Fanfics Brasil - Capítulo 7 Amnésia (ayd adaptada) finalizada

Fanfic: Amnésia (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 7

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Por Dulce



Enquanto Maitê não chegava, aproveitei para subir e tomar um banho. Confesso que me sinto estranha tomando banho aqui nessa casa, dormir naquela enorme cama foi estranho e andar por aqui nesse silêncio é pior ainda.



Será que todos os meus dias são assim? Eu fico sozinha o dia inteiro? E pior, eu sou sustentada pela Anahí? Não acredito nisso, logo eu que sempre pensei em crescer e me tornar independente. 



Entro no closet e escolho uma roupa simples, short, blusa de mangas curtas e calço os chinelos de hananas que estavam perto da cama. Só podem ser meus, até porque o outro chinelo tem estampas de um desenho que eu nunca vi na vida. 



Saio do quarto e desço, chego na sala e me jogo no sofá. Me sinto como uma agregada nessa casa, uma hóspede. É muito esquisito essa sensação, porque essa casa basicamente é minha. Eu moro aqui à... Não faço ideia de quantos anos, mas moro aqui. É meu lar.



Meu lar.



Mas por que para mim essa casa parece apenas uma casa desconhecida? 



Perder a memória é uma merda sim, eu só queria lembrar de certos momentos, mas tudo é apenas um borrão na minha mente. Batuco os dedos em minhas pernas e observo em volta, tudo muito bem decorado. A sala tem uma decoração moderna, uma televisão exageradamente grande, enormes sofás, sério, esses sofás parecem camas. Tudo muito lindo, preciso tirar um dia para conhecer minha casa. 



É até engraçado pensar nisso. Vou conhecer a casa que eu moro à anos. 



A campainha toca, só pode ser Maitê. Levanto sorridente num pulo só e corro até a porta, a abro e...



— Pu*ta. Merda! 



Exclamou boquiaberta ao ver aquele mulherão sorridente parada na porta me olhando. Maitê! O tempo a mudou bastante, mas aquela boca, é irreconhecível assim como seus olhos e o sorriso. Seu corpo também está mudado, se antes ela tinha um corpo maravilhoso, hoje ela tem o corpo perfeito. 



— Então é verdade... – ela comenta, porém parece falar consigo mesma. Seu sorriso diminuí um pouco e seus olhos ganham um brilho triste, eu franzo o cenho e em segundos sinto meu corpo ser puxado para frente e envolvido em seus braços. — Que saudade.



Maitê fala contra meus cabelos. Me encolho contra ela, suspirando alegre por tê-la ali, é bom estar com minha melhor amiga no meio de toda essa loucura. Maitê acaricia meus cabelos e beija o topo de minha cabeça, sorrio.



— Seu abraço continua o mesmo acolhedor e quentinho de sempre.



Minha voz saí um tanto abafada pelo fato de minha boca estar perto de seu pescoço . Ela parece  mais alta agora, os peitos estão ainda maiores. Alguém deve fazer a festa nesses peitos.





— Claro que continua. – finalmente ela se afasta de mim, sorri e acaricia meu rosto. Fecho os olhos para aproveitar o carinho. — Mas me conta – saí entrando sem nem ao menos pedir licença e ainda me empurra para que eu saia de sua frente. Meu queixo caí, ela continua a mesma abusada de sempre. — Como foi que aconteceu essa loucura toda aí? Ucher chegou lá em casa desesperado contando tudo, que você tinha perdido a memória, que queria bater na Anie. Quase morri de tanto rir. 



Tagarela ela continua também, Mai no quesito falar sem parar conseguia superar a Cláudia. Por falar nela preciso ver minha irmã também, será que ela conseguiu crescer um pouquinho? 



Respiro fundo e vou até onde ela está, me sento no sofá em frente a ela e cruzo uma perna com a outra.



— Eu nem sei como essa coisa toda aconteceu. – dou uma pausa para suspirar, minha cabeça está baixa. — Eu só acordei ontem de manhã achando que ainda estava no colegial, mas na verdade eu já estou casada, com uma filha e uma esposa que na minha mente eu ainda odeio profundamente. 



