Fanfics Brasil - Capitulo 2 - No começo (7/7) Meu Romeu - Adaptada

Fanfic: Meu Romeu - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 2 - No começo (7/7)

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Não percebi isso até ele dizer, mas eu nunca, e digo nunca mesmo, falei com

alguém da forma como falo com ele. Nunca deixei alguém saber que estava

irritada ou impaciente. Não é assim que eu sou. Eu me dou bem com as pessoas.

Fiz isso a vida toda. Se alguém não gosta de mim, eu faço gostar. Mas, com ele,

tudo é diferente.

— Bom, e quanto a você? Qual é sua história?

— Sou uma pessoa fácil de entender — ele diz, com uma risada amarga. —

Sou um merda.

— Disso eu sei.

— Não, não sabe.

— Hum, sim, sei. Você passou a tarde toda me tratando como se eu fosse te

infectar com lepra. Então eu sei o que você é.

Ele assente.

— Ótimo. Então vai saber ficar longe de mim.

— Tenho certeza de que não vou ter muita escolha quanto a isso, porque

depois que Erika colocar a lista de retorno, nós nunca mais vamos nos ver.

Problema resolvido.

Ele fecha a cara.

— Por que acha isso?

— Porque você provavelmente vai ser chamado, e eu, não, então... é isso.

Ele baixa o olhar e remexe em seus cadarços.

— Não esteja tão certa. Você foi bem hoje. Mais do que bem.

Leva um momento para eu perceber que ele me fez um elogio.

— Uau... é... valeu. Você também foi bem.

Ele levanta o olhar e dá um quase sorriso.

— Fui?

Eu reviro os olhos.

— Ai, faça-me o favor. Você sabe que foi incrível.

— É, eu fui — ele concorda.

— Que humilde.

— E bonito. Deve ser um saco mesmo não ser eu.

Balanço a cabeça e digo:

— Então você está tentando entrar aqui há três anos. O que tem feito nesse

meio-tempo?

Ele esfrega as mãos.

— Basicamente trabalhei com construção para uma empresa em Hoboken.

Eles constroem cenários para peças da Broadway. Achei que, se eu não pudesse

estar no palco, eu trabalharia nos bastidores.

— Por isso suas mãos são ásperas?

Ele franze a testa.

— Durante o exercício de espelho, quando nos tocamos, suas mãos tinham

calos.

Ele olha para as mãos.

— Prefiro pensar que elas são reforçadas. Carregar toneladas de pedaços de

cenário não é um trabalho delicado. É uma malhação infernal.

— Então é por isso que você tem todo esse... — eu aponto para seus ombros e

braços — ... isso?

Ele sorri e balança a cabeça.

— É. Por isso que tenho tudo isso. E dinheiro o suficiente para pagar por pelo

menos dois anos se entrar aqui.

— Quando você entrar aqui — eu o corrijo.

Ele me encara por um segundo, como se minha fé nele fosse

incompreensível.

— Se você diz, Tay lor.

Eu desisto de pedir a ele que use meu primeiro nome. Provavelmente é

melhor mesmo que fiquemos na base do último nome, considerando que não

vamos ser amigos nem nada assim.

Só que meio que parece que já somos.

Ficamos em silêncio lá por um tempo. Então a porta se abre e todo mundo

salta e fica em pé quando Erika surge com um pedaço de papel.

Todos ficamos em silêncio com a expectativa ao nosso redor.

— Para os que estão nesta lista, parabéns. Vocês voltarão amanhã para a

segunda etapa de testes. Aqueles que não estão, temo que não tenham tido

sucesso. Podem se reinscrever ano que vem. Obrigada pela participação.

Ela se vira e afixa o papel atrás da porta antes de desaparecer lá dentro.

Há um grande movimento de corpos quando todos tentam ver a lista. Eu abro

caminho, meu coração acelerado, preparado para a decepção.

Quando finalmente chego à frente, seguro a respiração.

Há apenas três nomes.

Cristopher Uckermann.

Zoe Stevens.

E... Dulce Tay lor.

O restante do grupo foi cortado.

Estou em choque.

Eu consegui.

Vai, punheta!

Uckermann fica atrás de mim e solta o ar. Ele suspira aliviado.

— Porra, valeu.

Eu me viro quando ele abaixa a cabeça e solta o ar novamente. Parece um

prisioneiro do corredor da morte que recebeu o perdão.

— Ah, que fofo que está tão feliz por mim. Você tinha realmente alguma

dúvida?

— Sobre você? — ele pergunta. — Nenhuma. Parabéns.

— Parabéns para você também. Acho que o mundo médico está salvo de sua

cintilante postura ao lado dos leitos, pelo menos por mais um dia.

— Acho que sim — ele concorda, e, quando olha para mim, a boca do meu

estômago se aperta e revira. Sinto que tenho de dizer algo, mas meu cérebro está

estranho e enevoado, então apenas permaneço lá. Ele também não fala. Apenas

olha. Seu rosto está fascinante de uma forma irritantemente bonita.

— Bem... — começo —, acho que te vejo amanhã.

Ele assente.

— É. Claro. Até, Tay lor.

Ele pega a mochila e sai. Eu faço o mesmo. Mas sei que vamos nos ver de

manhã. Estou ansiosa e com medo ao mesmo tempo.

Nunca me senti assim em relação a um garoto.

Estou bem certa de que coisa boa não é.



Estão gostando gente? Comentem!!! SZ



Continua.....




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Autor(a): anjocolorido

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