Fanfic: Califórnia Arizona Califórnia | Tema: Harry Potter, Scorose, Paródia, Rose Weasley, Scorpius Malfoy, Romance, Comédia
“Você fica muito bonita quando sorri.”
Rose Weasley não estava sabendo lidar com o elogio vindo de Scorpius. Ele simplesmente a havia elogiado após uma crise de risos e desde então ela estava confusa. Ele havia dito de uma forma tão carinhosa, que ela não sabia o que pensar sobre.
Estavam voltando para a cidade quando não aguentou com a falta de informações sobre Cho.
-Scorpius, me diga uma coisa: porque as coisas não deram certo com Cho? Não precisa me contar se for pessoal demais.
-A minha família não estava pronta para o choque cultural.
-E...?
-Eu acabei os convencendo, quando Cho criou um problema.
-Qual?
-Ela começou a dizer que não ia morar do lado dos meus pais. Sabe, Rose, na minha família é uma tradição os primeiros anos de casamento morar perto ou até mesmo com os pais do noivo. E ela não aceitou.
-E então?
-Eu peitei com ela.
-Por quê? Isso é completamente normal nos dias de hoje. Acho que você também não estava preparado para o choque cultural.
-Você e Lorcan também brigavam por esse tipo de coisa?
Após um tempo pensando, Rose respondeu:
-Às vezes é melhor se separar antes que se arrependa mais tarde. Talvez por isso os casamentos de hoje deem tão certo.
-Ruiva, se por acaso alguém lhe dissesse como um filme de suspense termina, você o veria mesmo assim?
-Claro que não, seria tão chato.
-EXATAMENTE! Eu acho que: se o garoto e a garota se encontram, conversam, e encontram-se mais e mais até o primeiro beijo acontecer, o amor irá fluir a partir disso. Começam a sorrir, corar, super romântico, entende? Para só se conhecerem intimamente depois do casamento. Mas as pessoas de hoje se conhecem muito antes de se casarem. Até perguntam o nome somente depois. - Rose olhava para o loiro com uma admiração pelo pensamento dele. – Se os dois realmente se amam, eles tem que ter algo para olhar para a frente. Você pode viver uma vida inteira para descobrir as coisas de forma gradual, ruiva. Mas se descobrir tudo de antemão, não terá mais graça. Não há mais emoção hoje em dia.
Rose não conseguia reagir de outra forma além de dar um sorriso completamente encantado pela forma de pensar de Scorpius. Certo que ele era durão, mas havia sensibilidade em seu íntimo.
-Você tem que ter química. Se a física e biologia acontecessem mais tarde, as coisas poderiam ser melhores.
Ela não teve outra reação se não cair na gargalhada após a pequena piada de Scorpius. Ele logo fechou a cara. Quase nunca mostrava esse seu lado para ninguém, e quando finalmente fez isso, foi caçoado.
-Eu sabia que você ia rir de mim. Me acha um antiquado. Mas isso é um fato, tanto que o casamento dos nossos pais ainda dão certo, quando os de alguns amigos já acabaram.
Rose o olhou por alguns segundos, completamente concentrada e orgulhosa. Um completo misto de emoções. Ele estava em pé a sua frente, com um pé apoiado no banco onde ela estava sentada.
-Posso te falar uma coisa?
-Claro, Ruiva. – disse curvando o corpo um pouco para a frente.
-Se um dia você se casar... – Rose também havia se curvado um pouco em sua direção. – Você não vai deixa-lo acabar.
Ele apenas riu um pouco sem graça.
-Você vai ser um grande marido. Todas as mães gostariam que suas filhas se casassem com rapaz como você.
Rose já falava com calma, de fato sentindo um pouco de inveja de sua futura esposa. Percebia naquele momento o quanto Lorcan realmente não prestava se comparado à Scorpius, e por uns instantes, realmente desejou que fosse ele o tal de Hyperion.
-Agora eu posso dizer uma coisa, Rose?
-Claro!
-Pensando bem, esquece.
-Ah não! Anda, desembucha.
Ele apenas olhou sério para o seu rosto quando disse:
-Qual seria a utilidade? Você mesma disse que não quer se casar.
-Eu... Eu não disse isso. – disse baixinho, se levantando e ficando da sua altura.
-COMO É?! Vai dizer que não isso que falou lá na cafeteria? Quando disse que não acredita no casamento arranjado? – ele estava visivelmente alterado.
