Fanfic: Califórnia Arizona Califórnia | Tema: Harry Potter, Scorose, Paródia, Rose Weasley, Scorpius Malfoy, Romance, Comédia
2:30 -RUÍNAS NATURAIS.
Scorpius havia decido levar Rose a um lugar que sempre ia para relaxar. Ficava ainda em Los Angeles, na parte menos movimentada da cidade. Não aparentava muita coisa, mas tinha uma beleza incrível. Há muito tempo aquele lugar havia sido um belo palácio, coisa que nos dias atuais encontrava-se em completa ruína.
Sentaram-se onde já fora uma parede, hoje quebrada abaixo da metade, dando vista para a cidade.
-Uau... é tão bonito. Obrigada por me trazer aqui. – a ruiva olhava o horizonte completamente absorta dos olhares do rapaz que caíam sobre si. – Obrigada por me fazer conhecer esse lugar. – sorria abertamente ao olhar para o loiro.
-Qual é... Eu que deveria te agradecer. Você atuou tão bem quando o policial estava por perto!- Scorpius se referia ao incidente que Rose o havia salvado mais uma vez, inventando que haviam parado em local proibido para ajudar uma criancinha perdida.- Aquilo foi incrível.
-Isso aqui é tão pacífico. – a ruiva o ignorou completamente. – Nem parece que... é tão lotado e barulhento lá fora. Pessoas buzinando, andando apressadas.- Rose falava calmamente.
-Mas você seguiu todos os meus diálogos, não é?- Scorpius estava visivelmente empolgado demais com ela o ter ajudado. – Sobre o humano interior. – e ria. –Foi de minha autoria, nunca se esqueça disso. – e se empolgava cada vez mais.
- É incrível como se pode esquecer de suas preocupações aqui, apenas sossegar. Respire fundo e toda tensão sai de você. – Rose falava mais consigo mesma, se acalmando.
-Você sabe que tem uma pitada de emoção, bem agradável. – o rapaz agora a olhava divertido.
-Por que não fecha a boca, senhor motorista? Não se cansa de falar?- ele apenas ficou quieto, tentado entende-la, quando colocou o braço a frente pedindo o celular.
-Pra que, ruiva?
-Por favor, o seu celular.
Rose havia levantando-se e chegado mais perto, ainda com o braço estendido. Scorpius calmamente tirou o telefone de seu bolso traseiro, a entregando com um sorriso tímido, daqueles que você está de orelha a orelha mas o tenta segurar. Com a mulher era diferente. Ela não escondia o seu.
Apenas a observou se afastar e tentar ligar para o noivo novamente. Jogava pedrinhas no ar para se distrair. Tentava não prestar atenção na conversa dela mas foi impossível ao ouvi-la gritar:
“DEIXE LORCAN FORA DISSO, MAMÃE!”
-HEY, TE INCOMODARAM DE NOVO, FOI? Apenas respire fundo que toda tensão vai embora, assim como eu. Eu nunca fico nervoso.
-Então o que foi aquilo no mercado? – dava risadinhas provocativas.
-O que aconteceu?- cara de desentendido.
-Você estava-me procurando e não encontrou. Deve ter ficado tenso, não?
-TENSO? EU? CLARO QUE NÃO!
-Ah é? Eu tenho a foto para provar.
-Ah, isso? Isso foi... isso foi... – falava meio desconcertado, divertido.
-Sim, isso. Admita, quando você me encontrou o que sentiu foi tensão.
-Porque deveria admitir algo que não aconteceu?- a esta altura Scorpius havia saído andando, deixando a garota para trás.
-Sabe de uma coisa? Você não é o que parece ser.
-Como assim?
-Você calcula tanto os seus sentimentos!
-Eu não faço isso...- o loiro armou um bico gigantesco ao falar.
-Claro que faz, só porque não quer que a outra pessoa saiba que você é emocional.
-Não aja como se você soubesse de tudo. Eu realmente pensei que te devesse desculpas, só isso. você disse que estava indo para lá, então achei que devia pedir desculpa em nome da cidade. Não é grande coisa!
-Tudo bem, pelo menos admita que aconteceu algo.