— Gente... – seu queixo despenca, a incredulidade em seu rosto é bastante nítida. Tenho que acostumar, pois sei que todos reagiram da mesma forma quando me ouvirem dizer isso. — Putz.



— O quê?



Pergunto confusa, agora Mai tem uma expressão esquisita em seu rosto.



— Estava torcendo para toda essa história ser apenas uma brincadeira de Ucher, queria saber como foi o sexo de reconciliação com a Barbie plastificada. 



Meu estômago embrulha ao ouvir aquilo, mas não posso evitar a risada. Só a Mai consegue ser tão ela ao ponto de brincar em meio a um assunto sério. Mas espera aí...



— Sexo de reconciliação?



Questiono intrigada, Anahi não comentou nada comigo sobre alguma briga que tivemos. Se bem que ontem ela disse para mim que "tinha sido só uma briga idiota no dia anterior". O que será que houve?



— Oh, você não se lembra? É mesmo, esqueci que agora não se lembra de nada. – cutuca minhas costelas e eu rio, encolhendo-me no sofá. — Você deu um show na noite retrasada, sorte sua não lembrar da cena que fez no meio de uma das melhores baladas de Chicago. 



Eu dei um show? Como assim? Do que ela está falando? 



E... Chicago? O que fomos fazer em Chicago?!



— Como?



Maitê ri, ou melhor, joga a cabeça para trás e gargalha alto, como se tivesse escutado a melhor piada da face da terra. Eu continuo parada, não sei qual é a graça e nem sobre o que ela está rindo.



— Tita . – ela finalmente para de rir e busca fôlego. 



— Você saiu arrastando a Anie de dentro da Trip e Rip porque tinha uma ruiva dando em cima dela. 



Meu rosto cora, não posso ver mas, tenho certeza que sou a definição de 50 tons de vergonha. Não acredito que fiz ceninha de ciúme no meio de uma balada. 



— O mais engraçado foi o pessoal com medo de você. E a Anie  a Anie ela – e voltou a gargalhar. Eu aqui morrendo de vergonha e essa idiota rindo da minha desgraça. — A a Anahí tentando te acalmar e você querendo arrancar o salto alto pra tacar nela. Você disse que iria enfiar o salto tão fundo na garganta dela que nem o melhor médico do mundo conseguiria tirar ele de lá.



Cadê aquele buraco para eu enfiar minha cara nele? Senhor! Em que pessoa eu me transformei? Dando ataque de ciúme, fazendo show na frente de pessoas desconhecidas e conhecidas por causa da Anahí.



A babaca da Portilla.



— ... Mas a melhor parte foi você querendo arrancar a pilastra e fazer a ruiva engolir.



— Maitê isso não tem graça! 



Eu ralho irritada, envergonhada, nervosa. Maitê continua rindo da minha cara, que tipo de melhor amiga é você?! 



— Claro que tem, se você lembrasse com certeza estaria rindo comigo, super girl.



Meu rosto contorceu-se além de raiva, em confusão.



— Super girl? 



— Oh sim. – Maitê pigarreia e se senta. — Dul, você não tem noção do tamanho que aquela mulher tinha, ela dava três de você fácil. 



Arregalo os olhos, não bastava ter passado toda essa vergonha ainda enfrentei alguém bem maior do que eu. 



Em tempo de eu morrer, que horror. 



— ... Foi tipo ver um pinscher tentando pôr moral para cima de um buldogue. 



E voltou a gargalhar. Maitê é uma idiota, por que eu ainda sou melhor amiga dela mesmo? 



(...)



Quase 40 minutos depois ela finalmente para de rir. Vez ou outra ela solta uma piadinha, mas eu logo arrumo uma forma de desviar o assunto.



— Então me conta, como você e Ucher finalmente se acertaram?



Pergunto realmente interessada, o brilho no olhar de Maitê me deixa imensamente feliz. Eu sempre soube que ela gostava dele, mas ela parece tão feliz. Será que ele a trata bem? 



