde pequenos os preparavam para isso. E como eu sabia de tudo isso mesmo não suportando ela naquela época? Maitê! Ela sabia tudo sobre a vida do Ucher!



Por falar nela... Preciso saber como está minha melhor amiga, e minhas irmãs. É tanta coisa.



Suspiro, prendo meus cabelos num rabo de cavalo informal e volto a olhar por aquele closet. Vejo uma caixa preta na prateleira de cima em frente ao espelho, ela me chama a atenção. O que será que tem ali? 



Curiosa como só eu sou, não consigo me conter e vou até lá verificar. Procuro por um banco ou cadeira, odeio ser baixa demais. Eu poderia ter crescido pelo menos um pouco, né? Pelo menos peitos eu tenho. 



Encontro um banco, subo nele e puxo a caixa para mim. Ela é pesada. Com todo cuidado, eu a pego e desço do banco, coloco a caixa de plástico preta no chão e olho em volta dela, em busca de alguma etiqueta. Mas não tem nada.



Mesmo receosa eu abro a tampa, eu tenho um grande problema e ele se chama: curiosidade. Respiro fundo e puxo a tampa e... CDs? 



— Será que eu posso mexer nisso aqui? 



Pergunto a mim mesma. Bem... De qualquer forma, Anahí ainda não voltou mesmo, seja lá onde ela foi, espero que ela demore. Pego alguns CDs. Apenas um deles está com etiqueta: Anahí. É o que está escrito no CD. Okay, agora eu realmente fiquei curiosa. Pego apenas aquele CD e guardo os outros na caixa, fecho a tampa e me levanto do chão. Saio do closet e fecho a porta. O que eu vou fazer agora? Será que vejo o que tem no CD ou...? 



Ouço o barulho de algo vibrando, parece um celular ou... Não sei o que. Ando pelo quarto tentando descobrir de onde vem esse barulho. Que merda é essa? O barulho parece vir da poltrona, tem uma bolsa ali. Vou até ela rapidamente, será que é minha? Bem, de qualquer forma eu acho que posso mexer nela. Anahí não está aqui mesmo. Abro a bolsa e começo a procurar de onde está vindo aquele vibratório todo, encontro um celular? Bem, parece, apesar de ser fino e grande demais. E essa capinha de coala? 



É um aparelho celular, a tela está acesa. Mi suerte, é o nome de contato que está na tela. Dá para ler o conteúdo da mensagem na tela mesmo, está escrito "Sua senha é 2706" 



Senha de quê? 



Só então me dou conta do "deslize para desbloquear" na tela, deslizo para o lado e logo aparecem uns quadradinhos, digito os números que estão na mensagem. O ícone de mensagens tem um número 7 pequeno em cima dele, clico ali. 3 mensagens são do contato "mi suerte", 1 de uma tal "Mufa", 2 de "mama" e a última é de um tal "cotoco" 



— Cláudia! 



Exclamo rindo, eu nem preciso pensar muito, tenho certeza que é ela. Mas resolvo clicar nas primeiras mensagens mesmo.



"Candy, eu vim aqui no estúdio rapidinho e daqui a pouco volto para casa."



"Eu fiz seu café da manhã... é... até daqui a pouco" 



Anahí. Com certeza era ela, somente essa... Somente ela me chama assim, parece que isso não mudou. Então ela só volta mais tarde? Posso ouvir o CD. Anahí disse que foi em um estúdio, será que ela é alguma cantora ou algo assim? 



Isso explicaria as roupas e sapatos caros no closet.



Tem até uma televisão no quarto. Quem decorou essa casa? Se foi Anahí, ela tem bom gosto. Bem, ela casou comigo, certo? De qualquer forma bom gosto ela tem.



Tive que rir da minha idiotice, minha autoestima pelo menos está boa. 



Coloco o CD no DVD e procuro o controle, assim que o acho ligo a televisão. Voltei para cama e sentei na beirada dela, a tela continuou escura durante alguns segundos e depois eu, sim, eu apareço nela. 



Que coisa é essa? Eu sou a cantora ou o quê?



— Candy?



— Eu estou aqui.



