Fanfics Brasil - Quer um lanchinho? Califórnia Arizona Califórnia

Fanfic: Califórnia Arizona Califórnia | Tema: Harry Potter, Scorose, Paródia, Rose Weasley, Scorpius Malfoy, Romance, Comédia


Capítulo: Quer um lanchinho?

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Já era segunda pessoa que xingava mentalmente, quando viu o motociclista dar meia volta e parar a sua frente.



- Sobrado, 40696. Siga em frente e vire a esquerda, é a última casa da rua. Não sou egoísta como você. Entendeu?



-EU ME CUIDO!



-Ah, como você tivesse se cuidado desde a manhã... – dando partida na moto e falhando miseravelmente, indo arrastando o veículo (com ele sentado) pela rua até ele pegar.



***



Um pouco sentida por Scorpius tê-la chamado de egoísta, andava distraidamente pela rua até avistar um grupo de meninos depenar uma lambreta estacionada em frente a um casarão.



-O que está acontecendo aqui? –perguntou horrorizada ao dono da mansão.



-Um sem noção parou na frente da minha casa. Aqui é a lei, se não obedece-la, já era seu carro.



-Moça, só queríamos jogar futebol, mas aquele tio parou no meio do campinho.- respondeu de uma forma mais gentil um dos garotos.



-Ah...



***



Decepção. Era isso que sentia quando descia as escadas do sobrado da última casa na rua. De fato a havia encontrado sem muitas dificuldades, mas ao chegar lá se deparou com o portão trancado, com direito a corrente e cadeado.



Pensou em talvez perguntar na casa debaixo mas tinha medo da resposta.



Resolveu tentar e tocar a campainha.



-Pois não? – uma mulher loira, com seus quarenta e poucos anos surgiu na porta.



-Com licença. Poderia-me dizer onde estão as pessoas do segundo andar?



-Não faço a menor ideia, não estamos mais falando com ele. Brigamos mês passado. Passar bem. - e entrou sem pestanejar na casa.



Já era a segunda vez no dia que era deixada para trás e isto a estava magoando. Tina acabado de se virar para ir embora quando uma vozinha de criança surge da sacada da casa.



-TIA! ESPERE!



Olhou apavorada para cima em busca da voz.



-Você é do Arizona, tia?



-Sim...? – estava visivelmente desconfiada.



A menininha, dona da voz fez um sinal para  a mais velha se aproximar. Pulou da sacada, que não era muito alta e correu ao seu encontro.



-Oi moça. Minha tia me disse que você ia aparecer por aqui ainda esta semana.



-Tia?



-Sim, minha tia. A mãe de Hyperion.



Ah...



-Ela teve que sair por um tempinho, mas me pediu para te dar o número do telefone de Hyperion, caso você chegasse.



-Ah, você é tão fofa! – Rose tentara controlar o agudo de raiva na sua voz, porém falhou.



-Vamos, vamos. Anote rápido antes que minha mãe me descubra e brigue comigo!



-Um segun...



-9015



-Esp...



-9599



-Menin...



-Hyperion é o meu primo, sabia?



-Jura? Que legal...



-Nossa família está meio brigada ultimamente, mas tudo já vai estar resolvido até o casamento. Hyperion disse que posso ser a dama de honra!



Olhou bem para a prima do dito cujo: devia ter uns sete ou oito anos de idade, baixinha, loiríssima de olhos tão verdes como a grama. Possuía uma janelinha em seu sorriso e desde que a avistara cinco minutos antes, não parara de sorrir.



Daria uma bela daminha caso tivesse um casamento de verdade.



-Certo. Pode repetir o número? – desta vez havia puxado seu caderninho a tempo.



-Claro. 90...



-DAPHINE!



-Ai meu Deus! Tchau tia!- e saiu correndo.



-O NÚMERO!



***



-Qual era mesmo o número?



De fato, aquele não era seu dia. Andava pela rua falando sozinha, tentando a todo custo lembrar o maldito número.



-90..55000... não. 901559599. É, é isso.



E para não haver o risco de esquecer novamente, este se tornou o seu novo mantra. A cada passo, repetia o telefone três vezes.



***



Scorpius havia ido consertar sua moto após a pequena discussão com a ruiva esquentada. Até agora não entendia como podia ser tão desleixada ao ponto de esquecer seu telefone no táxi e sair mandando nos moradores locais.



Quando terminou de recolocar o silenciador com dor no coração e ajeitar sua lanterna, acaba secando o suor daquele dia quente, passando um de seus braços pela testa, se abanando com a camisa. E, ao olhar para a frente se depara com Rose caminhando lentamente, recitando um número estranho.



Ele jura até hoje que o sorriso que deu quando a viu foi inevitável. Olhar com cara de bobão para uma garota estava totalmente fora de cogitação, mas não conseguiu se conter.



Desatou a rir imediatamente, achando graça de seu mantra. Ela se aproximou, olhou com uma cara feia. Ele tentou disfarçar. Ainda tomado pela risada começa a segui-la quando a mesma parece mais irritada do que nunca.



-HEY, por acaso perdeu sua cabeça, ruiva? – parecia querer tirar uma com sua cara.



-CALADO!



-Então porque está falando sozinha como uma lunática?



-EU DISSE PARA FICAR QUIETO!



-O QUÊ? O QUE VOCÊ FALOU?



-95... DÁ PRA CALAR ABOCA?- Exaltada, tentava usar o telefone público, já errando o número.