Maitê começa a contar, ela diz que depois do primeiro dia que Ucher a levou em casa, ele pediu seu número e eles começaram a conversar. Duas semanas depois ele a chamou para sair, levou-a para jantar, ela disse que ficou encantada com tudo. E desde o jantar eles começaram a sair todo final de semana.



Ela disse que eu era a que dava mais força para o relacionamento dela, acreditam? Logo eu que nunca gostei de mimimi.



Embora eu pareça ter começado a gostar em alguma época já que eu sou casada e tenho uma filha. Deus! É estranho até em pensamento. Quando na vida eu me imaginei casada antes dos 30?



— E hoje nós temos o Diego, ele tem 5 anos, a mesma idade da Eduarda. 



Eduarda, ao ouvir esse nome um enorme sorriso aparece em meus lábios. Maitê o percebe e sorri da mesma forma, todos sabem que eu tenho uma ligação muito forte com ela. Mesmo depois de perder a memória, eu a amo mais que tudo, sinto isso dentro de mim. Até porque não é nem um pouco difícil se apaixonar por ela.



— Maitê, me responde uma coisa. – tenho que aproveitar para matar minhas curiosidades. Minha melhor amiga sorri animada e concorda com a cabeça. — Eu tenho algumas perguntas. Anahí e a Duda sempre foram apegados assim?



— Muito, você não tem ideia. – ela ri e eu acabo rindo em consequência. — Quando ele nasceu ela vivia grudada em você e nela, ninguém conseguia tirar ela de perto de vocês, nem mesmo os médicos. 



Mesmo sem querer eu sorrio largamente. Na minha mente vem uma imagem de uma Anahí super mega protetora, dormindo de mal jeito mas, não saindo do meu lado segundo algum. Oh! Ela me ama mesmo, é tudo que consigo pensar enquanto mais imagens se formam em minha mente. Eu até tento visualizar algum momento em que eu possa ter sentido algo por ela além e ódio e repulsa, mas não vem nada. Porém, sorrio ao imagina-la como mãe quando Duda era pequena. Será que ela acordava durantes as madrugadas e a colocava para dormir de volta? 



Provavelmente sim.



— Dul!



Maitê estala os dedos em frente ao meu rosto e eu volto a realidade.



— Me desculpe, acabei viajando aqui. – Maitê solta uma risada como quem diz "percebi" — Me conta mais sobre sua vida de casada, vocês se casaram na igreja?



— Óbvio, fizemos tudo como manda o figurino. – Ela responde sorridente, seu olhar é nostálgico, ela parece estar se lembrando do dia de seu casamento. — Você foi a madrinha.



— Muito bem.



— Você e Anahí na verdade.



Resisto a tentação de revirar os olhos. Por que parece tanto que erámos um grude só? Da forma que as pessoas falam parece até que Anahí e eu não conseguíamos ficar um minuto longe uma da outra. 



Maitê  e eu continuamos conversando. Ela me contou que Cláudia se casou com Troy, eu fingi que estava surpresa porque todo mundo sabia que aqueles dois nasceram um para o outro mesmo, sempre esteve na cara que daria casamento. Eles tem uma filha de onze anos, Serena, e um filho de nove, William. 



Mal posso esperar para ver meus sobrinhos.



Pergunto a Mai sobre Roberta, ela me contou que minha irmã mais nova acabou de entrar para Harvard, vai cursar direito. Sinto orgulho, ela sempre disse que gostaria de ser advogada.  



— Eu não vou aguentar, eu vou morrer se não te perguntar isso.



Maitê me olha sem entender, eu suspiro buscando as palavras certas. Não vou conseguir, e para falar a verdade eu nem sei se conseguiria perguntar a Anahí tudo isso.



— O que você quer?



Ela me olha com curiosidade, sinto minhas bochechas esquentarem. Eu tenho medo da resposta para ser sincera.



— Você com certeza deve saber... – respiro fundo e fecho os olhos. — Com quem foi minha primeira vez? 