No vídeo eu me sento nessa mesma cama, com a câmera virada para mim. Faço algumas caretas engraçadas e a porta é aberta. 



— O que está fazendo?



Anahí me perguntou, eu me sentei melhor na cama e virei a câmera para ela. Anahí estava usando um moletom branco do Real Madrid, os cabelos presos, o rosto livre de qualquer maquiagem. Eu confesso, ela estava linda. Os anos pareceram ter feito bem a ela. Bom gosto eu tenho, não posso negar. 



— Estava testando a câmera, achei que ela tivesse quebrado na semana passada.



Dei de ombros e Anahí soltou uma risadinha, a câmera ficou virada para baixo e eu ouvi barulhos estalados e risos. Estávamos nos beijando? 



Ew! Não acredito. 



Alguém pegou a câmera, dessa vez ela estava focada em nós duas e Anahí a segurava. Eu tinha um enorme sorriso, estava agarrada ao pescoço dela. Meus olhos tinham um brilho tão lindo e verdadeiro. Cristo! Nós éramos felizes, eu realmente parecia ser apaixonada por ela. 



Mas como? Meu estomago embrulha só de pensar nessa possibilidade. 



— Nós vamos gravar nós duas agarradas? Sério mesmo? 



Anahí perguntou sem me olhar, ela manteve os olhos fixos na lente da câmera. Eu dei um sorriso sacana? Por que eu estou sorrindo assim?



— Bem, eu.... Pensei em fazermos alguma atividade. 



Levantei a cabeça e mordi o pescoço dela. Não acredito! Será que vamos começar a nos agarrar? Por que raios isso está gravado? Eu não quero terminar de assistir isso, mas não consigo parar. 



— Que tipo de atividade? 



Ela perguntou num tom de voz rouco e sensual. Fecho os olhos por alguns segundos,não acredito que vou ver eu me agarrando com a psicopata. Ouço minha risadinha e abro os olhos, nossos lábios estavam encostados, ela tentava me beijar e eu puxava a cabeça para trás. Anahí fez beicinho e eu mordi seus dois lábios, depois só o inferior. Argh! Que horror. 



— Eu quero... – levantei da cama e a câmera tremeu, eu tinha a pegado da mão de Anahí. Eu me afastei um pouco e fiquei de pé em frente a cama, Anahí me olhava sem piscar, esperando o que eu diria. — Que você faça uma coisa. 



A expressão de Anahí passou de curiosa para ansiosa. Ela parecia sorrir maliciosa. Oh Deus! Que raio de coisa tem nesse vídeo? 



— O que você quer que eu faça?





Anahí se pôs de quatro na cama e fez menção de engatinhar em minha direção, minha mão aparece na frente da cama, sinalizando que era para ela parar. 



— Vai fazer o que eu pedir? – ela assentiu. — Qualquer coisa?



— Sempre.



Ela sussurra, mordendo o lábio em seguida. Ok, Dulce, respira.



— Se masturba pra mim. – eu peço, minha voz saiu num tom completamente desconhecido por mim até então. Arregalo os olhos. Que merda???? — Eu quero ver você goza*ndo bem gostoso, depois eu vou te chupar inteira. 



Jogo-me para trás na cama. Quem é essa nesse vídeo? Porque eu nunca fui assim. . .



Por Deus .



Eu virei algum tipo de pervertida nesses anos? Aposto que é culpa dessa psicopata. Ela que me tornou nisso. O que ela fez comigo.



— Vai me chupar bem gostoso? – Anahí perguntou segurando a barra de seu moletom.Eu não acredito que ela vai... Oh, ela fez. Seus seios são empinados de mamilos rosados, um rosa bem claro, que contrasta perfeitamente com sua pele. Eu estou paralisada. Desliga essa merda, Dulce María! — Depois eu vou poder te retribuir? 



— Com certeza, eu amo as coisas que essa sua língua gostosa é capaz de fazer. 



É certo! Essa Dulce ali não sou eu, é alguma pessoa parecia comigo. 





Volto a olhar o vídeo e agora Anahí tirava a cueca boxer branca que ela estava vestida, jogou a cueca em minha direção e eu a peguei no ar. Anahí sorriu sacana para mim e dobrou uma perna, faz um movimento sexy com ela e depois separa as duas pernas me dando visão da sua.... 