-É, essa é a minha opinião, mas não a minha decisão.
-Como...? INCRÍVEL, não se pode ter certeza quando se trata de você.
4:30 PM
Scorpius a levou para passear pela cidade, de vez em quando falando algumas palavras que tocavam o seu coração. Não era a intenção dele, embora desse uns olhares para a ruiva quando ela não estava prestando atenção. Tudo bem, ele admite ter jogado MUITOS olhares para ela, e ela retribuía alguns também.
Ficaram nesse joguinho de sedução por mais algum tempo até encontrarem um fonte dos desejos.
-Sabe ruiva, dizem que todo pedido feito aqui, se torna realidade.
Ela apenas respondeu com um sorrisinho, jogando uma moeda na água.
-Você deve ter feito muitos pedidos, não é?
-Você também... – a troca de olhares era tão intensa que poderia por fogo em alguma coisa.
-Vou pegar a moto para irmos.
-ESPERE! Malfoy, podemos ir tomar um café?
-Mas é claro! Mas decida antecipadamente quem vai pagar a conta! – disse com um sorriso divertido.
5:17 PM
-Então... qual é o seu galã preferido?
Batiam papo furado enquanto o café deles não chegava.
-Você é.
-Como? O que disse é verdade? – se o pedido deles já estivesse na mesa, certamente Scorpius teria cuspido tudo em seu rosto.
-Não entende uma brincadeira, Scorpius? – o que era uma total mentira. Havia um belo fundo de verdade naquilo.
-Oh... Acontece que as pessoas da Califórnia são muito ingênuas, por isso não entendi.
-As pessoas da Califórnia são um canhões, isso sim Scorpius.
-E no Arizona todos são lindos, não é? – disse em tom de deboche.
-Tanto que vim de lá.
Passaram alguns minutos jogando conversa fora até o café deles chegarem.
-Me responda uma coisa, Rose... Esse cara, que você veio para se casar com ele. Digo, para dizer a ele que não vai se casar com ele... É por causa de Lorcan?
Ela ficou estática, completamente sem reação, demorando bastante para responder. O loiro já havia compreendido o que ela iria lhe responder, bebericando de sua xícara para disfarçar. O clima havia ficado pesado de repente.
-Ruiva, você esteve comigo durante todo o dia. Em qual parte tirou Lorcan da sua vida?
Ela não tinha se tocado disso. Scorpius dava um sorriso mínimo por saber que sua presença havia ajudado a garota a esquecer do ex. um mínimo de esperança brotava dentro dele, incapaz de esconder a felicidade que sentia. Rose, ao contrário do garoto, ficava cada vez mais confusa tentando entender em que momento e como aquilo havia acontecido. Ele realmente não conseguia para de sorrir e olhar para ela. Rose já havia compreendido que Scorpius mexia com ela, ao ponto de esquecer de Lorcan e aceitar falar com Hyperion. Não sabia como reagir, porque mesmo que tivesse alguma chance para seus sentimentos, ela estava prometida a Hyperion. Mas ela sabia que não havia como. Scorpius ainda era apaixonado pro Cho. Quer dizer, era completamente se apaixonar em algumas horas, não é?
5:45 PM – AEROPORTO D CALIFÓRNIA
-Obrigada pela carona.
-Que nada. E você ainda tem uma hora e meia para ir embora.
Ela deveria voltar para casa. Não havia conseguido fazer contato com Hyperion durante o dia. Sabia que ouviria de Hermione quando chegasse em casa, mas não havia escolha.
-E acabou que sua viagem à Califórnia foi desperdiçada, ruiva.
-Nem tanto. Eu te conheci.
Ele ficou todo bobo.
-Pode apostar que não foi um desperdício ter me conhecido.
-Eu sei que você se aborreceu por minha causa, Malfoy.
-Aborrecimentos vem e vão embora a toda hora, já passou.
-EI! Você deveria mentir que está tudo bem!
-MENTIR? Me desculpe, mas a Califórnia nunca mente!
-Então diga a verdade.
-Eu estou dizendo! Eu fui muito incomodado durante todo o dia.
Rose pareceu não gostar muito de sua resposta. Ela realmente esperava que dissesse que estava tudo em ente eles.