Disparo de uma vez e abro um olho só para espiar, Maitê me olha como se a resposta fosse óbvia. Oh não! NÃO!



— Eu preciso responder? Você está casada com ela, tem uma filha com ela. 



— Não! – eu grito desacredita e Maitê me olha com espanto. Não consigo acreditar, muito menos aceitar que minha primeira vez foi com Anahí. Isso é algum castigo, não é possível. Eu lembro que naquela época eu sentia uma certa atração por uma garota do terceiro ano, Alexandra era o nome dela. — Minha primeira vez foi com Anahí.



Falo mais para mim mesma, nego com a cabeça diversas vezes. Por que tinha que ser logo com ela? Será que ela pelo menos foi cuidadosa? De qualquer forma se ela não tivesse sido com toda certeza eu não teria me casado com ela. 



Eu me casei com ela.



Minha primeira vez foi com Anahí



EU TENHO UMA FILHA COM A ESTRUPÍCIO! 



— É estranho ver você espantada ao descobrir isso, até pouco tempo atrás você estaria toda sorridente relembrando da primeira vez perfeita de vocês. – afina um pouco a voz para, me imitar? O quê? — Nem adianta me olhar com essa cara, Dulce, os tempos mudaram. E acredite, você é completamente louca por aquela mulher.



— Pelo amor de Deus, não fala isso nem de brincadeira. 



Eu peço horrorizada, ouvir isso da minha melhor amiga ainda consegue ser pior do que ouvir da minha mãe dizer que eu amo Anahí. Eu a odeio! 





— Antes fosse brincadeira, juro que se alguém me contasse à treze anos atrás que hoje você estaria casada com a Portilla, eu riria da pessoa.



Eu também, Maitê, eu também! Quer dizer, hoje em dia também porque entre termos eu me sinto como se ainda fosse 2004. 



— Eu só não consigo entender como aquele ódio todo virou amor. – Maitê me olha atentamente, eu me sinto quase desesperada para entender as coisas. Vou ficar maluca antes de fazer 30. — Anahí e eu nos odiávamos no colegial, como foi qu- 



Minha fala é interrompida por uma alta gargalhada de Maitê, pressiono os lábios um contra o outro e a fuzilo com o olhar. Ela está debochando de mim, é isso mesmo?



— Vocês se odiavam?



Ela pergunta entre risos, eu aceno que sim com a cabeça e ela ri mais ainda. Maitê virou usuária de maconha e não me contou? 



— Todo mundo sabe que Anahí e eu nos odiávamos! 



Esbravejo irritada, está me dando nos nervos vê-la rindo tanto que seu rosto até está roxo. Tudo que eu falo parece fazê-la rir mais ainda. Por quê?



— Candy, por Deus! Você me faz rir. – eu quase rosno, Maitê limpa os cantos dos olhos com as pontas dos dedos e estala a língua. — Dulce, o certo não é "Anahí e eu nos odiávamos", o certo é "você odiava a Anahí" naquela época. Anahí nunca odiou você, muito pelo contrário. 



Estou pasma com sua revelação. Como assim a Portilla nunca me odiou? E as piadinhas? Provocações? O número de vezes que aquela criatura satânica me prendeu no laboratório da nossa antiga escola? As vezes que me fez chorar de tanta raiva? Como ela podia não me odiar? 



— Óbvio que nos odiávamos Maitê, você bem via tudo que ela fazia comigo.



— Dulce. – Maitê segurou em meus ombros e me fez olhar em seus olhos. — Anahí nunca odiou você, agora você sim odiava ela, por isso ela te enchia o saco. 



— Eu odiava ela porque ela sempre me perturbava, eu nunca entendi porque ela gostava de fazer isso. 



Maitê revira os olhos e solta meus ombros, dá um tapa em minha testa deixando-me boquiaberta. Qual o problema dessa criatura? 



— Eu não estou acostumada com essa Dulce lerda. – nega com a cabeça seguidas vezes, eu franzo o cenho em confusão. — Candy, Anahí sempre foi apaixonada por você. 



— O quê?! 