-SABIA QUE EU POSSO FALAR MUITO MAIS? NÃO VOU FICAR QUIETO SÓ PORQUE VOCÊ MANDOU! EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ, RUIVA!



-Merda... – ela havia esquecido o telefone.



-Você não pode falar essas coisas, é uma menina. Que palavreado é esse?- um pouco irritadiço, ele admitia.



-IDIOTA! Qual é o seu problema? Por sua culpa eu esqueci o maldito número!



-Ah, quer dizer então que estava memorizando um número? – o sorriso divertido voltara as seus lábios. - não se memoriza um número assim. Eu consigo memorizar no instante que a pessoa fala. Aiai, essas meninas do Arizona precisam de suplementos nutritivos para que possam começar a pensar um pouco mais rápido... Tadinhas, pensam pouco e acabam se envolvendo em confusão. –Scorpius aproveitou para debochar um pouco da garota, que o fuzilava com o olhar.



Rose já havia se irritado e magoado demais quando não aguentou mais e deu um soco no belo rosto de Scorpius, o fazendo voar longe e cair numa barraquinha a poucos metros atrás de si.



-O que está pensando, ruiva?- havia sido apenas um breve delírio de sua mente. Ele continuava parado em sua frente. – Está sonhando acordada?



-Seria melhor se alguns sonhos fossem realizados... –disse baixinho, pensando no belo soco que havia dado.



-Hã? Isso não importa... Você quer o número, não quer? Anote: 9015595.



Percebe-se que até a pequena Daphine havia errado o número.



-Como você sabe?- estava até certa em ficar desconfiada.



-Ah, isso é só uma parte. Toma.- estendeu seu telefone para ela. –pode verificar se quiser.



-A mensagem...



-Eu não a excluí. Se quiser, pode telefonar do meu celular. Coloquei crédito, não é problema. Aqui costumamos ser muito caridosos e generosos, sabia? Anda, não tenho vergonha, já fez isso antes. Ou vai acabar esquecendo o número de novo. –completou com um belo sorriso recheado de humor.



Relutante, Rose pega o telefone, recebendo como resposta u:



-Você sempre vai se lembrar da cara dívida que você tem.



Scorpius se divertia enquanto via a aflição da garota ao ligar, ligar e ligar e só dar ocupado.



-Pode tentar quantas vezes quiser, ruivinha.



-Atende, seu idiota... – Rose cochichava com o telefone.



-Esquece isso, deixa esse perdedor pra lá! Você ia dizer não de qualquer jeito mesmo.



Intrigada, virou-se para o rapaz e falou em um tom muito sério:



-Como você sabe que vou dizer não? –como se questionando sua decisão final.



-Qual é! A cidade inteira ouviu quando começou a gritar com sua mãe no telefone!



De fato, quando havia ligado para casa pedindo o endereço do rapaz, sua mãe havia gritado muito. E ela retrucou de forma igualitária transformando uma simples ligação em muitos gritos.



-POE ACASO ESTVA OUVINDO MINHA CONVERS, SCORPIUS?



-E QUEM NÃO OUVIU, RUIVA?



Furiosa, Rose não tinha mais palavras para retrucar visto que ela era quem estava errada.



-Você não se cansa de me atazanar não? – perguntou soltando o ar pela boca.



-Ah, é o estilo da Califórnia, sabe? – disso com um sorriso de canto, provocador.



Após respirar fundo e se acalmar para não voar no pescoço do loiro, rose conseguiu voltar a falar.



-Escuta... Eu saí de casa muito cedo e não comi nada, então por favor não me estresse ainda mais.



-ISSO! Por sua culpa eu acabei não comendo nada. Vamos, vamos ruiva! Suba na moto! – Scorpius já havia montado no veículo e o arrastava tentando fazê-la pegar.



-O quê?! Não sou qualquer uma pra você tomar decisões sobre mim!



-Hã?



-Por que eu deveria ir com você, Scorpius?



-Tudo bem então, não vá comigo! Siga em frente e dobre na última curva, depois à esquerda, ande mais um pouco e vire mais duas direitas. Só ia te poupar o esforço, mas já que não quer vir...



A Weasley pareceu ponderar a gentileza.



-Sabe, não é como se estivesse em falta meninas aqui na Califórnia. Eu não vou correr atrás de você, juro por Deus.  Não sei porque se preocupa tanto com isso.



-TA BOM, TA BOM. Vamos logo com isso.- de fato, seu pequeno discurso a havia convencido.



Quando rose senta um sua moto, o pequeno problema volta a tona e por mais que o rapaz tentasse, a motocicleta não pegava de jeito nenhum. Apenas precisou olhar para a ruiva com um sorriso sem graça, com um olhar pidão que a mesma, bufando de raiva, levantou-se e foi empurrar a moto. De novo.



-Coloque um pouco mais de força! Acelera, vai!- o mais velho gritava as instruções para a garota, ainda arrastando a moto.



 




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Autor(a): Sereia de Água Doce

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1:00 PM – BEL AIR, LOS ANGELES. -Aqui. – Scorpius chegou a sua mesa com duas bandejas, entregando uma a Rose. Haviam ido a um bairro onde eram considerados os melhores restaurantes e lanchonetes. Rose havia ficado na mesa enquanto o loiro fazia os pedidos, decidido a fazê-la ganhar um pouco mais de massa. -Obrigada. – Rose torceu o nariz pela ...


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