-Foi bom conhecer você, amiga. – Malfoy deu um belo sorriso para a garota, numa tentativa de animá-la. - Posso ir embora agora?
-Oh sim. Foi um prazer te conhecer. – disse apertando as mãos do rapaz. - Até logo.
-Vejo você por aí...
Scorpius deu meia volta com sua moto, saindo do aeroporto, enquanto Rose se misturava com a multidão, indo em direção ao seu portão de embarque. Estaria tudo bem, se um telefone não tivesse começado a tocar em sua bolsa. O que era completamente estranho, visto que o seu havia sido roubado. Não viu outra alternativa a não ser o telefone que logo reconheceu ser de Scorpius.
-Alô? Quem fala?
-Eu recebi uma chamada desse número. Posso saber quem é?
-Peço desculpas. Este é o telefone de Scorpius, que ficou comigo. Deve ser para ele.
-Quem é Scorpius?
-Ahn, é meu amigo. – Rose estava completamente transtornada. Não sabia o que fazer.
-Posso saber quem está na linha?
-Aqui é Hyperion.
-Oh, olá Hyperion. Sou Rose, filha de Hermione. Eu estou na Califórnia. Na verdade, vim aqui para encontra-lo.
-Desculpe, eu realmente fiquei preso. Meu telefone estava sem sinal. Onde você está agora?
-No aeroporto.
-Bem, eu acabei de falar com sua mãe. Ela disse que o voo são as 18:45.
-É...
-Eu estarei aí em dez minutos. Vamos nos encontrar se você tiver um tempo.
-Ok. Vou te esperar no terminal 1.
Rose não estava com uma das melhores feições. Ela realmente havia esperanças de que não conseguisse contato com ele.
-Mas escute, Rose. Eu tenho apenas dez minutos. Se você não estiver aí eu vou embora de uma vez.
-Certinho.
E Rosalie foi ao encontro de seu noivo. Em meio à multidão, percebeu Scorpius inquieto em frente a plataforma que encontraria com Hyperion. Ele havia amarrado um caco na cintura, estava bem sexy.
-SCORPIUS?!
-EI! Ainda bem que te encontrei, você está com meu telefone!
-Me desculpe, levei por engano. – ela não conseguia esconder o sorriso no rosto de vê-lo uma última vez.
-Eu pensei que o tivesse perdido.
-Já disse que foi um erro. Aliás, ele também está vindo para cá!
-Ele quem? – a essa altura já andavam lado a lado pela plataforma.
-Hyperion.
-O QUÊ? AQUELE IDIOTA LIGOU?
-Sim, no seu telefone. Ele me pareceu muito legal.
-Você descobriu isso ao trocar meia dúzia de palavras com ele pelo telefone? Haha, parece que você vai se compromissar hoje! – disse num tom bem divertido.
-Dá um tempo, Malfoy.
-Qual é? O destino pode mudar em segundos hoje. E se o cara for decente? Você ainda vai dizer não?
-Sim, eu ainda direi não.
-E porquê? – ele estava bem mais sério agora. Havia perdido todo o seu senso de humor.
-Scorpius, você não pode simplesmente decidir se casar num aeroporto!
-Rose, isso é com o coração. Pode acontecer em qualquer lugar! O que há de errado com isso?
-Amigo, acho que estamos nos encaminhando para outra discussão. E então simplesmente vamos ficar quietos, certo?
-Tudo bem, não me importo. – ele a olhava cada vez mais profundamente.
-Ode está esse cara? Já faz mais de dez minutos! – e Rose ficava cada vez mais impaciente.
-Ligue pra ele e pergunte, ruiva!
Ela não respondeu nada.
-Anda, liga do meu telefone. – disse já estendendo o aparelho à moça.
-Obrigada.
Ele apenas deu um sorriso sacana, como quem está aprontando. Havia ficado impaciente de uma hora para a outa, ajeitando sua camisa e cabelo.
-Droga, ocupado de novo! Que bobagem!
-Você quem é boba.
-Como?
-Você não pode ligar para o mesmo número do aparelho.
-Como?
A compreensão chegava aos poucos para a garota. Tentava conectar as peças em sua cabeça, sem se desesperar.
-Você está ligando para o meu número do meu aparelho. Vai dar ocupado, ruiva.
Ela apenas ficou estática no mesmo lugar. Scorpius se aproximou devagar. Com um sorrisinho no canto dos lábios até parar na sua frente.