Eu queria gritar, mas minha voz saiu baixa, apenas um pouco mais grave. Como é que... Isso é impossível, Anahí apaixonada por mim? Nunca... Pelo menos não naquela época.



 — Você teve essa mesma reação quando soube pela primeira vez. 



— Isso é impossível, Maitê. – levanto-me do sofá e começo a andar de um lado para o outro negando com a cabeça. Surpresa? Isso é pouco para me definir no momento. — Como alguém pode ser apaixonada por uma pessoa e simplesmente fazer de tudo para importuna-la? Que tipo de paixão era essa? 



Indignação é bastante nítido em meu tom de voz, eu não posso acreditar que Anahí era apaixonada por mim na época do colegial. Por que ela fazia aquilo tudo então? Por que me perturbar? Seria mais fácil falar comigo, me chamar para sair. Sei lá. 



— Ela queria sua atenção! – estaco no lugar ao ouvir o que Maitê diz. — Candy, sejamos sinceras, você nunca foi com a cara da Anahí, antes mesmo de ela começar a te "importunar".



Faz aspas com os dedos e solta uma risada nasal. Suspiro, mordo o lábio inferior e olho para algum ponto qualquer na parede. Tudo bem que eu nunca fui com a cara dela, eu nem explicar porque...



Quer dizer...



Ela sempre foi egocêntrica, estúpida, babaca, idiota, inútil, um estrupício e tinha aquela maldita fama de "pega e dispensa". Obvio que eu jamais iria com a cara dela, e em um dia ela simplesmente começou a pegar no meu pé.



Eu achava que era por ela não gostar de mim ou me achar feia... Mas... 



— Eu não consigo acreditar nisso. – confesso, volto a me sentar no sofá e apoio as mãos nos joelhos. — Sempre achei que ela não gostasse de mim, eu pensava que ela me achava feia e por isso vivia pegando no meu pé. 



Admito quase sem voz, é meio vergonhoso falar disso, ainda mais agora. Porra! Ela era apaixonada por mim, por mim cara. Tudo bem que ela não tinha uma legião de garotinhas atrás dela, mas todos, todos, sem exceção naquela escola, babavam por ela. Desde garotos à garotas, até mesmo alguns professores. Ninguém conseguia olhar para ela sem se sentir intimidado com aqueles olhos. 



Malditos olhos azuis sexys.... Mas o quê, Dulce María?! 



Pare com isso, já! 



— Vai me dizer que você nunca percebeu as secadas que ela te dava? – Maitê questiona incrédula. Eu coro ao me lembrar de uma vez em que peguei Anahí olhando para minha bunda quando estávamos no vestiário, mas na época eu não pensei em besteira alguma. — Dulce, os olhos daquela Barbie faltavam saltar do lugar e irem parar no seu corpo, principalmente na sua bunda. 



— Como eu nunca notei isso? 



— Talvez porque você estivesse muito ocupada em odiar a Anahí do que observa-la.



Maitê conclui sabiamente. E faz sentido. Talvez se eu tivesse pegado alguns detalhes, ou notado seus olhares e certos comentários... Céus! Anahí apaixonada por mim, isso é uma coisa que não me entra na cabeça nem mesmo com Maitê repetindo e repetindo isso.



— Tita. – atraio sua atenção e ela faz um som nasal, indicando que é para eu prosseguir. — Como que... Como foi meu primeiro beijo com ela? Meu primeiro beijo foi com ela também?



Maitê molha seus lábios pouco ressecados e respira fundo.



— Não. – meus ombros caem. Como não?  — Seu primeiro beijo foi com a sua crushzinha do terceiro ano. 



Meu queixo caí ao ouvir aquilo. Oh. Meu. Deus!



— EU DEI MEU PRIMEIRO BEIJO COM A ALEXANDRA?! 



Berro incrédula, os olhos de Maitê se abrem porém ela logo os semicerra, encarando-me de um modo estranho. Mas estou afobada demais para tentar identificar aquele olhar. Eu beijei a fucking Alexandra Daddario, vocês conseguem me entender? Eu era super gamada naquela garota. Mal posso acreditar que meu primeiro beijo foi com ela. 