— Por*ra! Não! 



Começo a entrar em desespero. Por que! Eu estava vendo a boc*eta daquela criatura louca. Eu nunca vou superar isso, como eu vou olhar na cara dela sabendo que a via nua? 



E pior... Que eu já chupei ela. Só de pensar nisso eu sinto vontade de morrer. 



— Gostosa do caralho. 



Ouço minha própria voz dizer no vídeo, eu me negava a olhar, mas quem disse que minha curiosidade diminuiu? Não,.claro que não.



Abro os olhos apenas para espiar e... Pu*ta. Merda! Anahí está de pernas abertas, uma mão está em sua bo*ceta fazendo movimentos frenéticos com os dedos em seu clitóris, sua cabeça está jogada para trás e ela geme meu nome sem parar enquanto eu a incentivo a ir mais rápido ou devagar. 



Fico observando, hipnotizada, ou diria horrorizada? Eu me tornei uma pervertida.



— Candy?! 



Meu coração dispara ao ouvir Anahí me gritar lá de baixo. Pu*ta merda, e agora? 



Levanto da cama em um salto só, minhas mãos tremem e a respiração está alterada.Ótimo! Agora só falta eu ter um infarto. Desligo a televisão e aperto o botão de abrir do DVD. Quando a tampa abre, pego o CD e aperto o botão para fecha-la. Corro até a cama onde a capa está e guardo o CD lá dentro, a porta do quarto é aberta. Droga! 



Meu coração está na boca. 



— Am... Candy? 



Anahí se atrapalha para me chamar. Saí daqui, eu não quero ter que olhar para sua cara agora. Engulo seco, onde eu fui me meter? 



— E-eu. 



Respondo gaguejando, posso ouvir Anahí dar uma passo, porém ela para. Acho que está com medo de chegar até mim. Que continue assim.





— Conseguiu achar seu celular? Eu te mandei uma mensagem avisando que estava no estúdio. – ela comenta casualmente, olhando assim parecemos mesmo um casal. Bem, tecnicamente nós somos. Ouço o barulho de algo sendo depositado no chão, deve ser os sapatos dela. — Demorei porque teve uns problemas lá com a nova coleção.



Coleção? Com o que ela trabalha? Sinto vontade de perguntar, mas não o faço.



E por que ela está me dando satisfações? Não me interessa o que você estava fazendo, louca! 



— Amor? – ela chama e eu aperto a mandíbula. Não me chama assim. — Dulce, está se sentindo bem? 



Acho que ela nem percebe que me chama carinhosamente às vezes. Por que ela simplesmente não me chama pelo nome? Não estou acostumada a ouvi-la me chamando com tanto carinho. 



— Eu estou sim, eu só. – suspiro e jogo meus cabelos por cima do ombro. — Eu vou comer. 



Declaro e me viro, não levanto a cabeça pois não quero olhar em seus olhos. Eu nem conseguiria. Passo por ela ainda de cabeça baixa, sinto seu olhar sob mim mas, apenas saio do quarto.



Quando chego na cozinha me surpreendo com a mesa posta, tudo estava coberto devidamente. Parece ter bastante coisa ali.



Meu apetite ainda é o mesmo, é o que parece.



Me sento à mesa e levanto a primeira tampa de uma bandeja, waffles recheados com chocolate. Puta merda! Eu amo waffles recheados. É, Anahí parece me conhecer mesmo.Levanto a tampa da outra bandeja, salada de frutas. Tem suco de alguma coisa que eu ainda não sei o que é, ovos e bacon em outra bandeja e panquecas também. Espero que sejam de banana. 



Estou tão entretida em tomar meu café e me alimentar que nem sinto a presença de Anahí na cozinha, somente quando a porta da geladeira é aberta que noto não estar mais sozinha. Olho por baixo dos cílios em direção a Anahí e me arrependo. Ela tinha mesmo que ficar com essa bunda pra cima? Anahí está abaixada pegando alguma coisa na parte baixa da geladeira. Sua bunda parece tão redonda e durinha naquela sai giz social, praticamente colada em seu corpo. Anahí parece uma empresária sexy.