-TÁ, TÁ, SE VOCÊ ESTAVA TENSA EU TAMBÈM ESTAVA TENSO, OK?! FELIZ AGORA? – e saiu andando, deixando-a para trás novamente.
-Qual é? Vai dizer que feri seu ego agora? – Rose não se aguentou e saiu andando atrás dele.
-Não gosto de meninas como você, Ruiva.
-Então de que tipo você gosta? As tímidas, as que se explodem em lágrimas? – e uma sequencia de risadas
Rapidamente Scorpius deu meia volta e veio furioso em sua direção.
-UM MOMENTO, já disse que isso é passado. E... todos ficam com medo na primeira vez.
-Ah é? – mais risos. – E na segunda vez, melhora?
O loiro corou imediatamente, rindo feito criança.
-Desculpe-me, mas na segunda vez a garota era...
-O que você disse? Foi com uma garota diferente na segunda vez? – o sorriso gigantesco em seu rosto mostrava o quanto estava se divertindo.- Isso é incrível, amigo!
-Escute, eu não sou um galanteador.
Dando risadinhas, Rose correu até ele.
-Ande, me diga o nome dela.
-De quem?
-Da segunda garota.
O rapaz apenas virou o rosto rindo desesperadamente, vermelhinho.
-Esqueça isso, ruiva.
-Anda, diga!
-Apenas esqueça. – ela podia não ver, mas Scorpius torcia a cara para uma bem triste, um choro sem lágrimas.
-Vê só? Perguntou tudo sobre minha vida e agora esquiva da sua. Estava certa, você não é o que parece ser.- enquanto isso Scorpius tentava a todo custo não chorar. – Sabe como você se chama? HIPÓCRITA! E de primeira classe.
Respirando fundo, ele apenas disse:
-Cho.
-O que?
-Cho.
-O que é isso?
-Um... Nome.
-É o nome de quem... ?- um sorrisinho brotava dos lábios da ruiva.
-Da segunda garota. – e dele também.- Do meu primeiro amor verdadeiro.
-Cho?- e como era de esperado, uma gargalhada veio do interior de Rose.
-Pode me dizer do que está rindo, ruiva? – colocou as mãos na cintura, irritado. - Ande, fale! Do que está rindo?
Rose começou a andar, pedindo desculpas.
-É que eu não esperava que fosse Cho.
-Isso foi demais, até para você.
-Sinto muito. Onde você a conheceu?
-Na casa de um amigo, numa festa de inauguração.
-Sério? E como ela era?
-Agradável. Eu acho ela linda, na verdade. Alta, cabelo sedoso... Olhos cintilantes... Bochechas com covinhas, morena, e bastante alegre. – o garoto ficou tão emocionado que teve de se afastar para apoiar se a uma parede.- Com nariz e dentes perfeitos. E sabe o que mais? Seus lábios estão sempre sorrindo.
-Isso é incrível!
-E que saber mais de uma coisa? Ela gostava muito dos meus poemas. Até mais do que eu.
-Apenas pare, por favor. Você tem uma namorada japonesa, agora escreve poemas também? Simplesmente não consigo digerir isso, é um pouco demais para acreditar.
-O que foi? As pessoas da Califórnia não podem compor poemas?
-Claro que podem. Só existe um pequeno problema técnico.
-Que problema?- estava parado a sua frente, bem próximo. Até demais.
-Como ela entendia seus poemas?
-A poesia é sensação. Não precisa de linguagem para sentir o poema.
-Isso é tão impressionante, Scorpius! É uma frase tão incrível.
-Eu sei, obrigado. – estava todo bobo pelo elogio.
-Ande, vamos ouvir um poema ou dois.
-O que?
-Vamos nos divertir!
-Nós vamos? Escuta, isso não é feito dessa forma, tem que ter um clima, uma sensação.
-Mesmo não tendo um agora, vamos ouvir, por favor Scorpius!
-Não.
-Por favorzinho!
-Não.
-Seu arrogante.
E saiu andando pelas ruínas, com seus saltos na mão. Não estava irritada de verdade com ele, apenas chateada, pois desejava muito ouvir um poema ou dois. Tão de repente saiu, começou a ouvir alguns versos próximos a si.
“Este ambiente tem estado assim desde que você chegou.
Você me fez seu à primeira vista.
