Fanfics Brasil - Capitulo 1 - Juntos de novo, cedo demais (2/4) Meu Romeu - Adaptada

Fanfic: Meu Romeu - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 1 - Juntos de novo, cedo demais (2/4)

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Christopher e Elissa são um pacote fechado. Está em seu contrato que ela cuida de

todos os espetáculos em que ele trabalha; o que é estranho, considerando que eles

brigam feito cão e gato.

Eu diria que Elissa é seu cobertor de segurança, mas, imagine!, por que ele

precisaria de um? Ele não precisa de nada ou ninguém, certo? Ele é intocável. É

uma porcaria de um Teflon.

Elissa aponta para um modelo em escala do cenário que vamos usar,

enquanto fala da mecânica do palco.

Os produtores escutam e concordam.

Não tenho problemas com Elissa. Ela é uma diretora de palco fantástica, e

trabalhamos juntas antes. Na verdade, há um milhão de anos costumávamos ser

boas amigas. Na época em que eu ainda achava que o irmão dela era nascido de

uma mãe humana e não diretamente do cu de Satã.

Eles levantam o olhar quando eu me aproximo.

— Eu sei, eu sei. Sinto muito — digo, soltando minha sacola na cadeira.

— Tudo bem, minha cara — Marco responde. — Ainda estamos cuidando

dos detalhes da produção. Relaxe, tome um café. Vamos começar daqui a pouco.

— Bacana. — Reviro a mochila atrás do material de ensaio.

— Ei, oi. — Elissa sorri calorosamente.

— Oi, Lissa.

Por um momento minha raiva é aplacada por uma onda de nostalgia, e

percebo o quanto senti saudade dela. Ela é tão diferente do irmão. Ela baixa e ele

alto. Curvilínea e anguloso. Até as cores são diferentes. Loira e lisa contra

moreno e caótico. E, ainda assim, vê-la novamente me lembra de por que não

nos falamos há anos. Sempre vou associá-la a ele. Muitas lembranças ruins.

Quando tiro a garrafinha d’água, minha bolsa escorrega do banco e cai com

um estrondo no chão. Todo mundo para e olha. Ranjo os dentes quando escuto

uma risadinha.

Vai se foder, Christopher. Não vou nem olhar para você.

Pego a bolsa e jogo de volta na cadeira.

A risadinha vem de novo e eu juro ao todo-poderoso Deus do Homicídio

Justificado que vou matá-lo com as próprias mãos.

Apesar de estar do outro lado da sala, ele poderia estar bem ao meu lado,

porque sua voz vibra pelos meus ossos.

Preciso de um cigarro.

Lanço um olhar para Marco, resplandecente em sua echarpe enquanto ele

descreve a peça, espalhafatoso. É tudo culpa dele. Foi ele que quis Uckermann e a mim

nesse projeto. Eu me convenci de que esse seria um grande passo para minha

carreira, mas no fim será o último show que vou fazer, porque, se o idiota no

canto não parar de rir, vou ter um ataque assassino a qualquer segundo e vou

passar o resto da vida presa.

Felizmente, a risadinha para, mas ainda posso sentir seu olhar perfurando

minha pele.

Eu o ignoro e reviro a bolsa. Encontrei o cigarro, mas meu isqueiro sumiu.

Preciso seriamente esquecer esse otário. Jesus, existe alguma coisa que eu não

tenha aqui? Chiclete, lencinhos, maquiagem, analgésicos, ingressos velhos de

cinema, frasquinho de perfume, absorvente íntimo, chaves, um bonequinho em

forma de panda da wwf de uma perna só... Que diabos?

— Com licença, srta. Tay lor?

Eu levanto para ver um garoto negro bonitinho estendendo o que se parece

demais com meu macchiato favorito.

— Uau, você parece estressada — ele comenta com a quantidade certa de

preocupação para evitar que eu arranque suas orelhas com meus dentes. — Sou

Cody. O estagiário da produção. Café?

— Oi, Cody. — Olho o copo de papelão. — O que tem aí, campeão?

— Um macchiato duplo com creme extra.

Balanço a cabeça em sinal positivo, impressionada.

— Foi o que imaginei. É meu favorito.

— Eu sei. Procuro me familiarizar com o que você e o sr. Uckermann gostam e não

gostam, para poder antecipar suas necessidades e proporcionar um ambiente

agradável de ensaio.

Um ambiente agradável de ensaio? Comigo e Christopher? Ah, pobre criança

iludida. Pego o café dele e sinto o aroma enquanto continuo escavando os

Recônditos de Merda.

— Isso é sério?

Que porra aconteceu com meu isqueiro?

— Sim, senhorita. — Ele tira um isqueiro do bolso e passa para mim com um

lindo sorrisinho de louco.

Jogo a cabeça para trás com um suspiro.

Jesus, o garoto foi enviado pelo próprio Deus.

Eu pego o isqueiro e resisto à vontade de abraçá-lo. Tristan diz que sou um

pouco grudenta demais. Na verdade, o termo dele é pegajosa, mas modifiquei

para eu me sentir um pouco melhor.

Em vez de abraçá-lo sorrio para o moleque.

— Cody, espero que você não entenda errado, porque sei que acabamos de

nos conhecer, mas... acho que estou apaixonada por você.

Ele ri e abaixa a cabeça.

— Se quiser dar uma saidinha, eu vou te buscar quando eles estiverem

prontos para começar.

Se ele não parecesse ter dezesseis anos, provavelmente lhe daria um beijo.

De língua.

— Você arrasa, Cody.




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Autor(a): anjocolorido

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Vejo uma forma escura na minha visão periférica, esparramando-se numa cadeira do lado oposto da sala, então ajeito os ombros e me empino como se não desse a mínima. O calor do seu olhar me segue até eu chegar à escadaria, aí esmoreço. Digo a mim mesma que não sinto falta desse calor. A escadaria &eacu ...


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