Essa bunda... 



Logo as cenas do video que eu vi mais cedo invadem minha mente: Anahí suada e se masturbando, Anahí gemendo meu nome, eu guiando Anahí para o orgasmo. 



Se eu for pensar demais isso parece algo absurdo, quase como um pesadelo. Mas se eu não pensar muito eu me sinto quente. Diria até molhada. 



Um vulto passa em frente aos meus olhos, eu salto na cadeira e meu corpo entre em alerta. Ouço uma risada e só então percebo aquela criatura linda em pé ao meu lado e rindo de mim.



— Você estava com uma cara engraçada, está se sentindo bem? Seu rosto está vermelho. 



Olho para seu rosto e vejo refletido em seus olhos uma preocupação enorme. É estranho ver esse olhar dela e não o de deboche que eu estou acostumada. Quando eu irei me adaptar à tudo isso? Engulo seco, balanço a cabeça para espantar todos aqueles pensamentos nada puros e confusos.



— Eu estou sim, só lembrei de algumas coisas.



Anahí levantou as sobrancelhas como se dissesse "ah sim", leva sua mão até a boca e morde um morango. Os lábios dela se fecham na ponta de seus dedos, ela fecha os olhos e geme. Ela gemeu! Não é possível. Que a tenha feito isso.



Então um tipo de flash passa por meus olhos e eu imagino Anahí de pernas abertas em cima de um desses balcões, um pote de morangos ao seu lado. Ela tem uma perna apoiada sobre o balcão para me dar mais visão de sua... 



— Para!



Grito de repente, Anahí abre os olhos e me olha espantada. Eu solto um grunhido baixo e desvio o olhar, é difícil encarar ela nesse momento. Meu Deus, eu estou tendo visões eróticas com a psicopata. Era só o que me faltava mesmo. 



— Dul, você-



— Eu estou ótima, Anahí .



Sou direta, curta e grossa, demonstrando ao máximo que não quero conversar. Nem me dou trabalho de ver suas expressões, juro que se ela continuar me olhando daquele jeito de coitadinha eu vou estalar meus dedos nessa... Respira, Dulce. Vocês não estão mais no colegial, aparentemente não se odeiam mais. 



Respirei e lembrei das palavras da minha mãe.



(...)



Agora estou na sala assistindo um filme qualquer, ou pelo menos tentando assistir. Terminei o café da manhã tem uns 10 minutos, dessa vez fiz questão de lavar toda a louça. Não quero ficar dependendo da estrupício, nem tão estrupício assim. Ouço barulhos no andar de cima. O que essa mulher está aprontando? Só falta ela ser alguma sádica sinistra e querer me torturar até minha memória voltar. 



Volto a prestar a atenção, ou tentar prestar a atenção no filme. Mas os sons de algo sendo arrastado no andar de cima atiçam minha curiosidade.



Ir lá ou não ir? 



Melhor não, vai que eu vejo coisas desnecessárias?



Tipo: Anahí se masturbando e gozan... Para com isso,Dulce María! 



Os barulhos param. Menos mal. Segundos depois ouço passos rápidos na escada, e se aproximando.



— Dul? Seu celular estava vibrando. – Anahí me avisa e eu faço menção de levantar para ir busca-lo, mas ela estende o fino aparelho a minha frente. — E... Foi você que mexeu na nossa caixa de vídeos? 



Nossa caixa de vídeos... Nossa. Oh... Será que tem vídeos meus ali também?! 



E pu*ta que pariu! Ela percebeu que eu mexi lá. Será que ela sabe qual vídeo eu assisti?



— Não estou te repreendendo, amor. Os vídeos são nossos, tudo naquele quarto é nosso, assim como tudo nessa casa. – Anahí diz ao perceber minha possível expressão de medo e culpa, ela suspira pesado. Sinto o assento do sofá mexer ao meu lado, ela sentou-se. — Amor, você precisa começar a se sentir bem na sua casa, ela é sua, você não é uma estranha aqui.



É fácil para você falar, idiota! 



