Fanfic: Meu Romeu - Adaptada | Tema: Vondy
Ele me ensinou isso.
— Escute, Dulce. — Odeio sentir tanta saudade de ouvi-lo dizendo meu
nome. — Você acha que a gente consegue colocar toda aquela merda para trás e
começar de novo? Eu realmente quero voltar. E achei que você iria querer
também.
A expressão dele é cheia de sinceridade, mas já vi isso antes. Toda vez que
confiei nele, terminei com o coração destroçado.
— Quer começar de novo? Ah, claro. Sem problema. Por que não pensei
nisso?
—Não precisa ser assim.
A questão é que não estou sendo sensata. Se eu não estivesse com tanta raiva,
eu riria.
— Então, como seria isso, hein? — As palavras saem como ácido. — Por
favor, Christopher, me diga. Afinal, era você quem tomava as decisões sobre nosso
relacionamento. Como quer brincar desta vez? Amiguinhos? Parceiros de sexo?
Inimigos? Ah, espera, já sei! Por que você não banca o merda que partiu meu
coração e eu faço a mulher que não quer mais nada com você fora dessa sala de
ensaios? Que tal?
Seu queixo trava.
Está bravo. Bom.
Disso eu entendo.
Ele esfrega os olhos e expira. Espero que ele grite, mas ele não grita.
— Nada do que eu disse nos meus e-mails significou alguma coisa para você,
né? Achei que podíamos ao menos ser capazes de conversar sobre o que
aconteceu. Você ao menos leu? — Seu tom de voz é baixo.
— Eu li. Só não acreditei. Tudo tem limite. Quer dizer, eu tenho um limite
para a quantidade de vezes que posso engolir suas baboseiras sem vomitar. Como
é a frase? Me engane uma vez, a vergonha é sua. Me engane duas...
— Não estou enganando você desta vez. Nem a mim. No passado, fiz o que
precisava ser feito, por nós dois.
— Está brincando comigo? Você precisa mesmo que eu lembre a você o que
você fez comigo? Isso foi minha culpa?
— Não. — Sua voz está repleta de frustração. — Claro que não. Eu só
queria...
— Quer que eu dê outra chance para você acabar comigo? Quão idiota você
acha que eu sou?
Ele balança a cabeça.
— Quero que as coisas sejam diferentes. Se quer que eu me desculpe, eu me
desculpo até perder a porra da voz. Só quero que as coisas fiquem bem entre nós.
Fale comigo. Me ajude a consertar isso.
— Não dá.
— Dulce...
— Não, Cristopher! Desta vez, não. Nunca mais.
Ele se inclina para a frente. Está muito próximo. Próximo demais. Tem o
cheiro que costumava ter, e eu não consigo raciocinar. Quero empurrá-lo para
longe para eu poder esfriar a cabeça. Ou bater nele até que ele entenda que não
sou realmente feliz há anos, e é tudo culpa dele. Quero fazer tantas coisas, mas
tudo o que faço é ficar parada ali, odiando o quanto ele ainda suga minhas forças.
Sua respiração está tão ofegante quanto a minha. Seu corpo, tão tenso quanto.
Mesmo depois de tudo o que passamos, a atração que sentimos um pelo outro
ainda nos tortura. Como nos velhos tempos.
Graças a Deus a porta no fim das escadas se abre e avisto Cody nos
encarando com uma expressão confusa.
— Sr. Uckermann? Srta. Tay lor? Está tudo certo? — Cristopher se afasta de mim e passa os
dedos no cabelo.
Minha respiração está entrecortada, superficial.
— Está tudo bem, Cody. Tudo bem.
— Tudo bem, então. — Ele se anima. — Só para dizer que estamos prestes a
começar.
Ele desaparece e de novo somos apenas nós. Nós e o monte de merda que
podemos carregar.
— Estamos aqui para um trabalho — começo, com a voz firme. — Vamos
apenas trabalhar.
A sobrancelha dele se franze e a sua mandíbula enrijece, e por um segundo
penso que ele não vai deixar por menos, mas ele diz:
— Se é o que você quer.
Eu afasto uma vaga sensação de decepção.
— É, sim.
Ele assente e, sem dizer outra palavra, desce as escadas e entra pela porta.
Levo um momento para me recompor. Meu rosto está quente, o coração,
acelerado; eu quase rio quando penso como já estou envolvida por ele, e nem
começamos ainda os ensaios. As próximas quatro semanas vão me sugar mais
energia que um buraco negro.
Eu me indireito e sigo para a sala de ensaios.
Quando chego para pegar o roteiro e água, há apenas uma cadeira sobrando
na mesa de produção, e naturalmente é ao lado de Cristopher. Eu a puxo para o mais
longe dele que posso e me afundo no plástico desconfortável.
— Está tudo bem? — Marco pergunta e levanta a sobrancelha.
— Sim. Ótimo — respondo com um sorriso, e é como se eu estivesse de volta
ao primeiro ano da escola de teatro, dizendo o que os outros querem ouvir para
que fiquem felizes mesmo quando eu não estou. Interpretando o papel.
— Então vamos começar, né? — Marco anuncia, e há outro farfalhar de
papel quando todos abrem os roteiros.
Que grande ideia. Todas as boas histórias precisam começar em algum
ponto.
Por que esta deveria ser diferente?
Primeiro capítulo concluído.
Espero que voces gostem e que até semana que vem possam ter alguns comentarios rsrs
Continua...
Compartilhe este capítulo:
Autor(a): anjocolorido
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo
No começo Hoje Nova York Diário de Dulce Tay lor Querido diário, Tristan sugeriu que eu use você para ajudar a analisar os acontecimentos da minha vida que me levaram a ser o indivíduo desajustado que sou hoje. Ele quer que eu olhe para os relacionamentos insalubres que me tornaram ranzinza e emocionalmente indispon& ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo