Fanfic: O Sheik

Era o ano de 1797 quando o enorme navio chamado Bellizer, ancorou no porto de Karphutar. Os marinheiros ajudavam os passageiros a descer por uma ponte de madeira.

Heidi Papillon sacou da bolsa um leque, fazia um calor absurdo naquele dia, mal conseguia respirar com aquele vestido branco pesado, cheio de anáguas.

Heidi: Que calor!

O pai estava atrás dela conversando com um homem moreno alto, ele fez um sinal para Heidi, eles entraram na carruagem e seguiram pelas ruas. Ela estava tão impressionada com o que via, que nem se importava com o que o pai dizia ao homem moreno, a desigualdade era grande naquele país, o que ela mais viu foi crianças pedindo comida, isso enxeu seu coração de pena. No fundo havia um monumental castelo todo trabalhado, parecia ter ouro ao redor das janelas.

A carruagem pegou uma rua deserta e Heidi sentiu um pouco de medo, havia escutado que a situação política de Karphutar era bastante séria, mais que estava sobre o controle. Os mais radicais eram contra o investimento de países estrangeiros no país, o que era contra o que o Rei estava fazendo.

Recentemente havia se descoberto uma mina gigantesca e quase inesgotável de diamantes,rubis e outras pedras preciosas ali o que geraria muito dinheiro para os exploradores.

Heidi: Para onde estamos indo papai?- perguntou nervosa.

Peter Papillon passou a mão pelo cabelo grisalho, já deveria ter chegado aos seus 53 anos, mais continuava sendo bonito, depois da morte da mãe de Heidi num triste incêndio ocorrido há mais de 15 anos atrás, ele poderia ter se casado, pois pretendentes eram o que nunca faltaram, mais preferiu ficar viúva para cuidar da sua única filha, a única sobrevivente da tragédia que chocou a cidade Paris inteira.

Peter: É um caminho mais seguro até o castelo, aonde o rei irá nos receber querida. Não se preocupe.

Heidi: Eu sinto que algo ainda vai acontecer papai...

Peter:Você deveria parar de ler aqueles folhetins que você costuma ler, aqueles de terror. Nada irá acontecer meu bem, confie em mim.

A carruagem passou pelo enorme portão do palácio e Heidi se sentiu mais segura de estar ali, pelo menos não estava mais naquela amendrotadora rua. O servo ajudou os dois vistantes a descerem da carruagem e os levaram até o salão de reunião.

A decoração do castelo era bastante espalhafatosa, existiam milhares de tapetes bordados a mãos, quadros de artistas famosos nas paredes, vasos de cerâmica, tudo muito luxuoso e repleto de diamantes e tecidos finos.

Logo o rei desceu as escadas com seus servos, Heidi e Peter se curvaram e reverenciaram o rei Shuk, que usava uma túnica vermelha, com um pano com pedras de diamante costuradas, usava um turbante branco com uma enorme rubi bem no centro da sua cabeça.

Shuk: Sejam muito bem vindos, são os meus ilustres convidados.

Peter:Muito obrigado pelo convite meu rei, nem sei como agradecer isso.

Shuk olhou para aquela bela garota loira, de cabelos longos, olhos azuis piscina, seios fartos e soltou um risinho. Era uma bela garota, ele não podia deixá-la partir.

Shuk: Que bela damas temos aqui.

Heidi:Muito obrigada...

Shuk: As coisas belas da vida, são feitas para serem admiradas minha cara. Mais deixaremos o papo para mais tarde no jantar, vocês devem estar exaustos da viagem.

Os dois concordaram com a cabeça, Shuk chamou um servo e mando ele pegar as malas e acompanhar os visitantes até o quarto deles.

Na hora do jantar, Heidi desceu as escadas trajando um vestido vinho, o pai e o rei levantaram para recebê-la. Ela sentou-se numa almofada confortável e ficou ali vendo a conversa dos dois homens, logo um mensageiro aproximou-se do rei e lhe falou alguma coisa no ouvido. A expressão do rei foi de medo, logo ele ficou branco como o leite.

Heidi começou a sentir de novo aquela sensação estranha de medo, ela agarrou o braço do pai.

Heidi:Papai eu tô com muito medo mesmo!

Peter também estava nervoso, precisava pensar em algo para acalmar a filha só que não conseguia, pois também estava com muito medo.

Um grupo de homens vestidos com uma túnica preta, entraram na sala e começaram a atirar em todos, Heidi Puxou o pai com força e os dois estavam subindo a escada, quando um dos atiradores os viu e atirou na cabeça do pai. Ela começou a chorar sem parar, soluçava, só que teria que correr, seu pai havia morrido ali na sua frente e ela não podia fazer nada para ajudá-lo.

Heidi:Papai! Papai! Por que?! Por que?

Ela correu e entrou num enorme corredor que parecia ser fim, estava tudo tão escuro que ela teve medo de cair, finalmente avistou uma vela acesa e desceu uma enorme escada, ali era uma espécie de porão, o brilho de uma montanha de ouro, diamantes, doláres e outras coisas de valor fizeram Heidi parar, no fundo daquela gigantesca sala havia uma porta, ela abriu e foi puxada pelo braço.

Heidi:Socorro! Socorro!

Shock:Calma menina, sou eu o rei.

Heidi:Que susto! Eles mataram o meu pai...

Shock: E você vai encontrar com seu pai agorinha mesmo menina.

Heidi:Por que disse isso?- ela estava tomada pelo pânico.

Shock:Você descobriu a sala dos tesouros garotas e você não vai sair daqui viva para contar a história!

Heidi: Por favor, eu prometo não contar nada do que eu vi, só me deixe isso, por favor!- ela chorava sem parar, limpou as lágrimas com a manga do vestido e viu o rei sacando sua adaga de ouro da sua túnica, ela não pensou duas vezes e o chutou nas partes intímas, pegando a adaga saiu do castelo pelos fundos.

Assim que chegou na rua, o clima era de total tensão, gritos, explosões e coisas pegando fogo era direto, cavaleiros de branco vinham com suas espadas e matavam alguns homens.

Heidi: Eu estou frita...! O que eu vou fazer?!

Num instante, um alto cavaleiro de branco a pegou pela cintura e saiu levando-a no meio daquele caos.