O seu sentimento tocou o meu coração.
Isso é um sonho ou eu estou apaixonado?”
Scorpius recitava o poema mais cantando do que outra coisa enquanto mostrava as ruínas para a ruiva. Corriam vez ou outra, brincando, se divertindo de fato.
“Eu nunca tinha conhecido o que é amor.
Quando vi você, senti que você é a minha vida.
Ao estar em seus braços...
... Eu senti como se uma nova manhã chegasse em minhas noites.”
Rose tinha apenas parado para descansar os pés, mas Scorpius não deixaria passar. Rapidamente a puxou e começou a rodopia lá, dançando com a mesma, que ria sem parar. Em meio a uns rodopios Rose ficou tonta e acabou se apoiando no peitoral do loiro, que a puxou para mais perto. Estavam próximos demais quando o rapaz começou a empurra-la para a parede mais próxima (que estando em uma ruína, encontrava-se meio distante). Completamente distraída, rose virou o rosto na tentativa de tirar o cabelo que caía em seus olhos, acabou cortando o que poderia acontecer. Scorpius se jogou para longe, correndo atrás da garota que agora fugia descontraidamente.
-UAU! Isso foi incrível amigo! Super fantástico. Você pode ate parecer bobo, mas...
-Como?!
-Mas é totalmente o contrário! Você sempre compõe ou Cho te inspirou?
-Sinceramente, acho que nasci um poeta. Apenas comecei a expressá-la quando Cho chegou. – disse convencido.
-Canta muito bem também.
-Ah, isso é algo que faço às vezes...
-Não disse que era um cantor fantástico, Scorpius.
-Ora, também não me deixa nem mesmo apreciar o elogio. Porque você é assim?
-É o meu jeito. Conte mais como ela é.
-A questão é o peso. – o loiro deu um beliscão no queixo da garota.
-Ela é gorda? Isso não é um problema, só colocá-la num spa, porque amor é amor.
-EI!
-Desculpe-me, mas é que poucos meninos compõe músicas, principalmente para suas namoradas. Você não encontra caras que realmente se apaixonam hoje em dia.
Já haviam retomado a caminhada, rumo a saída.
-De fato, as garotas não são assim mais. Se você encontrar uma, ela é única. Se não, você não encontra.
-Tenho um palpite que tem haver com sorte também, Malfoy.
-Sim, mas as meninas são muito calculistas hoje em dia, ruiva.
-O que quer dizer com isso?!- e a Rose esquentada estava de volta.
-Elas querem saber o que você faz, o quanto ganha. Quanto dinheiro tem em sua carteira. – ele já olhava para a moça, se recordando do ocorrido do almoço.
-Mas isso não é pratico? Quer dizer, se eu não tivesse dinheiro no almoço, estaríamos lavando pratos até agora. Você realmente compõe lindas poesias, mas não pode comê-las, não é?
Ele apenas ficou quieto.
-O que você faz, Malfoy?
-Meu pai tem um negócio...
-Loja de peças?
-Não. É uma empresa de transportes. Diga, qual a impressão que tem de mim?
-Como assim?
-Quer dizer, quem sou eu? O que eu faço, como fui educado?
E ela parou para pensar.
-Não, não! Não precisa dizer ruiva. Vai acabar arruinando minha auto-imagem em algum momento. – e foi-se embora mais uma vez.
E ela foi atrás. De novo.
-Escute, pelo menos me diga o que você faz.
-Estou estudando para ser um revisor oficial de contas.
-Ainda estudando então?
-Apenas fazendo um trabalho ruim.
-Isso é incrível Scorp! Já tem atitude sem graduação, com ela vai conquistar o mundo!
-Eu poderia fazer isso, mesmo sem a graduação.
***
-E então, onde está Cho?
-Em meu coração.
Haviam sentado em um bloco de pedra para descansar um pouco.
-Quis dizer se não se casou com ela.
Ele ficou deveras triste. Fechou a acara e uma ou duas lágrimas caíram de seus olhos.
-Não deu certo.
-Qual foi, fez ela chorar também?
-Não assim.
-Ora, o que você faz com as meninas?
-JÁ DISSE QUE É ASSIM!