-Oi, eu sou Hyperion. Scorpius Hyperion Malfoy. Filho de Draco e Astória Malfoy.
Ela ainda não havia entendido completamente.
-O rapaz que disse sim, só por ver sua foto. – completou ele. – E agora que e conheci, depois de falar com você, e que vi bem o seu gênio, que eu juro por Deus, que você é exatamente como imaginei ao olhar para a sua foto.
Para complementar, Scorpius aproximou-se e beijou delicadamente os lábios de Rose, envolvidos pela emoção, Rose mesmo aprofundou o beijo, colocando seus braços ao redor do pescoço dele, beijando-o apaixonadamente. Scorpius estava radiante de felicidade, até que ela o empurrou.
Rose não podia acreditar no que ouvia. Ela havia passado o dia inteiro com quem queria evitar e estar ao mesmo tempo. Não teve outra reação se não começar a socar o pobre coitado que estava radiante de felicidade.
-PORQUE ESTÁ ME BATENDO? AS PESSOAS ESTÃO OLHANDO PARA NÓS!
-SCORPIUS!
-O QUE ESTÁ FAZENDO, ROSE?
-Porque não me disse antes? Porque teve que fazer tudo isso?
-Rose, calma!
-Você desperdiçou o meu dia inteiro!
-Sério mesmo? Eu desperdicei?
Ela já havia começado a andar na direção contrária quando parou. Não havia sido um desperdício.
-Rose?
Quando ela olhou para atrás, encontrou Scorpius ajoelhado no chão, com uma mão estendida para ela.
-Aceita se casar comigo?
-O que pensa que está fazendo? Está todo mundo olhando para a gente! – ela veio descontrolada, cheia de vergonha.
-Ah, não tem problema. Vamos convidar eles para o nosso casamento.
-Está louco? Levante-se.
-E então? – disse ele após já estar de pé. – Vai se casar comigo?
Ela não pode responder, já que avistou Peter, o motorista que roubou seu telefone.
-VOCÊ ARRUINOU MEU DIA INTEIRO!
-O que? – Scorpius não entendia nada, achava que era com ele.
-SEU SAFADO, LADRÃO! A Califórnia é infame por pessoas como você!
-O que está dizendo, Rose? Eu não sou tão ruim assim. – ele realmente estava sentido.
-Scorpius, o meu telefone!
-Como?
-Aquele motorista, foi ele quem pegou! Olhe para atrás!
Não teve outra reação: Scorpius saiu correndo atrás do motorista, gritando com ele. Não iria deixar sua noiva impune.
-EI! VOLTE AQUI!
Até que conseguiu segurá-lo e o jogar no chão.
-QUEM VOCÊ PENSA QUE É? – gritou o homem enquanto apanhava de Rose.
-SAFADO! LADRÃO! DEVOLVA MEU TELEFONE!
-Tudo bem, tudo bem... Aqui está. – disse entregando o aparelho, completamente assustado.
-E então? – perguntou o rapaz logo após o motorista fugir. - posso considerar este um bom negócio?
A garota não respondeu, apenas virou as coas e sai para seu embarque. Desesperado, Hyperion foi atrás, querendo uma resposta positiva, mas não teve jeito. Foi barrado na porta de embarque.
Rose acomodou-se em seu lugar, pensativa. De fato o dia que tiveram havia sido muito bom. A companhia dele era agradável, juntamente de sua forma de pensar. E eles haviam química, muita química. Tinha comprovado isso no beijo de minutos atrás. Antes que perdesse a coragem, mandou uma última mensagem antes que decolasse.
Scorpius estava tendo problemas para ligar sua moto novamente. Andava igual a um pato sob ela, na tentativa de fazê-la pegar. Estava irritadiço, com raiva, triste, até que ouviu seu telefone apitar.
“A Califórnia realmente não é tão ruim assim. Tenho meu celular de volta e conheci o homem que vim encontrar e eu juro por Deus que este é realmente um bom negócio. Eu aceito me casar com você Hyperion. Vejo você em breve, Rose”
Rose ria de vergonha por ter mandado a mensagem, enquanto Scorpius estava tão feliz que gritava no meio do estacionamento, jogando as mãos para o alto. Eles finalmente haviam encontrado o amor verdadeiro.
Autor(a): Sereia de Água Doce
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