— Você realmente perdeu a memória. 



Maitê interrompe meus pensamentos e eu paro de tentar fantasiar como pode ter sido aquele beijo, que deve ter sido perfeito. Olho para minha melhor amiga e ela nega com a cabeça. O que eu perdi?



— O que foi?



Maitê  suspira e se aproxima um pouco mais de mim, franzo o cenho.



— Dulce, você odeia essa história, quer dizer, odiava, porque agora você não se lembra.



Ai meu... 



— O que aconteceu? Por que eu odiava isso? Ela me forçou?



Salto sob o sofá espantada, aquela garota era perfeita demais. Eu sabia que ela tinha algum defeito, eu tinha radar para psicopatas, não é possível.



Até me casei com uma. 



— No dia que você deu seu primeiro beijo, você e Anahí tinham discutido. E você... Disse algumas coisas pra ela, na frente de todo mundo. 



Ela parece com receio de falar sobre isso. O que eu fiz com Anahí.



— O que eu... – pigarreio pois minha voz estava falhando. — O que eu disse a ela?



Tento buscar em minha memória alguma briga nossa, tento lembrar desse dia. Mas não vem nada.



Tudo é apenas uma porra de um borrão estúpido.



— Eu não sei muito bem, ninguém nunca quis comentar sobre isso, muito menos Anahí. Mas eu sei que você disse que – ela ergue as mãos e começa uma contagem. — Ela era digna de pena, escrota, imbecil, estrupício e que ela jamais encontraria alguém para ama-la porque ela não era digna de amor. 



Um nó se fecha em minha garganta. Eu me tornei em algum tipo de monstro babaca naquela época? 



— .... E depois disso você disse que a única pessoa que era digna de tudo do bom e do melhor era a pessoa que você gostava, ai você simplesmente foi e beijou a Alexandra na frente de todo mundo. 



— Pu*ta merda. 



Solto baixo, levo minhas mãos até minha cabeça e começo a pensar no que me levou a dizer aquelas coisas. Tudo bem que eu odiava Anahí profundamente, mas eu jamais fui tão ruim a esse ponto, de humilhar alguém assim na frente de todo mundo. Mesmo sendo a estu... Não consigo nem xingar mais ela, me faz mal agora. 



Eu sou a pior pessoa do mundo. 



— Eu disse que você não gosta dessa história.



— Eu era horrível, eu sou horrível. Anahi não merece isso. 



Me surpreendo comigo mesma, pela primeira vez eu sinto raiva de mim mesma e mal por ter feito o que fiz com ela, e por continuar tratando ela mal. E pior ainda por saber que por alguma razão ela não desistiu de mim depois disso tudo. 



Será que Anahí não é nada do que eu pensava que era? 



Será que na verdade eu sou a idiota da história?



Várias perguntas começaram a se formar em minha mente, eu tentava buscar respostas para elas, mas não vinha nada.



Eu só tinha certeza de uma coisa agora; eu teria que conversar com Anahí, urgentemente. 





 




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 112



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  • aline_andreza Postado em 31/01/2023 - 01:59:34

    Eitaa

  • tryciarg89 Postado em 20/09/2022 - 17:43:42

    Simplesmente perfeita essa fic,ameiiii

  • aleayd Postado em 08/09/2021 - 21:48:50

    Tenho uma grande paixão por essa fic. Foi simplesmente perfeita. Já li e reli tantas vezes que perdi as contas kkkk

  • Kakimoto Postado em 28/08/2017 - 21:28:13

    AAAAAAAA, Vou sentir sddss, amo tanto essa ficc <3 <3 <3. Ai, elas são mt fofas veii, amo mt mt

  • siempreportinon Postado em 25/08/2017 - 18:47:39

    Amei do início ao fim, viciante! Espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei todas kkkk Parabéns e continue a nos presentear com histórias maravilhosas!!!

  • belvondy Postado em 25/08/2017 - 12:28:38

    Muito top a Web,você já postou outras website portinon?se sim quero saber quais!....postaais webs!