— Anahí você pode me fazer um favor? – me viro para olhar bem em seus olhos. Ela afirma com a cabeça e sorri. — Será que você poderia parar de me chamar de amor?! – sua boca se abre e fecha algumas vezes, ela parece buscar algo para dizer mas, depois suspira derrotada e abaixa a cabeça, parece cabisbaixa e apenas acena sem jeito com a cabeça.Reviro os olhos. Por que ela fica agindo dessa forma? Argh! Dulce, vocês são casadas. E meu pai mandou eu não ser tão rude com ela, mas eu só não consigo. Anahí levanta do sofá e se vira para sair, mas eu sou rápida e seguro em seu braço. É estranho demais dizer que esse toque não me enojou? — É só que... É difícil, entende? Eu não sei lidar com tudo isso, não é fácil para mim. 



Anahí solta uma risada sem qualquer resquício de humor. Confusa eu franzo o cenho,achei que ela estivesse magoada. Automaticamente solto seu braço e junto os meus ao lado de meu corpo.



— Eu estou tentando te entender, Dulce. Juro que estou! – ela quase cuspiu as palavras, sua voz era pura ironia. Essa sim é a Anahí que eu conheço. — É difícil para você não se lembrar de nada? Mas eu tenho certeza que não é pior do que ver o amor da sua vida te tratando com tanta frieza, como se você fosse um nada, um lixo. 



Ela me olha por alguns segundos e o olhar que ela me lança deixou-me com medo, eu me sinto encolher sob aquele olhar. Anahí nega com a cabeça e vira-se para sair da sala.



Pela primeira vez na vida eu estou me sentindo mal por tê-la ofendido ou a magoado.



Merda. Meu pai vai falar à beça no meu ouvido se ela contar isso à ele. 



Sento-me de volta no sofá, meus olhos vagam pela sala. Eu ouço a porta da frente ser aberta e depois fechada com força. Ótimo, quem sabe agora ela cace outra mulher na rua e largue do meu pé. 



Ou talvez não, Dulce. Para de ser um pouco estúpida. Eu estou me repreendendo, o que Anahí fez comigo durante esses anos? Já perdi as contas de quantas vezes eu me senti submissa ao olhar dela de ontem para hoje. 



Como será o resto de nossas vidas?



Meu celular começa a vibrar sem parar, eu o pego e vejo "morena" na tela. Atendo ou não?Debato comigo mesma, mas decido por atender. Vai que é alguém importante. 



— Dulce? – meu coração acelera ao ouvir aquela voz. Nem em mil anos eu esqueceria a voz da Maitê ela continuava a mesma coisa. — Sou eu, Maitê. 



— Tita! 



Exclamo animada, acho que minha amizade com Maitê continua a mesma, apesar do apelido aparentemente ter mudado. Ouço ela rir do outro lado da linha, meu coração parece aquecido agora e não doendo por remorso.



— Sentiu saudades? Estou indo para sua casa em alguns minutos, Diego não está em casa mesmo e o Ucher acabou de sair, acho que ele foi encontrar com  a sua esposa. 



Ela dispara a falar, será que ela sabe sobre a minha memória? Bem, se não sabe eu terei que contar, e se Ucher já contou, com certeza Maitê esqueceu. Mas... Ucher? A esposa que o meu cunhado citou ontem era a Mai? Oh meu Deus, eu não acredito que minha melhor amiga casou com a paixonite dela do ensino fundamental. E quem seria Diego? O filho deles?



— ... Daqui a pouco eu estou ai, chack. Estou levando cupcakes, beijos, beijos.



Desligou, ela simplesmente falou sem parar e desligou. Bom, Maitê continua a mesma de sempre.



Pelo menos eu vou ter alguém para desabafar, eu realmente preciso de alguém que me entenda.




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  Por Dulce Enquanto Maitê não chegava, aproveitei para subir e tomar um banho. Confesso que me sinto estranha tomando banho aqui nessa casa, dormir naquela enorme cama foi estranho e andar por aqui nesse silêncio é pior ainda. Será que todos os meus dias são assim? Eu fico sozinha o dia inteiro? E pior, eu sou sustentada ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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