-Só estou brincando. O que aconteceu com ela? Aposto que não gostou de mais ninguém além de Cho.- um tempo em silencio.- Penso que voce é muito leal as suas emoções, certo?
-Não sei, eu não encontrei ninguém.
-Aposto que não procurou.
-Pode encontrar se não procurar? Dizem que você pode encontrar Deus se procurar. Amor, paixão... É algo que acontece de repente. Apenas acontece...
-Você não parece emocional.
-Os que são precisam carregar um cartaz na testa avisando? Assim como Lorcan?
-Como...?
-Desculpe, você estava com sua mãe no telefone e eu acabei ouvindo.
-Porque não vamos, está tarde.
-Porque foge tanto do Lorcan?
-Não quero falar sobre isso, Malfoy.
-Não é justo, eu te contei tudo!
Muito relutante, ela acabou falando.
-Nós terminamos.
-Oh. Sinto muito por ele. Mas veja bem, você está aqui para encontrar um menino! Isso pode assustá-lo e vocês voltarem. Os garotos tem um pouco de medo disso. – ela apenas olhou desconfiada para ele. – Eu deveria falar com ele? Estou em boa forma nisso.
-Dá pra ficar calado, por favor?
-Só estou tentando ajuda-la!
-Por acaso te pedi ajuda? Hein? Por que você... – e a Rose irritada com as mãos na cintura estava de volta.
-Credo, você perde a paciência com qualquer coisinha. Eu só queria ajudar. Por acaso é louca?
-Sim, sou louca. E daí? – segurava-se para não pular no pescoço dele.
-Bem isso resolve um problema. Ambos estão à salvos.
-Quem?
-O seu ex namorado e o cara daqui da Califórnia. Com que vai se casar agora, hein?- dizia num tom debochado.
-CALA A BOCA! VOCÊ FAZ PIADA COM TUDO!
-PODE PARAR AÍ! VOCE QUEM FICOU ZOMBANDO DE MIM DESDE MANHÃ E EU NÃO DISSE UMA PALAVRA. Agora que zombei de você quer que eu fique quieto.
-Pense antes de abrir a boca, Malfoy. Há tempo e hora exta de se fazer piada.
-Sabe de uma coisa? Se eu conhecesse seus pais os diria para fazerem lotes de caridade, porque quem iria querer se casar com você, ruiva esquentada?
E não teve outra. Aquilo tinha sido demais para Rose Weasley. A garota começou a chorar descontroladamente e Scorpius não sabia o que fazer.
-Oh não ruiva. Não leve a serio o que eu disse. Nem meus pais acreditar no que eu digo, porque você vai? Pare de chorar, por favor, foi uma brincadeira.
-Esse é o problema dos garotos, falam o que vem a mente e dizem que foi brincadeira. – disse em meio aos soluços.
-Ruiva, por favor...
-Você não me conhece, Scorpius.
-Então compartilhe comigo.
Receosa, ela falou.
-Lorcan e eu estávamos apaixonados. Tivemos pequenas discussões num relacionamento de três anos. Primeiro, costumávamos pedir desculpas um ao outro. Então, depois de algum tempo, eu pedia mais do que ele. Até que passei a ser a única a pedir... Fosse minha culpa ou não. - chorava novamente. – Um dia discutimos sobre um filme, ficou fora de controle. Ele tomou um táxi e foi embora, nunca mais voltou. Talvez ele estivesse esperando u motivo para fugir de mim.
-Eu...
-Tudo bem, não preciso da sua simpatia. Consigo me controlar.
-Eu não...
-Garotos são assim, Scorpius. Oferecem seu ombro a garotas chorando. Não preciso disso. Podemos por favor, ir? Está ficando tarde.
Estavam quase saindo do local quando Rose Weasley pediu a Scorpius o telefone emprestado novamente. Tentou, tentou e tentou, mas nada de Hyperion atender.
Autor(a): Sereia de Água Doce
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“Você fica muito bonita quando sorri.” Rose Weasley não estava sabendo lidar com o elogio vindo de Scorpius. Ele simplesmente a havia elogiado após uma crise de risos e desde então ela estava confusa. Ele havia dito de uma forma tão carinhosa, que ela não sabia o que pensar sobre. Estavam voltando para a cidade quand ...
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