  • Postado em 24/08/2017 - 00:43:09

    Meu Deus olha a hora e aqui comentando rs,Deus do céu Emilly que história maravilhosa que linda, foi,foi,nossa nem consigo descrever oque eu tô sentindo sei que apenas uma história mas me envolvi tanto lendo acho que com todos que leram aconteceu o mesmo,eu chorei de emoção foi lindo de verdade, como muita coisa aconteceu eu não vou conseguir falar de tudo nesse comentário mas saiba que eu amei,muito obg por ter nos dado o privilegio de conhecer essa história, foi uma adaptação espetacular aiiiiii meu Deus eu amei demais,fiquei triste que acabou mas tudo que é bom dura pouco ne,amei elas duas com os filhos,Benjamim, Duda os netos ai foi tudo lindo ameiii, bjs querida! !!

    • Gabiih Postado em 24/08/2017 - 00:45:07

      Meu nome não apareceu trágico kkkk,amei linda bjs

  • ester_cardoso Postado em 23/08/2017 - 19:35:17

    Ahhhhh não acredito que acabou, uma das melhores fanfics que já li. Ameiiiii muito a história, foi perfeita. Amei o casamento delas, o nascimento do Benjamin, as lembranças, os filhos da Duda, o Ben namorando a Demi, e com certeza meu amor maior ver elas juntas e felizes com uma família linda e maravilhosa. E pra mim esse amor é eterno, mesmo que seja fictício, mesmo q não seja real, é muito bom ter uma historia com q se envolver e apaixonar. Obrigado gatinha por proporcionar essa história maravicherry para gente, vc é demais sério. Porque além de nos dar a oportunidade de ler fics perfeitas, vc se envolve com as leitoras de uma forma q ganha o nosso coração. Um enorme beijo pra ti e obrigado por tudo mesmo, Te amo bebê <3

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:58:32

      Sim minha linda, acabou e você não sabe como eu estou triste por isso. Mas satisfeita por saber que a história agradou muito. Confesso que fiquei meia na dúvida em adaptar a história, Pois achei que não ia conseguir mas... O resultado foi bom, acho que mesmo Portinon só existindo em nosso mundo, creio que o amor e amizade que ambas sente uma pela outra, Mesmo que com menos intensidade que na época do RBD, o carinho continua o mesmo. Já vale a pena sonhar com esse trauma que além de tudo e vida e superação. Enfim muito obrigada mesmo... Eu adoro mesmo vocês. Fazer o que!!! vocês são simplesmente :MARAVILHOSAS. Amo todas e tenho um carinho.sem igual por cada uma que se prende os poucos minutos lendo as histórias que posto. Enfim gata. Te amo de coração...

  • laine Postado em 23/08/2017 - 14:53:22

    Muito bom, foi perfeito Que pena que acabou &#128550;

    • Emily Fernandes Postado em 23/08/2017 - 19:42:29

      Sim a fic é maravilhosa, mesmo eu mudando algumas coisa. O foco foi o mesmo da história verdadeira. Que bom que te prendeu assim como me prendeu. E bem infelizmente tudo que é bom tem um fim. Né Mas beijos e até a próxima.

  • Gabiih Postado em 21/08/2017 - 20:29:55

    ai eu estou amandooooo,muito essa história o amor delas é tão lindo,tão magico,tao cativante tão forte,acho que deve ser coisas de vidas passadas eu acredito nessas coisas sabe rs,mas eu espero que esse procedimento novoi de certo,annie quer tanto um filho as duas querem na verdade,e ela merecem,adorei os momentos hoy delas,duas pervertidas kkk adoro posta mais linda,desculpe a comenta mas aqui estou e ansiosa para novos capítulos posta mais!&quot;!!

    • Emily Fernandes Postado em 21/08/2017 - 20:59:27

      Eu também creio em vidas passadas. Acho que o nosso mundo é além do que vemos. E estamos predestinados a o nosso amor. Eu sei, sou uma tola apaixonada. E sonho com isso. Sorte de quem encontra um amor assim....


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